Textos arquivados em ''

Irritação E Ódio São Meus Ajudantes

Dr. Michael LaitmanPergunta: Sentimentos negativos, irritação ou até mesmo ódio aparecem em nós quando começamos a nos unir. Qual é a maneira certa de trabalhar com eles?

Resposta: Nós temos que dividir o mundo em duas partes: a maneira como ele surge para mim, para o meu egoísmo, e a maneira como ele realmente é. Como se parece o mundo na realidade?

Quando revelarmos isso em nosso desejo comum, veremos que o mundo está cheio de luz e é absolutamente perfeito. Não há nada a corrigir nele. Em outras palavras, só precisamos corrigir a nós mesmos, só nossa atitude pessoal em relação ao mundo, a nossa percepção pessoal.

É por isso que temos que dividir o mundo exatamente da maneira como ele aparece para nós através do prisma do egoísmo, e o mundo que realmente existe fora de nós. É simplesmente a Luz superior que está num estado de repouso absoluto e tem apenas a qualidade única de doação e amor pleno.

É por isso que nós precisamos separar essas duas sensações dentro de nós. Uma sensação é a verdadeira sensação das irritações e objeções que aparecem propositalmente, para que possamos subir acima delas e perceber o grupo como algo absoluto e perfeito, onde todos os amigos são as melhores pessoas do mundo e que estão totalmente corrigidos. Eu, sozinho, devo me incluir neles e ser como um embrião dentro da mãe.

As coisas reais que eles dizem e sua influência sobre mim não importam. Eu recebo esses obstáculos propositalmente para que eu consiga entrar por meio desses obstáculos e estar dentro dos meus amigos, à medida que eu os imagino totalmente perfeitos no estado de repouso, comigo dentro deles.

Da Convenção de Vilnius 23/03/12, Lição 2

A Luz Da Liberdade No Horizonte

Dr. Michael LaitmanNo exílio (Galut) apenas a letra Aleph está faltando para alcançar a redenção (Geula). Esta letra simboliza a aparição do Criador, a sensação real da manifestação do atributo de doação e amor, que nós sentíamos no mesmo lugar onde, estando no exílio, desejávamos ver e sentir como este atributo assume o controle e nos preenche.

Portanto, todo o nosso trabalho é ansiar pela redenção no sentido verdadeiro da palavra. No momento em que a imaginarmos da forma mais realista possível, tanto quanto pudermos em nosso egoísmo, que é tão contrário à doação, e na medida em que nos aproximarmos do que é chamado de amor, doação, respeito, reciprocidade e um coração coletivo, em vez de muitas pessoas, desta forma vamos nos aproximar da redenção.

Nós devemos imaginar esta estrutura, a forma, o desejo, a deficiência, e todos os seus detalhes e componentes da forma mais clara possível. Todo mundo deve pensar nessa direção. Este é todo o trabalho pelo qual vamos acelerar o tempo e alcançar a redenção, a revelação do Criador, em breve.

Nós temos que preparar o vaso espiritual que nos permitirá alcançar um grande desejo nele e quase imaginar a forma desejável, a imagem futura, desejando-a.

Da Preparação para a Lição Diária de Cabalá 15/04/12

Quando Todas As Dúvidas Se Dissiparão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso verificar se as minhas ações são, na verdade, a fim de doar, e não uma ilusão?

Resposta: Se elas realmente fossem ações de doação, você não teria dúvidas, porque o Criador seria revelado nelas, participaria delas, na mesma medida que você pretende doar-Lhe.

O objetivo de uma ação de doação é doar ao Criador. É impossível fazer isso sem o destinatário final. Se tal ação ocorre, você vai descobrir até que ponto você realmente doa ao Criador, ou seja, você irá descobri-Lo.

No início, a revelação será em ocultação, doar a fim de doar. É difícil para nós entendermos o que é isso porque a intenção de doar a fim de doar é Bina, uma ação que está separada de nosso desejo de receber. Nós podemos de alguma forma imaginar a intenção de receber a fim de doar como algo oposto a nós. Mas se é só apenas doar, é impossível compreender como você pode viver sem qualquer conexão com o seu desejo, como se estivesse pairando no ar.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/04/12, Escritos do Rabash

Ao Desfrutar Os Refrescos, Não Se Esqueça Do Anfitrião

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, Shamati # 52, “Uma transgressão não extingue uma Mitzva“: Eu ouvi outra parábola que ele contou sobre dois amigos, um dos quais tornou-se um rei e o outro tornou-se muito pobre. O pobre ouviu que seu amigo tornara-se rei. O pobre foi até o seu amigo rei, e falou sobre o seu mau estado.

O rei deu-lhe uma carta endereçada ao ministro do tesouro, que por duas horas deixasse o amigo receber tanto dinheiro quanto quisesse. O pobre foi até o tesouro com uma pequena caixa, entrou e encheu essa pequena caixa com dinheiro.

Quando ele saiu, o ministro chutou a caixa e todo o dinheiro caiu no chão. Ele continuou da mesma forma uma e outra vez, e o pobre homem estava chorando: “Por que você está fazendo isso comigo?”. No final, ele disse, todo o dinheiro que você pegou ao longo deste tempo é seu e você vai levar tudo. Você não tem os recipientes para pegar dinheiro suficiente do tesouro, e é por isso que foi feito este truque com você.

Nós temos que estar prontos para a situação que no momento em que enchermos a nossa “caixa”, ela será imediatamente esvaziada. No entanto, não é assim que continuamos a preenchê-la mecanicamente e a tomar cada vez mais do tesouro.

O ego sente como a caixa está sendo esvaziada repetidamente, e ele mesmo começa a treinar-nos a perceber isso como algo normal. Então, nós começamos a perguntar por que isso acontece dessa forma, qual é o significado disto, e não concordamos com isso.

Nós atravessamos os mesmos estados repetidamente, enquanto a Luz age sobre esta repetição inflexível e nós começamos a compreender que não precisamos nos preocupar com a caixa cheia, mas com o próprio trabalho. A oportunidade de transferir o tesouro do rei de um lugar para outro nos dá satisfação, e assim alcançamos a doação “Lishma“.

Nós não devemos visar e nos concentrar na satisfação, que é agradável e importante para nós hoje, mas pensar constantemente no que será importante amanhã. Precisamos fazer isso imediatamente, e assim seremos semelhantes ao mesmo velho homem que caminha curvado e está procurando, como se perdera alguma coisa. Ele está constantemente com medo de perder a importância da meta e tenta esclarecer o que é exatamente esta meta.

A meta não são as sensações agradáveis. As sensações agradáveis ​​são necessárias para que eu possa superá-las e exigir sentimentos diferentes — para sentir a importância Daquele para quem estou trabalhando e que permanece em ocultação. Eu exijo a revelação da grandeza do Criador apenas para suprir a mim mesmo com combustível para o trabalho. Como se diz: “A Sabedoria (Hochma) é para os humildes” e “A recompensa por um mandamento é um mandamento”. A isso é que a pessoa deve aspirar a fim de que seja autorizada a se elevar acima de um ação para a próxima, que não tem relação alguma com o prazer que recebeu.

É como se eu preparasse alguma ação, executasse e recebesse bons resultados. Agora, eu preciso agradecer ao Criador por executar tudo do começo ao fim. Afinal, agora eu entendo que tudo aconteceu porque Ele me deu desejo, combustível, direção, intelecto, e todo o resto. Ele é o Único que organizou tudo, e eu não fiz completamente nada.

Assim, eu preciso fazer um sacrifício (Kurban), aproximar (Karov) a minha outra parte da doação. Eu tenho que sacrificar o prazer que recebi graças ao trabalho e dinheiro (Kesef) de “outra pessoa”, que não eram meus, isto é, a tela ou cobertira (Kisuf) neste mundo. O Criador me deu tudo isso e também me deu satisfação. Eu quero me elevar acima de tudo isso e trabalhar não por esta satisfação, mas por causa de Sua grandeza.

Desta forma, nós não perdemos o nível que obtivemos e não descemos. Agora, nós vamos determinar uma meta ainda maior para nós mesmos, como aquele velho homem que procura, caso tenha perdido alguma coisa.

E nós realmente perdemos algo. Por um breve momento, nós sentimos quão bom e agradável é estar em união, e agora temos que nos elevar acima deste sentimento agradável até a importância da meta. Esta mesma sensação agradável nós queremos passar ao Criador, de modo a dar-lhe alegria.

Conclui-se que todo este processo que ele passou, todos os refrescos que o hóspede recebeu do anfitrião, ele agora quer devolvê-los, de modo a não recebê-los para si mesmo. Este já é um estado que, de alguma forma, torna-se doação pura, “Lishma“. E esta já é a atitude correta.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/03/2012, Shamati # 52

Força Central Da Natureza

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como o ego é diferente da autoconfiança elevada?

Resposta: Na verdade, o ego não é ruim. Ele é a força central da natureza que desenvolve toda a matéria e move tudo para frente. A questão é que hoje em dia, quando somos opostos à natureza, ele se torna negativo.

Até o nosso tempo ele não era negativo. Nós avançamos, desenvolvemos a ciência, a tecnologia, a vida e as estruturas sociais e políticas. Tudo isso foi muito positivo para nós. Quanto mais desejo a pessoa tinha, maior ela era: um cientista, um inventor, um poeta, não importa o quê, mas ele fazia o desenvolvimento avançar.

Agora, porém, é o oposto. O ego tornou-se o Faraó e tudo parou; nada se desenvolve mais, mas sim está só diminuindo. Como a natureza se tornou integral, o ego está se transformando num obstáculo. Ele também deve se tornar integral.

Se algum órgão do corpo começa a pensar só em si, torna-se um tumor maligno que engole e destrói tudo à sua volta. Isso é exatamente o que está acontecendo em nossa sociedade nos dias de hoje, com o nosso planeta, com o meio ambiente.

Nós, pelo contrário, devemos estar numa conexão mútua integral, tal como o nosso corpo. Quando todas as partes da sociedade, como as partes do corpo, se reúnem num todo integral, elas precisam aprender a cooperar. Caso contrário, eles vão se destruir como um tumor maligno.

Da Convenção de Vilnius 22/03/12, Lição Preliminar

O Sexto Fator

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que todas as pessoas, potencialmente, têm um sentido adicional, o senso da conexão integral com os outros, ou não?

Resposta: Ninguém tem esse sentido. Ele nasce quando começamos a nos conectar. Isso acontece num grupo sob a orientação de um educador, que nos ensina a estar conectados e, de repente, nós sentimos que somos partes de um sistema. É como um corpo onde todos os órgãos (coração, pulmões, rins e fígado) agem de uma maneira diferente, mas todos agem em conjunto pelo benefício da conexão integral, para que todo o corpo exista.

Depois, no grupo coletivo isso se torna intimamente conectado e há o sentimento de todo: um pensamento novo, uma sensação nova. O coração e a mente surgem, os quais se relacionam a nós, ligados entre si nessa conexão.

Este sentimento interno evoca a oportunidade na pessoa de perceber a natureza integral. Nós somos egoístas e não podemos sentir isso como um todo. Desta forma, ao nos ajustarmos, nós nos tornamos uma espécie de detector da oscilação do circuito que pode perceber a natureza integral e suas flutuações. As flutuações que percebemos nesse sentido representam um novo tipo de conhecimento, um novo sentimento do mundo superior, do próximo nível chamado “Adão” (humano).

Então, nós começamos a sentir que o mundo não é apenas o inanimado, vegetal e animal. É também o mundo do conhecimento, o mundo onde o presente, passado e futuro estão conectados acima do tempo. Nós começamos a senti-lo como infinito, eterno, pleno, e em harmonia com todas as suas partes.

Quando a pessoa atinge esse nível, ela começa a sentir seu corpo como menos importante, porque esse conhecimento, esses desejos, esses pensamentos não estão mais ligados ao nosso corpo bestial. Se os seus desejos e pensamentos são apenas sobre o seu corpo bestial, então eles realmente estão conectados a ele. Mas se eles alcançam a conexão com os outros, eles estão fora do corpo, entre você e todos os outros. Então, você como que começa a “sair de si mesmo”, para este espaço, para a “natureza superior”. Basicamente, isso é o que foi preparado para nós.

Há muitos artigos científicos sobre o tema. Minhas ideias têm base científica. Cientistas muito sérios escrevem sobre isso. Estes conceitos não estão muito próximos de nós em nossa vida diária, mas se a pessoa chega a um grupo integral e estuda nele, ela começa a sentir essas coisas muito rapidamente. Esta é a psicologia materialista, e não há misticismo aqui. É simplesmente sentir-se em conexão com os outros, e hoje a natureza está nos empurrando para isso com muita firmeza.

Da Convenção de Vilnius 22/03/12, Lição Preliminar,

Olhos Na Integralidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Existem duas direções básicas na psicologia: uma é a dinâmica em grupo, onde todos participam ao mesmo tempo durante as atividades, e outra onde as pessoas são primeiramente divididas em pares ou pequenos grupos e depois se juntam novamente. A educação integral inclui as duas abordagens?

Resposta: Claro. A principal coisa é que as pessoas aprendam os materiais e, finalmente, se unam, e cheguem a uma conclusão ou entendimento comum de que a unificação pode ser tão multivariada.

Pergunta: Portanto, no final, através de cada ação nós devemos chegar à união comum, à ideia comum?

Resposta: Sim. Mas isso pode ser formulado por diferentes pessoas de diferentes maneiras, desde que cada uma tenha sensações individuais. Elas não podem dar respostas prontas e idênticas, repetindo as mesmas frases várias vezes. Uma pessoa sente de uma maneira, outra pessoa sente de forma diferente, mas basicamente, o mesmo modelo se forma dentro delas, mas é expresso em diferentes estilos externamente.

Comentário: Quando uma pessoa começa a se envolver em alguma ação, ela primeiro precisa esquentar um pouco, e no final, é importante concluir o processo e não apenas abandoná-lo fora. No entanto, você disse uma vez que nós precisamos fazer com que as pessoas se acostumem a ser capazes de se “ligar” instantaneamente na integralidade em qualquer situação…

Resposta: Mas não no início de sua educação. Tudo vem com a experiência. Mas isto é necessário porque precisamos alcançar um estado onde qualquer momento no tempo pode ser novo para nós, e nós sempre olharemos para o mundo através dos óculos integrais. Isso é necessário.

De KabTV “Fundamentos da Sociedade Integral” 26/02/12

O Ponto Da Virada

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que precisamos transferir o tesouro do rei de um lugar para outro?

Resposta: Devido ao fato de que você tem que levar o copo cheio de moedas de ouro de um lugar para outro, cada vez que você atinge Sua grandeza, e por isso, dar-Lhe prazer.

Ele não precisa ter seu tesouro transferido para nenhum lugar, e não precisa do seu trabalho. O prazer Dele está em ter você entendendo-O, sentindo-O, e tornando-se semelhante a Ele, e que você cresça por isso. Com isso, você Lhe dá alegria.

E o prazer está em satisfazer Seu desejo: você ascender, crescer e fazer tudo o que Ele quer. E você faz isso não para receber uma recompensa agradável e atraente que você ganhou ao longo de todo este caminho, mas para dar prazer ao Criador.

Nós precisamos sentir este ponto onde substituímos Sua atitude em relação a nós pela nossa atitude para com Ele. Este é o ponto onde O encontramos. Há um e há outro, e no meio deles encontra-se o lugar do nosso encontro, onde podemos transformar um em outro: Ele nos doa, e nós doamos a ele. E é aqui que o ponto da Masach (tela) está, o ponto da nossa conexão.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/03/12, Shamati # 52

As Três Identidades Do Educador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós e toda a humanidade podemos aprender sobre a rede inseparável que nos conecta?

Resposta: Para fazer isso, nós estreitamos a nossa conexão com o povo, com o mundo. Este reconhecimento vai se passado a eles através de nós. Conhecer o sistema geral significa conhecer a conexão entre todas as suas partes, e essa conexão é alcançada dedicando-se à disseminação.

Nós temos que entender as massas: a sua natureza, seu caráter e exigências, e disso adaptar a nossa abordagem a eles. Internamente, nós temos que agir como adultos brincando com crianças, com a clara intenção e conhecimento do que queremos alcançar com este jogo.

Pergunta: Será que temos de ensinar às pessoas as leis do sistema integral, além da importância das boas relações recíprocas com os outros?

Resposta: Isso é chamado de educação, e por isso, um educador difere de um professor. Um professor apresenta fatos, fórmulas, gráficos, etc., ele ensina aos alunos os resultados da investigação. Por outro lado, um educador trata os alunos de forma mais astuciosa, ambígua. Um educador tem duas partes, duas identidades, uma que desce ao nível do aluno, a fim de se conectar com ele, enquanto a outra identidade tem uma intenção clara, sabendo o que ele quer trazer ao aluno. O próprio educador é a terceira identidade, e ninguém sabe o seu nível. Isto significa que o papel de um educador é, por um lado, ver o nível do aluno, e por outro lado, saber o nível ao qual ele pode elevar o aluno e conectar os dois níveis, para ensiná-lo como passar de um nível para outro, e estimulá-lo a fazê-lo.

Um educador tem um papel especial e precisa de preparação especial para ficar na frente de uma plateia. Ele deve saber o que dar e o que ocultar, como jogar e como colocar diferentes máscaras, como às vezes fingir que não compreende e, às vezes, parecer estranho, perspicaz, etc.; com isso ele permite que o aluno passe por diferentes estados no que diz respeito a si, ao material, ao Criador, e ao mundo. Um “aluno” é alguém que está disposto a aceitar de forma madura todas essas formas do educador, sabendo que é tudo a seu favor. Por outro lado, um professor simplesmente ensina aos alunos diferentes leis.

Sobre a rede que conecta todos nós, é claro que explicamos as suas leis. Nós explicamos o mundo em que vivemos,a crise global que decorre do fato de que a natureza é global, e que portanto não há conexão mútua e interdependência entre todas as suas partes, e que o homem é a razão para tudo que está acontecendo, porque não está conectado à natureza, e que, a fim de resolver a crise temos que nos unir. Tudo isso, claro, é parte do nosso programa.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá08/04/12, Escritos doRabash