Se você realiza ações voltadas para o objetivo da criação, você avança com a ajuda de duas forças: o seu próprio desejo e a Luz Mas se você realiza ações que não são direcionadas para o objetivo da criação, você avança apenas com a ajuda de uma força: o seu desejo. Ao nos desenvolvermos naturalmente, nós satisfazemos nossas próprias necessidades.

Toda a realidade é, basicamente, o desejo e a Luz. O desejo existe dentro da Luz e está constantemente mudando, cada vez mais. Esta é a forma como a nossa evolução natural é realizada: de um ponto de energia à matéria que se torna cada vez mais complexa, até a forma atual de vida. Há elementos básicos que criam o sistema cíclico, e existem conexões entre eles que produzem materiais complexos e mesmo células vivas que absorvem e descarregam todos os tipos de substâncias. As células consistem de uma nova conexão qualitativa com o meio ambiente porque no nível innanimado a absorção e descarga não produzem a sensação de vida ou de dor.

Assim, se quisermos avançar, nós enfrentamos uma condição especial: ou avançar sob a influência da força da natureza, como uma máquina, ou criar uma conexão com os amigos no grupo e construir um modelo que seja basicamente semelhante à Luz, à força superior, ao amor e à doação. Você supera o peso e os problemas e, consequentemente, recebe ajuda do Alto. Em princípio, você não ativa nada de novo, mas em seu desejo de avançar à meta você adiciona seus esforços, e em resposta a ele, você recebe Luz extra do estado em que almeja.

No final, você usa o mesmo sistema que responde à “adição” do nosso lado. Se você o quiser, vá em frente, e se você não fizer isso, então você não faz. As mudanças não vêm da Luz, mas de você: se você investiu esforços, mostrou mais desejo, você descobre uma adição de deficiência do seu lado, e assim você receberá uma maior iluminação. Ninguém Acima toma decisões sobre dar-lhe uma parcela da Luz. A Luz está em repouso absoluto, e tudo depende apenas de sua necessidade. Aproveite as condições dadas a você e você vai recebê-la.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/04/12,  Escritos do Rabash

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Todas as forças e detalhes da percepção nos vêm de Cima, da Luz que atua em nós. Mas ela age de acordo com os nossos esforços, quando queremos fazer algo, mesmo que não sejamos capazes. De um lado, não somos capazes de fazê-lo, mas por outro lado, tentamos de qualquer forma.

E este é o verdadeiro esforço: eu não tenho chance, mas eu quero de qualquer maneira. Sim, eu sou um egoísta. Isso é claro para mim. No entanto, sem esquecer isso, eu realizo determinadas ações como se elas fossem ações de doação.

Isso é um jogo, mas um jogo sério, e eu quero jogar pelas suas regras. Foi-me dada esta oportunidade, e eu quero aproveitá-la. Mesmo que eu tenha brinquedos de plástico, o que posso fazer, eu trabalho com o que tenho. Claro, isso não é suficiente para mim, mas não me enfraquece. Eu quero, pelo menos de alguma forma, ser semelhante ao Criador, como um macaco que imita o homem.

Então, eu atraio sobre mim a Luz Circundante. Ela se chama “Circundante” porque ilumina de longe sobre os desejos com os quais a Luz não tem absolutamente nenhuma conexão devido à sua oposição. No entanto, eles tentam e a Luz ilumina-os de longe. Graças a isso, eles começam a compreender e sentir um pouco mais, recebem mais peso no coração, e continuam o trabalho até que preencham a medida necessária de esforço.

É impossível realizar qualquer ato espiritual até que a Luz superior nos conceda atributos espirituais. Até lá, nós temos que continuar nos envolvendo com a “simulação” e sermos gratos que recebamos, pelo menos, o acesso a isso. Mesmo que o Criador queira que eu faça isso até o fim da minha vida, embora eu não seja nem preguiçoso nem resignado, eu concordo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 04/04/12, Escritos do Rabash

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Nós temos que mudar as pessoas de alguma forma, e aqui nos deparamos com um fenômeno muito interessante: a Natureza nos obriga a mudar de uma sociedade de consumo excessivo para uma sociedade de consumo razoável, em equilíbrio e harmonia, porque quando consumirmos de forma igual e dermos uns aos outros e à natureza, mantendo a lei de equilíbrio como a principal lei da natureza, um grande número de pessoas será liberado do trabalho.

Isto significa que com a ajuda da crise a sociedade do futuro, que já está começando a tomar forma, gradualmente resultará em pessoas que trabalham muito pouco. Elas não terão que trabalhar dez horas por dia. A atitude errônea em relação ao uso do nosso tempo deve ser substituída pela criação de novas relações entre as pessoas. Na verdade, isso exige muito tempo.

Nós estudamos esta questão e chegamos à conclusão de que para as centenas de milhões de pessoas que em breve estarão livres do trabalho (simplesmente não haverá trabalho para elas), nós precisamos estabelecer uma enorme universidade mundial. Nós devemos ensinar essas pessoas sobre a atitude integral para com os outros e à natureza.

A correta atitude integral de cooperação mútua vai liberar forças demod que tudo vai ser suficiente para todos.

De acordo com todos os nossos cálculos e dados, não há nada no mundo que nos falte. O único problema é que o homem não consegue distribuir corretamente tudo por causa da ganância, do seu ego.

Se pegarmos todos os desempregados e criarmos uma universidade, aulas e clubes onde as pessoas aprenderão a educação integral, nós vamos criar uma sociedade totalmente diferente, que ficará satisfeita, equilibrada, não mais buscando uma super saciedade, e que vai se sentir realmente feliz.

Sabe-se que nos últimos anos, a chamada “economia da felicidade” tem sido desenvolvida, que mede tudo não pela quantidade de dinheiro, mas pela forma como a pessoa sente a vida. Em princípio, é isso que nós precisamos alcançar.

Não há nada artificial aqui. A vida simplesmente nos obriga a estudar todos os processos que ocorrem na sociedade e como podemos equilibrá-los. É para isso que a natureza nos leva.

De uma Palestra na Universidade Šiauliai, Lituânia, 22/03/12

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Pergunta: Os homens e mulheres que querem se tornar instrutores, educadores e organizadores da educação integral podem estudar em conjunto ou é melhor para eles estudar separadamente?

Resposta: Eu acho que é melhor estudar juntos, mas sem crianças, porque as crianças precisam de outros exemplos e generalizações; nós precisamos falar com elas num nível diferente.

Os grupos podem ser constituídos por pessoas de várias idades, desde os 18 a 20 anos até os idosos. Talvez nós precisemos separá-los de acordo com a sua idade; por exemplo, grupos de 20 a 30 anos, ou 25 a 40 anos (grupos principais), ou de 40 a 60 anos, e os grupos para os idosos.

Pergunta: Durante o processo de preparação de instrutores de educação integral, a pessoa precisa praticar este método em si mesma?

Resposta: Além disso, ela precisa experimentar esse método, senti-lo, porque precisa formar uma percepção integral do mundo. Só então ela poderá ser um professor ou educador. Ou seja, ela deve ver claramente o mundo de forma diferente daquela que seus alunos o fazem. Eles olham para o mundo individualmente, egoisticamente, mas ela deve estar um nível acima.

Se ela não tem isso, ela não pode ensinar. Ela só vai mostrar às pessoas alguns truques memorizados, mas não será capaz de passar o espírito da integralidade a elas: “Faça assim, pense assim. E se você tomar essa decisão ou vice-versa?”. Se ela não tem uma sensação da técnica integral, se isso não viver nela, ela não será capaz de ensinar os estudantes e, gradualmente, avança-los para uma percepção integral do mundo .

É impossível só para aprender isso. Primeiro de tudo, é preciso refazer a si mesmo. Só então você se torna um instrutor de verdade.

Não é que eu me formei numa universidade, tenho um diploma, e agora aqui estou eu pronto para ir trabalhar em qualquer lugar. Um diploma, um certificado da capacidade de ensino, é a adaptação de uma pessoa ao novo mundo, sua percepção de si mesma, suas mudanças internas e apenas isso.

De KabTV “Fundamentos de uma Sociedade Integral” 26/02/12

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O feriado de Pessach (Páscoa) começa amanhã. Nós temos que entender o que ele é. Em primeiro lugar, “Pessach” é o estado mais importante. Lembramo-nos deste êxodo do Egito em todas as correções subsequentes. Por quê? Porque este é o fundamento, de onde a escada dos degraus espirituais começa.

Em segundo lugar, Pessach é o nascimento espiritual do ser humano.

Em terceiro lugar, nós estamos falando da escuridão, onde construímos a base preparatória para as nossas correções, porque não temos mais nada para corrigir, exceto o que é revelado no “Egito”. Por um lado, esses anos de preparação são úteis porque revelam nossos desejos corruptos; por outro lado, eles são difíceis porque o exílio é uma coisa desagradável.

No entanto, tudo depende de como nós aceitamos o que está acontecendo, nos esforçando para compreender, entender e reconhecer este estado, o quanto somos cientes de sua necessidade no grupo, e quanto podemos nos sentir florescendo nele.

Da mesma forma, a Idade Média foi um período escuro da história, que foi caracterizado pela brutalidade, confusão humana, a crueldade da inquisição, a agressão religiosa e costumes animalescos. No entanto, indo mais fundo, vemos que ela se tornou a preparação para a eclosão da Renascença, para o desenvolvimento da ciência e outras conquistas posteriores.

Até o fim da Idade Média a humanidade foi adquirindo grandes vasos, desejos. Depois, ocorreu uma explosão cultural, e a Idade do Iluminismo começou, durante a qual usamos o que tínhamos preparado antes. Agora, nós estamos nos aproximando de um resultado lógico: a crise de todos os desejos que se esgotaram e não há mais nada a fazer em nosso mundo.

Se traçarmos um paralelo com a espiritualidade, a preparação atual nos permite alcançar o fim da correção e usar corretamente os nossos desejos. Afinal, nós revelamos o nosso mal durante o período de exílio do Egito. É por isso que todas as novas correções são chamadas de “memória” do êxodo do Egito.

Neste caso, o mal nos é revelado somente nas relações entre amigos. Por conseguinte, se percebermos corretamente os problemas que surgem entre nós, nós nos preparamos para a subida. Nós devemos solicitar a correção desses estados; porém, sob a condição de que queremos unir, nós sentimos a necessidade disso, vemos que não podemos e, no entanto, continuamos forçando. Quanto menos formos bem sucedidos, mais pressionamos.

Nós precisamos revelar a doação particularmente nesta pressão mútua entre nós. Mesmo se, em vez disso, nós revelamos a recepção, o mal, que se manifesta acima do bem, nós não recuamos, não relaxamos e não nos desesperamos. Nós vamos até o fim, até que o estado sobre o qual é dito na Torá: “E os filhos de Israel gemiam do trabalho” (Êxodo 2:23).

Não serão apenas gemidos; nós vamos realmente sentir que somos impotentes para fazer qualquer outra coisa. Ou seja, quando uma pessoa levanta as mãos para o Criador e se funde na oração coletiva.

Assim, nós devemos respeitar o período atual. Não podemos sair dele até prepararmos o desejo por novas correções. É impossível receber a revelação do Alto, se não pressionarmos, forçando a força superior a nos revelar o nosso mal.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 05/04/12, Escritos do Rabash

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