Uma Educação Amorosa

Dr. Michael LaitmanPergunta: A criação da base teórica do nosso curso inclui muitos aspectos diferentes: a criação e composição de programas. As mulheres podem participar deste trabalho?

Resposta: As mulheres não podem participar na integração, quer de forma prática ou teórica, mas apenas auxiliar nisso. Algumas mulheres têm um sentimento interno especial, mas eu encontrei apenas algumas delas. Entre a enorme quantidade de mulheres que eu sinto e observo, essas mulheres devem ser uma em mil, não mais do que isso.

Comentário: Tudo bem, mas em casa…

Resposta: Em casa, a mulher não tem o direito de chamar a atenção do marido em lugar algum. Ela não tem! Isto o reprime. Ela tem que agir de forma, como uma mãe com seu filho. Quando ela desempenha esse papel, como uma mãe com seu filho, ela consegue tudo. Mas pressionar só vai levar à luta e o divórcio. Isto não é carinho.

O marido tem que ser cultivado. Ela quer isso. E o cultivo só pode ser feito com amor.

Comentário: Hoje, cerca de 80% das mulheres censuram constantemente seus maridos, chamando a atenção que eles fazem as coisas de forma incorreta, gastam sua energia em coisas erradas, e assim por diante.

Resposta: É por isso que hoje 60 a 70% dos jovens não querem se casar. Isso é certo! Por que eu preciso de uma família como esta? E isso também leva ao divórcio ou as pessoas param completamente de pensar em se casar e até mesmo co-habituar sem obrigações.

Nós as educamos de forma errada.

Pergunta: O que é a educação (formação) em relação à comunicação entre um homem e uma mulher?

Resposta: Eles não devem falar entre si sobre o quão ruim seja um deles. Qualquer coisa, menos isso. Eu nunca falo com minha esposa sobre isso. Nós paramos de fazer isso, mesmo antes de nos casarmos, durante os primeiros meses de namoro.

Às vezes acontece que você aponta algo em seu parceiro, porque vê que ele se machuca com isso. Então você insinua  gentilmente que ele está prejudicando sua saúde. Mas nunca faça isso na frente. O que isso lhe dará? As coisas acontecem, mas isso deve ser uma exceção, não a regra.

Então, o que as pessoas deveriam falam? Apenas sobre coisas agradáveis. O homem precisa voltar para casa como para sua mãe, que vai cuidar dele e mantê-lo aquecido. Ele tem que sentir que sua casa é sua fortaleza, não sua prisão. Como ele nunca voltaria para casa? Hoje vivemos como pensamos.

Pergunta: Então, do que trata a educação?

Resposta: Se você mostrar ao seu parceiro que você o ama, e que, indiretamente, ele verá que certas ações suas são indesejáveis ​​e prejudiciais, ele não fará essas coisas. Se você indiretamente mostrar a ele que espera algo dele, ele sentirá o que pode fazer por você. Mas isso só pode ser feito com bondade.

A educação só é feita com carinho. Uma criança pequena só cresce quando você lhe doa, lhe satisfaz e cuida. A mesma regra se aplica se você deseja alterar ou formar uma pessoa.

Pergunta: Então, onde está o lugar para o “chicote”, a segunda opção, que deve estar presente?

Resposta: Isso não deve existir entre um homem e uma mulher. Nunca.

Nós temos que interagir um com o outro apenas provocando sentimentos positivos em nosso parceiro e mostrando muito pouco aborrecimento, apenas na medida da capacidade da pessoa de mudar constantemente. Se o seu parceiro percebe que de sua perspectiva a ação é correta, mas que da sua não é, e você mostra, exibe isso, fazendo uma grande ofensa, mesmo se não for em relação a ele, isso não vai ajudá-lo a corrigir suas ações. A pessoa deve ser inteligente a este respeito.

Mas nós vemos que não educamos as pessoas em nosso mundo. Quando uma pessoa se forma na escola, ela sabe um pouco de física, um pouco de matemática, e pronto. Ela entra na vida sem nenhum conhecimento sobre a interação humana ou educação infantil, sem conhecimento como um tudo. O único assunto que foi introduzido nas escolas é a sexologia, que só é necessário para complementar corretamente todo o resto. É por isso que nossa educação, se é que podemos chamar assim, é muito feia.

Educação (formação) integral supõe que, numa família, as pessoas se doam, uma vez que a família só pode ser construída em concessões mútuas. Meu professor costumava dizer que o amor é algo que se desenvolve a partir de concessões mútuas, quando você “se mover de lado” e deixa a outra pessoa entrar em você, e ela faz o mesmo para deixá-lo entrar nela. Assim, verifica-se que cada parceiro entra no outro, e esse segmento mútuo é chamado de família, e a sensação de seu parceiro dentro de você se chama amor.

Da “Discussão sobre Educação Integral” #10, 16/12/11