Uma Chama De Amor Sobre A Tempestuosa Europa

Dr. Michael LaitmanNosso único objetivo é descobrir a Luz superior, a única força que governa o mundo. Afinal, tudo o resto é apenas o meio. Além disso, não há nenhum problema em nossa existência, porque cada momento e cada situação em nossa vida são definidos pela nossa contradição com a Luz. Portanto, nós devemos nos relacionar com tudo como o meio para descobrir a Luz.

Alguns estados são mais eficientes e alguns menos. De qualquer forma, tudo depende se eu posso aceitar a Luz corretamente e usá-la.

Agora, nós estamos diante de um estado especial: a conexão acima de muitos obstáculos e diferenças entre as partes de nosso vaso espiritual coletivo. Isso foi possível como resultado de muitos esforços e do trabalho árduo da nossa divisão europeia, bem como dos nossos amigos destes países que se reuniram.

Nenhum lugar do mundo é mais tenso, onde, como resultado da crise e de tudo o que está acontecendo nestes dias, as discrepâncias e diferenças entre os componentes do vaso coletivo são tão grandes e os estados internos de cada parte são tão intensas. Mas ao mesmo tempo, temos feito muitos esforços na preparação para esta convenção, onde os representantes das nações e países, que são tão diferentes e têm tantos conflitos internos e diferentes contas uns com os outros, se reúnem para se conectar.

Há realmente um “Monte Sinai” aqui – uma montanha de ódio mútuo, distanciamento, falta de compreensão e incapacidade de aceitar um ao outro. Afinal, cada um é o representante de uma parte separada, que atua contra a outra. E nós queremos nos conectar acima de tudo isso. Nós temos uma oportunidade especial que não existe em nenhum outro lugar, em nenhum outro evento. Em nenhum outro lugar há tal tensão como no vaso coletivo que reuniremos na convenção europeia.

Portanto, nós devemos prestar atenção especial nisso. De todas estas diferenças, nós devemos sentir constantemente que nos conectamos acima delas e queremos revelar o ódio interior, a ruptura interna entre nós, e as contradições. Todos eles permanecem, e nós compreendemos, sentimos e não o apagamos. Eles representam turbulências internas, como um guisado fervendo no fogão. Nós os cobrimos com uma tampa e não deixamos que explodam ou fiquem frios. Pelo contrário, nós queremos constantemente manter esse fogo aceso para que ele se transforme numa chama de amor.

Este é um dos sentimentos que devemos ter na convenção europeia. Embora em comparação com o tamanho da convenção em Israel tenhamos talvez 20% da capacidade do vaso coletivo, olhando para a qualidade, que na espiritualidade determina a potência do vaso, ela será mais forte e maior do que tudo o que houve no passado. Tanto a distância quanto os eventos que ocorrem no continente tornam essa situação muito especial.

Portanto, nós realmente esperamos que, como resultado de nossos esforços, acima de todas as diferenças, da falta de compreensão e da distância, sejamos capazes de nos conectar. Agora, nós temos a oportunidade de nos elevar acima de todas as diferenças, de nos “trancar” acima delas, e, assim, de acordo com as diferenças entre os povos e as culturas – e entre nós que estamos conectados uns aos outros – sentir o poder do vaso, no qual haverá espaço suficiente para descobrir a Luz.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 21/03/12, O Zohar