Os “Físicos” E “Líricos” Da Espiritualidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: O Rabash escreveu artigos sobre o grupo querendo que pensemos sobre o amor dos amigos. Eu entendo que o Rabi Aba escreveu O Zohar de um modo oculto por razões históricas. Mas por que nós, que queremos pensar no amor dos amigos durante a leitura do Zohar, o deixamos do jeito que está e não o simplificamos, pelo menos, ao nível dos artigos do Rabash?

Resposta: Suponha que eu vou a um especialista e peço-lhe para ajustar as cores da tela do meu computador. Ele vê a exibição na tela e diz: “Ok, vou ajustá-la. Por favor, sente-se e espere”. Eu olho para ele: ele entra na “interioridade” do computador e começa a brincar com os pixels e os códigos lá, que eu não entendo nada. De repente, eu vejo certas formas na tela, as linhas de códigos e números… “O que você está fazendo? Eu lhe pedi para deixar o amarelo um pouco mais amarelado e o branco mais branco. Por que você está lidando com os números? Eu não pedi para você fazer isso!”.

Porém, visto que ele entende o que ele tem que mudar exatamente, ele vai ao nível das forças e define cada força e cada vetor, e o que deveria ser em relação aos outros e, portanto, muda a imagem.

Você parece estar se perguntando: Por que um Cabalista escrever sobre cores e outro sobre números? Cada um expressa a mesma realidade de uma maneira diferente. Na verdade, a linguagem dos números, as Reshimot (reminiscências), ou seja, a linguagem da Cabalá, como o Baal HaSulam diz, abrange tudo. Na espiritualidade existem apenas forças: a força de receber, a força da doação e as Reshimot. Não há nada mais que isso.

Depois disso você já está impressionado em seus próprios desejos, de uma forma ou outra, e outra pessoa está impressionada de maneira diferente. A principal coisa é registrar suas impressões e cada um escrevê-las de acordo com sua personalidade. Há “os poetas líricos” e há os “físicos”, assim como em nosso mundo.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/02/12 , O Zohar