Textos arquivados em ''

Ser Meu Próprio Mestre

Dr. Michael LaitmanA pessoa não se importa se ela recebe ou doa, mas sim como ela se sente em relação a isso. Se eu me sinto bem, eu estou pronto para lhe trazer um presente todos os dias, a cada momento. A principal coisa é que isso me traz prazer.

O problema não está em dar o presente, mas em sentir prazer nisso. No momento em que eu sinto que a doação me satisfaz, eu lhe darei o que você quiser. Eu não penso na possibilidade de dar ou não dar, mas em como ter prazer com isso.

Não há muito espaço para filosofias aqui porque nós somos apenas desejo de desfrutar, e não podemos fazer nada se ela nos traz satisfação. A questão é como realizar ações sem receber qualquer satisfação?

É por isso que nos foi dado o desejo de nos satisfazer egoisticamente para que, acima dele, nós construamos nossa atitude para com a forma de satisfação. Eu tenho que verificar a mim mesmo: Como eu desfruto? Isso significa que eu me agarro pela garganta e agora decido como eu devo desfrutar: desta ou daquela forma. Até então, eu me estrangulo e não me permito receber nada.

Então, eu me torno independente. Eu sou livre com relação à satisfação, e sou capaz de impedir a mim mesmo de receber a satisfação, ou, pelo contrário, de satisfazer-me. Isto me torna semelhante ao Criador, porque Ele é o mestre, tanto do desejo como da realização, e por isso eu também me torno o mestre e tenho controle sobre os dois.

Nós não entendemos como podemos estrangular a nos mesmos com nossas próprias mãos e quão livres nos tornamos quando alcançamos isso! Trata-se de estado tão elevado que só nele eu sou chamado de “Humano”.

Até então só há um cálculo automático em mim e nada mais que isso. É como querer parar de fumar porque não é saudável. Tudo depende do que é mais importante para mim.

A Meta Do Grupo

Dr. Michael LaitmanNós nos reunimos para estabelecer as bases do grupo para os interessados em aprender as leis da natureza e segui-las. O nosso desenvolvimento representa um caminho que nos permite subir do desenvolvimento inconsciente, sob a pressão das forças da natureza no nível animal, e chegar ao nível do desenvolvimento consciente apropriado ao nível humano. A diferença entre o desenvolvimento animal e o desenvolvimento no nível humano está na compreensão do processo do nosso desenvolvimento natural e a sua realização consciente.

A essência do nível humano é que em vez de se desenvolver sob as forças imperiosas da natureza, a pessoa estuda as leis da natureza e as segue conscientemente. Assim, ela ganha duas vezes: ela se move por própria vontade e rapidamente, sem sofrer golpes, e de bom grado aceita todas as mudanças dentro de si. Ela penetra as leis da natureza e se torna mestre de seu destino.

Deve ficar claro que a causa de todo o nosso sofrimento é a nossa falta de compreensão das leis da natureza com respeito ao indivíduo e a sociedade. Nós estudamos e somos capazes de entender a natureza em seus níveis inanimado, vegetal e animal, mas já que estamos no nível humano, não podemos compreender este nível, isto é, a atitude da natureza em relação a nós. Nós podemos estudar apenas o que está no nível abaixo de nós.

A natureza é integral, plena, e gradualmente desenvolve todas as suas partes, incluindo nós, a este estado. Até agora, nós estávamos nos desenvolvendo de uma progressão simples, linear e egoísta, obedecendo instintivamente as ordens da natureza dentro de nós. No entanto, recentemente, nós concluimos a fase do nosso desenvolvimento linear e egoísta, e ainda devemos nos tornar, individualmente e em conjunto, semelhantes à natureza integral. O objetivo da nossa evolução natural é aprender a essência da natureza, o seu programa e propósito.

Ao estudar as leis dos sistemas integrais e analógicos, nós reconhecemos que isso significa a nossa união completa numa única sociedade, de doação mútua e amor. Nós percebemos que isso é completamente oposto ao nosso egoísmo, a natureza na qual fomos criados. Nós queremos apenas satisfazer nossos desejos pessoais. Isso é oposto à interconexão completa que temos que alcançar de acordo com o plano da natureza.

Ao unir, apesar do desejo egoísta de todos, através de nossas ações de doação mútua, nós estamos construindo um modelo que é semelhante à natureza, a sua qualidade de dar e satisfazer suas partes. Através de nossos esforços de doação mútua e amor, nós deixamos para trás o impacto das duras forças motrizes do desenvolvimento e avançamos à meta: completa integração e equivalência com a natureza.

Nós podemos nos orgulhar de que evoluímos de forma consciente, sem fugir dos golpes como um animal, mas atingindo a força que nos governa. Isto nos eleva ao mais alto nível da natureza, à sua realização completa, para sermos preenchidos com sua força superior e bondade.

Embora não tenhamos alcançado a meta, temos o desejo de alcançá-la. Isso também deve ser importante para nós, apesar de ainda estarmos no início do caminho. No entanto, nós esperamos poder alcançar esta meta elevada.

(Com base no artigo do Rabash “Propósito da Sociedade (1)”

Ser Forçado A Amar

Dr. Michael LaitmanPergunta: Que devo eu fazer com o ódio para com os meus amigos que revelo no meu caminho espiritual?

Resposta: Aprenda com os autores do Livro do Zohar. Reunindo-se de forma a se “ocuparem com a Torá”, isto é, para descobrir o Criador, eles sentiram primeiro o ódio para com cada um deles. Este foi o resultado do grande trabalho de conexão que fizeram anteriormente. Cada vez um novo estado, um novo desejo de receber, uma nova Reshimo (gene informativo) foi-lhes revelado – e todos sentiram isso como corrupto: “Odeio os outros e amo-me a mim próprio, quero tudo para mim próprio”.

Esta é a preparação correcta: a revelação de novas condições que tenho de corrigir agora. Primeiro descubro a corrupção e depois trabalho na correcção, para a qual preciso da Torá. É dito: “Eu criei a inclinação ao mal, e criei a Torá como tempero”. Quando a inclinação ao mal é revelada, eu posso dirigir-me à Torá pedindo ajuda.

Se você não descobre o mal desde o início, você não alcança a Torá tampouco. Neste caso você não aprende o método da correcção, mas a teoria. A “Torá” é a Luz que Reforma que você atrai das escrituras dos Cabalistas na medida em que você descobre o mal dentro de si e sofre porque você não o quer. Isto porque você anseia pela doação, e o mal que lhe é revelado perturba-o por não o deixar atingi-lo. Não é que lhe traga infortúnios ou azar nesta vida; impede-o de alcançar a doação em particular.

Portanto a preparação para a lição é a coisa mais importante, como Baal HaSulam escreve na “Introdução ao Estudos dos Dez Sefirot”, item 17. É assim como a pessoa deve abordar o estudo. Onde quer que a pessoa estude você pode verificar: alcançaram eles o reconhecimento do mal? Eles não batem apenas no peito e confessam, mas descobrem realmente o mal neles?

Uma pessoa não descobre isto em relação aos seus vizinhos, colegas, ou membros da família, mas apenas em relação aos amigos, quando ela os detesta em vez de amá-los. Ela tenta conectar-se a eles com todo o seu coração, com toda a sua vontade, mas não consegue. Em vez disso, ela sente o quão odioso e repulsivo é simplesmente esse pensamento.

Não há maior rejeição e desaprovação – afinal de contas, é como se você fosse forçado a amar. Chega-se a sensações muito difíceis. É quando você deve empenhar-se na Torá, isto é, no método de correcção.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/3/12, “Introdução ao TES

Por que Rugem As Armas?

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que podemos dizer a uma pessoa que está hoje sentada no abrigo sob o ataque de mísseis na parte sul de Israel?

Resposta: Que ela deve juntar-se à disseminação da nossa mensagem porque este é o único meio pelo qual o mundo se tornará um lugar melhor. Através da nossa mensagem receberá a “Luz”, isto é, a força da correcção. Não há outra forma e nenhuma outra acção que traga a força reformadora superior. A sabedoria da Cabalá está baseada na atracção da Luz que Reforma.

Claro, devemos fornecer explicações adicionais, mas em geral, devemos perceber que as massas irão abordar a espiritualidade facilmente. Elas não sentirão quaisquer subidas ou descidas e não terão perguntas difíceis. Ao contrário de nós, elas não têm um “mais” (positivo) e um “menos” (negativo), mas apenas um “menos” (negativo), vazio, que é preenchido pela união. Entretanto, elas aprovarão ligar-se de forma a preencher-se a elas próprias.

Assim elas poderão poupar-se de muitas situações desagradáveis no caminho e em dez lições estudarão o que para si levou de dez anos. Quando você olha para o seu grupo, você irá interrogar-se: “Durante quinze anos eu aprendi a detestar os amigos, enquanto que eles se amam depois de várias lições”.

Isto é o que você verá. Afinal de contas, você está a realizar correcções e eles não. Eles aprenderam simplesmente como receber prazer correctamente, eles apanharam a direcção correcta: “Unir? Então vamos unir-nos, desde que recebamos prazer”. Mas você, olhando para eles de lado, irá invejá-los.

Devemos remeter-nos a pesquisa científica e logicamente convencer a pessoa que devemos unir. Então a pessoa perceberá a razão para tudo o que ocorre – o nosso desequilíbrio com a natureza – e concordará ligar-se de forma a alcançar equilíbrio com ela.

Eu devo ter uma atitude equilibrada para com o mundo inteiro, incluindo a ecologia, a família, os amigos, e por aí fora. Eu tenho de tornar-me aquele que doa, ou seja, uma parte do todo corrigida e que funciona bem. Basta que concorde dirigir-me nessa direcção, e a tendência mudará imediatamente. Entretanto tudo funcionará. As nuvens abrirão e veremos o céu azul, por assim dizer.

Pergunta: Portanto com quem deve a pessoa unir-se?

Resposta: Com o mundo, mas primeiro, com o grupo. Não é suficiente amar o mundo enquanto se está fora dele, como as celebridades que nos dizem na TV: “Quem o ama mais do que eu?”. Isto significa que teremos de juntar as pessoas em grupos.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/3/12, “Introdução ao TES

Banho De Sol Saudável Sob A Luz Que Reforma

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que nós devemos focar durante a leitura do Zohar: na Luz ou na deficiência?

Resposta: O que você pode fazer com a Luz? Nós só sabemos que existe uma força grande e perfeita na natureza que é boa e benevolente em relação ao bem e ao mal, isto é, para com aqueles que querem avançar de acordo com suas leis e aqueles que não querem.

Nós estamos realmente num campo de Luz, onde reside o atributo de doação. É semelhante às leis da física, que determinam o comportamento de qualquer campo de força, tal como o campo electromagnética ou gravitacional. Para que este campo nos influencie de forma mais eficaz, nós devemos manter suas condições e nos assemelharmos a ele. Assim, ele agirá sobre nós mais fortemente.

Nossa sensibilidade a este campo depende do quanto queremos nos corresponder a ele. Toda a natureza inanimada, vegetal e animal se mover naturalmente em direção à Luz, ao passo que o homem não o faz. Cada vez, ele precisa determinar sua atitude em relação à Luz, como se devesse se virar e colocar sob a influência mais adequada e eficaz.

Graças ao fato de que a pessoa se transforma em diferentes ângulos em relação à Luz, ela estuda a Luz, começa a conhecer sua natureza, o desejo, e o fim de seu desenvolvimento e sua forma. Ela entende por que tem que se transformar especificamente desta maneira. Como resultado, os atributos e desejos são evocados nela, que a obrigam a olhar para a influência adequada oculta na Luz.

Ao fazer todo esse trabalho, a pessoa estuda a criação e as forças que agem nela: o desejo de receber e o desejo de doar. Não há mais nada além disso. A mente que ela alcança durante este processo pertence ao nível superior, ao Criador. Isto ocorre porque nem a Luz nem o desejo pertencem ao nível superior, à Divindade.

A mente do Anfitrião, que cria e controla tudo é que gerencia tanto a Luz quanto o vaso. Como resultado da pessoa virar seu vaso a cada vez em direção à Luz, ela começa a compreender a criação e a conhecer a mente que está acima do vaso e da Luz. Essa é a chance que nos foi dada: atingir a mente atuante (em ação). É como olhar para uma mesa e, com isso, atingir a mente do carpinteiro. Este é todo o nosso trabalho.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/03/12, O Zohar

Equilíbrio No Nível Dos Pensamentos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você definiu a ordem do mundo moderno da seguinte forma: “A falta de participação mútua nos levou à perda de um ponto de referência”. Será este o resultado final?

Resposta: Esta é simplesmente a consequência da nossa incapacidade de utilizar as duas forças: doação e recepção (que é referida como falta de participação mútua). Isto leva à perda de um ponto de referência, e nós não entendemos onde estamos. A falta de participação mútua significa que a força de recepção e a força de doação dentro de mim não estão equilibradas, e é por isso que não sou capaz de me comprometer com ninguém.

Eu não entendo onde estou por causa da minha falta de equilíbrio interior. Isso ocorre porque eu vejo através dos meus canais de percepção, e quando eles são tortos e desequilibrados, eu vejo um mundo torto e não entendo o que está acontecendo com ele.

Isso é óbvio em funcionários do governo, economistas e banqueiros, que não são capazes de encontrar o caminho para o nosso mundo. Eles não vão encontrá-lo! Eles farão o que puderem para esticar as coisas e adiar o fim, tanto quanto possível. Desta forma, eles vão continuar caindo em estados ainda piores até que milhões de pessoas saírem para as ruas e começarem os problemas no nível de uma guerra mundial, epidemias e cataclismos naturais.

Isto é sobre o mundo das forças, e nós possuímos a maior força em toda a natureza. À medida que equilibrarmos as forças dentro de nós no nível humano, o nível mais alto de todo o sistema, nós equilibramos o universo inteiro, em todos os outros níveis da natureza: animado, vegetal e inanimado.

Isto é porque nós estamos no mais alto grau de poder e compreensão. Nós temos a capacidade de estabelecer o equilíbrio entre as forças mais delicadas que existem na natureza: o poder do pensamento. Todas as outras forças são inferiores ao poder do pensamento. Essas são forças muito corporais ativados pelo poder do pensamento.

Este poder não é o poder dos nossos pensamentos, mas do pensamento contido na natureza, o programa comum, o motor que funciona e gira tudo.

Portanto, nós estamos num ponto especial do nosso desenvolvimento. Até agora, a natureza nos dominou totalmente, e nos trouxe ao ponto mais baixo do nosso desenvolvimento. Agora, nós temos que subir por conta própria e adquirir a força contida na natureza: a força do equilíbrio entre o bem e o mal, entre o egoísmo e o desejo de doar, entre a força de recepção e a força de doação.

Se conseguirmos adquirir este instrumento que vai nos ajudar a combinar estas duas forças, vamos ganhar o poder sobre toda a natureza diante de nós. Afinal, nós e a natureza estamos no mesmo sistema, e estamos nos tornando um elemento ativo na mesma, um elemento vivo, em movimento e em desenvolvimento, que dá força vital a todo este sistema.

Nós podemos chamar esta força de Luz que anima todo este sistema. Então, segue-se que você revive todo este sistema.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 12, 16/12/11

Um Medicamento Para O Dia Inteiro

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que uma pessoa pode fazer durante a leitura do Livro do Zohar, a fim de ficar em contato com o grupo durante todo o dia?

Resposta: Você recebe certo medicamento de manhã, uma injeção. Suponha que eu tenho pressão alta. Eu tomo um comprimido de manhã para que eu possa me sentir bem o dia inteiro. A pílula faz o seu trabalho porque trabalha no mesmo nível: inanimado, vegetal e animal.

Por outro lado, o nosso desenvolvimento espiritual depende dos nossos esforços. Minha cura depende da minha participação. Por quê? Porque graças a cura, a partir do nível animal, eu atinjo o nível humano (do homem).

Então, não basta tomar uma “pílula” de manhã, por exemplo, meia hora antes de ler O Livro do Zohar, quando estou muito entusiasmado e comovido até as lágrimas pelas fortes emoções. Não é o suficiente. Eu tenho que organizar uma programação diária para que eu possa estar sob esta influência o resto das 23,5 horas.

Em nosso mundo, a pílula tem um efeito sobre mim por 23,5 horas se eu a ingerir por meia hora. Gradualmente, à medida que os sucos digestivos são extraídos, a pílula libera todas as substâncias que contém de modo que estas são absorvidas pelo corpo durante várias horas.

Nos temos que fazer o mesmo. No entanto, a pessoa não pode fazer isso porque ela está constantemente em seu nível, enquanto aqui, ela tem que estar entre os dois níveis. Dois níveis, como diz O Zohar, são as letras “Hey” superior e “Hey” inferior. O “Hey” superior é Bina que age em mim, e eu sou Malchut, o “Hey” inferior. O que deve estar entre nós? O Criador.

Então, eu tenho que colocar o Criador diante de mim, o que significa que todos os despertares que minha Malchut sente, o meu desejo, como resultado de receber meia hora de “infusão”, toda a sua preparação potencial para a correção, tudo deve ser revelado praticamente durante as 23,5 horas. Eu tenho que ajudá-la tentando não me separar do objetivo: “Israel (aquele que anseia pelo Criador), a Torá (a Luz que as reformas), e do Criador são um”. Para isso eu recebi a injeção.

Claro, eu só posso fazê-lo com a ajuda do grupo em que estamos em um pensamento e, portanto, influenciamos uns aos outros. Não há outra escolha. Uma pessoa não pode fazê-lo por si mesma. Mesmo que ela escreve milhares de memorandos e os coloque em toda parte, ela não vai vê-los. Mesmo que ela pegue um servo para lembrá-la, ela não vai ouvi-lo.

Isso só é possível na forma que está acima dela, quando a força que a obriga a ouvir, isto é, para estabelecer uma conexão entre as duas letras “Hey“, vem até ela. Você só pode fazer isso no grupo.

Portanto, a garantia mútua é expressa quando você está nessa atividade, na absorção do medicamento que já está dentro de você. Se você o engolir e não usá-lo, é como se você recebesse veneno de uma cobra, porque todo remédio é veneno. Não é por acaso que o símbolo da medicina é uma cobra enrolada em torno de um copo de veneno.

Se você não usar esse meio corretamente, ele se torna a poção da morte. Então, você vai descobrir isso através do sofrimento e não da Luz. Esta é a mecânica, e ela deverá funcionar desta maneira. Não há nada aqui exceto as leis da natureza.

Esta é a raiz de todos os erros que as pessoas fazem ao longo de suas vidas e ao longo da história humana. Você poderia escrever romances inteiros sobre o assunto, mas a humanidade já não tem tempo para lê-los…

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/03/12, O Zohar

Um Grama De Prazer

Dr. Michael LaitmanPergunta: Uma pessoa é realmente capaz de matar alguém só por um grama de prazer?

Resposta: Isso pode parecer um exagero, mas é verdade. Se tivéssemos que colocar uma pessoa em circunstâncias especiais, onde ela não seria punida por isso e estaria certa de que receberia um pingo de prazer sem quaisquer consequências indesejáveis, ela faria certamente isto.

O homem atinge tal nível de egoísmo em que é incapaz de considerar alguém – é assim que o homem é feito. Isso não diz nada sobre se ele é uma boa ou uma má pessoa, isso é apenas uma conseqüência natural do nosso desenvolvimento egoísta.

Isto é verdadeiro em relação a cada pessoa, mas nós não devemos esperar chegar a este ponto. Se nós já vemos a tendência da evolução e o processo como uma “pessoa sábia” ou como “um sábio que vê o novo estado que só agora se revela”, isso significa que podemos conjecturar como este processo vai acabar.

Por que devemos levar a humanidade a um ponto em que começaremos a consumir e destruir impiedosamente um ao outro? Mesmo agora, depois de um pequeno golpe, já podemos compreender que não devemos agir dessa forma, e que devemos mudar o nosso comportamento como uma criança inteligente.

Da “Conversa sobre Educação Integral” # 12, 16/11/12

Análise Da Natureza Humana

Dr. Michael LaitmanDurante os esclarecimentos, surge a pergunta: “O que exatamente precisamos mudar em nós mesmos a fim de adquirirmos uma maior equivalência com a natureza?”. Afinal, se nós alcançarmos a harmonia e o equilíbrio com ela, vamos sentir conforto, realização e paz. Vamos parar de sentir a pressão que se expressa como problemas que crescem como uma bola de neve, guerras, brigas e divórcios nas famílias, doenças, epidemias, tsunamis e outras manifestações de cataclismos naturais. Portanto, o que exatamente precisamos mudar em nós mesmos?

A busca de uma resposta a esta pergunta nos leva à investigação da natureza humana. A natureza interior do homem é o desejo: o desejo de viver, de se sentir bem e desfrutar; em outras palavras, uma constante busca por satisfação. Parte desses desejos é, até certo ponto, vazia. Digamos que eu queira descansar, ou seja, quero satisfazer o desejo por descanso, e se eu quiser comer, eu desejo satisfazer meu desejo por comida.

Normalmente, eu tenho desejos por comida, sexo, família, dinheiro, honra, poder e conhecimento. Estes são os desejos básicos, que incluem em si todos os outros. Todo desejo que satisfazem as necessidades do meu corpo por alimento, família e procriação, bem como os desejos “humanos” em mim por riqueza, honra, poder e conhecimento, são divididos em diversos outros desejos e seus derivados. Se eu não tenho escolha e entendo que com a ajuda desses desejos devo me unir às outras pessoas, a fim de me equivaler à força da natureza (a lei única), então vou precisar corrigir cada um dos meus desejos.

Em última análise, todos estes desejos juntos são chamados de “desejo de desfrutar” ou “desejo de receber prazer”. Aonde eu devo direcioná-los, a fim de corrigi-los? Eles precisam ser direcionados em benefício de todos. Se eu apenas me satisfaço, tal desejo é chamado de “egoísta”. Portanto, eu dirijo cada um dos meus desejos para o bem comum e aceito somente o que é para o benefício de todos.

Acontece que nós não temos outra escolha. Se nós somos todos como uma família, eu tenho que levar todos em consideração e pensar em todos como um todo. A lei que me obriga a isso também é única. É por isso que eu preciso direcionar cada um dos meus desejos a todos. E é aqui que surge o problema: Como isso pode ser alcançado?

Mesmo que eu entenda isso e os cientistas o confirmem (psicólogos, sociólogos e cientistas políticos, por unanimidade declaram que isso é verdade e que não temos outra saída), e da minha própria experiência de vida eu vejo que não há outro método, mesmo assim, a minha natureza sempre acredita no contrário. Ela acredita que, antes de tudo, eu preciso receber para mim mesmo, prover as minhas próprias necessidades e não me preocupar com os outros. Talvez eu devesse cuidar deles, mas desde que isso me faça sentir bem.

No entanto, isto não é suficiente. Afinal, eu não me sinto assim em relação à minha família. Numa família corrigida, eu penso imediatamente em todos os seus membros como uma única pessoa e não calculo como fazê-los se sentir bem para que eu me sinta bem com isso.

E essa lei quer nos obrigar a considerar todos como um só, o mundo inteiro como uma única família, para que possamos começar a nos acostumar com isso. Então, o que exatamente nós precisamos fazer para isso? Cada um de nós deve se preocupar com os outros e todos nós, juntos, devemos construir o sistema de uma nova educação integral que nos conectará e, através de várias influências e atividades, provará que não há outro caminho.

De KabTV “Uma Nova Vida” Episódio 4, 1/1/12