Quem Salvará O Afogamento?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Em meados da década de 1960, houve um incidente em Paris, quando uma pessoa se afogou numa piscina na frente de 150 testemunhas oculares, porque ninguém veio em seu socorro Se houvesse apenas uma pessoa lá, ela a teria salvo, mas agora é como se a responsabilidade fosse diluída entre 150 pessoas. Então, a lei é de que quanto mais pessoas existirem, menor a responsabilidade pessoal de cada uma delas. Como podemos fazer com que essa lei seja integral?

Resposta: O que significa “garantia mútua”? Eu sou responsável por todos. O geral e o particular são iguais em seu poder e influência: é isso que significa a lei da garantia global mútua.

Se dentro do sistema integral final (e nós o tomamos como ponto de partida de qualquer explicação), estiver faltando até mesmo uma partícula minúscula – eu, você ou ele – este não será capaz de funcionar. Não será capaz de operar 100%. Ele vai quebrar, e não 99% ou 50%, mas 100%, porque um sistema integral implica a participação de absolutamente todos.

Em última análise, a lei é tal que um é igual a todos, um é importante para todos. Não há ninguém que possa escapar disso, optar por não participar.

Na educação integral nós apresentamos um exemplo simples: nós (toda a humanidade) estamos num grande barco Se eu fizer um buraco debaixo de mim no fundo do barco, todo mundo se afoga. Eu posso dizer: “Sinto muito, amigos, este é um assunto pessoal. Eu quero me afogar. Ou quero tomar um banho. É isso! Não tem nada a ver com vocês. Que direito vocês têm de entrar em meu território e me advertir ou mandar em mim?”.

Se nós existimos no âmbito de uma lei da natureza (no mesmo barco, como na Arca de Noé), se alguém fizer o buraco, vamos todos nos afogar.

Assim, conclui-se que a responsabilidade não pode ser distribuída entre todos. Pois para cada pessoa a responsabilidade é a mesma como é para todas as outras. É por isso que cada pessoa que está ao redor da piscina e vê que alguém está se afogando, deve imaginar que se ela não fizer nada, ninguém o fará. Então, todos mergulhariam na água.

De “Lições sobre o Novo Mundo” # 8, 15/12/11