Processo De Transição E Moda

Dr. Michael LaitmanPergunta: Sempre que você diz que as pessoas vão voluntariamente renunciar à produção desnecessária, eu tenho dúvidas.

Resposta: Elas não vão renunciar a ela. O ambiente deve influenciar a pessoa de tal forma que ela simplesmente pare de perseguir isso. Assim como não estamos mais interessados ​​em brincadeiras de crianças, porque agora somos adultos e temos outros interesses, o mesmo vai acontecer aqui. Vamos involuntariamente começar a perseguir algo que é mais importante para nós, mais gratificante.

Conforme eu mudar, vou exigir satisfações cada vez mais refinadas, e é por isso que eu não vou mais estar interessado em adquirir um carro de ponta ou roupas da moda de um estilista famoso. De repente, eu percebo que estou esquecendo tudo isso, como um cientista que se torna absorvido pelo seu trabalho, paixão e sente satisfação por estar ocupado com fórmulas ou pesquisando camundongos, e é isso! Não faz nenhuma diferença para ele o que comer ou o que vestir: é assim que uma pessoa profundamente imersa em algo sente.

Em nosso tempo, está na moda demonstrar uma atitude deliberadamente desconsiderada para com a moda (“não faz diferença o que comer ou como se vestir”), quando as pessoas das artes e outros círculos querem mostrar que estão um pouco acima do nosso mundo, por assim dizer.

Há certo movimento nisso, um desejo de mostrar que a pessoa tem outras preocupações, outros interesses, e não se preocupa com certo smoking com gravata borboleta. Toda essa moda (jeans cheios de furos e assim por diante) demonstra, supostamente, aspirações internas em relação a algo e um desprezo pela externalidade. As horríveis tatuagens, anéis e piercings em vários lugares, não são adornos de uma pessoa, mas tentativas de expressar o nosso estado interior através dessas imagens externas.

Este é um processo de transição, quando é realmente importante reconhecer a insignificância total e a loucura dessas tentativas.

Não obstante, este é um bom exemplo da influência do ambiente sobre a pessoa. Tudo isso são oferendas à moda. Não há nada a ser feito. Até que passe, seja como resultado da crise ou como conseqüência de uma ascensão, nada vai mudar.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 6, 14/12/11