Coerção Ou Realização?

Dr. Michael LaitmanA lei bíblica “ama ao próximo como a si mesmo” não está falando sobre  o presente ou o passado. Até mesmo as religiões abandonaram esse objetivo há muito tempo como algo inatingível e voltaram sua atenção para os problemas cotidianos: ajudar as pessoas em algumas coisas, protegendo-as de outras, oferecendo apoio psicológico, e não mais do que isso.

No entanto, hoje, nós podemos ver que a natureza está nos obrigando a isso. Isso significa que precisamos explicar a nós mesmos e a todos que, sob a influência da mídia de massa e da sociedade, nós podemos começar a mudar o ser humano, desde que não sejam mentiras como durante o regime soviético.

As palavras certas foram ditas lá, as metas foram definidas, mas elas não foram acompanhadas da educação das pessoas. Havia apenas muita conversa sobre educação e criação de uma nova identidade Soviética. “Um novo indivíduo”, “nunca houve nada parecido no mundo antes”, e assim por diante, estas maravilhosas palavras correspondiam perfeitamente a metodologia integral. Mas, na realidade, tudo aquilo não existia. A única coisa que existia era a coerção, o que não pode ocorrer em qualquer circunstância! Não pode haver medo, golpes, destruição, terrível pressão ou qualquer outra coisa realizada pelo regime soviético.

A transformação não deve ocorrer por meio da coerção, mas através da realização. A realização virá com a crise, e não há nenhuma outra maneira fora dela.

Acontece que, enquanto no regime soviético isso era necessário para alguns, mas não todos, hoje é o oposto: é essencial para todos, porque não há outra maneira de sair do nosso estado. Caso contrário, nós teremos que enfrentar guerras mundiais e a destruição mútua. Onde mais poderia o nosso egoísmo nos levar? Todos nós entendemos que ele só pode conduzir a isso.

Portanto, a nossa próxima formação social é ou o nazismo, o fascismo e a destruição mútua, ou o movimento consciente para a frente, onde nós criamos por nossa própria conta um novo nível, isto é, trabalhamos em nossa própria educação.

Da ” Conversa sobre a Educação Integral”# 5, 13/12/11