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Nós Estamos Esperando A Convenção De Arava?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Há milhares de estudantes em todo o mundo que leem O Zohar conosco durante a aula matinal. Esta é uma força qualitativa muito potente e elevada. Por que nós não sentimos os resultados dos nossos estudos? Por que a correção não vem agora? Por que temos que esperar a convenção de Arava?

Resposta: Nós não temos que esperar a convenção! A correção pode vir agora. Ela realmente pode! Tudo depende dos nossos esforços, não do tempo ou lugar.

No entanto, uma vez que nós existimos na estrutura espiritual chamada “este mundo”, nós só conseguimos ser impressionados por ações externas, e não por mudanças nos desejos e intenções.

Afinal, o que são os nossos corpos, mãos, pernas, e toda a matéria que vemos à nossa volta? Eles são os nossos desejos. Apenas que esses são desejos no nível inanimado, para que possamos trabalhar com eles, mesmo sem intenções. Nós os estabelecemos e recebemos impressões por eles.

No entanto, estes são desejos! E nós os usamos porque existimos neles. Quando avançarmos a um nível mais elevado, não importará mais se estamos numa convenção em Arava ou no meio de um mercado barulhento.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 16/12/12, O Zohar

Uma Mina De Ouro De Bons Relacionamentos

Pergunta: Você deu um exemplo que em uma sociedade integrante para que eu sirva uma xícara de chá para mim, primeiro tenho que ter certeza que todo mundo tem chá. Como devo entender isso?

Resposta: Eu dei o exemplo, que metade do mundo está morrendo de fome, enquanto a outra metade está jogando fora dois terços do que está consumindo. Então, por que vivemos em um mundo assim? Não é disso que o terror vem, todos os outros problemas e guerras sem sentido, o desperdício de energia, a poluição da natureza.

Pergunta: Mas agora, se eu quiser beber um copo de água, como devo agir corretamente, de acordo com seu exemplo?

Resposta: Vamos estudar a forma de se preocupar com o outro dentro do nosso grupo. Depois, vamos passar do grupo para as nações, e vamos começar a construir sistemas de relações entre eles, que nos permitam progredir em direção a uma vida mais equilibrada. [Leia mais →]

No Estado Pré Natal

Dr. Michael LaitmanA fim de compreender e se estabelecer no mundo moderno que muda rapidamente, nós precisamos saber o seguinte: Quais são as mudanças que devemos atravessar e por que precisamos fazer essas mudanças? Qual é a razão para a nossa atual falta de sucesso em tudo que fazemos? Quais os meios que nos ajudarão na transição para o novo estado?

Será que nós podemos considerar nosso estado atual como pré natal, onde a mãe que dá à luz a nós é a natureza, tanto a nossa natureza interna quanto externa que está pressionando e obrigando-nos a atingir um novo estado?

É este o processo natural para o desenvolvimento da humanidade? Afinal, se nós soubéssemos disso com antecedência, poderíamos antecipar este processo.

Pessoas que viviam em tempos de escravidão não sabiam o que viria de uma nova sociedade que lhes daria certa liberdade. Elas pensavam que a escravidão era o estado mais conveniente, pois não precisavam se preocupar com si mesmas. Eu estou preparado para trabalhar quando sei que alguém vai cuidar da minha comida e abrigo. E não preciso de mais nada.

Isto é o que uma pessoa pensava quando se tornava escrava. Ela esperava que o proprietário cuidasse dela e estava pronta para trabalhar para ela. O proprietário estava interessado em dar ao escravo alimentação, moradia, condições de vida normais e boa saúde, desde que ele ganhasse mais do que investiu no escravo. Então, eles conviviam nestes termos mutuamente benéficos.

Mas, de repente, ficava claro que não era mais benéfico para o proprietário manter um escravo que exigia um investimento maior do que o lucro que trazia. Porém, e se eu desse a ele liberdade, onde concordássemos que ele permanecerá perto de mim e continuasse a trabalhar, e de seu trabalho, eu recebesse uma porcentagem: isto é melhor do que pensar em lhe sustentar.

Deste modo, a sociedade evoluiu para um novo grau. Ainda hoje, nós estamos em algum estágio de desenvolvimento racional para um novo estado. Então, por que não somos capazes de ver e planejar este novo estado?

Nós temos mentes suficientemente grandes e a vasta experiência de toda a história da humanidade; temos a ciência, os cientistas, e um mundo altamente desenvolvido. Por que, de repente, nos tornarmos pequenos, patéticos, cegos, incapazes de qualquer coisa, apesar das nossas comissões e agências internacionais, institutos de pesquisa e universidades, exércitos de psicólogos, sociólogos, economistas e especialistas financeiros?

Com tudo isso, não há nada que possamos fazer. Então, o que falta aos nossos cientistas para encontrar a solução? Isso nós deixa tão sem esperança que agora nós estamos tendo aulas para encontrar a solução. Nós não podemos mais contar com a experiência. Agora, nós temos que estudar artificialmente esta nova vida da qual estamos nos aproximando.

De KabTV, “Uma Nova Vida” 27/12/11

Através Dos Óculos Da Visão Integral

Dr. Michael LaitmanPergunta: No método da educação integral, é dada especial atenção para a correlação entre a mente e os sentimentos. No mundo corpóreo do egoísmo e da alienação, os desejos e pensamentos estão bem escondidos dentro de uma pessoa e muitas vezes são inacessíveis por sua consciência. Geralmente, como regra, isso gera sentimentos negativos: raiva, irritação e dor. Qual é o caminho certo para conectar os sentimentos de modo que eles não impeçam a comunicação entre as pessoas?

Resposta: O método da educação integral, em primeiro lugar, leva em conta o fato de que os sentimentos e desejos são primários.
Nós não sabemos de onde vêm e como eles surgem em nós. Todas as qualidades de nossa mente e os pensamentos destinam-se à realização desses sentimentos e à nossa satisfação.

Nosso desejo básico é o desejo de desfrutar. Quem, o quê e como são as conseqüências. Divirta-se! É por isso que toda a nossa mente só se desenvolve na medida de nossos desejos e apenas para servi-los. Grandes desejos desenvolvem uma grande mente numa pessoa. O egoísmo, que cresce de geração em geração e ao longo da vida de uma pessoa, desenvolve sua mente.

Se tomarmos um animal, o seu desenvolvimento praticamente termina um par de semanas depois de seu nascimento. Ele já tem todos os seus instintos e se adapta ao ambiente. É por isso que os animais nunca cometem erros. Eles sabem como se comportar, como se salvar, e como interagir com o ambiente. Sua mente e os sentimentos estão instintivamente em equilíbrio. Também neste caso, o desejo é primário e a mente secundária. Um animal entende o que é capaz de realizar em seus desejos e o que não é, e isso limita a sua mente.

Mas uma pessoa tem um grande problema aqui. A questão é que quando seu egoísmo se desenvolve, ele dá a ela desejos que ela não é capaz de perceber. É por isso que ela se fecha, se isola, se torna mais brutal, competitiva, etc.

Se seus desejos se correlacionassem com todos os outros desejos (seus e do ambiente) para que eles se complementassem harmoniosamente, não haveria conflitos, e sua mente se expandiria infinitamente.

Como a sociedade integral é uma sociedade da inclusão absoluta de todos em todos, isto significa que a pessoa adquire os desejos de toda a comunidade. Ela entende o que importa para a sociedade e, consequentemente, sua mente deixa de ser pessoal e se torna parte integral, e raciocina com ela. É como colocar óculos de visão integral do mundo, e ela entende que ela e o mundo são um todo, o que é bom para mim e o que é bom para o mundo é a mesma coisa.

Naturalmente, não há qualquer contradição nesta correlação harmoniosa entre ela e o mundo. Ela pode simplesmente se abrir sem medo; ela entende, vê e sente tudo em conformidade com o isso, e participa ativamente de cada ação, em tudo. Todas as suas razões para ser infeliz ou competir com os outros desaparecem.

Então, nós precisamos trazer a pessoa a esse estado sem limitar seus desejos, pensamentos e mente, e precisamos agir de uma maneira completamente diferente desde o início para lhe explicar que ela está incluída em todos os outros e que certo desejo comum está sendo criado.
Esta coletividade de todos os desejos é essa coisa nova que estamos criando. Nós estamos criando o sistema de “Adão”, o nosso desejo comum e nossa mente comum em conformidade com ele. Algo integral surge acima de nós, e nós existimos nele.

Desta forma, nós não prestamos nenhuma atenção à pessoa, mas apenas ao seu objetivo, sua inclusão nesta coletividade, o próximo nível do nosso desenvolvimento. Nós não a limitamos; ela não sente que está sob pressão. Ela não tem nada a esconder. Ela praticamente permanece como está, mas todo o seu desenvolvimento é dirigido no sentido da integração.

A harmonia entre os sentimentos e a mente se desenvolve como à medida que ela começa a sentir uma interconexão cada vez maior entre ela e os outros, como a que o mundo atual impõe a nós, mas ainda não estamos preparados.

A educação integral pretende direcionar o homem a começar a sentir o “nós”, a humanidade coletiva, e agir com base nela. Só então ele vai sentir como seu estado é livre. É exatamente aí que seu livre arbítrio e a liberdade de comportamento vão se manifestar, mas apenas uma vez que ele se inclua neles.

Mas se ele sai novamente deste estado, ele cai em seu pequeno egoísmo e os mesmos problemas começam de novo. Desta forma, a natureza nos ajuda, mostrando-nos que o descanso só pode ser encontrado na integração, e no isolamento numa prisão e na ausência de liberdade.

Da “Palestra sobre Educação Integral” # 9, 15/12/11

Não Brinque Com Fogo

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, Item 97: Por isso, nossos sábios nos advertiram em muitos lugares sobre a condição necessária para a prática da Torá, que será especificamente Lishma, de uma forma que a pessoa receberá a vida através dela, pois ela é uma Torá da vida, e é por isso que nos foi dada, como está escrito, “portanto, escolha a vida”.

Essa é uma condição muito importante e eu diria muito assustadora. Há um aviso muito sério nela que é proibido usar a Torá, ou seja, o método da Cabalá, de maneira errada. Afinal, há Luz em todos os livros de Cabalá, e se a pessoa usa-los de forma errada, em vez da poção de vida ela recebe a poção da morte. É uma arma muito forte, como a radiação, que pode ser utilizada beneficamente em diferentes técnicas e na medicina, mas que também pode matar. O fogo também pode ser destrutivo, por um lado, enquanto por outro lado, pode nos ajudar e nos aquecer.

O poder da Luz é o maior poder na natureza. Nós temos que saber como usá-lo. Portanto, os sábios primeiro proibiram o ensino da sabedoria da Cabalá para todos, exceto para aqueles que tinham a intenção altruísta de Lishma (doação).

Mas como alguém pode mudar esta intenção? Existem várias condições preliminares aqui.

No nível humano geral, as pessoas não têm necessidade de estudar o método da Cabalá. Mas, às vezes, surge a pergunta: “Qual é o sentido da vida?”. Depois, eu me volto à Cabalá. Em seguida, outra pergunta surge: “Pra que estou estudando; é para que eu me sinta bem ou para que eu possa alcançar Lishma?”.

No início, a pessoa quer saber qual é o significado da vida. Ela ainda não sabe muito sobre as intenções. O Baal HaSulam diz que apenas a intenção de Lishma, que é para doar, é a condição que possibilita ensinar uma pessoa o método da Cabalá. Nesse caso, não há dúvida de que ela vai estudar corretamente. Embora ninguém comece neste nível, deve-se alcançá-lo!

Portanto, a pessoa deve participar de um grupo onde encontre um professor e livros. Se todos esses fatores se juntam corretamente, embora a pessoa ainda não seja digna, ela pode ser autorizada a se conectar com o método da Cabalá, que pode leva-la à intenção de Lishma.

Portanto, deve haver uma estrutura muito clara: amigos, um professor e o estudo. Assim, a pessoa não se confundirá e não sairá do caminho. Caso contrário, o “elixir da vida” vai se tornar a “poção da morte” para ela.

Até que a humanidade esteja preocupada, não sentirá a necessidade disso. Abraão, em seu tempo deu aos filhos das concubinas “presentes”, que eram as práticas orientais que se adaptavam ao seu nível de desenvolvimento. Então, ele os enviou ao Oriente para fazer coisas que hoje chamamos de “Nova Era”.

Disso devemos entender como as coisas se desenvolveram. Como resultado da quebra, a Torá foi disseminada entre todos os povos e permaneceu com o povo de Israel. Mas que tipo de Torá? Como o método da Cabalá pôde ser estudado durante o exílio, na intenção egoísta?

Finalmente, quando fomos para o exílio, não tínhamos a Torá verdadeira, mas a sua “maquete”. Nós continuamos chamando os livros Cabalísticos de “livros sagrados”, mas não há Luz neste Torá. Rabi Chaim Vital escreveu sobre isso e assim o fez Baal HaSulam.

Mas se a pessoa precisa da Torá a fim de mudar para a intenção de Lishma, ela é atraída à sabedoria da Cabalá, onde existe realmente a Luz que Reforma. Proibiu-se usar essa sabedoria durante o tempo de exílio, para não trazer a Luz à pessoa com a possibilidade de se tornar a poção da morte para ela.

Somente agora, quando chegamos à quebra geral e à última camada do desejo egoísta que podemos descobrir a sabedoria da Cabalá e estudá-la. Baal HaSulam escreve sobre isso nos artigos “Tempo de Agir”, “Shofar do Messias”, e outros. Trata-se da parte da Torá que transmite a Luz que Reforma. A nossa geração já está nos “dias do Messias”, quando temos que usar este método.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/02/12, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot

As Crianças São Reféns Da Crise Mundial De Alimentos

Dr. Michael LaitmanNas notícias (do The Independent): “Um quarto das crianças ao redor do mundo não está recebendo nutrientes suficientes para crescer adequadamente, e 300 morrem de desnutrição a cada hora, segundo um novo relatório que disseca os efeitos da crise mundial de alimentos.

“Há 170 milhões de crianças menores de cinco anos cujo desenvolvimento foi retardado pela desnutrição devido à falta de comida para eles e suas mães que amamentam, e a situação está ficando muito pior, de acordo com pesquisa realizada pela instituição Save the Children.

“No Paquistão, Bangladesh, Índia, Peru e Nigéria – países que são o lar de metade das crianças raquíticas do mundo – aumentos recentes nos preços globais dos alimentos estão forçando os pais das crianças desnutridas a cortar a comida e tirar as crianças da escola para o trabalho.

“Um terço dos pais entrevistados disseram que seus filhos rotineiramente reclamam que não têm o suficiente para comer. Um em cada seis pais nunca têm dinheiro para comprar carne, leite e vegetais. Sugere-se que… meio bilhão de crianças vai estar física e mentalmente prejudicado ao longo dos próximos 15 anos”.

Comentário: Se os países desenvolvidos não conduzissem a África à fome, e se nós simplesmente parássemos de jogar fora comida extra, nós poderíamos alimentar o mundo. Então, o problema não é uma crise de alimentos, mas uma crise humana!

A Aspiração Deve Ser Conquistada

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso saber que o desejo que desperta em mim, será creditado a mim? Afinal, todos os meus desejos chegam de fora, e a razão de eu pensar desta ou daquela maneira é porque alguém está me forçando?

Resposta: Se você vem para o grupo contra a sua vontade e recebe um despertar dos outros, isso será creditado a você. Isso significa que você atraiu este despertar, conquistou com seus próprios esforços. Você o extrai de seu ambiente pela força, e ele é considerado seu, seu vaso espiritual.

Afinal, foi você que se esforçou para se unir com os amigos. A unificação é sentida dentro de seu desejo, na aspiração que você recebeu. Esta aspiração será a adição de seu desejo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 16/02/12, Escritos do Rabash