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Bom E Benevolente

Dr. Michael LaitmanNós só podemos ver o Criador como bom e benevolente através do ambiente. Sem o grupo você simplesmente se torna como certo tipo de boneco ou ídolo que não tem nada a ver com a realidade. Na verdade, “bom e benevolente” é a força que enche a rede de conexões mútuas entre nós. Ela não existe em nenhum outro lugar.

“Criador” (Boreh) significa “venha e veja” (“Bo – Reh”), onde eu deveria alcançar a rede corrigida entre nós. Lá nós descobrimos as luzes de NRNHY e sua generalização chamada de Criador.

Assim, a força que enche nossas relações mútuas corrigidas é revelada como boa e benevolente.

Pergunta: Em nossas convenções, sob a forte influência do ambiente, parece que estamos sentindo o bom e benevolente, mas não chegamos a revelação.

Resposta: Para chegar a revelação precisamos de um vaso completo. Nós tentamos descobrir o atributo de doação, de modo que ele estará de certo modo acima de nós. Este estado não tem que ser perfeito, mas deve ser estável. Nós realmente precisamos querer que isso aconteça. Nesse meio tempo, sentimos falta da pressão, do sentimento de necessidade.

Também poderia ser que quando nos reunimos e nos conectamos, nós apreciamos isso e isso retira o sabor da qualidade. Você come, dança, abraça os amigos, se sente bem e pode ser que não deixe nenhum espaço para uma pergunta, para uma demanda. Mas a alegria e a demanda devem caminhar de mãos dadas. Tudo depende da preparação.

Pergunta: Então, o que é realmente o “bom e benevolente”?

Resposta: É quando eu descubro nos vasos de recepção e nos vasos de doação que o Criador criou tudo em Sua honra. Então, eu posso receber todo o bem e desfrutá-lo, e tudo que nós queremos é dar prazer a Ele.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/01/12, “O Estudo das Dez Sefirot

Como Abrir O Livro Do Zohar

Dr. Michael LaitmanExiste um conceito chamado “abrir o Livro”. Para abrir meios de alcançar suas profundezas, sua essência, para vir a conhecer qual força está contida dentro dele. Afinal, um livro é a fonte da sabedoria, a fonte do conhecimento e a revelação do que está por trás dele. Um livro é um conceito que consiste em três componentes: o livro, o narrador e a história.

Então, quem é o contador de histórias, o que é a história, e quem está dizendo isso? Há aquele que escreveu o livro. Ele escreveu com base em suas impressões sobre alguma coisa. Aquilo com que ele estava impressionado tem uma fonte, a fonte que criou essa imagem da qual ele ficou impressionado e que descreveu no livro. E há aquele que abre o livro, o chamado Livro do Céu, o lê, explica e diz a você sobre ele. Ele pode lhe dizer uma coisa descrevendo-a no livro. E você lê o que ele escreveu.

Também pode ser que você não o leia, mas entre diretamente dentro deste autor, deste contador de histórias, e tenha que se identificar com ele. Se você não se identifica com o Rabi Shimon, você nunca vai saber o que está escrito no Livro do Zohar. Afinal, ele vem vestido nele.

É por isso que existem dois componentes aqui (embora existam muito mais, pois é o Criador quem o “escreveu”). No mínimo, nós temos que nos vestir no Rabi Shimon. Na medida em que conseguimos nos identificar com ele, respeitá-lo, chegar até ele, e tentar nos mesclar com ele, começamos a receber impressões, a sentir e atingir o que ele transmitiu no Livro do Zohar através de várias sugestões que podem ser transmitidas de forma escrita.

Nós temos que chegar a um estado tal onde não seremos capazes de ouvir O Zohar sem o conceito chamado “Rabi Shimon”. Também estão incluídos neste conceito seus alunos, do mesmo modo que seus alunos estão incluídos nele.

O vaso espiritual do qual recebemos o impacto é chamado de “Rabi Shimon”. Esta não é uma pessoa, mas uma espécie de nuvem de qualidades, forças e definições espirituais. Este sistema, como um todo, é chamado de Rabi Shimon.

Eu estou conectado a este sistema. Eu recebo alimento dele e, por isso, é muito importante eu me aderir a ele. Quanto mais eu me misturar a ele, sentindo que estou em contato com Rabi Shimon em particular, mais eu vou perceber o que está dentro dele. Além disso, não será a impressão externa de ler o texto do Zohar, mas uma realização mais interna.

O fato de separarmos em vários componentes (o livro, o narrador e a história) algo que me transmite impressões espirituais, me ajuda a unir-me a esta impressão;  não me distancia dela. Esta é mais uma maneira de usar o conceito chamado “abrir o Livro”.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/01/12, O Zohar

O Diapasão Que Sempre Está Com Você

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como devemos sair da lição diária de Cabalá, a fim de continuarmos o trabalho interno durante o resto do dia?

Resposta: Eu recebo tudo de Cima e devo me preparar para o máximo esclarecimento independente. Cada estado deve ser dividido em duas partes. Por um lado, ele vem do Criador e eu não quero estragá-lo com os meus desejos, pensamentos e sentimentos. Por outro lado, eu entendo que não há nada para sentir exceto meus próprios vasos. Então, como eu faço isso?

A avaliação só pode ser feita de uma maneira: comparando um sentimento com outro, comparando uma intenção com outra. Para não ser tendencioso, eu devo sempre me ajustar de acordo com determinado padrão, de acordo com o grupo. Então, eu deveria fazer esforços para ser incorporado ao espírito geral do grupo, e em relação a ele, eu deveria verificar: eu me sinto bem ou me sinto mal, e como eu interpreto se é bom ou ruim de modo a avançar?

Eu sempre esclareço as coisas internamente, exigindo a Luz que reforma através do grupo, tentando esclarecer as coisas com a sua ajuda para que eu me sinta no estado oposto. A fim de fazer isso, eu preciso primeiro tentar justificar o Criador, mesmo que eu me sinta mal. Então, eu tento subir juntamente com a intenção ao bom estado, não por prazer, mas porque eu me assemelho ao Criador de acordo com a equivalência de forma. Afinal, Seu objetivo é fazer o bem às suas criaturas.

Então, eu termino o meu esclarecimento. É assim que isso acontece a cada vez.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/01/12, Shamati # 1

Não Começou A Desfrutar, Mas Começou A Viver

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso, como um órgão individual da alma geral, sentir o mal que estou causando em todo o corpo pela minha corrupção? Como posso sentir os sofrimentos da alma geral?

Resposta: Você vai senti-lo de acordo com o quanto você sente a dor da alma geral. Você deve sentir o dano; tente ser incorporado na sociedade e se conectar a ela. Então, você vai sentir de que ela sofre, e vai atribuir todo este dano a si mesmo.

O sentimento de cooperação é o resultado da conexão: tanto a alegria coletiva quanto a tristeza coletiva, o compromisso para com a sociedade e a liberdade dela. Tudo depende da pessoa, e de quanto ela se esforça para atingir o seu estado e seu sentimento.

Diz-se que a pessoa deve sentir pena da tristeza da Shechiná. Nós vemos como a humanidade sofre. Nós podemos ajudá-la?

Os Cabalistas dizem que o Criador quer ser revelado dentro dos seres criados, isto é, Ele também parece estar sofrendo, porque os outros sofrem. Seu sofrimento é completamente diferente do nosso.

Imagine uma família que tem uma criança com retardo mental. Quanto é que a criança sofre? Às vezes ela nem sente que está doente e que é diferente das outras crianças. Nós também estamos vivendo agora uma vida pacífica, sem nos preocupar com nada. Nós pensamos que está tudo bem, e ficamos surpresos quando nos é dito sobre a crise e diferentes problemas.

As pessoas protestam: “O que é todo esse ruído e o que são essas afirmações de que as pessoas estão sofrendo? Ninguém está sofrendo, tudo está bem. Não nos perturbem e nos deixem aproveitar a vida!”. Mas este tipo de vida é como a vida de uma criança com retardo mental que não tem conhecimento de sua condição. Ela brinca com alguma coisa e é feliz. Para outros a sua condição é fisicamente aparente, mas a criança está feliz, ela não sofre. Aqueles que estão perto dela sofrem.

Isso porque conhecem a sua condição, como a criança está doente, e o quanto ela é desprovido de vida. Todo mundo que a vê sofre. Esta é a “tristeza da Shechiná“, que nos vê como a criança com retardo.

Mas se ela começa a melhorar, a ficar melhor, a entender e sentir mais, então, à medida que ela acrescenta conhecimento, acrescenta dor. Ela começa a sentir os problemas e pressões, ela vê que nem todo mundo quer ser seu amigo. Primeiro, ela sentia o mundo inteiro como bom e ela estava bem, ela vivia como se estivesse num sonho.

Agora, quanto mais ela acorda, mais fortemente sente os diferentes estados e sua dependência dos outros. Só agora é que ela entende onde realmente está. Acontece que todo este mundo está cheio de preocupações e problemas e você tem que conviver com pessoas e ter cuidado com diferentes perigos.

Mas os pais estão felizes! Por que eles estão felizes? Afinal, a criança não é mais feliz. Verdade, ela não está feliz ainda, mas ela começou a viver!

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 22/01/12, Shamati # 1

A Desintegração Da Grécia É Cada Vez Mais Evidente

Dr. Michael LaitmanOpinião: (Bruce Krasting ex-gerente de fundos hedge): “As questões relacionadas à subsistência substituíram o fervor por demonstrações.
“O fechamento de lojas é crescente. Aparentemente, 20% de todos os estabelecimentos de varejo estão fechados. Quase em cada quadra há um lembrete da depressão em curso na economia.

“A diáspora grega está em pleno andamento. As pessoas estão deixando o país, jovens e velhos igualmente.

“Eles abandonam suas casas, pois não há futuro lá; mas, o tempo todo eles gostariam de não abandonar.

“Como as lojas fecham e as pessoas vão embora, a economia encolhe. … o país está implodindo.

“As pessoas estão se sentindo sem esperança, e a situação está piorando. …é impossível a Grécia evitar um “calote”.

“A transição do euro para o dracma (moeda grega) causaria mais dor ainda. Ela desvalorizaria as aposentadorias de todos os cidadãos em pelo menos 50%. … um “calote” significaria que a Grécia seria um pária da dívida. Apesar disso, [muitos preferem] que isto venha mais cedo do que tarde. … não há nada desejável sobre esta escolha. Agora é apenas inevitável”.

Meu comentário: Isto é como um furacão, tsunami, deslizamento de terra ou qualquer outro desastre que está se aproximando lentamente de nós, de modo a dar-nos tempo para perceber que a razão para o que está acontecendo é a falta de correspondência de nossas conexões egoístas com a natureza unificada. Assim que começarmos a considerar e a tratar o mundo como um todo e a nós mesmos como a sua parte, sentiremos imediatamente que o golpe está recuando e dando-nos tempo para nos adaptarmos.

A Crise Na Internet

Dr. Michael LaitmanNas notícias (da ABCnews): “O chamado apagão SOPA – protesto contra a Lei da Pirataria Online (SOPA em inglês) na Câmara dos Deputados e o Ato de Protesto IP no Senado Norte Americano – se espalhou em toda a web hoje, talvez o mais difundido esforço de lobby on-line já coordenado por entidades da Internet.

“Sites verificados pela ABC News na verdade não “se apagaram”, como originalmente ameaçados. Em vez disso, eles postaram apelos aos usuários para entrarem em contato com seus representantes no Congresso para argumentar contra a passagem dos dois projetos de lei.

“Os projetos de lei foram destinados a proteger cineastas, editores de música e outros fornecedores de conteúdo on-line que temem que na era digital as pessoas possam copiar o que eles criaram e espalhá-lo sem pagar por isso.

“As companhias informaram que os projetos de lei poderiam exigir que o seu provedor de Internet bloqueasse sites que estão envolvidos no compartilhamento de arquivos digitais. E ferramentas de busca como Google, Yahoo e Bing poderiam ser impedidas de se conectarem com eles – antitéticos, eles argumentam, em relação ao ideal de uma Internet aberta.

“A equipe do Congresso, por sua vez, enviou mensagens, defendendo as contas. ‘Websites “se apagando” hoje em protesto ao Ato PROTECT IP não serão afetados pela promulgação da legislação’, disse um deles. “Nenhum dos sites abaixo corresponde à definição de site dedicado a atividades ilícitas: Wikipedia, YouTube, Flickr, Twitter, Google, craigslist, eBay, The Huffington Post, Yahoo!’”.

Meu comentário: Há duas maneiras: censura ou educação. Censura não é correção. Se não começarmos a nos corrigir, a nos educar, a Internet criada por nós nos “comerá” vivos, porque ela representa nosso próprio reflexo horrível. Em vez de limitarmos a Internet, nós precisamos educar a humanidade. É nisso que a Internet deveria estar envolvida! Se um alienígena entrasse em nossa Internet e visse quem somos nós, não teríamos vergonha de nós mesmos?

Uma Carta Aos Capitalistas De Adam Smith

Dr. Michael LaitmanOpinião: (David Rubenstein, diretor e co-fundador do The Carlyle Group): “Países oscilam, protestos se enfurecem, desempregados se multiplicam, déficits que abundam as virtudes do capitalismo são questionados.

“Eu sempre senti que havia duas falhas principais – e nós as vimos chegar ao ápice nos últimos anos. A primeira é que a exuberância desenfreada sobre a criação de riqueza produzirá bolhas insustentáveis e falhas inevitáveis. A grande recessão, alimentada pelo crédito barato, é um exemplo clássico dessa falha.

“A segunda falha é a desigualdade que resulta quando a carga em relação à criação de riqueza deixa para trás os menos capacitados (na maioria dos casos não por culpa própria) para adaptar ou competir com os carregadores de peso.

“Embora não exista uma cura simples para as duas grandes falhas do capitalismo, aqui está o que eu faria em 2012 para recuperação do sistema e para modular as disparidades de renda.

“1. Salvar o euro e a União Europeia (UE). Uma UE funcional e vibrante – a maior unidade econômica do mundo – é essencial para a prosperidade global.

“2. Corrigir a dívida dos EUA e o déficit. … Isto não é aceitável, nem é bom para o capitalismo.

“3. Integrar os mercados emergentes. O mundo precisa reconhecer que o centro do capitalismo está se deslocando para os mercados emergentes – onde a maior parte do crescimento ocorrerá em 2012. …Se eles não reconhecerem, o capital necessário para resolver muitos dos problemas atuais nos mercados desenvolvidos, especialmente questões residuais da grande recessão, não estará disponível em termos toleráveis. Novamente, isto vai doer mais nos pobres do que nos ricos.

“4. Educar. Educar. Educar. Talvez a maior causa da desigualdade de renda é o estado deplorável do ensino primário e secundário”.

Meu comentário: O Capitalismo se esgotou; não consegue ser integral como exige a Natureza porque é construído não sobre o consumo razoável, mas sobre o crescimento contínuo da produção e do consumo, o que é inviável, devido aos limitados mercados e recursos naturais.

La Niña “Vinculada” Às Pandemias De Gripe

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (da BBC News): “Cientistas situados nos EUA descobriram que as últimas quatro pandemias ocorreram após todos os eventos La Niña, que trazem águas frias à superfície do Pacífico Oriental.

“No entanto, as últimas quatro pandemias – a gripe espanhola, que começou em 1918, a gripe asiática de 1957, a Gripe de Hong Kong de 1958 e a gripe suína de 2009 – foram todas precedidas por períodos de condições do La Niña. O que as pandemias têm em comum é que todas se caracterizam por novas cepas de vírus às quais as pessoas não desenvolveram imunidade.

“O elo para os eventos La Niña não está claro. Mas pesquisas recentes têm mostrado que alguns padrões de vôo e escalas de aves selvagens durante as migrações, ou nas épocas de muda, diferem entre os anos do El Niño e La Nina.

“‘Agora, nós podemos olhar para o fluxo gênico viral num número de aves, porcos e pessoas – e nós somos capazes de conseguir algo estatisticamente mais robusto, para ter uma noção melhor dos mecanismos”.

Meu comentário: Nós entramos numa nova fase da revelação do mundo para nós, a revelação do mundo como um todo, e isso nos obriga a nos tornarmos iguais. Por esta razão, vamos descobrir constantemente maior conexão entre todas as partes do mundo.

Se começássemos a nos unir, nós mudaríamos a nós mesmos, e em nossa nova qualidade de integralidade, nós descobríamos o mundo como parte integral. Caso contrário, “cada um julga de acordo com suas falhas”, e nós, sem vermos o mundo como unificado, nos relacionamos a ele de forma incorreta, não como um sistema analógico, mas como um sistema separado e, assim, sentimos a discrepância entre ele e nós como uma crise. Esta é a “pandemia” mais perigosa.