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A Mídia É O Que Enche Nossos Cérebros

Dr. Michael LaitmanOpinião (do The Economic Collpase Blog): “Em 1983, cerca de 50 corporações controlavam a grande maioria de todos os meios de comunicação nos Estados Unidos. Hoje, a propriedade dos meios de comunicação tem sido concentrada nas mãos de apenas seis corporações de mídia incrivelmente poderosas.

“Essa é a razão pela qual temos visto a mídia alternativa experimentar um crescimento tão rápido nos últimos anos. A grande mídia vem perdendo credibilidade num ritmo vertiginoso, e os norte-americanos estão começando a procurar em outro lugar a verdade sobre o que realmente está acontecendo.

“Você acha que alguém no noticiário dominante realmente lhe diria que o Banco Central é ruim para os Estados Unidos ou que estamos diante de uma terrível bolha de derivativos que pode destruir o sistema financeiro mundial? Você acha que alguém na grande mídia realmente diria a verdade sobre a desindustrialização da América ou a verdade sobre a cobiça voraz da Goldman Sachs?

“Claro, existem alguns repórteres corajosos na grande mídia que conseguem burlar algumas histórias de seus patrões das empresas de vez em quando, mas em geral há um entendimento muito claro que há certas coisas que você simplesmente não diz no noticiário”.

Meu comentário: A sociedade deve votar com os pés no chão, caso contrário, a lavagem cerebral não vai parar. Mas a mídia também vai se enterrar egoisticamente, como todas as outras empresas egoístas. Esta é a lei do desenvolvimento do egoísmo. A crise geral irá destruí-las.

Protestos Em Massa Anti-Austeridade Na Romênia

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (da BBC News): “Dezenas de pessoas ficaram feridas no domingo, à medida que manifestantes e policiais entraram em confronto pelo segundo dia consecutivo na capital Bucareste.

“Os comícios começaram em apoio a um funcionário que se demitiu em protesto contra as reformas de saúde.

“Mas eles têm aumentado, com uma maior hostilidade para com as políticas do governo.

“Mais de 1.000 manifestantes se reuniram na Praça Universitária, no centro de Bucareste, no domingo, a cena de violência da noite anterior. Os manifestantes atiraram pedras contra policiais, que novamente reagiram atirando gás lacrimogêneo.

“Protestos pacíficos foram relatados numa série de vilas e cidades em todo o país no domingo, incluindo Cluj, Timisoara, Brasov e Arad, enquanto os manifestantes pediram a renúncia do governo e do presidente Traian Basescu.

“Os protestos seguem-se aos cortes de salários, benefícios e impostos mais altos, mas o improvável catalisador foi a demissão do agente de saúde pública Raed Arafat”.

Meu comentário: Nós veremos tais eventos com mais freqüência em 2012, em todo o mundo. Os protestos obrigarão os governos a compreender que o tempo chegou, e em vez de implementar medidas para “acalmar”, é necessário educar as pessoas e alterar a estrutura da sociedade de egoísta para integral, para uma sociedade de consumo razoável.

Ele Começa Com O Indivíduo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Quando a pessoa vier para os cursos de educação integral, vamos começar lhe contando sobre o maravilhoso mundo integral que já estamos começando a construir. No entanto, agora, ela vive num mundo horrível que coloca pressão sobre si. Onde ela pode encontrar a motivação para permanecer neste caminho?

Resposta: Nós temos que educar as pessoas, e elas vão construir o seu mundo. Quando grandes massas de pessoas começarem a mudar gradualmente, isso naturalmente vai trazer uma mudança no estado da sociedade, sua estrutura, e na interação entre os adultos. Quando esses “filhos crescidos” crescerem, tudo vai mudar.

No entanto, nós ainda devemos começar com o indivíduo, já que ele é o centro de tudo. Então, as interações públicas irão mudar gradualmente. Atividades de creche, escola, família e das crianças devem estar interligadas de forma a criar uma geração que vai mudar o nosso mundo porque ele vai mudar no processo de amadurecimento.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” 13/12/11

Uma Inclinação Para A Má Conduta

Nas notícias (da Reuters): “Mais do que um em cada 10 cientistas ou médicos estabelecidos em solo britânico testemunharam colegas alterando ou inventando dados intencionalmente numa pesquisa, de acordo com um levantamento do British Medical Journal (BMJ) na quinta-feira.

“O levantamento, que recolheu mais de 2.700 respostas, também constatou que seis por cento dos cientistas disseram que tinham conhecimento de alguma possível má conduta em pesquisa em suas instituições que não tinha sido devidamente investigada…

“Casos notórios de má conduta têm levado muitos outros países, incluindo os Estados Unidos, Canadá, Suécia, Noruega e Polônia, a criar mecanismos formais para supervisionar a integridade da pesquisa”.

Meu comentário: Visto que a ciência admite todo mundo, e não idealistas, mas todo mundo que esteja disposto a vender invenções e descobertas científicas por dinheiro, honra, fama, riqueza e poder, não é de estranhar que “cientistas” ajustem os resultados aos requisitos, para poder alcançar algo não na ciência, mas em suas vidas, razão pela qual a ciência tornou-se um caminho para chegar a riqueza, poder e fama. Esta é a causa da crise na ciência: o egoísmo, como em toda parte e em tudo…

Morte: A Taxa Para O Desenvolvimento Do Egoísmo

Dr. Michael LaitmanO puro desejo sem intelecto representa uma forma original que é derivada da raiz. Se o desejo se esforça apenas em se manter sem outros desejos, ele é chamado de “inanimado”. Ele não muda, mas sempre quer por todos os meios preservar totalmente a sua existência do jeito que ela é, e sempre resiste a qualquer tipo de modificação. É por isso que é chamado de “morto”.

Por um lado, é a força mais poderosa que mantém a matéria inanimada em sua forma e como é inanimada, é mais forte do que qualquer outra coisa. Por outro lado, tem um déficit, porque não se desenvolve por completo, nem cria qualquer forma avançada!

A planta não possui tanta força por auto-preservação como a matéria inanimada; ela é mais fraca. Mas tem uma adição: ela é capaz de mudar! Ela se desenvolve, altera e cresce. Por outro lado, ela ainda não pode permanecer eterna; é por isso que “adquire” vida e morte.

Não há escolha, há um preço pela oportunidade de continuar a se desenvolver. Se você não possui firmeza de pedra, mas sim permite-se mudar, você vai de ponta a ponta, da vida à morte, não há outra opção. Em outras palavras, o nosso desenvolvimento acontece à custa da imortalidade.

Para uma pedra sem vida, a vida e a morte são iguais. Para uma planta, a vida e a morte são diferentes já que as plantas podem sentir a vida. Esta é a raiz de qualquer sensação, prazer e aflição, um contra o outro.

Os animais estão muito mais longe da natureza inanimada; eles passam por mudanças dramáticas e experimentam um enorme crescimento. Eles adquirem um intelecto superior que acompanha seus desejos; por isso, durante o processo de desenvolvimento, os animais adquirem formas diversas. Naturalmente, os animais são sujeitos a uma série de influências externas e internas. Em comparação com o níveil inanimado e até mesmo o nível vegetal, os animais têm uma organização muito mais complexa. É claro, os animais sentem sua mortalidade muito fortemente como a diferença entre a vida e a morte.

A capacidade adicional de usar o intelecto para a análise constitui uma distinção entre os seres humanos e animais. Em oposição a um animal, a pessoa desenvolveu-se na medida em que reconhece o “tempo” em seu cérebro: passado, presente e futuro. As pessoas podem aproximar o tempo, incluindo-o no desejo. De repente, nós começamos a invejar alguém que viveu há mil anos atrás ou alguém que vai nascer daqui a 200 anos.

Nós observamos que no nível humano, o intelecto aumenta o desejo. O trabalho do intelecto sobre o desejo está diretamente relacionado à Luz; na verdade, é o único trabalho que nós fazemos. Quanto mais trabalhamos no esclarecimento e expansão dos nossos desejos, mais avançados nos consideramos em relação ao nosso passado, os estados subdesenvolvidos: os subníveis inanimado, vegetal, animal e falante dentro do nível humano.

Naturalmente, os seres humanos sentem a vida e a morte, a Luz e as trevas, ainda mais fortemente. Nós nos tornamos mais dependentes, delicados, sensíveis e restritos. Mas este é o pagamento pelo nosso desenvolvimento.

No momento em que o nosso desenvolvimento nos níveis simples (inanimado, vegetativo, animal e falante) está completo, nós nos aproximamos do nível do Criador, onde ganhamos novos sentidos, um tipo diferente de inteligência e uma força alternativa de desenvolvimento, todos os três componentes juntos, os quais não tínhamos antes.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 06/01/12, O Zohar

Descubra A Bondade Do Criador, Não Seus Presentes

Dr. Michael LaitmanO Criador não se esconde de nós, mas sim, é o nosso ego que se esconde Dele. Nossa natureza oposta é que nos separa Dele. Então, como podemos tomar a forma do Criador? Como podemos alcançá-Lo de acordo com a lei de equivalência de forma? Como podemos descobri-Lo e descobrir que Ele está em nós?

Para isso, temos que executar determinadas ações. Quem realiza essas ações, nós ou Ele? Há provavelmente uma necessidade de cooperação aqui. Não podemos avançar sem a Luz superior. Ao nos “balançar”, Ele exige a nossa cooperação, que é chamada de “livre-arbítrio”. Esta cooperação é todo o nosso trabalho. Não há restrições aqui. Está aberto a todos e é implementado pelo estudo correto dos livros Cabalísticos.

Estas fontes podem ser o “elixir da vida” ou a “poção da morte”. Tudo depende de nossa abordagem.

• Se eu tenho a intenção de descobrir a minha inclinação ao mal e corrigi-la, eu posso ter sucesso, e a sabedoria da Cabalá será o “elixir da vida” para mim. Eu vou descobrir a “morte”, o meu ego, dentro de mim e vou querer corrigi-lo para vir à vida.
• Mas se eu estudo para atingir realizações egoístas, se estou buscando conhecimento, poder, respeito, controle, etc, então o estudo apenas reforça o egoísmo em mim e meu sucesso é oposto à doação e eu não estou sequer ciente disso. Tal estudo torna-se a “poção da morte”.

Assim, nós passamos por fases de ocultação do Criador. A ocultação é dividida em ocultação simples e dupla; a primeira revelação nos revela a governança como recompensa e punição e, depois, a revelação da Sua Providência eterna.

Na verdade tudo depende dos meus desejos, dos meus vasos. Com relação ao Criador, não há restrições. Ele não se esconde e não está oculto. São meus desejos, meus vasos, que O escondem, e se eu trabalho com eles corretamente, eles são gradualmente corrigidos, e de acordo com a sua correção, eu descubro o Criador. De uma forma ou de outra, eu sou aquele que O esconde de mim mesmo.

Em nosso mundo, nós também descobrimos muitos fenômenos que não notamos a princípio: diferentes tipos de alimentos, diferentes tipos de arte e cultura e diferentes tipos de animais. Estas coisas estavam lá o tempo todo, mas não para nós.

Com o tempo nós percebemos mais, graças ao nosso desenvolvimento emocional e intelectual sob a influência do ambiente, o que eleva a importância das coisas aos nossos olhos, evoca em nós a paixão, ambição e vaidade, e nos obriga a prestar atenção às coisas que eram totalmente sem importância para nós antes. Todo mundo diz que é importante; eu sou impressionado e entro nos desejos de outra pessoa. Isso é suficiente para eu me importar: eu descubro novos desejos, novos vasos, e saio da ocultação em relação a determinado fenômeno.

O mesmo ocorre quando se trata da sabedoria da Cabalá e do Criador. É o mesmo princípio aqui também: eu sou um egoísta e não me importo com nada, exceto minhas solicitações “bestiais” cotidianas. Então, se eu quiser algo mais sublime, eu tenho que entrar no ambiente certo que me estimule e me guie em direção a coisas maiores.

Portanto, tudo depende da correção dos meus desejos. Inicialmente, o fenômeno não existe para mim e está em ocultação completa. Então, eu começo a descobrir certo desejo, um anseio por ele, e depois a ocultação fica mais fraca, até que eu descubro algo novo.

No caminho espiritual eu olho para o Criador, mas não como uma fonte de prazeres; eu quero descobrir Sua atitude para comigo, porque Ele quer revelar que Ele é o bom e benevolente. A questão não está naquilo que eu recebo Dele, mas o que importa para Ele é que eu descobra sua atitude para comigo, para que eu possa ver a Sua bondade absoluta, ser impressionado por ela, e ser preenchido por esta atitude. Assim, Ele me “compra”.

Assim, todas as quatro fases de ocultação e revelação referem-se, na verdade, à boa e imutável atitude do Criador, que eu gradualmente revelarei de acordo com meus desejos. Quando eu descobro a boa atitude por parte Dele, eu vejo que ela já existia antes, só que eu não a sentia e compreendia por causa da minha corrupção.

Portanto, agora também, quando eu não vejo a bondade do Criador em tudo, eu tenho que avaliar a ocultação: mesmo se eu não prestar atenção em Sua bondade em certas coisas, pode ser que Ele esteja lá também. Talvez seja minha culpa que eu não veja a Sua bondade?

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 17/01/12, “O Estudo das Dez Sefirot

O Ambiente Pode Fazer Qualquer Coisa

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você geralmente traz o exemplo da relação de uma mãe para com seu filho e sua relação com o filho de um vizinho dizendo que se ela visse o filho do vizinho como seu, ela deixaria de perceber as falhas dessa criança. Como você pode fazer um coração humano amar alguém?

Resposta: Isso só pode acontecer através da força do hábito. O hábito torna-se então uma segunda natureza, através da convicção da sociedade circundante, seus bons exemplos, através de canções e filmes, e tudo que influencia uma pessoa. A influência da sociedade circundante pode me programar a odiar o meu próprio filho e a amar o filho do vizinho.

O ambiente pode fazer qualquer coisa! O ambiente é mais forte que a minha natureza, porque pertence ao nível humano e minha natureza age no nível animal. Nós vemos quão drasticamente uma pessoa pode mudar devido ao seu ambiente. Isso ocorre porque a influência da sociedade é mais forte do que qualquer outra influência.

De KabTV “Uma Nova Vida” Episódio 5, 02/01/12

O Medo Que Eleva

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os idosos têm um medo especialmente enfático que surge em qualquer grupo: e se eu não tiver tempo suficiente para alcançar a sensação de eternidade e perfeição? Como lidar com esse medo?

Resposta: Nós precisamos definir tarefas muito concretas diante deles, não futuras, como para os jovens, e ajustar metas definidas que sejam atingíveis e realizáveis muito rapidamente. Ao mesmo tempo, precisamos dizer-lhes sobre toda imagem global do sistema da natureza, sua eternidade, seus ciclos de vida, bem como nossos ciclos de vida dentro dele. Ou seja, aqui precisamos de um apoio psicológico sério desde o início.

Pergunta: Durante um dos programas você explicou que o medo da morte paralisa a vida de uma pessoa, impedindo-a. Ela se manifesta menos em pessoas jovens e mais em certa idade. Como é que a metodologia da educação integral considera a atitude em relação ao medo? Como trabalhar com ele?

Resposta: Eu acho que um esclarecimento correto de nosso lugar na natureza é a chave para compreender o lugar da pessoa dentro dela, o lugar da morte e da nossa vida biológica. Precisamos levar a pessoa ao próximo nível de entendimento, sem nem mesmo sentindo-lo ainda, mas simplesmente compreendendo isto.

A pessoa chegará à sensação de eternidade e perfeição quando ela estiver integralmente conectada com certa massa crítica de outras pessoas que também estão atingindo essa integração. É como se nos elevássemos acima de nós mesmos, criando alguma imagem acima de nós de uma pessoa com um coração e mente. E nosso corpo físico existe nas proximidades, como um animal que acompanha esta imagem, do mesmo modo que nosso cão ou gato vive ao nosso lado.

Nós devemos concentrar a atenção das pessoas nisso e tentar trazê-las para esse tipo de sensação. Em princípio, psicologicamente, isso não é tão difícil, considerando que não há resistência do seu lado; pelo contrário, há apoio e antecipação de resultados. Elas representam a parte da humanidade que se esforça com alegria pela integração e proximidade, entendendo que tudo mais passa e desaparece.

Pessoas idosas facilmente partme com tudo para alcançar o sentimento de ascensão acima da morte, elevando-se acima de muitos fatores do fim inevitável e aparentemente iminente. Precisamos dar-lhes uma sensação como se estivessem num avião prestes a bater numa montanha, mas que de repente alguma grande força eleva-o, e ele acelera para cima com força aumentada. Acho que tal sensação pode ser criada nelas rapidamente.

Além disso, os cursos para idosos naturalmente precisam ser mais fáceis. Eles não necessitam de grandes estudos teóricos e práticos; eles terão prazer apenas de participar. Eu acho que justamente o egoísmo e o medo que surgem em todos os idosos, o desejo de alcançar um resultado que os eleve, tudo isso dará uma base muito importante para impulsionar outros grupos na sociedade.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 4, 13/12/11

Não Ver A Vida Como Má, Mas Dar-lhe As Boas Vindas

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós conversamos sobre o fato de que nos cursos de educação integral as pessoas se encontram 7-8 horas por dia, e juntas elas passam primeiro pela fase preparatória informativa, ou seja, recebem uma educação, e depois prosseguem para a parte prática, a educação, onde agora em sua interação psicológica eles passam por vários estados. Além de estudo e educação, há espaço neste programa para a celebração conjunta de férias?

Resposta: Constantemente. Afinal de contas, ao passar 7-8 horas juntos, eles precisam participar de algum tipo de refeição pelo menos uma vez, talvez até duas vezes. Deve haver um almoço e também uma pequena pausa, como um lanche da tarde. É preciso haver pausas para descanso e uma mudança constante nas atividades, caso contrário, a pessoa simplesmente será incapaz de lidar com isso, especialmente os idosos: eles vão todos dormir.

Uma vez que eles têm tempo livre, é preciso quebrar o seu dia em aulas de manhã e à noite, e no meio dar-lhes algum tempo para descansar, para o trabalho doméstico, para as suas necessidades naturais. Afinal, esta é uma faixa etária especial cuja fisiologia pode não ser completamente saudável.

Nossa tarefa é fazer com que a pessoa se conecte a um grupo e, assim, adquirir para si uma nova sociedade em que vive e não apenas passa o tempo, mas encontra lá o seu futuro brilhante. Nós precisamos criar para eles uma atmosfera de expectativa prazerosa que psicologicamente os apoie e cure de fato. Começando com as primeiras horas deles conosco, precisamos trabalhar especificamente nisso.

Devemos organizar danças para eles, algum tipo de funções especiais à noite. Em outras palavras, é preciso haver uma abordagem especial aqui.

Eu gostaria de enfatizar mais uma vez que sua disposição para a nossa metodologia, seu desejo de que isso se torne realidade, e sua boa vontade vai desempenhar um papel positivo dentro de outros grupos etários. Os idosos podem e sabem influenciar a todos. Nós estamos bem familiarizados com esta idade: na realidade, eles são bem ativos. Nós só pensamos, com base na sua aparência física, que eles são passivos, mas na verdade a sua influência é muito forte.

Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 4, 13/12/11

O Valor Da Experiência De Vida

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que há de único em ensinar a abordagem integral aos idosos?

Resposta: Eu acho que eles vão recebê-lo com grande compreensão, porque uma pessoa que já viveu uma vida inteira compreende até que ponto não é mestre de sua própria vida. É como se a vida passasse por cima dela, comandando-lhe, e não ela comandando a vida.

Pessoas dessa idade estão mais de acordo com o fato de que a natureza trabalha em nós, e agora, quando elas não têm muito mais tempo para entender, perceber, e possivelmente corrigir isso de alguma forma, elas são mais diligentes, sensíveis e compassivas.

Além disso, a enorme experiência de vida duramente conquistada dá a pessoa uma abordagem completamente diferente a que está sendo oferecida. Desde o início, a pessoa está aberta a aprender, tão naturalmente, que sua participação nos estudos é mais amigável. Nós estamos oferecendo à pessoa a possibilidade de alcançar a harmonia nesse curto espaço de tempo que ela tem.

Estas são pessoas que vivem e medem-se não em relação a algumas conquistas, mas em relação ao fim da vida. De modo geral, essa constante sensação inconsciente da pessoa determina todo seu comportamento.

E aqui é onde nós precisamos impregnar o ponto final de sua vida com alegria, realização e ascensão para um novo estado, que existe para além do fim da vida corporal. Devemos dar-lhes uma sensação semelhente a como se eles estivessem voando e prestes a bater em algo, e de repente, surgisse um motor que os transportasse acima do obstáculo. É justamente a sensação desta possibilidade que lhes dará força; depois, claro, será muito fácil para eles trabalharem em grupo.

Espero que estes grupos sejam uma séria ajuda para nós, porque, em princípio, quantos mais grupos deste tipo podermos criar, mais fácil será para nós incluir-nos em toda a humanidade.

A propósito, a longevidade inerente ao nosso tempo (a esperança de vida mais do que dobrou em relação aos séculos anteriores) significa um acúmulo de experiência de vida por um indivíduo. Em algum ponto, as pessoas viviam 30 ou 40 anos e morriam jovens, sem ganhar qualquer experiência na vida. Desde os tempos antigos até o século XVIII, uma pessoa vivia não mais de 35-40 anos. É difícil acreditar agora que houve certa vez um ciclo de vida tão curto. A pessoa praticamente não tinha tempo de conquistar algo na vida, envelhecia muito rapidamente, e morria. De alguma forma, tudo cessou muito abruptamente.

Precisamos tirar proveito do fato de que em nosso tempo, o ego em desenvolvimento nos oferece a oportunidade, de acordo com seu desenvolvimento, de simultanemanete viver e interiorizar a experiência e o ponto de vista que se desenvolve numa pessoa com a idade de sessenta anos ou mais. Hoje, os idosos formam a grande maioria da humanidade. Precisamos aproveitar esse grupo, que é simpático em relação à nossa metodologia e seus resultados, e através deles criar em toda a humanidade uma base  correta para a integração.

Portanto, sob nenhuma circunstância devemos passar por estes grupos sem os envolver, embora a nossa habitual atitude automática para com este segmento da população seja: “Nós vamos criar todas as condições necessárias para que eles não nos incomodem. Deixe-os sentar em algum lugar num banco e calmamente viver a sua vida”. Não, nós precisamos construir grupos muito poderosos deles, e eles vão disseminar entre seus filhos e netos este método, a sua utilidade, e a solução salvadora que ele oferece para a humanidade.

Pergunta: Sabemos por experiência que a maioria dos idosos realmente gosta de contar a história de sua vida. Devemos dar-lhes a oportunidade de compartilhar suas histórias?

Resposta: Só se isso nos ajuda na capacidade de um exemplo psicológico: O que você contou, o que você viu, o que você viveu. Naturalmente, os idosos adoram isso, mas suas histórias têm de ser acompanhadas por meio de investigação e análise: por que isso aconteceu, o que proporcionou, o que isso deveria ensinar-nos hoje, e assim por diante.

Os idosos passado o tempo em vários encontros é o seu próprio negócio, mas precisamos levar isso em consideração e ensinar-lhes como se relacionar com a experiência vivida da vida.

 Da “Discussão sobre a Educação Integral” # 4, 13/12/11