Um Método Maravilhoso, Patenteado Pela Criatura

No início da criação, nós estávamos em um estado de perfeição, devido à Luz Superior e não tínhamos qualquer desejo particular. Agora, estamos retornando para o mesmo estado e existimos dentro da Luz Superior devido ao nosso próprio desejo. Este desejo que adquirimos não se torna extinto. Ao contrário, cresce

Por que não torna-se extinto, mesmo depois de tornar-se preenchido com a Luz? Afinal, sabemos que, quando a Luz preenche o desejo, ela o anula. Normalmente, quando eu recebo o que eu quero, eu paro de sentir a sua necessidade. Não tenho mais razão para lutar por isso. No início, eu sinto prazer, e depois ele desaparece: Tanto o desejo quanto o prazer.

É uma coisa muito curiosa que o desejo que temos adquirido não desaparece. Alcançamos um desejo sem fim, unindo-os entre si.

Isso ocorre porque o único desejo que existe no mundo do Infinito dividiu-se em uma infinidade de peças. Estas peças contradizem umas as outras; cada peça adquire um sentimento de independência e distância das outras. É por isso que, quando começamos a nos conectar uns com os outros, nós não cancelamos o nosso egoísmo. Em vez disso, nos unimos além dele, acima de todas as diferenças.

Acontece que nós mantemos os nossos desejos apesar da nossa conexão. Quando todo mundo se conecta com as outras pessoas, cada uma adquire um desejo completo e comum, o Malchut inteiro, o mundo do Infinito, o vaso, o infinito todo. E esse desejo não desaparece porque alguém sempre vai sentir como ele é contra o resto, em oposição a ele. No entanto, ao mesmo tempo, ele se conecta com o resto com todo o seu coração e alma.

 

Por enquanto, somos incapazes de compreender como é possível estar conectados simultaneamente com as outras pessoas, ainda, separados delas. Como podemos ser ambos ao mesmo tempo? Isto é precisamente o que precisamos agora estudar sob o ponto de unidade que temos alcançado e construir uma linha média.

 

Estas duas linhas – à direita e à esquerda, negam uma a outra. Se elas ligam, a direita (realizacão) e a esquerda (desejo), elas se anulam mutuamente. No entanto, quando elas se conectam através da linha do meio, não se anulam porque a linha do meio os conecta e os inclui no interior do mesmo.

Acontece que, mesmo que não haja desejo e realização, a realização é aceita no desejo oposto, pois eu quero dar às outras através dele. Quando eu gosto de agradar meu vizinho, meu prazer não termina. Ele não anula o desejo, porque eu estou curtindo em nome do outro.

Aqui, a criatura adquire uma exclusividade muito especial, um método especial: a capacidade de aumentar o seu vaso em dimensões enormes, sem qualquer medo de anular isso. A solução está em nos incluir nas outras pessoas, e, assim, avançar, até que todos adquiram o desejo infinito inteiro com a realização inteira.

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Da parte 1 da Lição Diária de Cabala de 12/12/2011, Escritos do Rabash

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