Por Que Somos Tão Diferentes?

Devemos todos estar pensando em anular a nós mesmos e só nos preocuparmos com os outros, porque, dessa forma, alcançaremos o Criador. Ao contrário do que muitos supoem, não devemos estar preocupados com os cuidados do corpo físico. Existem muitos métodos e práticas espirituais dedicadas a isso no nosso mundo. No entanto, a Cabalá fala do tipo de amor pelo próximo que permite uma pessoa a se elevar sobre o seu egoísmo e obter uma conexão que está acima dela.

Isto não deve ser confundido com sociedades “altruístas” que ajudam os pobres e os doentes. Elas pensam que fazendo isso eles estão corrigindo o mundo que o Criador “arruinou.” Vemos que tal ação só piora as coisas. Isso é contraditório ao raciocínio humano. Mas, novamente, aos poucos começamos a ver que nossa mente não concorda com nada.

Nós não devemos estar preocupados com o cumprimento dos desejos egoístas de alguém, mas acho que só pelo amor para com nossos semelhantes. É só assim que vamos ser capazes de sentir a necessidade de obtenção de uma nova qualidade de amor e doação através da qual obtemos o amor do Criador.

Torna-se claro agora por que precisamos de tantas pessoas diferentes em torno de nós que não têm nada em comum uma com a outra, cada um já existente em seu próprio desejo egoísta e amor por si mesma. Tudo isto nos é dado para que possamos aplicar o nosso próprio esforço em revelar o Criador.

Não há distância entre o Criador e eu. Esta distância só aparece como resultado da distância entre mim e outra pessoa. Apagando a distância entre mim e os outros, eu apago a distância entre mim e o Criador.

Meu primeiro contato com um amigo é o meu primeiro contato com o Criador. Quanto mais eu começo a me conectar com outras pessoas (e não através dos órgãos físicos, mas apenas através dos pontos no coração que está acima de meu desejo egoísta), mais eu começo a revelar o Criador e unir-me com Ele.

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Da Lição 2, Arvut, Convenção no deserto de Arava 18/11/2011

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