Existe um muro real entre nós: a criatura de um lado e o Criador do outro. Portanto, como você imagina atravessar esse muro? Como isso pode ser feito quando existe doação absoluta de um lado, e recepção absoluta do outro lado, e não há nenhuma conexão entre elas. Simplesmente não pode haver uma conexão, como se houvesse um “positivo” de um lado, e um “negativo” do outro, e estes dois vértices nunca se encontram.

É por isso que a quebra ocorreu, que é seguida pelas partes da criatura entrando no Criador e as partes do Criador entrando na criatura. Essas ações servem como uma preparação. Agora, existem qualidades da criatura dentro do Criador (AHP), e qualidades do Criador dentro da criatura (uma centelha, Reshimo), e elas podem ter certa conexão entre si.

A Luz circundante existe no AHP, que se elevou de dentro de todos os desejos por causa da quebra. E a criatura tem a informação sobre os desejos quebrados, ou Reshimo. Portanto, há uma suposta conexão “circundante”. Isso ainda pertence à preparação.

E agora a criatura eleva uma oração (MAN) e recebe uma resposta (MAD) do Criador. Temos uma necessidade mútua um pelo outro! Depois da quebra, a parte superior sofre porque a inferior sofre. E o inferior tem uma centelha, que antes pertencia ao superior. E com estas memórias corrompidas, referidas como egoístas (Lo Lishma), nós podemos estabelecer uma conexão com o Criador, como se fosse de longe, do passado.

A quebra, que aconteceu há muito tempo, cria uma conexão hoje – mesmo que ela tenha acontecido no passado, este passado nos conecta! Essa conexão através da quebra é chamada de Luz circundante ou MAD, da perspectiva da parte superior, e uma oração ou MAN, da perspectiva do inferior.

Da 2^a parte da Lição Diária de Cabalá 27/12/11, “Estudo das Dez Sefirot”

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Pergunta: Você disse que durante o período de preparação, um homem se torna um homem e uma mulher se torna uma mulher. O que significa ser um homem adulto? Com que ele se assemelha?

Resposta: Eu vejo muito poucos homens de verdade em nossa sociedade. As mulheres são mais naturais e mais próximas da natureza, mas não à natureza integral.

E ambos não têm compreensão suficiente da psicologia, da técnica de tomada de decisão na sociedade integral, elevando-se acima de si mesmos, do autocontrole. Eu não me refiro ao tipo de autocontrole quando você anula a si mesmo, mas do autocontrole onde você, em nome da união e do objetivo final, se liga aos outros.

Estas são lições práticas muito importantes. Eu acho que elas vão demorar um longo tempo. Essas aulas teóricas são simples, embora a teoria básica também seja estudada junto com a prática.

Nós vamos falar sobre como dividir os nossos cursos, de que forma, em quais partes, quanto tempo para dar as aulas, qual é seu processo, seu currículo, onde um curso termina e outro começa ou se eles serão concomitantes.

Em princípio, nós estamos trabalhando neste sistema por um longo tempo e, naturalmente, iremos elaborá-lo mais, à medida que círculos mais amplos da sociedade se juntarem a ele. Mas aqui, nós temos que dar à pessoa uma educação muito ampla.

Da palestra sobre “Educação Integral”

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A revista semanal Intuition (Hamburgo, Alemanha) publicou um artigo sobre a educação integral e global. O artigo é escrito com base na entrevista que dei durante minha viagem à Alemanha.

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Pergunta: Como é que o Criador nos ajuda a derrotar os “gregos” dentro de nós? Afinal, “Israel” dentro de mim (a pessoa que anseia pelo Criador) parece tão impotente frente a eles.

Resposta: Sim, diz-se que um rei velho e tolo e uma criança inteligente lutam um contra o outro. Nossa natureza é a inclinação ao mal, a grossa casca egoísta na qual um ponto minúsculo está escondido, e ele não tem nenhuma maneira de sair. É por isso que temos que despertar a nós mesmos!

Você é como um pequeno verme sentado dentro de um rabanete ou de uma maçã. Como você sai? É impossível. Ela rodeia você por todos os lados e não há saída. Você não pode fazer nada contra tais forças.

Mas, se houver mais amigos como você dentro dela, e cada um tenha um ponto no coração, então você junta todos esses pontos, lê O Livro do Zohar, e se conecta a ele querendo entender o que está acontecendo e o que o Criador quer de nós. Desta forma, você se conecta com o sistema superior e atrai a Luz Circundante que reforma.

Então, você tem uma chance, mas somente graças à Luz. A Luz é o Criador que é revelado a você.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 27/12/11, Escritos do Rabash

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Pergunta: Uma vela queima constantemente enquanto há óleo e um pavio. Como uma pessoa pode alcançar a mesma constância?

Resposta: A queima não pode ser constante. A cada momento, uma nova parte do pavio e do óleo é revelada, que estão em conexão e adesão. Assim, a queima interna não pode ser constante. Ela é renovada constantemente.

No mundo corporal, nós podemos executar determinada ação, e uma vez que ela é realizada por uma força egoísta, ela vai continuar. É como comer um doce após o outro e encontrar prazer neles.

No mundo espiritual, cada vez que eu recebo uma satisfação e quero continuar, eu devo superar meu desejo de receber para que eu não trabalhe sozinho com minha força do egoísmo. Acontece que eu constantemente preciso de duas forças para completar uma a outra, de modo que a força de doação vai usar a força de recepção e dominá-la cada vez. Por essa razão, na espiritualidade, nem um único momento pode passar por si mesmo. Não pode haver ações que simplesmente se originem uma da outra.

Nós temos que suportar constantemente a luta entre estas duas forças e posicioná-las corretamente uma contra a outra, de modo que a Luz Circundante possibilitará que a força boa em nós domine a força má, e assim avançarmos. É assim que ocorre a cada momento. Caso contrário, o momento não mudaria.

Afinal de contas, este sistema é baseado na cooperação entre duas forças: a força do Criador e a força da criatura. Quanto mais a criatura se adapta ao Criador, mais rapidamente os momentos passam. Isto significa que você deu outro passo adiante.

Se você é dominado por uma única força, o momento não passa. É por isso que no estado egoísta, nós não existimos no mundo espiritual de forma alguma; nós não podemos ser medidos lá. Nós somos como zeros totais permanecendo no mesmo lugar. Mesmo a estabilidade é uma caminhada contínua, uma renovação constante do nosso trabalho.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 25/12/11, Escritos do Rabash

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A espiritualidade é construída sobre desvios dela, em desacordos que são intencionalmente evocados na pessoa a fim de criar nela a atitude correta em relação à revelação do sistema que nos controla. Este sistema está atualmente oculto de nós porque somos incapazes de revelá-lo. Afinal, somos feitos somente do desejo de receber.

Se acima desse desejo, nós construímos outro desejo, o desejo de doar, vamos começar a entender o que significa a doação. Assim, nós começaremos a ver e sentir o sistema que nos governa, que é externo a nós e nos une.

Nós sentimos que somos indivíduos egoístas. Cada um pensa em si mesmo e sente somente a si mesmo. Esta é a primeira força que existe na natureza. Há uma segunda força que opera nela e une todos esses egoístas. Mas, esta rede permanece invisível para nós, porque nos faltam os sentidos para descobri-la.

No entanto, se nós superarmos todas as questões difíceis, os problemas e discordâncias que temos com o sistema que nos governa, e aceitarmos seu domínio como bom e correto (mesmo que nossos fragmentos egoístas da alma quebrada não vejam que ele nos conecta), começaremos a descobrir suas ações.

Cada um de nós é um pequeno egoísta submerso em seu pequeno ego. Porém, a conexão entre nós é baseada no amor e pertence a um sistema natural totalmente diferente. Quando começamos a descobrir esse sistema, percebemos que ele opera de acordo com as leis da doação.

Se quisermos descobrir esse sistema, temos que nos elevar acima de nós mesmos. Agora, nós aspiramos nos conectar usando conexões egoístas, isto é, espalhar nosso egoísmo em todo o sistema e usar uns aos outros. No entanto, se discordarmos dessa intenção egoísta e nos elevarmos acima de nossos desejos, como se aspirássemos criar as conexões corretas, então, mesmo se não pudermos fazer isso, começaremos a fazer as coisas que nos levam nessa direção.

Primeiro, vamos criar um grupo. Então, vamos começar a estudar essas novas relações juntos. Isso vai atrair a Luz Circundante que reforma. Essa Luz apaga as intenções egoístas que a pessoa tem em relação aos outros e as transforma em intenções corretas . Assim, pouco a pouco, começamos a descobrir o sistema em sua verdadeira forma.

Ver o sistema ajuda a pessoa a avançar. Tendo-o descoberto, a pessoa começa a usá-lo em seu trabalho.

Pode não estar claro porque uma pessoa deve revelar esse sistema. Ela poderia continuar trabalhando no estado de ocultação como estava antes da primeira revelação. Mas, a questão é que a revelação nos dá um trabalho extra. Em vez de torná-lo mais fácil, ele se torna muito mais difícil e adiciona mais questões e dificuldades.

Somente através do esclarecimento destas questões e dificuldades, graças à nossa subida acima delas, que um “pavio” se forma, um lugar onde a Luz pode segurar o “óleo”. Então, o óleo é iluminado graças às perguntas difíceis que formam o pavio. Assim, nós avançamos em direção à aquisição do desejo de doar.

Da 1^a parte da Lição Diária de Cabalá 25/12/11, Escritos do Rabash

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Os atributos de uma pessoa são divididos em dois tipos principais: os fatores internos, que herdamos e com os quais nascemos, e os fatores externos, que recebemos da educação, do ambiente, dos meios de comunicação de massa, e assim por diante. Na verdade, esses fatores não dependem da pessoa, mesmo que eles de fato moldem sua personalidade e determinem seu destino. Surge a pergunta: Como alguém pode melhorar sua vida?

É aqui que precisamos esclarecer o fator do ambiente. O verdadeiro ambiente não é apenas uma combinação de influências externas, mas é a mesma influência externa que eu criei para mim mesmo. A fim de fazer isso, eu preciso entrar em contato com certos fatores externos e construí-los corretamente em relação a mim, para que eles me influenciem de uma forma especial e seletiva que produza certos resultados.

É desta forma que eu trabalho de forma independente. Eu inicio esse plano sozinho, utilizando os poderes que preciso, quando eu conheço a minha natureza e a deles, e graças a isso, eu influencio a mim mesmo. Eu não influencio nada fora de mim; pelo contrário, eu uso os fatores externos para que eles me influenciem de certa maneira. Graças a isso, eu mudo e sinto a mim mesmo num mundo que muda para melhor.

Assim, eu não me transformo num desses “benfeitores” que mudam a natureza e corrigem o mundo. Pelo contrário, eu uso as forças externas a fim de me corrigir e melhorar minha vida. É preciso levar em consideração esses pontos, porque nós cometemos erros ao entendê-los, ou ao abordá-los na prática. 

Da 4^a parte da Lição Diária de Cabalá 25/12/11, “A Liberdade”

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Opinião: (Dominique Strauss-Kahn, ex-chefe do FMI): “O ex-chefe do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, alertou que a zona do euro é uma “jangada que vai afundar”, a menos que os líderes da região cheguem a uma solução ‘dentro de semanas’.

“Ele disse que um dos problemas são os líderes francês e alemão – Nicolas Sarkozy e Angela Merkel – que não se entendem.

“O discurso contundente e altamente crítico foi feita durante uma conferência econômica em Pequim”.

Meu comentário: É claro que ele está certo, mas apenas parcialmente. O fato é que sua decisão de recapitalizar os bancos da UE é apenas para ganhar tempo, durante o qual é preciso começar a educar os europeus sobre a compreensão de um novo estado do mundo, para que eles percebam o mundo através dos “óculos integrais”, interconectados, e atuem apenas com base nessa condição.

Neste caso, durante o processo de aprendizagem das novas relações integrais, interconexões e garantia mútua, as pessoas serão capazes de mudar as relações sociais de egoístas para a garantia mútua de forma gradual e “gentil”, a fim de transformar as relações na família, no local de trabalho, e depois nos negócios, economia e finanças.

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Pergunta: A que se referem os nomes do Criador e como podem ser atingidos?

Resposta: As Luzes, que entram nos desejos e os preenchem, evocam a sensação no desejo do tipo de realização que elas são – o nível de equivalência do desejo em relação à Luz, o Criador. Elas são referidas como os nomes sagrados do Criador.

Parte do desejo de receber prazer torna-se “sagrado”, o que significa que ele é capaz de trabalhar em prol da doação, e é por isso que ele se torna preenchido com a Luz de Hassadim ou mesmo a Luz de Hochma. Estes desejos tornam-se semelhantes ao Criador.

O próprio Criador não tem um nome. O Criador é um HaVaYaH completo e perfeito preenchido com a Luz do Infinito. Mas não há nomes no mundo do Infinito porque os nomes representam certa limitação: “bondoso”, “misericordioso”, etc. É por isso que o Criador não tem um nome.

Todos os Seus nomes sagrados são diferentes formas nas quais nós O percebemos de acordo com o grau de nossa correção. É semelhante a suas características individuais, com as quais que eu percebo você: você usa óculos, você se veste bem, você é um pai, um engenheiro…

Em outras palavras, eu lhe dou diferentes nomes ou definições, mas eu não lhe conheço na realidade. Eu só reconheço certa particularidade em você o tempo todo, em relação a certa qualidade específica. É assim que a realização do Criador acontece – por meio de Seus “nomes sagrados”, as diferentes formas de doação, que nos aproximam Dele.

Mas quando nós corrigimos todos os nossos “620” desejos e os transformamos em desejos de doar, eles se tornam 620 nomes sagrados, e nós finalmente O alcançamos através de sua coletividade. E quando nós combinamos todos estes nomes em um nome, como está escrito: “E virá o dia em que Ele e Seu nome serão Um” – nós realmente alcançaremos o Criador.

Da 1ª parte da Lição Diária da Cabalá 24/11/11, Escritos do Rabash, “O Que Significa que o Mundo Foi Criado para a Torá”

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Pergunta: Qual será o sistema de doação entre nós que veremos quando ele se revelar para nós?

Resposta: Nós devemos ver esse sistema entre nós agora, depois da convenção. Cada pessoa deve ver os pontos no coração e entender que, embora ela esteja distante dos outros, a rede que conecta nossos corações existe.

Há uma rede mais interna, formada por todos os nossos amigos (e dentro dela, o sistema superior de todos os Cabalistas do passado). Em torno dela, há uma rede mais externa: toda a humanidade. Os sistemas estão interligados, e esta conexão não muda, é constante. Apenas a nossa atitude correta foi quebrada.

Como dizemos em nosso mundo, os relacionamentos foram quebrados, ou seja, que eles eram bons e tornaram-se maus. As relações existem, mas estão quebradas.

Nós temos que descobrir o sistema no qual estamos todos conectados. É impossível destruir essas conexões ou mudá-las. Somente as relações dentro das conexões podem ser alteradas. Agora, cabe a nós como descobriremos a vida dentro deste sistema.

Isso se relaciona ao mundo inteiro. Para nós, é uma ação interior, nossa disseminação interna. Em relação ao mundo, é a disseminação externa. Assim, esses dois sistemas começam a interagir.

A pessoa deve sentir internamente que é assim. Então, ela começará, gradualmente, a ver que o nosso mundo é imaginário. Quanto mais a pessoa se vê como parte desse sistema e sente que depende dele, mais ela verá que tudo em sua vida, mesmo em sua vida externa e corpórea, no trabalho por exemplo, depende da intensidade de seu esforço neste sistema.

Então, todas as ações corporais, as formas corporais, e todo o mundo que você vê ao seu redor gradualmente se transformarão em algum tipo de forma externa inflada, como um fantoche que se move porque a mão do criador de fantoche está brincando com ele como se ele fosse vivo.

Em vez de ver apenas pessoas, você verá a sua conexão com o regime geral. Você entenderá o que as motiva, que sinais recebem do sistema, e suas reações com eles. Você verá que em cada um, é a sua conexão com o resto do sistema que age, e nada mais que isso. Você perceberá que o corpo que veste essa conexão é como um halo, uma nuvem, que não tem essência independente.

Enquanto não vemos este sistema, nos é mostrado todos esses corpos e este mundo para nos monstrar que algo existe e para nos dar o livre arbítrio para penetrá-lo, para começarmos a viver no mundo real. É nisso que temos que entrar agora.

A convenção nos deu o ponto de conexão com este sistema, e nós temos que segurá-lo para que possamos começar a ver o sistema a partir dele. Esta é a nossa obrigação.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/12/11, Escritos do Rabash

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