Meus Recursos Espirituais

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os alunos do Rabi Shimon se odiavam no início de seus estudos, mas ainda aspiravam alcançar a união. Com experiência, a pessoa aprende a ver a si mesma objetivamente, mesmo quando ela está num estado de ódio. É possível que o ódio possa ofuscar o ponto de análise da pessoa, ou a sua visão objetiva sempre permanece?

Resposta: Isso depende do estado. Às vezes, as emoções nos dominam, não deixando espaço para análise. Isto ocorre  quando somos capazes de fazer coisas terríveis. Às vezes, as emoções são equilibradas pela mente, e eu permaneço no controle da situação, apenas para ser surpreendido com minhas próprias emoções. Além disso, eu poderia também estar ciente de que o estado atual é enviado para mim pelo Criador. A força superior é a fonte deste estado, e este é enviado para mim a fim de me fazer avançar ao longo do caminho.

Por isso, tudo depende da nossa consciência. Como podemos ativá-la hoje? Será que nós podemos sempre lembrar que todos os nossos estados vêm de Cima para que possamos superá-los corretamente e tirar proveito de cada um deles?

Nós só podemos atingir este estado por meio da responsabilidade mútua, graças a qual mantemos uma conexão com o ambiente ou o grupo. Se eu estou constantemente sob a influência do meu ambiente e eu invisto meu esforço sempre que eu sou capaz, eu posso receber constantemente de meus amigos uma iluminação, a Luz Circundante. Quanto maior a nossa conexão, mais Luz eu recebo deles, enquanto que no meu próprio eu não tenho nenhuma chance de conseguir algo.

Conforme a minha capacidade, eu participo em todas as atividades do grupo. Se eu não tenho a oportunidade de fazer isso, por exemplo, se eu não recebesse a oportunidade de Cima para ir à convenção, então, lamentavelmente, eu ficaria em casa com o entendimento de que este estado me foi dado pelo Criador, e, portanto, é provavelmente o estado ideal para o meu desenvolvimento.

Mais importante, você deve usar cada momento para garantir um ambiente adequado para si mesmo. Afinal, o que acontece no momento seguinte está oculto de mim.

Em nosso mundo a pessoa paga o plano de saúde, a previdência social, e outros seguros privados, a fim de garantir o seu futuro. O que aconteceu no passado aconteceu, mas nós estamos sempre preocupados com o que vai acontecer no futuro. Conforme a minha capacidade, eu tenho que garantir que o futuro será melhor, ou pelo menos não pior, que o presente. Isso significa que eu devo permanecer no ambiente correto e fortalecê-lo se possível.

Eu não tenho outras opções. Ao contrário do sistema financeiro moderno, aqui nós não temos nenhuma concessão: você recebe exatamente o que você investe. Eu invisto tostão por tostão em meu ambiente e recebo a Luz dele. Basicamente, é a Malchut do mundo do Infinito. Esta é a minha caixa registradora, e não há outro lugar para eu investir.

Isto explica a importância da disseminação. Afinal de contas, ao disseminar você investe no seu ambiente; ele é o seu mais amplo, embora ainda potencial, ambiente. Estes esforços também são contabilizados.

Em última análise, o meu trabalho cria “ativos” (Zchut) que são registrados no meu “banco” espiritual. Conforme o meu investimento, eu recebo a Luz do grupo e me torno mais puro (Zach).

Da 4ª parte da Lição diária Cabalá 30/11/11, “A Essência da Religião e Seu Propósito”