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De Um Ponto De União À Passagem Da Machsom

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nesta última convenção, eu senti o sabor da nossa união em sua plenitude pela primeira vez. Mas isso também levanta a questão da Machsom mítica.

Resposta: O ponto que nós alcançamos está situado na Machsom, na transição para o próximo estado – a subida para o nível que devemos atingir na próxima convenção em Nova Iorque.

Por que estou ressaltando uma convenção? Em essência, não importa quando isso acontece, mas uma convenção é, no entanto, um ponto de impacto singular, quando realmente nos unimos e somos capazes de alcançar este objetivo.

Então, este ponto vai se converter em algo novo e pleno, na sensação de um mundo novo, pequeno no início. Mas isso já será o primeiro despertar nele, a sensação de estar dentro de algo ainda inconsciente e inatingível. Ainda assim, nós já nos sentimos nesta dimensão nova e somos capazes de determinar a nossa posição e encontrar nossa orientação nele. Eu espero que consigamos isso. Tudo depende da nossa preparação.

Da Série Lição Virtual aos Domingos 11/12/11

Trabalho Baseado Numa Combinação De Contradições

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso combinar dois estados, quando num deles eu devo pedir ajuda para os meus amigos se unirem, e no outro ser pequeno em relação ao grupo?

Resposta: A pessoa deve, simultaneamente, parecer estar em dois estados. Por um lado, eu acho que sou grande, e a salvação dos meus amigos depende de mim. Por outro lado, eu acho que sou pequeno, e dependo completamente deles. Estes dois estados não devem eliminar um ao outro. A espiritualidade é sempre construída em dois estados, mas nós temos um problema com isso.

A questão de fato é que apenas uma força, a força da recepção, age em nosso mundo. É por isso que somos incapazes de sentir o mundo superior que foi criado a partir de duas forças, a combinação das linhas direita e esquerda. E nós adicionamos a linha média, que consiste da força da recepção e da força de doação. O equilíbrio entre elas cria a satisfação interior no ponto de nossa união.

No final, todos os nossos constantes esforços em viver entre essas duas forças – na contradição do eu, o Criador, e o grupo, todos nós juntos ou separados – devem se combinar e conectar num sistema dentro de mim, onde eu vou girar livremente entre eles.

Tudo em nosso mundo é construído sobre a interação de duas forças: expansão e contração, positiva e negativa. O problema é que essas duas forças dizem respeito à recepção egoísta. Nós temos que começar a formar uma estrutura completamente diferente dentro de nós, uma estrutura onde a força da recepção e a força da doação serão realmente opostas. Nós criamos a estrutura da alma nos elevando acima dessa contradição.

Portanto, você não precisa se ​​preocupar em ter que anular uma dessas duas forças. Em vez disso, você precisa viver na contradição, tentando estar na união absoluta com os outros, apesar da presença de uma série de problemas.

Da Série Lição Virtual aos Domingos 11/12/11

Arca De Noé Para A Salvação Do Mundo

Dr. Michael LaitmanNosso próximo objetivo é a convenção nos EUA. Nós precisamos colocar todos os nossos esforços para organizá-la num nível elevado e realmente sermos capazes de subir para o grau seguinte, entrar num novo estado, onde começaremos a sentir o movimento da Luz de Nefesh dentro do ponto de união. É a menor Luz espiritual, mas que nos permite sentir um movimento independente.

Isso vai surgir devido ao nosso trabalho duro ao longo dos cinco meses que antecedem a convenção dos EUA, apesar do egoísmo crescente e todos os obstáculos e problemas enviados pelo Criador do Alto. Ele faz isso especificamente para que possamos nos prender a este ponto como um náufrago se agarra a uma bóia.

Quando eu realizo essas ações, eu tenho que pensar que as farei para salvar meus amigos, não para o meu próprio bem. Eu tenho que estar constantemente preocupado em garantir que eles não se afoguem. É por isso que eu devo me agarrar a este ponto. E eles devem pensar em como salvar os outros, de modo que cada um de nós vai entrar no poder da garantia mútua. Não vamos temer nada, e seremos salvos.

Esta força da garantia mútua é chamada de Arca de Noé. Ela nos ajudará a nos elevar acima do mundo inteiro que está afundando. Então, nós vamos tentar salvar este mundo: nós vamos lhe dar um lugar dentro da nossa arca, dentro do nosso ponto, que vai ampliar e expandir. Nele, nós vamos descobrir que já existimos num nível espiritual.

Este é o nosso objetivo antes da próxima convenção. Nós devemos existir no futuro, não no passado, e constantemente expandir o ponto de união através do nosso cuidado por todos.

Da Série Lição Virtual aos Domingos 11/12/11

O Nascimento Do Ponto De União

Dr. Michael LaitmanA convenção acabou. Nós alcançamos grande sucesso durante esta convenção, porque pela primeira vez experimentamos um estado completamente novo para nós: o nosso primeiro estado espiritual. Esta é a sensação do desejo recém-nascido comum e único que existe acima de nós e nos mantém lá. Quando nos conectamos a ele, nos elevamos acima do nosso corpo, acima do nosso mundo.

Esse desejo é ainda um ponto. Nós não somos capazes ainda de perceber o mundo superior nele. Como uma gota de sêmen, ele ainda precisa se ​​desenvolver num Partzuf, um corpo espiritual, a nossa alma comum.

O Baal HaSulam escreve no artigo “600 mil almas” que existe apenas uma alma no universo, dividida em 600 mil partes. O nosso objetivo é juntar essas partes. Quando nós as conectamos acima do nosso egoísmo, apesar do nosso egoísmo, nós começamos a perceber que o espaço neste ponto se expande, e nele, nós sentimos o mundo superior.

Nós revelamos este ponto. É como se nós o tivéssemos encontrado, sentido, e agora entendemos mais ou menos onde ele está, como subir acima de nós mesmos, como nos conectar a ele, como começar a percebê-lo e tentar viver nele.

Essa sensação vai escapar de nós a tal ponto que vamos pensar que a perdemos completamente, mas ela não desaparece, porque nada desaparece na espiritualidade. Nós seremos capazes de nos reconectar com esse ponto através dos esforços mútuos no grupo e até mesmo através do poder das gravações da convenção, apenas ativando-as.

O nosso ponto de contato comum, que existe fora de nós, nasceu. Vamos usá-lo para desenvolver o nosso comum Kli. Este é o próximo estágio do nosso desenvolvimento.

Da Série Lição Virtual aos Domingo 11/12/11

Seus Desejos Dentro De Mim São Como Sementes De Romã

Dr. Michael LaitmanA pessoa é incapaz de observar todos os 613 mandamentos por conta própria. Isto porque ela não tem conexão com os outros e deve atingir a inclusão mútua, absorver seus desejos, e passar seus desejos a eles.

Cada um de nós tem a sua própria raiz da alma, e todos só se tornam igualmente incluídos nos demais quando nos conectamos entre nós e absorvemos os desejos mútuos. Este é o único caminho para qualquer um atingir a perfeição.

Inicialmente, todos tinham apenas um ponto da raiz de sua alma no mundo do Infinito. Embora ele existisse lá em perfeito estado, esta perfeição era alcançada através da Luz superior. A pessoa, ela própria, ou seja, o ponto individual de cada um, era diferente do resto. Por exemplo, uma pessoa pertencia à perna deste corpo espiritual comum, outra pertencia ao ouvido, e a terceira ao quadril.

No entanto, após a quebra da alma coletiva, todos os seus pedaços se misturaram e se tornaram mutuamente incluídos um no outro. Como resultado, cada um contém todos os outros dentro de si. Desta forma, cada um recebe dos outros tudo o que está faltando, em conformidade com a raiz de sua alma. O inferior recebe tudo do superior, o superior recebe tudo do inferior; a direita recebe da esquerda, e a esquerda recebe da direita. No final, todos se tornam como uma romã que contém todas as sementes (desejos).

Desta forma, não só alcançamos a perfeição comum, como também a perfeição privada de cada alma. Por exemplo, mesmo que uma mulher esteja liberada de observar os mandamentos que dizem respeito a um momento específico (como tzitzit ou tefilin), por estar incluída nos outros, ela completa o que está faltando.

A inclusão mútua também funciona em relação às primeiras nove Sefirot e Malchut, porque a quebra foi final, até o mais inferior e último elemento na estrutura comum de Malchut. No entanto, como todos que se esforçam “direto ao Criador” (YasharEl) são fiadores uns dos outros, é como se eles observassem todos os mandamentos juntos.

Eu me incluo nos outros e, assim, observo determinado mandamento. Enquanto isso, alguém observa-o como seu trabalho principal. Desta forma, todos nós trabalhamos juntos. Todo mundo absorve os desejos dos outros e dá ao seu próximo. Isso resulta em todos compreendendo e doando a todos. No final, nós alcançamos o estado de amar ao próximo como a si mesmo.

Estando separado e sendo egoísta, eu só me importava comigo, e agora, através da conexão com os outros, eu atinjo o conhecimento, a realização e a compreensão de todas as exigências, desejos e pensamentos de todas as outras partes da criação. É por isso que eu sou capaz de dar-lhes satisfação.

Desta forma, eu me torno semelhante ao Criador e adquiro amor por Ele. Eu vim para amar o Criador através do amor ao meu próximo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 15/12/11, Escritos do Rabash

Livre Arbítrio No Mundo Do Infinito?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você disse uma vez numa lição que a pessoa precisa de livre arbítrio apenas quando ela não tem certeza. Será que nós teremos livre arbítrio após o fim da correção?

Resposta: Quanto mais nós avançamos em direção ao Criador, menos nós concordamos com Ele, e ainda encontramos o poder interno para concordar a cada vez. Quando eu entro no Infinito, eu descubro que não há ninguém pior do que o Criador.

Eu não concordo com Ele em nada. Eu O odeio mais que tudo. Mas, ao mesmo tempo, eu também tenho o poder de elevar-me acima deste sentimento e sentir o contrário: que não há ninguém mais elevado, mais perfeito, mais forte e mais certo do que Ele. Então, eu tenho que escolher: que caminho seguir? Enquanto isso, não há para onde ir. Isto é o que significa o  Infinito.

Em geral, nós devemos entender que não importa quão alto a pessoa sobe, a inclinação ao mal é ainda maior do que ela. Nós realmente descobrimos a criação como “a existência a partir da ausência”, em contraste com a “existência a partir da existência”.

Movendo-Se Em Direção À Meta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Desde a convenção você parou de comentar as notícias internacionais e a crise. Isso é um bom ou um mau sinal?

Resposta: Nem um nem outro. Simplesmente não existem comentários suficientes para todas as novas decisões dos líderes, pois sem a compreensão da natureza da crise, eles não serão capazes de tomar a única decisão certa: no sentido da união gradual mas plena, como a natureza nos obriga a fazer.

Voltando ao início do século passado, o Baal HaSulam escreveu que a humanidade está se movendo em direção à compreensão de que é uma família, que está integralmente interconectada. Ele viu isso como Cabalista, a partir de nossa conexão interna, a maneira como ela se manifesta em nosso crescimento e evolução, sob a influência das forças da natureza.

É por isso que a manifestação de nossa oposição à natureza continuará crescendo na forma de maior sofrimento, falências, descidas, ameaças de desemprego, distúrbios e protestos. E isso vai continuar até que o mundo perceba a causa da escalada da crise: as nossas relações egoístas. Afinal, nós nos desenvolvemos até o ponto em que devemos começar a nos conectar numa comunidade mundial única e integrada e, assim, alcançar o nível do “ama o teu próximo como a ti mesmo”.

Isso não é uma fantasia ou utopia, mas a futura realidade objetiva que já surgiu no horizonte. Este é o objetivo da nossa evolução, programado pela natureza. Isso já está começando a se manifestar na forma de uma conexão universal necessária entre as pessoas, empresas e países, e nossa resistência e falta de correspondência a isso causa a crise em nossa sociedade. Por outro lado, a equivalência evocará o sentimento de harmonia, bem-estar e perfeição em nós.

E nenhuma solução ou ação, que não esteja direcionada à união ou integração, encontrará sua correta execução. Em vez disso, encontrará o fracasso, o que pode levar à guerra. Isto resultará em tanto sofrimento que a humanidade perceberá que a integração é a única solução para seus problemas.

É por isso que eu não tenho mais nada para escrever sobre a crise. Todas as tentativas de sair dela têm sido até agora sem sucesso; elas não conseguiram acertar o alvo. O cenário de desenvolvimento nos leva em direção ao objetivo da natureza, embora de uma forma desfavorável até agora. Isto é semelhante a uma criança que deve ver “a coisa certa”, mas através da força e da punição. Lamentavelmente, até agora nós estamos indo pelo “caminho do sofrimento” (castigo): nós teremos que aprender com ele…

Entre O Criador E A Humanidade

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você pode fazer uma analogia entre a fase moderna do desenvolvimento do mundo e do desenvolvimento espiritual?

Resposta: É claro. Nós vamos juntos com toda a humanidade como Galgalta ve Eynaim com AHP. Nós somos 1% e eles são os 99%. Se não fosse pelas necessidades da humanidade, não teríamos despertado do sonho corporal. Assim como nas gerações passadas, o mundo atual teria apenas vários Cabalistas.

Então, por que existem centenas de milhares, milhões de nós hoje? Porque o mundo precisa de nós. Todo mundo que estuda e dissemina a Cabalá vai se tornar um professor em tempo integral. Eu estou certo de que nos próximos anos o mundo terá a presença de tais pessoas nos sistemas de ensino e nas áreas de cultura e política, em todos os lugares. Todo mundo vai precisar da abordagem especial, integrada, que só nós temos. Isso vai se tornar necessário em todas as áreas da vida, sem mencionar o desenvolvimento interior.

O nosso caminho e o caminho da humanidade estão naturalmente interligados. Hoje, a necessidade da correção já está amadurecendo num grande número de pessoas. Naturalmente, o processo é gradual, porque o mundo é composto de muitas partes e camadas. As diferenças são enormes. China, América, Europa e África são diferentes em suas mentalidades, tamanho e natureza do seu egoísmo. No geral, todas as pessoas representam uma pirâmide da humanidade.

Sem dúvida, de uma forma ou de outra, nós recebemos o direito de avançar na direção da liberdade e da revelação da força superior apenas com uma meta: nós teremos que passar o que recebemos aos outros. No entanto, teremos que passar de forma adequada.

Neste sentido, somos como Bina. Basicamente, a sua parte superior pertence a Hochma e está em contato com o Criador, a Luz superior. A parte inferior é como o ventre materno para o Partzuf inferior. Ele garante o seu nascimento, alimentação e crescimento. Desta forma, a nossa parte superior constantemente aspira ao Criador, e a parte inferior existe constantemente entre as criaturas.

Nós do Bnei Baruch estamos no meio, como a parte média de Tiferet, entre o Criador e o mundo. Nós só temos o desejo de estar acima com Ele e abaixo com a humanidade. No meio está a nossa liberdade de escolha, e, desta forma, nos tornamos semelhantes ao Criador.

Afinal, o Criador é o criador; Ele cria, constrói e satisfaz como uma mãe. Nós chamamos a natureza de “mãe” porque ela gera, alimenta e nos protege. Nós devemos desempenhar o mesmo papel em relação ao mundo. Exercendo esta atitude cheia de doação, nós nos tornamos como o Criador.

O Partzuf comum está dividido em cinco graus de Aviut (aspereza). O segundo grau é o mais importante. Ele copia Keter, segue o exemplo do grau zero, e continua-o ainda mais para baixo. Este é o nosso objetivo. Desta forma, nós nos unimos com o Criador.

A Segunda Restrição está relacionada a isso. À medida que subimos em direção a Bina, Malchut nos ajuda a começar a vigiar o mundo a partir do novo grau.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/12/11, “A Liberdade”

Na Busca De Si Mesmo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como eu posso reconhecer exatamente o ponto do meu livre arbítrio?

Resposta: Em primeiro lugar, nós descobrimos que somos totalmente, cem por cento, não livres. Esta é a realização do mal.

No entanto, por outro lado, o que há de tão ruim nisso? Se eu estou inteiramente sob o poder do Criador, ou da Natureza, não há nada para perguntar de mim. Não sou nem bom nem mau. O que há para exigir de mim? Não importa o que eu faço, não sou eu fazendo-o, como está escrito: “Vá ao artesão que me fez”.

A religião é baseada nisso. Eu sou uma pessoa pequena. Eu faço tudo o que Ele quer. Se Ele diz para fazer, eu faço. Desta forma, todas as minhas acusações são removidas, quaisquer questões são anuladas, e eu me livro dos problemas.

No entanto, nesse caminho, você perde a independência e a liberdade. Apenas seguindo os decretosdo Criador, mesmo involuntariamente, você encontrará sempre uma recompensa para si e facilitará sua tarefa – à custa do seu verdadeiro “eu”. É por isso que a religião é boa para as massas. Quando tudo vem do Alto, ela adiciona uma sensação de conforto para a vida e oferece apoio psicológico para fluir junto com todos.

Por outro lado, na Cabalá, eu exijo a independência, em vez da auto-anulação. Eu quero encontrar o início do meu “eu”. Nessa busca, nesta avaliação racional e lógica, eu descubro que, na realidade, eu não existo. Eu não decido sobre nascer neste mundo, eu não escolhi as minhas qualidades, minha genética, meus pais, meu país ou meu ambiente. Eu fui criado e educado pelos sistemas e instituições já formados, tais como creche, escola, meio de comunicação de massa, e assim por diante. Quem sou eu depois de tudo isso? Eu sou um pedaço de massa cozida num forno comum num naco de pão normal.

Quando eu percebo isso, uma pergunta surge em mim: Isso que é a vida? O que ela me dá além de preocupações infinitas, uma fuga constante do sofrimento e breves momentos de prazer? Esta é a realização do mal: eu começo a pensar sobre a essência do que está acontecendo, sobre a minha viagem e seu fim, e eu entendo que não existo. Há apenas uma máquina que eu não comando nem controlo. Quando há um conflito de algoritmo no computador, ele dá uma mensagem de erro. Eu também respondo aos problemas, embora de uma forma sensorial. A pressão salta de algum lugar, e eu sinto dor. Isso é tudo o que é.

Neste caso, eu simplesmente não tenho nenhuma razão para viver. Muitas pessoas chegam a esta conclusão. A única coisa que as segura é o medo instintivo da morte, e mesmo isso nem sempre funciona.

Aqui é onde eu começo a busca pela verdadeira liberdade, a minha verdadeira essência. O caminho para isso está em se tornar como o Criador, sem adorar ou anular-se diante Dele, mas realmente se tornando como Ele. Eu devo crescer e me tornar mais parecido com Ele. A independência e a liberdade absoluta são inerentes ao Criador. Não há outro além Dele em toda a natureza. Eu posso crescer de acordo com o mesmo princípio quando não há mais ninguém além de mim em toda a natureza.

Este é o método Cabalístico. Nós buscamos liberdade e independência. A coisa mais dolorosa é o fato de que eu não existo. Onde eu posso encontrar o meu “eu”? Essa busca do meu próprio “eu” é a minha vida inteira. Eu quero uma maior auto-expressão. Eu quero governar sobre todo mundo e receber. O que é tudo isso? É para o meu “eu” se formar e crescer. Aqui, a Cabalá explica que adquirir o seu “eu” significa adquirir as qualidades do Criador, em outras palavras, adquirir a liberdade.

Pergunta: Então, como eu posso encontrar o meu “eu” sem livre-arbítrio?

Resposta: O ponto inicial do meu “eu” se manifesta através de perguntas sobre o significado e a essência da vida. Uma pessoa que chega a Cabalá já tem este ponto de escolha, o ponto no coração, uma centelha, o outro lado da linha média, o reverso da liberdade, o sentimento de vazio e falta.

Eu não tenho liberdade, e é por isso que eu faço perguntas sobre o sentido da vida. Isso é exatamente o que me falta. Eu não me importo sobre a própria vida, eu preciso encontrar o meu “eu”.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/12/11, “A Liberdade”