Sobre O Valor Do Amor Pelos Amigos

Dr. Michael LaitmanNossa atitude para com o próximo, o ambiente no mundo onde nascemos, que sentimos dentro de nosso egoísmo, é chamada de período de preparação. Quando vamos do amor pelo ambiente, ou do amor pelos amigos, ao amor pelo Criador, este já é o tempo do verdadeiro trabalho, quando adquirimos as qualidades de doação.

Como resultado da aquisição dessas qualidades altruístas e passando pelo grau de doar em prol de doar, nós finalmente alcançamos o amor. Mas visto que este caminho leva à realização do amor pelo Criador, assim que é chamado todo o caminho.

E mesmo que hoje nós estejamos trabalhando em nosso reino, em nosso mundo, com qualidades egoístas, isso ainda é considerado trabalhar no amor pelo amigos, pelo próximo, embora tudo isso esteja muito longe do verdadeiro amor.

O amor pelo Criador, o amor pelas criaturas e o amor pelos amigos são a mesma coisa, porque é diretamente oposto ao amor por si mesmo. É por isso que se exige tantas mudanças qualitativas no interior da pessoa. Mas o valor do amor pelos amigos é muito elevado porque nos permite adquirir desejos e sensações adicionais, para revelar a verdadeira realidade em que estamos, ou seja, o Criador.

Na medida em que a pessoa valoriza o Criador e o objetivo final, é o quão importante ela considera os meios que conduzem a isso, tais como os exercícios no grupo, com os amigos, e os estudos, porque sem esses meios ela jamais poderia atingir o objetivo.

Por um lado, todo este mundo é imaginário e não há ninguém à minha volta: nem os níveis inanimado ou vegetal, nem animais ou pessoas. Todos estes são meus próprios desejos, que se dividiram nessas partes e, portanto, apresentam a Luz Superior para mim desta maneira.

Esta é também a forma como devo tratar o grupo: como se nada existisse além de mim. E todos que eu sinto ao meu redor: o ambiente, o grupo, o professor, e até mesmo o Criador, estão dentro de mim, na minha sensação. Eu recebi esta ilusão de que tudo está fora para que eu pudesse aprender o que significa a sensação do próximo: para que eu pudesse senti-lo, ter relações com ele, e alcançasse a doação e o amor.

Se a pessoa percebe toda a realidade desta forma, ela não erra. Sem dúvida, ela ainda deve discernir novos detalhes todo o tempo e complementar a imagem comum com eles, mas ela já está no caminho certo.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 29/11/11, Escritos do Rabash