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Como Nós Nos Protegemos Da Natureza?

Dr. Michael LaitmanNós temos algo a dizer para as pessoas que querem ouvir explicações. Vamos jogar nossas cartas na mesa e avaliar de forma realista a situação. Em primeiro lugar, nós somos movidos pela natureza e existimos em seu sistema. Vocês podem ver por si mesmos que, apesar de todas as nossas tentativas vãs, nós não controlamos o mundo. Ele é dirigido por um determinado programa que age conforme certas forças. No final, nós estamos sob seu controle.

Em segundo lugar, ao nos mover desta forma, não sabemos onde vamos acabar. Portanto, como nós deciframos o programa do nosso desenvolvimento? Como podemos controlá-lo? Talvez o suavizando um pouco? Por exemplo, hoje os líderes europeus não são capazes de adoçar a pílula amarga prescrita para a zona do Euro. Eles já estão inclinados a considerar todo este mercado comum como um erro. No entanto, de que erro nós podemos falar se ele faz parte do programa? O que aconteceu, aconteceu, e nada pode ser feito sobre isso. É tolice lamentar o passado.

O homem é criado de tal forma que antes que ele possa realmente participar de uma força operacional, ele é incapaz de compreender que, em vez de representar a função, ele representa o resultado, a ação. Assim, a humanidade está descobrindo a sua impotência devido a problemas reais. Mas o verdadeiro colapso ainda não começou. A crise tem várias camadas, e sua principal característica não é nem a dívida irrecuperável ​​nem o desemprego.

Num futuro próximo (talvez em um ou dois anos a partir de agora, se o processo se acelerar), nós veremos que o mundo não poderá continuar a existir. Catástrofes climáticas, problemas econômicos e industriais vão nos colocar à beira de um precipício. Nações não conseguirão controlar o grande número de desempregados. Nós simplesmente não temos um sistema capaz de suportar algo do tipo. Depois, os desastres forçarão as pessoas a nos ouvir.

Em terceiro lugar, nós devemos nos perguntar por que a evolução nos sujeitou a tais choques poderosos? Em nossas condições atuais, diferentes tipos de nível vegetal e animal da natureza estão simplesmente se extinguindo, como os dinossauros. Talvez por isso nós também vamos desaparecer da face da terra sob a lâmina da guilhotina?

Neste caso, não temos outra solução, exceto encontrar uma terceira força que trabalhará contra a natureza, em outras palavras, contra o Criador. Não importa como nós a chamemos. Os filmes de Hollywood também estão representando ameaças globais, mas na forma de um asteróide voando em direção à Terra, pronto para nos destruir em questão de segundos.

Como regra geral, os protagonistas dos filmes conseguem salvar a humanidade. Nós também precisamos nos voltar para a humanidade com um pedido de proteção. Nós temos que encontrar a força protetora para resistir à natureza, que está nos levando à morte. Nós fazemos parte do seu programa, e se a “natureza cega” planejou acabar conosco através de uma série de cataclismos, como é que nós encontraremos uma força alternativa para o desenvolvimento? Como podemos mudar o programa?

Primeiro, nós precisamos nos elevar a um novo nível, adquirir sabedoria e entender o que implica o programa comum. Isso nos leva à quarta etapa, quando finalmente devemos perceber que a nossa essência, o desejo egoísta, é a fonte de todos os desastres. Se não fosse o ego, não estaríamos destruindo a sociedade humana, a instituição familiar, o sistema educativo, as relações entre pessoas, países e religiões; não estaríamos criando barreiras artificiais que nos separam e no final só levam à destruição mútua.

Quando nós percebermos o mal, pensaremos sobre o que chamamos de bem. Então, nós aprenderemos com a natureza, onde o mecanismo integrado de união e reciprocidade opera. Nós somos capazes de imaginar isso e observar com nossos próprios olhos. Então, o que nos falta? Apenas a capacidade de subir acima da nossa essência.

Será que nós seremos capazes de mudar o curso do nosso desenvolvimento se subirmos acima de nós mesmos, ou a natureza ainda é mais forte do que nós? Não, ela não é mais forte. Por que não? Porque a natureza nos controla através do nosso egoísmo, mas se nos apoiarmos e fortalecermos mutuamente, se construirmos um sistema comum e quisermos unir, não importa o quê, as forças da natureza nos desenvolverão no bom caminho.

Na verdade, o nosso egoísmo não quer mais continuar a crescer, porque o crescimento só lhe causa mais problemas. Finalmente, nós podemos adquirir a oportunidade de controlá-lo e, além disso, usá-lo para avançar no bom caminho, mas somente se aprendermos a usá-lo para a união. A essência de todo o mal é que nós nos desenvolvemos ferindo um ao outro, enquanto a essência da bondade é desenvolver-se, unindo-se com os outros.

Impulsionada pela necessidade, a humanidade tem que mudar completamente a sua atitude perante a vida, o ambiente, a sociedade, a criação dos filhos e a educação. Nós precisamos construir tudo a nossa volta de uma maneira que nos permita estar rodeado de ternura, como as crianças. Nós tentamos colocar as crianças numa sociedade exemplar, para que elas aprendam a se comportar bem, a se importar consigo mesmas e os outros, e assim por diante. Eu gostaria de colocar meu filho na melhor creche, deixá-lo aprender reciprocidade, línguas, e que ele fosse uma boa criança.

A própria evolução implantou a atitude dos pais em nós, que nos permite compreender como tratar os outros. Não é por acaso que fomos divididos em gêneros masculino e feminino, que juntos criam a posteridade, o grau seguinte. Isso nos permite ver como construir um ambiente adequado para nós mesmos. Nosso cuidado natural pelos filhos e netos nos empurra para a mesma coisa. É por isso que hoje temos que criar uma creche universal para todos. Quem quer ser um professor é bem-vindo.

De modo geral, o único problema da humanidade é educação. Para ser mais preciso, o problema é entender que este é o principal problema. É por isso que nós explicaremos ao mundo que o poder que precisa ser despertado já está dentro de nós, está na união entre nós.

A ciência confirma que, quando as pessoas se reúnem e se unem, elas geram um novo poder, especial integrado que existe por conta própria. Por exemplo, esse poder une uma nação através da manutenção de uma abordagem, caráter e potencial comum nas pessoas. O poder de união que aparece através de anos de vida e interação mútua não vem do Alto, mas existe entre elas de acordo com a forma específica de sua união.

Da mesma forma, quando nos unirmos hoje, nós geraremos este novo poder integrado da união do mundo, que se tornará a nossa proteção, mais poderoso do que a natureza, o clima, a ecologia, ou qualquer outra coisa. Afinal, esse poder é muito maior; ele pertence ao nível humano, e o homem sobrepõe-se aos outros níveis da natureza. Por esta razão, este poder certamente nos ajudará a adoçar o nosso desenvolvimento, em vez de tremermos como coelhos que estão sendo levados para algum lugar desconhecido. Nós controlaremos o processo em ação.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 07/11/11, “Matan Torá (A Entrega da Torá)”

Isso Deve Acontecer Aqui E Agora

Dr. Michael LaitmanNo momento em que nós entramos no salão da Convenção, deveremos imediatamente nos conectar ao grande desejo coletivo, estar prontos para conexão e esperar que ela aconteça aqui e agora! Devemos pensar que ela necessariamente vai acontecer aqui e agora (como é dito sobre a espera diária da chegada do Messias). Isso suscita a ação e realmente acontece.

Não basta apenas ir à convenção: nós temos que nos preparar para ela. É uma boa idéia estudar o material de convenções, embora supreender vocês com novas idéias não faça parte dos meus planos. Por outro lado, quanto mais familiarizados vocês estiverem com o material e quanto mais eu falar de coisas aparentemente conhecidas, em resposta ao nosso desejo dirigido ao que vocês leram, ouviram e estudaram, eu serei capaz de trazer explicações realmente novas.

Na convenção, eu gostaria de ver pessoas que entendam, sintam o material e saibam com antecedência o que vou dizer. Os tópicos das aulas e as fontes nas quais elas se baseiam podem ser encontrados no material de preparação para a convenção. Nós temos que estudar porque não deve haver nenhuma surpresa. Todo o nosso avanço deve ocorrer internamente, através da conexão e revelação de novos estados.

Isso é chamado de progresso. As palavras do material podem ser as mesmas, mas a impressão que elas deixam, a profundidade que elas revelam serão novas. Nós as sentiremos de uma maneira nova e num novo nível.

Por isso, nós devemos estudar o material e canções de cor, de modo que eles sejam familiares a todos nós. Isto é muito importante. Se tendo provado algo nós o provamos novamente, ele parece agradável e novo. Mas quando nós provamos algo pela primeira vez, nós quase não sentimos o gosto.

O mesmo é dito sobre o pecado: a primeira transgressão não é considerada um pecado, porque a pessoa não sabia que aconteceria e simplesmente experimentou-a. Mas depois que ela “experimentou” e quer continuar, como Adão, que disse sobre o fruto da Árvore do Conhecimento: “Eu comi e devo comer mais”, então isso já é um problema.

Assim, nós devemos “exprimentar” o material da convenção com antecedência para que na convenção “continuemos a comer” e descobrir o verdadeiro sabor. Não basta ler meia página e achar que estamos prontos. Nós temos que construir os vasos, as nossas ferramentas de percepção, e organizá-los exatamente como se amassássemos e aquecêssemos a massa. É assim que devemos nos aquecer. A preparação geral determina se sentiremos algo ou não.

Quanto mais preparados estivermos, mais rápido seremos capazes de atingir, tanto no coração e mente. Se ambos estiverem funcionando corretamente, vamos atingir a revelação.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 02/11/11, “O Amor ao Criador e o Amor aos Seres Criados”