Vamos Nos Reunir Na Sucá da Paz

Dr. Michael LaitmanEm nosso mundo, nós entendemos porque as crianças brincam e o que acontecerá quando elas crescerem. Mas o nosso mundo é uma cópia do mundo superior, e este jogo simboliza o fato de que temos que avançar lentamente em direção à verdade, constantemente escolhendo-a a partir da situação oposta em que nos encontramos.

O trabalho espiritual começa com o fato de que estamos apegados aos falsos prazeres e ações que são totalmente egoístas. No entanto, nós entendemos que só podemos crescer graças a eles, a fim de ter livre arbítrio e escolher, para purificar os nossos vasos, nossa atitude para com o superior, por nós mesmos.

Não há outra escolha. A cada vez nós caimos e subimos novamente, e assim avançamos, como se diz: “Mil vezes os justos cairão e subirão novamente”. É assim como nós avançamos, e temos que ser pacientes e entender que esta é a única maneira de construir um vaso perfeito e independente. Quem continua tem êxito. A questão principal aqui é a persistência.

Nós também vemos uma cópia de todos os processos espirituais na vida material. É por isso que nós nascemos como crianças pequenas e tolas; nós jogamos jogos sem sentido e somos incapazes de cuidar de nós mesmos, até que, gradualmente, graças a estes jogos, nós crescemos e progredimos com correções mais sérias. Muitos anos se passam até que a pessoa “sustenta-se com suas próprias pernas” e está pronta para a vida neste mundo.

Assim, após as Selichot (os dez dias de arrependimento), Rosh Hashanah (Ano Novo), Yom Kippur (Dia do Perdão), os cinco dias entre Yom Kipur e Sucot, e os sete dias de Sucot, nós alcançamos o nível de Shemini Atzeret (o Oitavo dia da Assembléia): a união com a Luz. Gradualmente, dia a dia, nós realizamos esclarecimentos, cujo símbolo é a cobertura da Sucá (Skhakh) feita de “resíduos (lixo) do celeiro e adega”. Ou seja, ela é feita do que a pessoa desrespeita e despreza, acreditando que o mais importante é a comida que recebemos do celeiro e da adega, e não o resíduo.

Especialmente o que lhe parecia como resíduo inútil se torna a coisa mais importante agora. Se eu elevar esse “desperdício” acima de mim e usá-lo para cobrir o meu ego, se eu me esconder sob esta cobertura, eu serei capaz de desfrutar sua sombra. É assim que descobrimos a Luz superior, que não é revelada diretamente, sem a sombra. Assim, nós chegamos à Sucá da paz (Sukkat Shalom), sob a cobertura perfeita (Shalem), a tela.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/10/11, Escritos do Rabash