Homem, O Criador

Dr. Michael LaitmanPergunta: As pessoas tendem a pensar que a garantia mútua e a unificação são uma ameaça à sua exclusividade, isto é, apaga sua individualidade. Cada pessoa se sente especial e não quer desisitir desse sentimento até por uma questão de unidade…

Resposta: A pessoa sempre manterá a sua exclusividade. Ninguém terá que desistir de suas qualidades  iniciais, únicas. Nós nos unimos num nível superior, acima delas.

Suponha que eu aderi a uma associação criativa de trabalhadores na indústria da televisão: artistas, roteiristas, autores e outras pessoas criativas que trabalham para criar juntos uma peça de arte em grande escala. Cada um deles deve se destacar com sua própria individualidade? Ou, pelo contrário, cada um deve ser igualmente medíocre? Obviamente, nós precisamos de pessoas excelentes com talentos únicos que dão o máximo de si para o esforço comum.

Nós não perdemos nossa exclusividade, mas baixamos nossas cabeças diante da meta, diante da nossa idéia. É exatamente isso que permite que qualquer pessoa se revele.

Hoje, a natureza está nos colocando em condições onde teremos, involuntariamente, que desistir dos excessos animais, que realmente não nos trazem nada, exceto danos. Nós temos que construir nossas vidas com base no que é bom para o corpo, e não exceder nem um pouco esta norma. Afinal, qualquer coisa além disso leva a doenças e problemas.

Por outro lado, todos os nossos próximos movimentos, todo o nosso desenvolvimento e prosperidade, a total abundância de qualidades pessoais será realizada na dimensão espiritual. Dito de outra forma, eu posso encontrar na sociedade oportunidades de auto-expressão, por contribuição e participação pessoal, como alguém que é criativo e influente. Eu posso fazer muitas coisas na sociedade e não exijo nada em troca, além de uma vida material normal, suficiente e segura. O ambiente fornece as necessidades do meu corpo animal, e em todos os outros aspectos eu quero fazer parte de todos, e lá, no todo comum, encontrar a minha felicidade, prazer e as forças vitais.

É exatamente aí que eu adquiro oportunidades ilimitadas. Ninguém me limita, nada me falta, e eu não entro em competição com ninguém ou tento chegar à frente daqueles que me parecem mais bem sucedidos. Como um pintor ou compositor, eu percebo e me expresso plenamente na minha arte – na obra criativa para o bem comum. Eu me sinto como um criador, e essa sensação preenche todos os meus desejos.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/10/11, “Paz no Mundo”