Um Velho Amigo Perdido No Novo Mundo

Dr. Michael LaitmanO problema todo está na abordagem. Se eu estou tentando corrigir essa crise usando meus métodos antigos, procurando soluções e tentando consertar os sistemas econômicos que eu construí, isso é chamado de Amaleque (o maior e mais feroz desejo de receber em nós), o nosso principal inimigo.

Mas eu tenho que perceber que esta revelação vem até mim da natureza. Não há nada que possa ser feito usando os velhos métodos, visto que esta mudança está acontecendo dentro da natureza humana. Esta mudança não é em cada um de nós individualmente, mas em nossas relações, nas conexões entre as pessoas. Eu não queria que isso acontecesse, mas deve acontecer.

Nós começamos a perceber isso e a entender que cada um de nós é um egoísta e continuará a ser um egoísta. Ao mesmo tempo, a conexão entre nós se tornou mais forte e é diferente de antes. Eu não serei capaz de estabelecer esta conexão de acordo com as exigências do meu ego.

Por enquanto, todos nós somos como bolinhas de gude dentro de um sistema, e cada bolinha de gude é um egoísta. No entanto, as conexões entre nós não são mais egoístas. Elas não são da maneira que nós as construímos no antigo sistema econômico, que foi uma marca direta de nosso velho ego, uma demonstração exata das relações egoístas.

Mas, hoje em dia, um diferente tipo de conexão está se revelando, e é por isso que somos incapazes de controlar a rede que construímos. Isso é chamado de revelação do Criador, e nós não estamos tratando-a adequadamente. Nós não entendemos que devemos nos inserir na nova natureza.

Nós somos egoístas, mas as conexões entre nós não são egoístas, elas estão mudando. Nós temos que ser mais sensíveis a essas mudanças e sempre nos adaptar a elas, concordar com esta nova conexão. Ao fazer isso, vamos “apagar a memória de Amaleque”, o nosso pior inimigo.

Desta forma, nós apagamos a nossa indiferença, descaso e negligência. Nós superamos a nossa atitude negligente para com as mudanças e começamos a examinar o que está acontecendo aqui. Então, nós precisaremos da sabedoria da Cabalá, porque senão podemos lançar todas as forças que temos, todos os cientistas e todos os meios no mundo para uma análise e ainda assim não chegar a uma única conclusão correta.

É porque nós permaneceríamos como bolas de gude impenetráveis, todas dentro de seus velhos egoísmos. Agora, nós temos que receber a instrução (a palavra “Torá” vem da palavra “Oraa” ou manual de instruções) que nos ensinará a agir corretamente, a fim de realizar tais ações aqui em baixo, e isso causará alterações Acima.

O próprio Criador revela a nova rede, a nova conexão entre todos nós. Para nós, no entanto, isso significa uma crise, porque nós construímos determinado sistema, e Ele está imprimindo um sistema diferente sobre o nosso sistema.

Não há nada que possamos fazer com este novo sistema. Tudo o que podemos fazer é mudar a nós mesmos de acordo com este sistema recém revelado, para ajustar essas bolas de gude a esta nova conexão entre nós. Isto significa que eu devo elevar uma oração, ou seja, que eu tenho que pedir uma mudança em mim mesmo, pedir algo que está faltando em mim, que me impede de me conectar corretamente com esta nova rede.

Esta nova rede continuará se revelando cada vez mais; essa nuvem continuará a descer cada vez mais. Nosso trabalho é tentar reconhecer esta rede e desejar nos ajustar a ela através de nossas ações práticas. Assim, nós atrairemos uma influência de Cima que realizará isso dentro de nós.

A mudança não será no sistema, mas em nós. Nós mudaremos em conformidade com ele.

Da Lição Diária de Cabalá 02/09/11, artigo do Rabash