Pulando Na Guerra

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Nação”: Tomemos o planeta Terra como exemplo: primeiro, ele era apenas uma bola de névoa, como gás. Através da sua gravidade, ele concentrou os átomos dentro de si, ao longo de um período de tempo, num círculo mais próximo. Como resultado, a bola de gás foi transformada numa bola de fogo líquido.

Ao longo de eras de guerras terríveis entre as duas forças na Terra, positiva e negativa, a força de resfriamento finalmente triunfou sobre a força do fogo líquido e resfriou uma crosta fina ao redor da Terra e a endureceu.

No entanto, o planeta ainda não tinha se restabelecido da guerra entre as forças e, depois de algum tempo, a força do fogo líquido triunfou e explodiu num grande barulho das entranhas da Terra, levantando-se e quebrando em pedaços a crosta dura e fria, transformando o planeta numa bola de fogo líquido, mais uma vez. Em seguida, uma nova era de guerras começou até que a força de resfriamento triunfou sobre a força do fogo mais uma vez, e uma segunda crosta foi resfriada em torno da bola, mais forte, espessa e resistente contra a erupção de fluidos do interior da bola.

Desta vez, durou mais tempo, mas finalmente, as forças líquidas triunfaram novamente vez e surgiram das entranhas da Terra, quebrando a crosta em pedaços. Mais uma vez, tudo estava em ruínas e se tornou uma bola de líquido.

Assim, as eras se alternaram, e toda vez que a força de resfriamento era vitoriosa, a crosta que ela criava era mais espessa. Finalmente, as forças positivas triunfaram sobre as forças negativas e elas entraram em completa harmonia: os líquidos tomaram seu lugar no interior da Terra, e a crosta fria tornou-se espessa o suficiente ao seu redor, permitindo a criação da vida orgânica como é hoje.

Essas forças opostas podem ser observadas em todos os níveis da natureza. E o mais importante, elas entram em equilíbrio através da guerra entre elas. Essa é toda a questão. Onde quer que essas forças se encontrem, elas lutam uma com a outra. De fora, parece uma guerra, mas por dentro é a reconciliação.

Cada vez que elas se reconciliam elas criam formas mais desenvolvidas. Inicialmente, através da confrontação, estas forças se conectam entre si e produzem átomos, moléculas, compostos e ainda vários tipos de matéria no universo. Então, as mesmas duas forças, positiva e negativa, se combinam para criar a vida, desde o nível primitivo até o mais elevado. Assim, a guerra não é de forma alguma uma guerra, mas uma comunicação. Nós só podemos discerni-la conforme a profundidade da nossa visão.

Por isso, hoje nós podemos mergulhar na oposição dessas forças, atuando na sociedade humana, e iniciar guerras no mundo. No entanto, há uma outra oportunidade: compreender que as forças opostas são destinadas a se reconciliar no final. Se assim for, faremos isso com antecedência, sem nos sobrecarregar com derramamento de sangue que no final aponta para o mesmo local de conexão. Nós podemos realizar tudo antes do tempo.

No entanto, a realocação de dinheiro e recursos dos países ricos para pobres não ajudará aqui. Para cada um, a distribuição justa significa uma coisa e, portanto, leva à guerras e lutas pelo poder. Então, vamos entender qual será o próximo estágio de desenvolvimento, que forma terá a nossa união final. Ao criá-la com antecedência, nós evitamos a guerra que se interpõe no nosso caminho. Vamos “pular” nela para chegarmos à fase boa de união de uma só vez.

Da 5ª parte da  Lição Diária de Cabalá 20/09/11, “A Nação”