A União Européia Não Tem Futuro Em Seu Estado Atual

Dr. Michael LaitmanOpinião: (Michael Khazin, economista, do km.ru ): “A observação mais interessante parece ter sido apresentada por  Jacek Rostowski, ministro financeiro da Polônia: “As elites européias, incluindo as elites alemãs, devem decidir se querem que o euro sobreviva – mesmo que a um preço elevado – ou não. Se não, nós devemos nos preparar para um desmantelamento controlado da zona do euro’. Ele acrescentou: ‘Nós temos uma escolha simples: a solidariedade ou o colapso da Europa’. A escolha é simples: ou a solidariedade ou o colapso do bloco do euro”.

“Ou a Alemanha (e apenas ela!) assume a responsabilidade pessoal de pagar todas as dívidas de todos os países da União Européia e mantém um padrão de vida em todos os países da União, ou o sistema começará a se desintegrar.

“A tentativa de anexar a Alemanha Oriental indica que não há recursos suficientes para elevar todos eles ao nível da Alemanha. Isso significa que o padrão de vida na Alemanha deve ser reduzido a fim de elevar o padrão de vida na periferia. Como tal decisão pode ser “vendida” para os cidadãos alemães, que terão que votar a favor disto?

“Obviamente, as histórias sobre ‘valores Europeus’  não cabem aqui: muito provavelmente, o fascismo ressuscitará na sombra do padrão de vida mais baixo, e substituirá a tolerância e o multiculturalismo. O interesse da Alemanha em expandir a União Européia protegeu o mercado. As leis internas da União Européia limitaram muito os mercados na união e os fechou à importação estrangeira. O principal fornecedor interno era a Alemanha.

“Nas condições atuais, é impossível produzir uma decisão sobre a unidade do bloco do euro, tanto pela política inter-alemã (…) quanto por razões financeiras. A Alemanha simplesmente não tem dinheiro suficiente para implementar este plano. Isso significa que a União Européia terá que abdicar do cenário político”.

Meu comentário: A União Européia (UE) tem uma saída, que pode parecer irrealista: continuar com as atividades normais, tal como agora, mas para a sobrevivência da União Européia, aplicar em todos os níveis o movimento pela unidade interna, a garantia mútua, a participação e a proximidade, e assemelhar-se às condições globais e integrais da natureza.

De fato, de qualquer modo nós somos obrigados, de acordo com o plano evolutivo, a adquirir essa forma. Então, vamos fazê-lo conscientemente, como resultado de nossa própria vontade, sem resistir à pressão, mas sim como resultado da constatação de que é o próximo estágio do nosso desenvolvimento. E se nós interiorizarmos isso, alcançaremos algo muito mais perfeito de uma forma fácil e rápida, e não sob pressã, através da miséria.

Todos os países do mundo enfrentam este desafio, embora na Europa isso seja particularmente relevante, pois todas as condições econômicas e sociais adequadas já existem na União Européia. Particularmente, a ligação interna entre as pessoas, removendo as barreiras entre todo e qualquer cidadão da União Européia, levará a Europa ao pleno florescer. Caso contrário, ela entrará em colapso, arrastando o mundo inteiro consigo. O ponto decisivo não tem a ver com a questão “se a UE deve ser desmantelada”, mas se “haverá paz ou guerra”.