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“A Vida Não Pode Continuar Na Forma De Caridade”

Dr. Michael LaitmanEditorial da Mídia (por Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz, economista de Bangladesh): “É necessário mudar a maneira como eles administram a ajuda externa. Em vez de dar esmolas de alimentos e outras ajudas, os países doadores como os Estados Unidos deveriam ajudar a fundar grupos com base em um modelo de negócio social…

“Quando a maior parte das coisas são gratuitas, você não está construindo a economia… A vida não pode continuar na forma de caridade o tempo todo. Nós temos que mudar da forma de caridade para a forma de negócio. O negócio social tem uma grande promessa, mas deve se desenvolver com raízes mais profundas…

“Se as sociedades mudarem de mentalidade a fim de ensinar aos alunos que o objetivo da educação não é ficar rico, mas para enriquecer a vida ajudando os outros, o modelo de negócios pode reduzir drasticamente a pobreza no século XX”.

Meu comentário: Cada região deve criar a indústria necessária para satisfazer as necessidades razoáveis ​​da comunidade. E a produção não deve crescer além disso, porque ela se tornará social e ambientalmente prejudicial.

Em seu tempo livre, os cidadãos devem estar envolvidos no sistema da educação integral, global e obrigatória, onde estudarão e perceberão o método de correção das pessoas e da sociedade, em conformidade com a natureza.

Um Novo Mundo Precisa De Um Novo Ser Humano

Dr. Michael LaitmanPor enquanto, as pessoas ainda acreditam que podem restaurar a ordem na sociedade, no país, e no mundo usando os métodos antigos. Elas ainda pensam que nós possuímos o conhecimento, poder, e o programa necessário para a ordem do mundo.  Mas, elas ingenuamente não entendem o que está acontecendo com o mundo.

Os cientistas e economistas se reúnem em conferências, com a esperança de encontrar alguma solução particular. Mas, enquanto eles estão envolvidos em discussões, a crise está ficando pior. E quando ela se materializar num grau ainda maior, eles entenderão para onde suas negociações os levaram, em prol do que eles as realizavam, e assim, eles verão sua própria impotência. É fácil exigir coisas, mas o problema é como atender as exigências. Isso pode deixar as pessoas muito confusas. De fato, tudo depende do nosso trabalho, de nossa intenção e desejos, porque seremos capazes de explicar às pessoas o princípio da garantia mútua.

O problema é que o mundo não entende o que está acontecendo, apesar de que pessoas muito importantes já estejam dizendo que não há solução para a crise e que os métodos que tentamos aplicar no mundo não correspondem às suas condições atuais. É como tentar usar um alicate enorme para ajustar um aparelho eletrônico moderno. Eles não casam um com o outro.

Muitos economistas, sociólogos e políticos já estão escrevendo sobre isso porque eles têm uma boa percepção da situação na sociedade humana. Porém, a ciência no mundo acadêmico está atrasada. Aqueles que trabalham diretamente no centro dos eventos, tais como nas bolsas de valores, nos bancos e nos negócios, são mais sensíveis à dinâmica dos eventos e das mudanças que estão acontecendo no mundo.

Nossa tarefa primária é ajudar o mundo a descobrir rapidamente que não há meios para mudar nada. Todas as mudanças são possíveis somente ao se mudar o ambiente, que inclui a sociedade, a mídia, e o homem. As mudanças não acontecerão mudando-se os sistemas existentes, que se tornaram obsoletos e não podem ser corrigidos pela antiga abordagem. Primeiro de tudo, nós precisamos mudar a nós mesmos. Somente então seremos capazes de mudar todos os sistemas de acordo com nossas mudanças internas.

Quando nos tornarmos globais e integrais, nós sentiremos o que significa a garantia mútua. Nós nos aproximaremos da forma apropriada de sociedade e seremos capazes de construir tal sociedade.

Da 5a parte da Lição Diária de Cabalá 16/08/11, “A Nação”

O Desenvolvimento Pode Acontecer Sem Destruição?

Dr. Michael LaitmanPergunta: As novas tendências fazem parecer que as nações do mundo terão que se desintegrar desde dentro, a fim de serem construídas de novo…

Resposta: O mundo inteiro tem que ser destruído, mas a destruição pode acontecer no nível físico ou no nível da compreensão e realização. Ou nós teremos que destruir completamente a nós mesmos no sentido físico, a fim de compreender que também devemos destruir o nosso espírito egoísta, ou podemos contornar o componente físico do colapso e imediatamente começar a trabalhar em sua realização espiritual, a fim de corrigir a situação.

De uma forma ou outra, você tem que chegar à quebra, à destruição interior. E é possível que para alcançá-la, você também precise do colapso externo.

Por exemplo, hoje em Israel nós estamos tentando adicionar a nossa mensagem à onda do protesto social sobre a necessidade de união e construção de uma sociedade integral. A questão é: Quão eficazes são os nossos esforços? Talvez certa quantidade de sofrimento também seja necessário aqui para as pessoas entenderem que esta é a única coisa que falta na realidade, e a única maneira de conseguir uma distribuição justa dos recursos.

As pessoas realmente querem justiça social, mas como ela pode ser alcançada? Isso não pode ser feito através da imposição de qualquer coisa que você gosta, mas que os outros não gostam. A justiça social deve envolver todos, toda a sociedade. Mas é realmente possível realizar isso sem antes atingir a garantia mútua?

Seria bom se as pessoas percebessem isso. Caso contrário, problemas serão necessários. Não há outras alternativas: ou o caminho do bem, ou o caminho do sofrimento. Se não formos bem sucedidos no caminho do bem, então o segundo caminho terá que se juntar. Isso é o que acontecerá em todas as áreas de nossas vidas.

No entanto, quanto mais pudermos influenciar o ambiente, mais chances existem de que não tenhamos que passar por guerras reais, as quais o mundo pode escorregar no caso de uma reviravolta ruim dos eventos, como o Baal HaSulam escreve.

Da 5ª parte da Lição Diária da Cabalá 18/08/11, “A Nação”

O Que É Igualdade?

Dr. Michael LaitmanIgualdade é quando cada um de nós tem oportunidades iguais, isto é, a oportunidade convencional e individual de nos expressar apropriadamente no sistema coletivo e integrado, a oportunidade de receber e doar, e de estar equilibrado com os outros.

Da mesma forma que o coração é igual ao fígado, os rins, as pernas, os braços, e todos os outros órgãos. Mas, de que modo eles são iguais? Eles são iguais quando interagem entre si de forma adequada. Cada um deles tem seu trabalho individual para o bem comum, o qual permite que o corpo viva.

Como analogia, eu não tenho culpa de ter nascido para fazer o papel dos rins, por exemplo, e você nasceu para ser o coração, enquanto que outro – os pulmões. Em relação a isso, cada um de nós é imutável. Mas, se nós trabalhamos juntos harmoniosamente, cada um de nós é igual a todos os demais e ninguém é maior do que ninguém. Nós vivemos nosso potencial inato, que não escolhemos.

Nós nascemos em famílias diferentes e com diferentes inclinações. Nós temos diferentes experiências e níveis de educação. Nós percebemos o mundo e nos relacionamos com as coisas de forma diferente. Cada um de nós experimenta as coisas do seu próprio jeito. Mas, se cada um de nós se percebe em harmonia com os outros, isso será igualdade.

O Envelope Correto Para A Mensagem Da Natureza

Dr. Michael LaitmanPergunta: O senhor está dizendo que as massas não têm que estudar a ciência da Cabalá como nós a estudamos. Porém, será que uma pessoa pode mudar internamente se não usar as fontes primárias? Todas as mudanças se originam delas.

Resposta: Você chegou à Cabalá porque você tem um desejo de avançar. Assim, o ponto no coração da pessoa a empurra adiante. Ela não se sente bem; ela deseja ver o amanhã, alcançar algo, abrir o céu para si, e por isso ela vem ao estudo.

Não importa o tamanho de sua conta bancária e se ela tem sucesso no trabalho ou em sua vida pessoal. Ela tem outro problema: ela precisa encontrar o significado de sua vida, descobrir seu propósito.

Não é a mesma coisa para aqueles que são empurrados adiante pelas circunstâncias corporais, tais como falta de dinheiro, desigualdade, inveja dos outros, e etc. Essas condições negativas empurram a pessoa por detrás ao causar-lhe sofrimento.

Quando as pessoas são dirigidas pelo sofrimento, mais do que pelo chamado interior ou pelo desejo de desenvolvimento, você não pode prometer-lhes que o estudo irá resolver todos os seus problemas, porque a pessoa não associa sua dor com uma boa meta à frente, com a revelação do Bom que faz o Bem. Ela não sentirá a conexão antes que saia do mal.

Para fazer isso, ela precisa ser atraída para o bem à frente. O único bem para ela é chamado de “união”, garantia mútua.

E, assim, você está dizendo a ela: “Se você se unir e concordar com a Natureza integral e global, será bom para nós”. Mas, no lugar de se referir à ciência da Cabalá, você a envia aos cientistas, políticos, economistas, e outros especialistas. Você apresenta a ela fatos que já são aceitos e articulados pelas pessoas que têm importância aos olhos dela. Ela não está a ponto de se sentar e estudar junto com você, ela tem planos diferentes para sua vida. Ela acredita que você deve dar a ela uma resposta apropriada e os meios disponíveis para sua realização.

Está escrito: “Crie um jovem do jeito dele”. Nós temos que nos dirigir às pessoas de uma maneira que elas possam ouvir e entender. Nós falamos a partir de uma posição da própria natureza e provamos que a crise é a conseqüência do mundo global e integral. Nós coletamos opiniões de profissionais e os resultados de pesquisas científicas, e os combinamos num quadro da crise e sua solução.

O problema é que a humanidade não está consciente do mundo moderno e, portanto, não consegue se acostumar com ele. Nós somente podemos entrar no caminho correto quando começamos a nos unir. Dezenas de milhares de cabeças brilhantes, as melhores mentes da humanidade já falam sobre isso. E nós devemos mostrar as palavras delas ao mundo, porque talvez o mundo acredite nelas. Elas declaram que a mudança para melhor é impossível sem a correção do homem. E essa mensagem será ouvida pelo menos por parte da audiência.

O Caminho Para A Realidade Perfeita

Dr. Michael LaitmanSe quisermos avançar para a verdadeira percepção da realidade, isso só é possível em nossas qualidades corrigidas. De fato, em nossas qualidades atuais, nós sentimos somente essa realidade na qual nascemos, vivemos e morremos. E de novo, nascemos, vivemos, e morremos, e isso é tudo o que nós temos.

Se quisermos obter uma percepção da realidade diferente e oposta, precisamos adquirir propriedades adicionais: a qualidade de dar ao invés de receber, e doar ao invés de consumir. Nosso desejo constante é absorver tudo dentro “de nós mesmos”, mas isso é somente metade da natureza. A outra metade é doação, a tendência em direção ao exterior.

Por isso todo nosso trabalho é nos esforçar para adquirir a segunda metade da natureza, adquirir a segunda força existente no mundo. Esse tempo é chamado de período de preparação.

É onde nos encontramos agora, tentando alcançar através do grupo, do estudo, de vários outros meios, o estado onde obteremos a segunda força de doação. Então, usando as duas forças juntas, de recepção e de doação, nós chegaremos a conhecer toda a realidade onde vivemos.

As pessoas que já receberam essa segunda força da natureza e, junto com ela, adquiriram a percepção de toda a realidade, são chamadas Cabalistas. A ciência em si é chamada de ciência da Cabalá, a ciência da recepção, porque a pessoa adquire toda a realidade, ao invés de só uma minúscula parte que ela é capaz de absorver nas suas atuais qualidades. Então, como dizem os Cabalistas, a pessoa alcança o estado onde sobe acima da atual percepção para uma realidade eterna e perfeita.  

Da lição em 12/08/11, O Zohar

Superar Todas As Diferenças

Dr. Michael LaitmanAo invés de existir nessa minúscula parte da realidade, quando uma pessoa deseja avançar para sua segunda parte, a parte eterna e perfeita, então ela tem várias maneiras de fazer isso: o professor, o grupo e os livros. O professor explica que tal oportunidade existe. Ele explica que isso pode ser realizado com a ajuda do grupo, onde todos se esforçam em direção à percepção da verdade, da realidade perfeita e com os livros que falam dessa mesma realidade perfeita.

Quando tentamos estar juntos, é como se cada pessoa saísse de si mesma, saísse do seu ego, porque ela precisa sentir que existe nos outros. Então, quando ela tenta estar acima de si mesma, nos outros, conectada com eles, e lê sobre a percepção da realidade na doação, é assim que ela se faz semelhante ao futuro estado, como se ela já estivesse lá.

Conforme a sua aspiração, ela evoca de lá a segunda força que existe na realidade, a força de doação, além da pequena força de recepção que lhe foi dada pela natureza. Então, a força de doação vem e faz as mudanças na pessoa.

A pessoa pode perceber essas mudanças como uma força adicional de recepção que vem até ela, ao invés da força de doação que a muda, e esse tipo de percepção é também correta. Porém, além disso, ela alcança a mesma força de doação. Dessa forma, o homem avança, algumas vezes à direita e algumas vezes à esquerda, mas conduzido pela mesma força de doação.

Ele precisa alcançar essa força de doação junto com a força de recepção. Essas duas forças começam a se revelar ao homem em duas linhas, a da direita e a da esquerda. Então, o homem avança, algumas vezes num estado de descida e algumas vezes num estado de subida. Ele não sabe ainda o que significa descida e subida exatamente, e até agora ele as identifica com suas sensações atuais.

Porém, com o passar do tempo, ele começa a sentir que precisa usar essas duas linhas estando entre elas. Dessa forma, ele as controla e começa a combiná-las na linha média.

Essencialmente, todo nosso trabalho consiste em estudar juntos, desejando nos conectar uns com os outros em nossos corações, e aspirando à união acima de todos os desacordos e diferenças, porque todas essas coisas pertencem apenas à nossa existência animal, que permanece aqui nesse mundo. Nós queremos nos conectar em nossos desejos, em nossos pontos no coração, acima dessas coisas.

Quando lemos O Zohar com essa intenção, o livro fala dos nossos estados corrigidos, sobre a maneira que revelamos a qualidade de doação na conexão entre nós que é o mesmo que o Criador, a Luz, o mundo espiritual, o mundo superior. Por essa razão, cada pessoa precisa imaginar esse estado enquanto lê O Zohar.

Da lição em 12/08/11, O Zohar

O Amor Acima De Todas As Diferenças

Dr. Michael LaitmanEstá escrito: “O amor cobrirá todos os pecados”. Isso implica que o amor é impossível sem “pecados” e sem se trabalhar neles. Nossas relações mútuas devem ser tratadas com sabedoria, sabendo que as formas de comunicação são sempre compostas de deficiências e satisfação. Desta forma, nós precisamos nos esforçar em amar e não desistir quando descobrimos o ódio ao longo do caminho! É uma coisa muito boa se sabemos e entendemos que essa é uma forma de avançar. Então, nós revelamos a verdade – seguida pelo amor, conforme a força do nosso ódio. O Monte Sinai (a montanha do ódio) se torna o monte santo, o Monte Moriá.

Por isso, a alma foi dividida em tantas partes, em tantas pessoas. Mesmo que você viva em alguma área remota e esteja separado das pessoas, você ainda tem a conexão com alguém, mesmo uma conexão virtual, e isso significa que você pode trabalhar dessa forma também. Afinal, somente os Cabalistas, que têm alcance espiritual, podem trabalhar diretamente em relação ao Criador, enquanto que você ainda precisa de alguma imagem externa que esteja fora de você, de modo que assim ela pudesse repelir você e você estivesse em contato com ela para fazer seus cálculos.

Não pode ser um membro da família, como seus filhos ou sua mulher. Tem que ser uma pessoa que não tenha relação com você em nenhum laço natural pré-existente. Então, você será solicitado a desenvolver formas de conexão com ela que serão preenchidas com ódio e, sobre ele, o amor. Desta forma, nós precisamos alcançar a conexão, a garantia mútua acima de todas as diferenças. O amor só pode ser construído acima do ódio. Leve todos os seus desejos para lá, todas as suas exigências e todos os seus argumentos. Nós devemos aceitar todas essas condições que se revelaram e que ainda não se revelaram como recebidas do Alto!

Deixe as pessoas de todos os estilos de vida e pontos de vista políticos se juntarem (esquerda, direita, religiosos, e laicos), com todos os seus estereótipos e conceitos errados, porque é isso que nós recebemos do Alto. O Criador nos colocou em tais condições para que acima delas nós possamos descobrir a reciprocidade, a conexão e a garantia, mas nós só podemos fazer isso juntos, apoiando um ao outro. Com essa conexão, nós construímos um organismo que pode sobreviver para sempre.

Nós não apagamos uma única propriedade ou falta com as quais cada um de nós nasceu. Deixe que cada um venha com todos os seus erros e transgressões. Nós nos preocupamos somente com uma coisa: como nos unir juntos sob um teto, sob a cúpula do “ame ao próximo como a si mesmo”, para que assim o amor possa cobrir todos os pecados.

Eu olho para isso como uma parte do Criador e a criação que me foi dada desde o Alto, onde minha tarefa é simplesmente conectar a todos. O Criador sempre me manda obstáculos, revelando novos graus de ódio, rejeição e desacordos. Mas, acima de tudo isso, eu expando e cultivo o amor, ascendendo assim os degraus da escada espiritual.

Então, sem a destruição (sem o 9 de Av) é impossível alcançar o Dia do Amor (o 15 de Av).

Da Lição de 15/08/11, passagens selecionadas  no Dia do Amor

Manifestantes Sem Exigências

Dr. Michael LaitmanNa Mídia: “O deputado israelense F. Kirshenbaum acusou os membros do protesto social em Israel de serem irresponsáveis. ‘Como eles não conseguem articular suas exigências de forma clara, eles continuam a acrescentar exigências novas e mais recentes. Eu simpatizo com os manifestantes, mas suas reivindicações não são unificadas. Se nós não formularmos um plano unido, novas exigências só continuarão se acumulando”.

Meu comentário: A resposta é clara para todos: os manifestantes não têm nenhum plano ou exigências, exceto anular o governo e, depois, o estado! Isso se refere apenas aos manifestantes mais à esquerda, que não querem falar com ninguém, que exigem que todo o governo se demita imediatamente, e querem manter o tribunal sobre o chefe de Estado.

Começar a quebrar as coisas sem ter um plano de como construir uma sociedade “justa” que seja endossado por todas as pessoas, indica uma agenda de destruição ao invés de correção. De qualquer forma, a decisão é tomada pelo voto do povo, não por desordens.

Um Falso “Festival” Do Fundo Do Poço

Reação dos leitores: O artigo, “Verão Israelense: Uma Ameaça Real” provou ser profético. Isso é confirmado pelas notícias de hoje, de que um grupo de 60 (!) professores “espontaneamente” se organizou em comitês e subcomitês, e que jornalistas rapidamente chamaram esse grupo de “o governo”, (casualmente, por assim dizer) que irá aconselhar os manifestantes. Então, de igual modo “espontaneamente”, esse grupo organizou uma conferência de imprensa com os jornalistas.

É óbvio que o trabalho dessas pessoas é bem pago e que alguém colocou um tremendo esforço organizacional nele. Claramente, alguém está planejando o tumulto e investindo um bocado de dinheiro nele, tais como pagando pelos ônibus que fazem viagens a várias cidades e voltam, trazendo pessoas aos concertos dos cantores famosos e extremamente caros, entregando comida aos manifestantes, fornecendo toaletes portáteis, banners, e muito mais.

Além disso, os líderes dos manifestantes estão discutindo planos para um ou dois meses à frente. Por exemplo: em uma recente entrevista, foi dito que um transporte ida e volta já está marcado para levar pessoas aos protestos e haverá grupos especiais para entreter as crianças, de modo a facilitar a vida dos pais para que se juntem aos manifestantes.

Quanto à questão de quem está pagando por esses eventos, a resposta foi que tudo está sendo feito por voluntários. As empresas de ônibus supostamente concordaram em fornecer passagens gratuitas, assim contribuindo para a justiça social. Mas, todos sabem o custo de alugar ônibus de 50 lugares por um dia – assim, não há necessidade de explicar nada para ninguém.

Outro dia eu recebi um vídeo sobre George Soros e os grupos que ele patrocinou para exportar revoluções. Ele deu uma clara demonstração dos cinco estágios do desenvolvimento de uma revolução: criar uma atmosfera de protestos, formar um gabinete nas sombras, tomar o controle da mídia existente ou criar a sua própria e, finalmente, tomar o poder.

Eu não me iludo com respeito aos atuais deputados e ministros. Eu não espero nenhum milagre deles. Mas, o problema é que a meta das revoluções do Soros é lançar países no caos. Como foi feito na Iugoslávia (que entrou em colapso e seus fragmentos ainda estão se esforçando para existir), na Ucrânia (onde os ex-líderes estão sendo julgados enquanto o pais é governado pela anarquia), e nos países Árabes (no Egito, os protestos continuam, enquanto que na Síria o presidente Assad tenta desesperadamente conservar o poder), e assim por diante.

Não há necessidade de explicar que destino espera Israel no caso de anarquia, considerando que ele está cercado por inimigos. Pode levar apenas alguns meses para se dilapidar o orçamento e fazer com que o país entre em falência sob a capa da “justiça social”. Então, eles dirão: “Fim de jogo pessoal”.

Infelizmente, aqueles que ditam o ritmo possuem enormes recursos, experiência e um plano de ação. E o povo de Israel parece ainda não estar percebendo o perigo. A atual elite política perdeu o momento, e pode se preparar para a confusão. Como sempre, o povo em dificuldades é abandonado, de modo que tudo depende de como nós iremos nos organizar e tirar a nação desse embriagante festival, fazendo-a ter coneciência de sua própria força, e de seu desejo de ganhar “balinhas de graça”.