A Luz De Uma Nova Vela

Dr. Michael LaitmanO Criador envia preocupações e problemas para a pessoa que Ele quer avançar, isto é, Ele a coloca em um “porão escuro”. E quanto mais a pessoa se desenvolve, mais aflita ela se sente, pois não entende porque está recebendo um vida tão amarga em comparação com os outros. O que ela ganha, e como ela avança trabalhando no escuro?

Mesmo se ela não se comparar aos outros, ela ainda não pode entender porque o Criador, o pai, a trata dessa forma. Como pode ser que Deus, que faz o Bem, da a ela uma vida tão dura e amarga por tão longo tempo?

Ela não entende isso até que termine seu trabalho. Afinal, a pessoa cresce até mesmo no porão. Ela aprende mais sobre seu estado e começa a entender que a causa desse sentimento de estar num porão escuro é sua própria atitude para com seu pai.

Ela tenta, a despeito do sentimento de escuridão, perceber isso como um tratamento especial. Ela precisa conectar esses sentimentos conflitantes e se aderir ao Criador acima deles, justificá-Lo até que cresça por causa disso. Então ela irá começar a tratar a escuridão do porão como a Luz. Ela começa a se conectar com os auxiliares do seu pai, com todas essas forças e condições que trazem uma nova luz, a luz de uma “vela”, no calabouço, e não com aquela luz que está disponível do lado de fora para todos os habitantes desse mundo.

Então, a luz da vela é acesa para ela no calabouço, mas não porque alguém lhe trouxe do alto a mesma luz que todos têm. Mas, lhe trazem uma outra luz e ajudam o rei. Então, especialmente nesse estado, a pessoa começa a ver que isso não é a escuridão, mas uma grande Luz, apenas diferente, nova! Esse é um novo nível, um novo mundo.

Ela cresceu porque nesses 20 anos ela trabalhou no porão ao invés de simplesmente esperar por sua libertação. A cada momento, ela teve que se esforçar, e por isso esse momento se foi e ela passou para o próximo. Assim, ela se conectou com todos os momentos.

Ela transformou a escuridão em luz ao terminar todas essas etapas. E todos os problemas e sofrimentos que ela experimentou se tornaram satisfação adequada para o Criador, que os dá àquela que agora entende e sente Ele e pode se regozijar com todos Seus tesouros e satisfações como o Criador, e não como outras pessoas.

Isto é, a pessoa deve crescer devido à escuridão e aos seus próprios esforços, até que ela entenda o que o Criador aprecia e que tipo de prazer Ele quer dar a ela. Assim, a pessoa sai do porão.

Porém, ela entra em outro mundo, no seu mundo, no seu nível, digno do filho do rei. Ela não é como qualquer outra pessoa a sua volta, a quem uma vez ela invejou. Toda aquela amargura e sofrimento que ela experimentou em relação a esse mundo a ajudou a libertar-se dele, a aprender sua atitude para com o Criador, e transformar seu relacionamento de mau em bom pela fé acima da razão.

Agora, ela entende o que é exatamente a riqueza do rei, e não aqueles pequenos prazeres com os quais os habitantes da cidade, desse mundo, se satisfazem. O prazer verdadeiro está na doação, e não na recepção de algumas migalhas que confortam todos os outros, vagabundeando pelas ruas da cidade.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 11/07/11, Carta do Baal HaSulam