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Integralidade, Penetrando Até O Fim

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como nós podemos explicar a integralidade de um novo mundo para as massas, de modo que elas se tornem plenamente convencidas disso?

Resposta: Para experimentá-la, o mundo terá que passar por uma série de problemas. Não é difícil concordar intelectualmente com a interconexão total. “Na verdade, eu li e ouvi algo sobre isso. Há um terremoto no Japão, e temos problemas com peças de reposição. Há uma guerra na Líbia, e a Dinamarca está fechando as fronteiras. Concordo: o mundo é integral”.

No entanto, essa integralidade deve ser sentida até o fim, de modo que não exista um único pensamento, um único desejo de considerar-nos separados de todos os outros, de toda a humanidade. Ela deve se estabelecer em nós inexoravelmente, e nós deveríamos tremer (vibrar) diante da sua idéia, não apenas percebê-la com a mente.

Eu tenho que sentir isso fisicamente, “no estômago”. Deixe a fome me torturar, eu não dar nem uma mordida se não estou certo de que esta mordida esteja disponível para todos. Isso é o que significa o mundo integral: comer o que os outros não tem é como engolir veneno.

É difícil imaginar algo assim. Nós não estamos vivendo isso, nós simplesmente ouvimos falar de certos tipos de conexões. Ainda resta um longo caminho para que uma refeição se transforme de veneno em bênção, para que todos sejam abastecidos com tudo. Imagine o sofrimento que devemos experimentar neste caminho.

Pergunta: Mas nós queremos evitar sofrimentos. Isto significa que devemos abastecer uma pessoa com provas concretas de que ela deveria estar imbuída dessa integralidade, caso contrário, será doloroso. Nós devemos tocar seus sentimentos para transmitir esta mensagem.

Resposta: Correto, mas por outro lado, se não recorrermos à ajuda da Luz, é impossível transmitir esse profundo conhecimento até mesmo pelo método da influência social. Você tem que acelerar o progresso; caso contrário, a “pressão do desenvolvimento”, se aproximando por trás, fará isso por você.

É por isso que a educação é necessária. Nós não falamos de fatos tirados de anúncios; a pessoa deve “mergulhar” nestes fatos, de modo que eles a circundem, “moldem” e “formatem”. Uma apresentação objetiva e abstrata não ajudará aqui; nós temos que alcançar a essência do homem. E você não é capaz disso.

Ao ler sobre o vizinho cuja casa foi incendiada, a pessoa estala com a língua: “Coitadinho. Talvez o governo possa ajudá-lo agora”. E ela não avançará. A barreira de nosso egoísmo só pode ser violada com a Luz. Nenhuma evidência ajudará sem a Luz; mesmo grandes sofrimentos não mudam as pessoas.

É praticamente impossível avançar a partir dos sofrimentos. Eles só podem nos levar à necessidade da espiritualidade, mas não à correção. Somente a Luz realiza a correção.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 28/07/11, “A Paz”

O Futuro Do Mundo Está Em Nossas Mãos

Dr. Michael LaitmanCaros amigos!

Se vocês têm bons materiais, apropriados para disseminação em todo o mundo com o objetivo de promover a sua correção geral, por favor, enviem-nos (em qualquer língua).

Motivado Pelo Sofrimento, Pela Curiosidade Ou Pelo Ponto No Coração

Dr. Michael LaitmanA única coisa que se exige de nós é abrir caminho para o Criador. É por isso que tudo o que acontece conosco é organizado de modo a obrigar-nos a nos dirigir a Ele, a sentir a necessidade Dele agora, enquanto não estamos na qualidade de doação.

A pessoa vive completamente amarrada e presa por esta vida. E toda essa confusão, problemas na vida, sua ordem e desordem, gradualmente a empurram para um estado em que ela percebe que é incapaz de lidar com essa vida. Ela não pode entendê-lo, sentir o seu propósito e razão, e chegar a sua raiz. Então ela sente que deve encontrar a raiz da vida, Aquele que detém esta vida, revelar e conhecê-Lo.

Os sofrimentos, a curiosidade, até mesmo o ponto no coração oculto dentro de uma pessoa que sofre devido à falta de adesão com o superior, ou qualquer outra coisa, gradualmente levam a pessoa ao entendimento de que ela não pode mais alegar que controla sua vida por si mesma, como o soberano Faraó que diz: “Quem é o Criador a quem eu deveria ouvir? Eu sou o único governante aqui!”.

É assim que o nosso ego pensa, até que ele recebe os golpes que me fazem ver que o Criador é o justo e eu sou o malvado. Então a pessoa entende que precisa revelar o Criador.

Mesmo quando a pessoa inicia este caminho e dá os primeiros passos, encontrando-se em um grupo, e começa a estudar Cabalá, muito tempo se passa antes que ela comece a perceber que está em um sistema completamente determinista, fechado, onde tudo já está predeterminado. Este sistema não aceita movimentos livres ou chances em nenhuma de suas partes: inanimada, vegetal, animal ou humana. Todas existem de acordo com a lei perfeita que avança toda a criação em direção ao estado onde todos os seus elementos alcançam a adesão com a raiz superior.

Esta adesão é realizada pelo nível humano, o maior elemento deste sistema, que inclui todos os níveis anteriores. Mas isso não acontece devido aos seus próprios esforços. Ele precisa pedir ao Criador para executar todas as ações.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 27/07/11, Shamati # 50

Jogar O Jogo É Negócio Sério

Dr. Michael LaitmanO jogo é a tarefa mais importante para nós. Portanto, quando estamos lendo O Zohar, devemos brincar (jogar) de ser grandes Cabalistas e imaginar que vivemos no mesmo estado como os autores do Livro do Zohar, aqueles que primeiro revelaram o quanto eles se ressentiam entre si, mas depois se uniram.

No início, eles se odiavam e por isso não sentiam nada além de seu estado animal, o estado deste mundo. A partir de uma descida tão profunda, eles começaram a subir ao nível espiritual da doação e garantia mútua, quando seu vínculo se tornou tão forte que eles revelaram o que é descrito no Zohar.

Portanto, a partir da nossa falta de conexão, nós também devemos tentar encontrar um vínculo tão forte quanto o deles, e assim descobriremos o que O Zohar narra, alcançaremos o nível dos autores do livro. Se eles começaram com ódio, literalmente querendo matar uns aos outros, apesar não alcançarmos uma consciência tão profunda do mal, até onde somos capazes de fazê-lo e corrigi-lo, alcançaremos ao menos certo grau de compreensão sobre o que eles escreveram, e nos elevaremos ao mesmo grau que eles revelaram.

Pergunta: De que modo o jogo está conectado à ação de atrair  a Luz Circundante?

Resposta: O jogo é tudo. É a única ação que realizamos. O jogo significa que eu me esforço por aquilo que eu desejo alcançar. Qual é a diferença entre este jogo e qualquer outra ação criativa em nosso mundo, se ao fazê-lo eu também desejo ganhar algo com isso? Boa pergunta, mas neste jogo nós realmente não sabemos o que fazer. Ele tem um elemento de sorte, algo que não posso saber com antecedência. É por isso que ele é chamado de jogo.

Neste jogo, eu dependo dos outros como se estivéssemos em um verdadeiro estado jogando em alguma ação imaginária. Mas, na realidade, esta ação imaginária acaba por ser verdade quando chegamos a ela. Portanto, o jogo é considerado um negócio sério.

Da 2ª parte da  Lição Diária de Cabalá 25/07/11, O Zohar

A Grande Simplicidade Da Perfeição Circular

Dr. Michael LaitmanTodo o grupo e toda a humanidade, em geral, constroem “formas retas” (Yashar) em primeiro lugar. Eu restrinjo o meu desejo de desfrutar, construo uma tela, e com parte deste desejo eu continuo a trabalhar ainda mais através da fé acima da razão, em doação, conectado com os outros.

Mas, em certos desejos eu sou incapaz de trabalhar em doação em relação aos outros e uso eles apenas para o meu próprio benefício. Assim, eu simplesmente restrinjo esses desejos. Eu quero recompor-me em uma “linha”, para me dirigir em uma direção, na direção da doação.

Portanto, eu construo as “linhas de conexão” entre eu e os outros: o sistema de comunicação correto. Se depois de todo o meu trabalho, eu consigo transformar o meu desejo de desfrutar em doação, transferi-lo completamente fora de mim, e usá-lo para dar aos outros, isso indica que eu construí a imagem do doador fora de mim. E eu me transformo em um “círculo”.

Eu não estou mais preso na linha. Em vez disso, em todos os meus desejos, em todas as direções e possibilidades, eu tenho como objetivo beneficiar os outros sem diferenciar, optando por dar mais ou menos a qualquer um deles.

De fato, há muitas diferenças e testes, mas eu não testo minhas habilidades, porque eu sou um “círculo”, não mais limitado. Mas em relação a mim, eles ainda não são um círculo; assim, eu posso dar-lhes cada vez mais de várias maneiras. E assim é até o fim da correção coletiva, quando tudo se une na adesão considerada “Zivug Rav Paalim UMekabtziel” e gira em círculos (Igulim).

Em outras palavras, o “círculo” é um estado de ser uma criança que ainda não está desenvolvida e ainda permanece nos braços de sua mãe. Portanto, ela não tem responsabilidades, exceto anular a si mesma. É assim que Malchut do mundo do Infinito costumava anular-se diante da força superior, a Luz superior que a preencheu, e, portanto, ela tinha uma forma “circular”. Ela ainda ficou na adesão, mas somente pela graça do superior.

Mas no fim, no Estado 3, quando nós voltamos novamente ao mundo do Infinito, nós construímos esse “círculo” sozinhos. Por isso, nós fazemos uma restrição no estado inicial, criamos um local de trabalho para nós mesmos, e nele vamos construir o estado perfeito – nós mesmo, em vez do Criador. Isso é descrito como “Meus filhos Me derrotaram”.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/07/11, Talmud Eser Serifot

Momentos De Cabalá – Evitar O Sofrimento

Cabalistas Sobre A Liberdade De Escolha, Parte 12

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

A Liberdade do Coletivo e a Liberdade do Indivíduo São Iguais

O benefício de cada pessoa dentro do seu coletivo é avaliado não de acordo com sua própria bondade, mas segundo o seu serviço ao público. E vice-versa, nós avaliamos o atributo do mal de todo e qualquer indivíduo apenas de acordo com o dano que ele inflige sobre o público em geral, e não pelo seu próprio valor individual.

Isto porque o que é encontrado no coletivo é apenas o que é encontrado no indivíduo. E o benefício do coletivo é o benefício de todo e qualquer indivíduo ….

Assim, acontece que … o indivíduo não é prejudicado por causa de sua escravidão ao coletivo, já que a liberdade do coletivo e a liberdade do indivíduo também são uma e a mesma coisa. E como eles compartilham o bem, eles também compartilham a liberdade.
– Baal HaSulam, “Paz no Mundo”

Momentos De Cabalá – Saber De Cor