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Um Guarda-Chuva Para O Egoísmo

Dr. Michael LaitmanO Zohar, Capítulo “Truma“, Item 759: Uma vez que Nukva foi adornada – ou seja, construída por (Partzuf) AVI (Aba ve Ima) -, e ZA e Nukva voltaram a ser PBP (Panim ve Panim), essa forma do homem (ZA) veio pelo desejo por Nukva. Lá, na Nukva , o segundo homem de Beriafoi gravado e exibido, como sua forma. Está escrito sobre ele, “E gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem”.

O Livro do Zohar fala apenas do que está acontecendo na rede que conecta as almas. A soma total de todas essas conexões entre nós é chamada “mundo superior”, cujas imagens são descritas pelo Zohar, incluindo as forças, Luzes, formas e imagens. Não há mais nada para nós imaginar, porque é isso que estamos vivendo!

Cada um de nós é um desejo de desfrutar, e fora de cada um de nós, nas conexões entre nós, há o mundo superior, cheio de Luz. Portanto, eu tenho que “embrulhar” o desejo de desfrutar, cobri-lo como que numa sombra, realizar uma restrição sobre ele e criar uma tela e a Luz refletida, e depois existir fora dele, nas minhas relações com os outros.

É exatamente disso que O Zohar fala: que forma ou imagem eu assumo em relação aos outros. Se eu fizer isso, eu revelo tudo que lemos no Zohar. Caso contrário, eu estou dentro de mim, no meu desejo de desfrutar, e sinto apenas este mundo.

Nós podemos perceber tanto dentro de nós quanto acima de nós, fora de nós. “Fora de nós” significa na atitude para com o próximo, onde “próximo” são as pessoas com quem eu quero construir uma rede de conexão. Isso é chamado de “grupo”. Se eu me relaciono com o mundo inteiro desta forma, o grupo é o mundo inteiro.

Enquanto eu corrijo minhas qualidades, se eu desejo revelar a força que fundou tudo, eu a revelo de acordo com a lei de equivalência de forma. Assim que minha rede de conexão com as outras pessoas adquire uma forma espiritual, uma essência espiritual, a verdadeira doação mútua, o primeiro nível da garantia mútua, em seguida, dentro dela, eu imediatamente sinto o Criador.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/07/11, O Zohar

Um Meio Especial

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “Arvut“: Está escrito, “Você será o Meu tesouro dentre todos os povos”. Isso significa que você será meu tesouro (uma qualidade especial, Segula), e as centelhas de purificação devem passar através você a todos os povos e nações do mundo.

Segula é uma ação especial através da qual nós corrigimos nossa intenção egoísta para uma altruísta. Eu não sei exatamente como essa ação é realizada, mas ela me permite mudar, adquirir uma segunda natureza, para entrar na próxima dimensão, uma realidade que está acima da minha atual. Eu não sei exatamente como isso ocorre.

É por isso que o êxodo do Egito é chamado de “milagre” e a força de correção, a Luz que corrige que está contida na Torá, é chamada de “qualidade especial” – Segula. Eu não tenho nenhuma idéia sobre como ela funciona. Eu só vejo os resultados, como se certa “iluminação” se derramasse sobre mim ou certa força agisse em mim, e me tornasse diferente.

Assim, mesmo que eu não entenda como a Segula funciona, eu a ativo ao realizar as condições que foram ditas. “Faça isso”, escrevem os Cabalistas, “E você receberá isso”. Eu não posso traçar esta conexão. Não está ao meu alcance. Eu simplesmente sei que ações específicas de minha parte trarão uma reação específica, embora a cadeia de causa e efeito ainda não esteja clara para mim. Isso porque ela se origina da Luz, do Doador, enquanto que eu ainda estou no desejo egoísta e não O vejo ou sinto. O contato com Ele ainda não está claro para mim, assim como eu não entendo o mecanismo da conexão de retorno pelo qual o Doador me influencia e muda alguma coisa dentro de mim.

É por isso que esse tipo de ação é chamado de “especial”. A criança tem esse mesmo “meio especial” ao brincar e crescer em nosso mundo. O que realmente causa seu crescimento? Nós estamos tão acostumados a ver como as crianças se desenvolvem brincando que não percebemos como isso acontece. Que força é ativada pelo contato da criança com um brinquedo, com imagens em um livro, com os animais que vê, ou com os carros que passam por ela na rua? Como as imagens do grande mundo, das quais ela quer se aproximar, formam algo novo dentro dela? Para nós esta é a rotina normal, mas na sua essência, este é o mesmo “meio especial” no trabalho.

A criança quer crescer e é atraída a todos os tipos de formas do mundo adulto, e é assim que ela realmente cresce. Da mesma forma, se quisermos avançar, devemos realizar diversas ações a fim de ativar a força superior que nos eleva. Na criança o desejo de crescer é incutido naturalmente, enquanto nós temos a liberdade de escolha: Devemos organizar um ambiente, o estudo, e nós mesmos, e anexar a intenção. É assim que nós nos desenvolvemos.

Assim, a “Segula” é o resultado de certas ações que a pessoa faz, mesmo que ela não saiba exatamente o que ela ativa e como ela é ativada em resposta. Conosco isso é expresso em nosso relacionamento com a Luz superior, enquanto que nas crianças e expresso em suas relações com o mundo circundante. O mesmo princípio age nas interações entre as “nações do mundo”, ou seja, todos aqueles que não aspiram ao Criador, e “Israel”, ou seja, aqueles que aspiram a Ele. Nosso relacionamento com o Criador é semelhante ao relacionamento delas conosco. Afinal, elas não têm uma centelha, uma conexão com Ele, uma aspiração para Ele, ou um desejo de revelá-Lo. Somente os problemas as forçam a procurar algo melhor. É por isso que nós lhes trazemos a ciência da Cabalá numa forma adaptada, acessível.

O convite para revelar o Criador não diz nada a elas. Elas precisam de uma boa vida aqui e agora, e nada mais. Assim, nós revelamos gradualmente a nossa mensagem a elas, na forma apropriada, e elas nos usam como um “meio especial”, como um “tesouro dentre todos os povos”.

Ao estar conectado a nós, elas “de repente” começam a adquirir forças, compreensão e desejos que não tinham antes. Estas “centelhas” vêm do Infinito, do Criador – através de nós para elas. Como resultado, a “qualidade especial” age em todos os níveis.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/07/11, “Arvut

O Que Pode Substituir O Dinheiro?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os jornais dizem que o terrorista que cometeu um crime horrível na Noruega era viciado em jogos de computador cruéis e shows sobre assassinos em série. Por que as pessoas não entendem um conceito tão pequeno e trivial, de que a mídia moderna está criando esses assassinos e colocando pensamentos psicopatas em suas cabeças? Afinal, isto é tão claro….

Resposta: O mundo é governado por pessoas que sabem como ganhar dinheiro. São elas que governam os tribunais, os sistemas de educação e formação, e os governos. E elas não planejam “fechar a loja”, uma vez que ganham dinheiro. É rentável para elas criarem jornais sensacionalistas e sensações que enganem as pessoas, escrever sobre os terroristas e bisbilhotar as vítimas de atos terroristas a fim de ganhar dinheiro com elas. É rentável para elas produzir e vender o máximo possível de armamento para manter focos de guerras e hostilidades. E é rentável para elas publicar notícias de “edição especial” sobre tragédias e catástrofes.

Elas não se importam com nada. Cada uma quer ganhar o que é seu. Uma produz e vende armas, e outra organiza escutas e reúne materiais para que possa vender todos os tipos de informações, mesmo que seja chocante e inaceitável para a divulgação pública.

Por trás de todas essas ocorrências está o lucro de alguém. As pessoas que recebem esse lucro estão no controle dos meios de comunicação de massa, do governo e do comércio, e, como resultado, nosso mundo aparece da forma que está.

Afinal, há uma enorme quantidade de pessoas no mundo que pensam exclusivamente no dinheiro. Elas não sentem mais nada. A questão aqui não é o cinismo, porque um cínico percebe que há algo maior aqui, mas observa isso de cima. Uma pessoa que tira proveito não observa nada. Ela simplesmente não tem consciência disso. Sua faixa de percepção é muito estreita, ela está totalmente mergulhada em uma atividade e nada mais existe para ela.

Portanto, essas pessoas são muito poderosas. Isso porque, em essência, elas têm apenas um desejo. Se elas precisam da cooperação do governo para lucrar, elas se infiltram no governo. Se elas precisam de um exército, elas se infiltram no exército. Se elas precisam da polícia, elas se infiltram na polícia. Se elas precisam do jornal central para escrever o que querem, elas compram o jornal. Nos bastidores, tudo pertence a elas.

Portanto, é rentável para essas pessoas ter um ambiente com uma sensibilidade atualizada e os prazeres que são ditados a ele. Precisamente essas pessoas formam a opinião pública, direcionando-a para a crueldade, drogas, prostituição, terrorismo, e assim por diante. Não é que os governos sejam fracos em comparação com elas, mas é que eles agem em conjunto.

A questão em jogo é o dinheiro, e dinheiro é poder. Veremos quão fraco o dinheiro se provará agora. Mas o que irá substituí-lo? Deve haver uma moeda, um valor, ou uma medida da contribuição  e sucesso de uma pessoa. O que você pode dar às pessoas em vez de “dinheiro vivo”, pelo qual elas medem tudo? É o equivalente e o critério de quaisquer esforços.

Assim, verifica-se que nós precisarmos de “dinheiro espiritual” – a medida de doação, de proximidade com o Criador. Isto é o que nós usaremos para medir as nossas contribuições e a nossa renda, enquanto todas as coisas materiais serão reduzidas às necessidades básicas.

A fim de fazer essa transição, o mundo deve virar de cabeça para baixo. Para aqueles que hoje sustentam a roda e estão à frente da sociedade, a coisa mais importante é produzir produtos para lucrar. E eles terão que cair do seu Olimpo, ou tornar-se corrigidos e aceitar a nova “moeda” como seu pagamento.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/07/11,Arvut

A Pedra Revivida

Dr. Michael LaitmanO cálculo que eu fiz na cabeça do Partzuf foi o seguinte: Você me dá e eu Lhe dou, e nós estamos de acordo. Naturalmente, estas foram ações espirituais em prol da doação, mas comparado com o que eu revelo agora, antes do Seu relacionamento especial, parece alguns cálculos mesquinhos. É por isso que eu não suporto este estado com a tela no “Tabur“.

Eu vejo que eu fiz este cálculo mesquinho em relação a Ele e eu me envergonho. Este afastamento do estado anterior e a expulsão da Luz (Histalkut em hebraico) são como uma restrição. Eu não posso suportar como eu tratei Você. Você me tratou com tal amor ilimitado, e eu contei o quanto isso me custou. Você me trouxe um presente do coração, e eu olhei e disse: “É lindo, e quanto devo pagar agora?”. Assim, eu agora descubro Sua atitude em relação a mim no Tabur e, portanto, deixo este estado.

Eu percebo que não fiz nada com relação a este amor absoluto! Não conta que eu tenha feito alguma parte, tendo recebido em prol da doação. Em relação a esta adesão e o amor que eu sentia em Você, eu não fiz nada por Você. Pelo contrário, eu não levei em conta que Você me ama tanto.

Suponha que eu não sabia que, isso ainda não importa; eu devo fazer um novo cálculo. Eu não posso dizer que eu cometi um erro, porque eu realmente agi em outro cálculo, mas agora vejo que estava errado. Considerando a relação entre nós que foi revelada na adesão, o cálculo agora deve ser diferente, mais profundo e mais sensorial; ele não deve ser de quanto prazer demos um ao outro, mas nos sentimentos.

É por isso que o Partzuf AB nasce, o qual é menor do que Galgalta, mais fino, mais fraco, mas mais profundo, de Aviut (aspereza do desejo) “Aleph” (um). Ele revela a Luz de Ruach em vez da Luz de Nefesh. Ele já não está morto, mas em crescimento (vegetal), isto é, ele está vivo!

Por que “cresceu”? Ele cresceu porque, ao sentir a atitude do Criador em relação a ele, ele pegou a qualidade do Criador e fez uma “planta” dela, em vez de uma pedra morta. Assim, o desejo de desfrutar recebe várias qualidades, ou seja, as formas de Sua atitude a partir da adesão com o Criador, e, assim, ele se transforma. Esta é uma mudança qualitativa.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/07/11, “Prefácio à Sabedoria da Cabalá”

O Que É A Garantia Mútua?

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é a garantia mútua?

Resposta: Garantia mútua significa que eu atuo de acordo com como eu entendo e sinto a minha relação com os outros, minha interconexão e interdependência com eles dentro de um sistema único, onde existimos como órgãos de um corpo. Há muitas fases de nossa proximidade um do outro dentro deste sistema, até chegarmos ao estágio em que começamos a agir como células de um corpo, quando, a partir do que chega a mim, eu tomo tudo que é necessário para perceber completamente a mim mesmo em benefício da sociedade.

A sabedoria da Cabalá diz que há 125 degraus de nossa conexão uns com os outros antes de alcançarmos o sistema perfeito. Assim, nós corrigimos a nós mesmos, nosso ego, e obtemos a qualidade de doação e amor para com o próximo em sua plenitude. Isso é chamado de correção completa da pessoa, quando ela se torna global e integral dentro de toda a natureza.

Assim, tendo construído a si mesma com toda a natureza ligada interiormente e afetando todos os níveis inferiores (inanimado, vegetal e animal), a pessoa atinge o nível da natureza global. Podemos chamá-la de força Superior ou Natureza com uma letra maiúscula. Então a pessoa se sente eterna e perfeita como a totalidade da natureza, que não tem começo nem fim, tempo, movimento ou espaço. Sua percepção da realidade muda porque a pessoa se percebe de forma diferente: ela descobre a visão e a percepção de um novo nível.

A garantia mútua pode ser explicada com o exemplo da interação entre todas as partes da natureza: entre os níveis inanimado e vegetal, vegetal e animal, como eles se alimentam e se apóiam mutuamente. Há uma abundância de exemplos de ajuda mútua na natureza: como as abelhas e os pássaros ajudam as plantas a se reproduzirem, como toda a natureza está interligada. Esta é uma ciência muito interessante e especial. É simplesmente incrível como todas as partes da natureza dependem, estão interligadas, e precisam umas das outras.

A maneira mais fácil de explicar de garantia mútua é através do exemplo do trabalho de partes do nosso corpo. Quando eu me sinto mal e vou ao médico, ele examina se estou em equilíbrio ou não, que parte do meu corpo está fora de equilíbrio e não funciona corretamente. Isto é chamado de “doença”. Se uma parte não pode executar o seu trabalho em relação a todas as outras partes, por exemplo, os rins não conseguem eliminar as toxinas, o fígado não consegue limpar o sangue, os pulmões não podem fornecer oxigênio suficiente, isso é “doença”. De acordo com isso, nós verificamos se as pessoas são saudáveis ​​ou não.

É assim que nós temos que verificar a sociedade humana, se ela é saudável ou não, de acordo com quanto cada um recebe e dá, até que ponto ele está em conexão com as outras partes, porque ele deve fazê-lo em benefício dos outros. E isso é missão de todos.

Ou seja, cada um desiste do seu ego dirigido a si mesmo e envolve todos os seus talentos em benefício dos outros. O que ele ganha com isso? Ele obtém a percepção de uma realidade superior, eterna e perfeita, elevando-a ao grau que é muito superior ao seu atual nível animal.

Da Conversa sobre um Novo Livro 11/07/11

Boletim Do Instituto De Pesquisas ARI

ARI NewsletterNós estamos no processo de elaboração da primeira edição do boletim do Instituto de Pesquisas ARI. Os assinantes em potencial são cerca de 10.000 pessoas associadas à UNESCO, bem como especialistas em educação de todo o mundo.

Na Virada Do Passado Para o Futuro

Dr. Michael LaitmanFelizmente, nós nascemos na era da transição, quando, depois de bilhões de processos históricos que ocorreram em nosso universo e na Terra, nos encontramos na virada do passado para o futuro, quando nós mesmos temos que realizar a transição de um sistema egoísta, individual e distante para um sistema altruísta, integral e analógico.

Em todas as gerações passadas, nós existíamos em um desejo egoísta agindo de forma linear, cada um no seu próprio benefício. Agora, sob a influência da natureza, nós somos forçados a sentir que precisamos mudar toda a nossa perspectiva e todas as ações em nosso mundo para a nossa futura existência.

Visto que a humanidade tornou-se globalmente conectada, não podemos continuar agindo individualmente. Por outro lado, causaremos mal a nós mesmos. Cada dia este novo sistema, essa relação global, geral e integral torna-se mais revelada para todos e aparente para milhares de pessoas no mundo.

Na ciência da Cabalá, nós não achamos, mas realmente investigamos como o próximo nível espiritual da humanidade se erguerá em nosso tempo e como esse sistema é criado. Além disso, nós estudamos não apenas o sistema em si, mas também o método para alcançá-lo: como se pode subir a ele, sem esperar que a natureza comece a nos empurrar por trás como de costume.

Durante todas as etapas anteriores do nosso desenvolvimento egoísta, só a natureza impulsionou-nos por trás. Nós recebíamos um pouco de egoísmo e corríamos na tentativa de satisfazê-lo. Nós sentíamos mais egoísmo e corríamos na direção oposta em busca de outra satisfação.

Nós estávamos avançando em ziguezague: nós construímos a sociedade, o sistema de educação e a família, criamos filhos, criamos estados, tecnologia, indústria e assim por diante. Tudo isso foi causado pelo desenvolvimento do egoísmo que nos incentivou a buscar cada vez mais o contentamento.

Mas agora nós temos um problema: o egoísmo não nos move mais. No entanto, nós somos agrupados pelo sistema integral que se revela, a natureza integral, que nos obriga a nos conectar para continuarmos a nossa existência.

Ou seja, a tecnologia, as famílias, as relações sociais, a política, os países e as escolas, tudo o que foi criado, de repente param de funcionar, porque não podemos mais agir neste mundo com o nosso antigo “drive” egoísta. Agora, nós só podemos avançar com um sistema diferente, o sistema de interconexão geral. Mas nós entramos nele com nossas antigas ações, hábitos, leis e as nossas relações públicas.

Nós nos encontramos em um sistema completamente diferente. Nós temos uma atitude diferente para com o mundo do que a forma que devia ser hoje, diferente do que o mundo exige de nós. Acontece que nós temos que fazer algo com nós mesmos, e não sabemos o quê. Nós não sabemos como nos conectar, a fim de corresponder ao mundo.

Como nós podemos alcançar este propósito? Como podemos nos convencer de que isso é necessário? Apesar de muitas pessoas hoje compreenderem isso de forma lógica, elas ainda são incapazes de encontrar a resposta para estas perguntas.

Então, hoje nós estamos nesta transição do grau inferior para o superior. Esta transição não é a mudança usual de uma formação para outra, de um nível tecnológico para o outro, como costumava ser no passado. Agora, nós estamos em uma transição qualitativa, e não quantitativa.

Uma transição qualitativa não é apenas uma mudança na qualidade de nossas vidas, na qualidade do relacionamento entre nós, mas uma mudança completa em tudo o que aconteceu no passado. O mundo deve se tornar totalmente diferente. Este é o nosso problema.

O mundo tornou-se diferente e mais próximo de nós, mas nós ainda não sabemos como senti-lo corretamente; ainda estamos na velha ideologia, consciência e percepção. Como se nós nos encontrássemos em um espaço desconhecido e, portanto, não conseguíssemos agir adequadamente dentro dele.

Por causa de nossas ações erradas, todas as nossas formas anteriores de experimentar a vida nos levaram ao que chamamos de crise hoje. Esperemos que, rapidamente, percebamos que precisamos mudar. A ciência da Cabalá fala disso. Eu espero que isso ajude não só nós, mas todas as pessoas do mundo a alcançar isso.

Da Série Lição Virtual aos Domingos 17/07/11

O Amor Cobrirá Todos Os Pecados

Dr. Michael LaitmanO período de preparação é chamado de período de “pecados e transgressões”. Você pode se opor e dizer: Como de transgressão se eu não entendia ou sabia de nada?

Sim, você não sabia, mas você agiu. E mesmo que você tenha tentado seguir as instruções da Cabalá, tenha estudado e estava em um grupo, você fez tudo isso para seu próprio benefício. É por isso que, inconscientemente, você realizou as ações no grupo e os estudos egoisticamente, em vez de realizá-los em prol da doação. Você tentou usar seus amigos e a Cabalá para o seu próprio benefício, e esses pecados são chamados ou de “transgressões intencionais” ou de “erros e negligências não intencionais”.

Mais tarde, quando nos elevamos ao nível espiritual e adquirimos a força para agir em prol da doação, nós corrigimos esses pecados. Primeiro, nós corrigimos os “erros”, e ao fazer isso nos elevamos ao grau de Bina (doação em prol da doação), do temor. Então, nós corrigimos as “transgressões” pela doação e adquirimos o grau do amor, da fé absoluta.

De onde vêm as transgressões e a negligências que corrigimos pela doação e o amor no grau de Bina e Keter? Elas já foram salvas em nossos desejos egoístas, como está escrito: “A besta engolirá e vomitará”. É assim que nós reunimos uma série de transgressões que agora podemos corrigir.

Mas a pessoa que não entra no grupo e não começa a estudar para alcançar a meta com qualquer intenção que ela possa ter, não comete “transgressões” ou “erros”. Ela não tem nada para corrigir; falta-lhe a “inclinação ao mal”.

Esta “inclinação egoísta” que a Cabalá fala é uma qualidade especial. Nós a formamos enquanto estamos no grupo, quando estudamos, quando aspiramos a doar (Lishma), quando estamos certos de que existimos atualmente no egoísmo (Lo Lishma), e quando cometemos transgressões terríveis por querer atingir a espiritualidade para o nosso próprio benefício e colhemos as recompensas em todos os mundos.

É assim que nós acumulamos as transgressões e os erros dentro de nós. E até que nós reunamos uma medida completa deles ao longo dos “400 anos do cativeiro egípcio”, nós somos incapazes de escapar deles e começar a correção.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 10/07/11, “A Arvut (Garantia Mútua)”

O Problema Existe. Quem Tem Uma Solução?

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, “A Arvut (Garantia Mútua)”: Mas o papel de Israel para com o mundo lembra o papel dos nossos santos patriarcas em relação à nação de Israel….

Se não fosse por nossos antepassados, não haveria nenhuma nação de Israel, ou seja, o grupo que anseia pelo Criador e a correção. Da mesma forma, agora temos que cuidar do mundo, porque sem a nossa ajuda, as pessoas não serão capaz de corrigir-se. Seus desejos não são capazes de ascender por si mesmos, e as pessoas não podem sequer pensar em correção em prol da doação.

Hoje, nós vemos isso no trabalho de cientistas e especialistas de destaque em vários campos. Eles escrevem coisas corretas sobre o mundo, mas não podem dizer uma palavra sobre a solução. Eles não têm a aspiração “direto ao Criador”, nenhuma centelha espiritual. Assim, eles não percebem que esta é a única possibilidade. Eles são impotentes perante a necessidade de correção, pois não têm meios para isso.

Por isso, eles evitam respostas em sua busca e discussões. Eles não conseguem ver mais adiante; eles só vêem o que está acontecendo agora. Eles entendem a necessidade de criar um mundo integral, e param por aí. Conseqüentemente, seu raciocínio é vago. Ele termina em nada ou recua em propostas completamente irrealistas.

Eu não os censuro. Este não é um sinal de suas limitações. Isso só indica que sem a adição de uma centelha espiritual nos desejos humanos em nosso mundo, as pessoas não conseguem ver o futuro, o único desenvolvimento possível.

Da 5ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/07/11, “A Arvut (Garantia Mútua)”

Cabalistas Sobre A Liberdade De Escolha, Parte 8

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

A Liberdade do Coletivo e a Liberdade do Indivíduo são Iguais

A garantia mútua de todas as pessoas do mundo para o seu bem-estar geral é semelhante a duas pessoas em um barco. Se uma delas faz um buraco no barco, ela também afoga a outra.
– Baal HaSulam, “A Arvut (Garantia Mútua)”, Item 18

Cada pessoa no mundo é responsável por todos. Se a pessoa se corrige em algo, ela aproxima a todos da correção geral. Pelo contrário, ao usar seu egoísmo individual, ela piora o estado do mundo inteiro.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, Item 110

Cada pessoa etimula a elevação ou a queda de todo o mundo, já que as ações de uma pessoa abaixam ou elevam o mundo inteiro.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar”, Item 68