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Cinco Choques Globais Da Economia Mundial

Dr. Michael LaitmanOpinião: Sean O’Grady (Editor de Economia, The Independente ): “Em uma versão atualizada e ampliada dos quatro cavaleiros do apocalipse, a Organização para a Cooperação Econômica e o Desenvolvimento (OCDE) identificou cinco “choques globais”, que irão desestabilizar a economia mundial, com uma freqüência cada vez maior nos próximos anos.

Ao invés dos perigos tradicionais de conquistas, guerras, fome e morte, a OCDE identifica as pandemias virais, ataques cibernéticos, as crises financeiras, agitações sócio-econômicas e tempestades geomagnéticas como os cinco “choques globais”, que terão de ser suportados….

A crise financeira de 2008 foi o primeiro episódio deste tipo. A OCDE explica o aumento na freqüência das crises pelo “aumento na interconexão” da economia mundial.

Meu comentário: Quando pessoas, nações e países não corrigidos (egoístas, focados exclusivamente no proveito próprio) se transformam em um corpo único e simples, em um sistema global e interdependente, onde cada um está fazendo apenas o que é benéfico para si, as chances de tal sistema passar por um choque aumenta muito e de forma imprevisível.

A interdependência cria combinações imprevisíveis das causas de qualquer estado futuro. Enquanto que nos falta o conhecimento deste sistema, para compreender e estimá-lo. Para fazer isso, precisamos começar a senti-lo como nosso. E isto só é viável se nos tornamos integralmente conectados uns com os outros.

Isso só é possível se nós mesmos assumirmos as suas qualidades e propriedades, corrigindo-nos com a ajuda do método da Cabalá, que é chamado de revelação do Criador às criaturas. Afinal de contas, em relação a nós, o Criador é a revelação de nossas qualidades corrigidas dentro de nós. É por isso que Ele é chamado de Boreh (“Bo” – venha, e “Reh” – veja), que devemos revelá-Lo interiormente. …Ou você pode pegar o livro dos Profetas e descobrir o que nos espera se não acalmarmos a Natureza com o nosso equilíbrio em relação a ela.

Um Milionário Para Cada 500 Pessoas Na Terra

Dr. Michael LaitmanNas Notícias (De bog.com): O Grupo de Consultoria Boston relatou que apesar da crise global, “famílias milionárias cresceram em número e riqueza. Elas representavam apenas 0,9 por cento de todas as casas, mas possuíam 39 por cento da riqueza global, acima dos 37 por cento em 2009. O número de famílias milionárias aumentou 12,2 por cento em 2010, para cerca de 12,5 milhões”. Em outras palavras, existe um milionário para cada 500 pessoas na Terra.

Meu comentário: A tendência para o crescente número de milionários indica um movimento rápido para a realização do mal, a desigualdade, que vai contra o equilíbrio total, a principal lei da natureza. Mas como vamos perceber isso: através de catástrofes ou da razão? Como é que nos tornaremos tão conscientes disso de modo que introduziremos uma lei de união e igualdade no consumo razoável? [47045]

Procurando A Novilha Vermelha E O Poço De Água

Dr. Michael LaitmanOs livros de Cabalá usam diferentes imagens para descrever a conexão entre Malchut e Bina. Por exemplo, eles usam a imagem de um poço, vazio ou cheio de água. Um poço vazio (Malchut) consome tudo e permanece vazio. Enquanto que um poço cheio de água é a conexão apropriada de Malchut e Bina. Ou o contrário, o desejo de Malchut eleva-se à Bina, ao céu, e obtém água daí. É por isso que chove.

Outra descrição da conexão entre Malchut e Bina é a “novilha vermelha”, um sacrifício purificador, cujas cinzas purificam alguns e, ao contrário, tornam outros impuros. Todas essas transições são relacionadas à forma como Bina e Malchut incluem-se uma na outra: se Bina torna-se incluída em Malchut ou Malchut em Bina, e qual delas domina, pois uma conexão traz purificação, e outra impureza.

A “novilha” simboliza a força de Bina, a força de doação, porque ela dá leite (a Luz de Hassadim ou da Misericórdia). Mas se ela for vermelha (Aduma em hebraico), o que significa que está ligada ao solo (Edom), então ela está misturada com Malchut. E quando as forças de doação e recepção (Bina e Malchut) se conectam, é o homem quem determina qual será a força resultante.

Se o homem tem a intenção de corrigir-se e atingir a doação, ele vai tirar a força de doação exatamente dessa conexão de forças chamada de “novilha vermelha” e se purificará. Mas se ele já era puro, um novo desejo egoísta se revela nele, e se ele é ainda incapaz de trabalhar com ele, ele se torna impuro.

A Torá fornece instruções detalhadas sobre como encontrar uma novilha vermelha e queimá-la, e o que precisa ser feito com as cinzas. Estas não são ações simples, porque nada disso existe em nosso mundo, embora os cientistas estejam à procura de vestígios de uma novilha vermelha para provar que ela existiu uma vez, mas agora desapareceu.

Durante os tempos do Templo, a nação inteira estava em um nível espiritual, devido à sabedoria da Cabalá, como está escrito: “Todo adolescente conhecia as leis da impureza e da purificação”, que é a diferença entre a recepção egoísta e a doação. Em outras palavras, o nível deles correspondia à conexão de Bina e Malchut, chamado de “novilha vermelha”, e eles podiam entender a que a Torá se refere.

Toda a Torá é uma descrição da ordem de correção, uma “instrução” (Oraa) sobre a correção da alma.

Da Lição sobre a Porção Semanal da Torá 27/06/11

Cabalistas Sobre A Natureza Do Homem E A Natureza Do Criador, Parte 14

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

O Sujeito do Propósito da Criação é o Homem

O valor de uma pessoa do nível falante é igual ao valor de todas as forças dos níveis inanimado, vegetal, e animal.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbirot”, Item 3

O homem é o centro da Criação. Todas as outras criaturas não têm qualquer valor por elas mesmas, mas conforme ajudam o homem a alcançar a sua perfeição. Assim, elas sobem e descem com ele sem qualquer consideração por si mesmas.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar”, Item 18

Quem Servirá A Quem?

Dr. Michael LaitmanNós somos criados com o desejo de receber prazer, e no intuito de corrigir esse desejo, a nossa intenção deve ser “em prol da doação”. Ao fazer isso, nós nos corrigimos e atingimos o propósito da criação: a adesão total com o Criador. Mas, para atingir a correção, devemos nos unir com a força de doação.

A força de doação é chamada de Bina, e a força de recepção é chamada de Malchut. Estas duas forças, de doação e recepção, devem entrar uma na outra. Quando elas se unem, então, de acordo com a análise combinatória dessas duas forças, cria-se quatro resultados: Malchut em Malchut, Malchut em Bina, Bina em Bina, e Bina em Malchut.

Se Bina entra Malchut, cria-se uma força do mal, porque Bina cai sob o reino de Malchut. Malchut governa sobre ela, dominando-a, tornando Bina sua escrava. Este estado criou todas as forças do mal no mundo.

Às vezes, essas forças fingem ser boas, a fim de seduzir e subornar a pessoa e depois atraí-la para o mal. Esta é uma força especial, astuta e egoísta (Klipa), contido em Malchut. Com a ajuda desta força, Malchut conquista Bina e começa a usá-la. Está escrito que o mal não pode existir no mundo, a menos que inicialmente finja ser bom. Esta é a forma como as forças do mal operam, e por esta razão elas existem.

Se for apenas Malchut, então é um simples desejo de receber, como nos mundos inanimado, vegetal,  animal e humano, nos quais apenas as forças dos níveis inanimado, vegetal e animal estão agindo. Ou seja, é um simples ser humano que está vivendo uma vida corporal primitiva.

Quando Bina está presente no desejo de receber prazer de uma pessoa, essa pessoa torna-se muito inteligente e astuta. Ela sabe como ajudar e dar a você, e assim explora você ao máximo. Essas são forças muito más causadas pela inclusão de Bina em Malchut: as forças de doação que caíram sob o domínio do egoísmo.

A inclusão oposta ocorre quando a pessoa usa seus próprios esforços para elevar Malchut a Bina. Então ela se conecta a Bina, porque quer entrar e se tornar escrava, uma parte inseparável da força de doação, como um feto no ventre da mãe. Bina é chamada de Ima Ilaa (a mãe superior). Ou seja, ela quer se desenvolver apenas através da conexão, sendo guiada e protegida pela força de doação, o Criador. Assim, as forças do bem são criadas, que escolhem partes do desejo egoísta e os corrige gradativamente desde dentro.

Da Lição sobre a Porção Semanal da Torá 27/06/11

A Realidade Criada Pelos Golpes Da Luz

Dr. Michael LaitmanNós representamos o desejo de receber prazer, o qual sente que existe ao receber pequenas “injeções”, golpes da Luz. Estes pequenos golpes criam a percepção da realidade dentro de nós, descrevendo uma imagem interna da realidade, onde percebemos as pessoas que nos cercam, o ar, o mundo e a nós mesmos.

Tudo isso surge a partir dos pequenos golpes vividos por nosso desejo de receber prazer. Então, ele recebe uma impressão como se existisse em conjunto com a realidade circundante. Se o desejo não recebesse essas pequenas “injeções” que o atingem, ele nem perceberia a si mesmo, a sua realidade, o seu ambiente. É assim que ele existe. E não há nada mais além disso: o desejo de desfrutar que recebe pequenos golpes da Luz.

A Luz impõe mínimos golpes dentro do desejo de receber prazer, sem uma única reação consciente por parte do desejo; este é o estado em que nos encontramos. Quando o desejo consegue desenvolver uma reação à Luz superior, isto é, torna-se mais sensível a estes golpes e aumenta sua sensibilidade em relação a eles, ele deseja não mais recebê-los, resiste a eles, e tem a intenção de afastar a Luz de uma forma ou de outra, devolvê-la. Isso é chamado de “tela”.

Então, em virtude da minha resistência, oposição e confrontos eu começo a alcançar Quem está fazendo isso comigo, para que, o que Ele quer de mim, e o que eu posso alcançar através disso. Este é todo o nosso trabalho: o desejo de receber prazer e golpes, choca-se com a Luz.

Da Lição Diária de Cabalá 24/06/11, Escritos do Rabash

O Gosto Divino Da Doação

Dr. Michael LaitmanPergunta: Não está claro por que a criação faz uma restrição e afasta o prazer? Por que ela não pode estar perto do Criador e receber Dele?

Resposta: Eu não afasto o prazer, mas sim a sensação desagradável. Naquele momento eu não sinto mais prazer. Se você me der algum tipo de prato requintado, mas isso me faz sentir vergonha, eu paro de sentir prazer daquele prato. Esta satisfação infinita não me faz sentir bem por mais tempo!

Depois eu terei que despertar o meu gosto por este prazer mais uma vez. Quando eu adquiro a qualidade de Bina e começo a agir em prol da doação, e começo a receber em prol da doação, eu devo despertar novamente o gosto pelos prazeres dentro de mim.

No entanto, estes não são mais os mesmos gostos que eu sentia antes, mas um tipo completamente diferente de prazer que eu ofereço ao Criador. Primeiro de tudo, eu pego o desejo Dele e o satisfaço. Eu verifico com que tipo de amor Ele me deu este pedaço de prazer e quero preencher o lugar vazio Nele. Ele está vazio porque eu não aceito esta satisfação Dele.

Eu penso no Seu prazer, sobre que tipo de prazer Ele receberá quando Ele me satisfazer. E como eu sinto que tipo de prazer eu dou a Ele, agora entendo que tipo de satsifação eu tenho que receber Dele e de que forma eu deveria dar prazer a Ele.

Quando eu começo a experimentar o prazer da doação, eu não sinto mais o antigo sabor dos prazeres dentro de mim, porque eu os encaro com uma nova intenção. Assim como a vergonha arruina todos os prazeres da recepção para mim, a intenção de doar revoga o gosto simples em mim. É por isso que este processo se chama aquisição de novos vasos ou desejos.

Tanto a doação quanto os desejos de receber em mim são completamente novos, o que é chamado de “613” vezes mais do que o que eu tinha antes. Esta multiplicação vem justamente da vergonha que nos permite aumentar nossos desejos e prazeres em 613 vezes.

Esta é a vergonha da diferença entre eu e o Criador, a diferença entre nossas situações. Isso não é apenas algum tipo de sensação, mas uma medida precisa do quanto Ele doa totalmente e está acima de mim, pois eu sou um receptor. É exatamente igual à altura dessa vergonha.

E a diferença não surge devido a qualquer recepção material, mas é uma diferença em nossas intenções. Portanto, se nós trabalharmos com esta vergonha, a fim de transformá-la em respeito e honra, vamos atingir este aumento de “613 vezes”.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/06/11, Prefácio à Sabedoria da Cabalá

O Longo Caminho Da Separação Para A União

Dr. Michael LaitmanTalmud Eser Sefirot, Parte 1, “Tabela de Perguntas e Respostas para o Significado das Palavras”, Pergunta 43: O que é a separação?

Dois níveis, sem qualquer Tzura Hishtavut (equivalência de forma) de qualquer lado, são considerados completamente separados um do outro.

Nossos desejos são como dois círculos: eles podem coincidir completamente, sobrepondo-se um ao outro e tornando-se assim um círculo. Ou eles podem sobrepor-se e estar parcialmente um dentro do outro. Ou eles podem entrar em contato um com o outro em um ponto, o seu desejo comum.

A separação total significa que não temos uma única qualidade ou desejo comum. Isto é, o primeiro não é semelhante ao segundo de forma alguma e não conseguimos alcançar qualquer forma de doação com o outro que nos permita estar um dentro do outro.

Se eu não pego um único desejo de você a fim de doar a você, e você não pega um único desejo de mim para doar para mim, então nós não nos tocamos e estamos completamente separados.

Se pelo menos um desejo de doar de um para o outro surge entre nós, então já existe contato entre nós. E se há vários desejos assim, então já estamos parcialmente um dentro do outro: eu estou dentre dos seus desejos e você está dentro dos meus.

É assim que nós avançamos até que você pega os meus desejos e eu pego todos os seus, e através deles podemos doar um ao outro: eu dou tudo para você e você para mim. Isso é chamado de adesão.

Essas definições do Talmud Eser Sefirot são extraordinariamente importantes. Memorize-as mecanicamente, porque isso também é útil. Mais tarde, ao percebê-las no nível dos sentimentos e do inteleto, tente gradualmente unir a mente e o sentimento.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/06/11, Talmud Eser Sefirot