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O Futuro De Israel

Dr. Michael LaitmanPergunta : Como você vê o futuro de Israel?

Resposta: O que Israel pode dar ao mundo? Hoje ele produz certos “conhecimentos”, computadores, produtos militares e tecnologias. Todas essas coisas são besteiras.

O mundo está, inconscientemente, esperando que Israel lhe dê apenas o que Israel pode dar a ele: o método da revelação da força governante superior. Está escrito na Torá que Israel deve ensinar ao mundo como se conectar com o Criador (Mamlechet Cohanim ve Goy Kadosh). Das nossas exportações, este é o item mais importante.

Cabalistas Sobre A Natureza Do Homem E A Natureza Do Criador, Parte 11

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

A Superioridade do Homem à Besta

E a sensação mais importante é a sensação racional dada ao homem sozinho. Por sua virtude nós podemos vir a perceber o Criador.
– Baal HaSulam, “O Ensino da Cabalá e sua Essência”

Uma besta só vê a si mesma, não o passado ou o futuro. O homem sente o passado e, graças a isso, pode corrigir suas falhas. Enquanto que as bestas, não sendo capaz de corrigir-se, não podem evoluir como o homem.
– Baal HaSulam, “Escritos da Última Geração”

O Ego Sofre Pela Luz do Bem

Dr. Michael LaitmanPergunta: Os pensamentos sobre espiritualidade causam tristeza e sofrimento em mim porque eu não sinto o Criador. O que posso fazer?

Resposta: Se uma pessoa sofre realmente na sua vida, essa dor oculta o Criador dela. Isto é feito de propósito, de forma que não estraguemos a nossa relação com o Criador e ainda assim permaneçamos ligados a Ele, em vez de começar a odiar e a rejeitá-Lo.

Há vários estados, mas na medida em que a pessoa se sinta mal, nessa medida o Criador oculta-se, e nós temos que alcançar o apoio mútuo e a garantia do ambiente. Neste caso, mesmo durante grandes problemas, o ambiente irá ajudar-nos a superar um sentimento mau em relação a sua causa.

Então perceberei que o sentimento do mal vem não do Criador, não da força superior, mas da força do meu próprio egoísmo. Eu começarei a dividir os meus sentimento em duas parts: 1) os meus desejos que não estão corrigidos e fazem-me sentir mal neles, e 2) o Criador, a Luz superior, que irradia bondade sobre mim.

Precisamente porque o Criador emana bem sobre mim, enquanto eu estiver oposto a Ele, sinto o bem como mal; isto é, para mim o Seu bem transforma-se no seu oposto. Assim, o Criador não consegue ser revelado a mim porque eu sentir-me-ei tão mal que não serei capaz de o aguentar.

Enquanto permanecemos incorrectos e sentimos o Criador na Sua forma oposta, porque o nosso ego transforma a Luz em escuridão, o Criador é revelado para nós na medida em que conseguimos aguentar isto. E na medida que não o conseguimos tolerar, Ele oculta-se.

Ele revela-Se apenas ligeiramente para mostrar apenas um pouco de mal para nós, de forma que nós não nos desconectemos da nossa mente e possamos analisar os nossos sentimentos. Então, eu começo a verificar de onde vem este mal e o que o causa. Consequentemente, eu venho ao grupo, aos livros, e ao professor, que me explicam que eu próprio atraio o mal devido à minha oposição ao Criador.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/6/11, Shamati #241

Uma Pessoa Não Pode Tornar-se Humana Sem Amor

Dr. Michael Laitman with StudentsA sabedoria da Cabalá é o meio que nos permite ascender do nível animal ao humano. Se não usarmos este meio para transformar a nossa natureza egoísta, permanecemos como animais, como é dito: “Todos são como animais”.

De facto, nesse caso, nos desenvolvemos apenas dentro do nosso ego; não temos nada com que o corrigir e ascender acima dele, dos desejos de receber aos desejos de doar. Então, sentimos apenas este mundo; vivemos e morremos como animais.

Enquanto que no nível humano, eu torno-me semelhante ao Criador (homem ou “Adam” vem da palavra “Edome” ou semelhante em hebraico). Com a ajuda da ferramenta chamada “a Luz que Corrige”, que atraio sobre mim ao ler textos Cabalísticos e especialmente O Livro do Zohar (a fonte mais forte da Luz superior oculta ), eu posso corrigir-me e ascender da natureza egoísta para a altruísta, para a doação e o amor pelo próximo.

Então, em vez do desejo de usar o outro, eu dôo a ele, e em vez de ódio, eu sinto amor em relação a ele. Na medida em que eu apreendo esta natureza, eu começo a descobrir a força superior com os meus desejos altruístas, nas minhas qualidades de doação e amor. Eu sinto o que preenche as minhas novas qualidades, e isto é chamado de “Luz superior” ou “Criador”.

Contudo, tudo isto é alcançado na força de doar. Como posso alcançá-la? Para este propósito, antes do nível mais baixo do mundo de Assia (chamado “este mundo”) ter sido criado, a criatura criada pelo Criador, e chamada de alma comum de Adão ou Homem, foi dividida em muitas partes. Agora, de forma a atrair a Luz, estas partes devem unir-se umas às outras no estado anterior à divisão, quando a Luz Superior as preenchia.

Contudo não podemos unir-nos uns aos outros por nós próprios, mas desejando isto, querendo e esforçando-nos com toda a nossa força, com nossos esforços atraímos a Luz desse estado de unidade. Esta Luz não vem até nós e não se veste em nós porque nós ainda não nos unimos. Mas ela brilha em nós de longe, conforme a nossa aspiração por ela – a Luz de doação e amor ao próximo.

Mas eu realmente aspiro a isto?… Eu imagino que desejo esta Luz, como algo muito bom para o meu ego. Mas se eu interpreto isto correctamente, como a Luz de doação e amor, que desfruto ao doar ao próximo, e atuo apenas em prol da doação, então eu não preciso dela particularmente.

Assim, primeiro de tudo, de forma a lutar pela Luz, pela correcção, de forma a tornar-me doador e amar ao próximo, devo adquirir a importância disto. Posso obter a importância da correcção das duas fontes seguintes:

  1. Se eu sofro, sinto dor, eu luto para mudar a minha condição. Estou até disposto a dar, apenas para não me sentir mal. Isto é chamado avanço pela via do sofrimento.
  2. Posso receber a importância da doação e amor pelo próximo do ambiente, que começa a “fazer-me lavagem cerebral”, convencendo-me do quão importante é doar, quanto posso ganhar, quão bom é, que prazeres a doação traz.

Um parece contradizer o outro: “Doe e você receberá prazer! Doe e sentirá o Mundo superior!”. Isto é chamado “Lo Lishma” (para si próprio) mas, ainda assim, esta é uma fase intermédia do avanço. Neste caso, eu luto por avançar pela via de “Lo Lishma”, a via da Luz. Nós todos somos egoístas e temos de imaginar um ganho próprio entendível à nossa frente; de outra forma, não seremos capazes de fazer nada.

Assim, estou no grupo, junto com pessoas que também querem atingir a espiritualidade. Não é importante que todos nós visualizemos o mundo espiritual como um bom prémio: nós queremos estar acima dos outros, ganhar mais, superar esta curta vida cheia de sofrimentos, atingir algo que valha a pena, grandioso.

Se nós promovermos ao menos a importância deste objectivo entre cada um de nós, então algo maior, grandioso, eterno, perfeito, que valha a pena, será revelado na conexão entre nós, e nós teremos a força para avançar em direcção à conexão interior entre nós pelo menos ligeiramente. Se na conexão entre nós descobrirmos a força interna comum chamada vaso espiritual (o desejo de doar), então neste vaso, conforme este desejo de doar, revelaremos a Luz: a Luz de doação, a Luz superior, ou o Criador.

Assim, antes de começarmos a ler O Livro do Zohar, e assim atrairmos a Luz, temos de imaginar que aspiramos a estar na conexão interior entre nós, quando cada um se anula e sente apenas os outros: todos juntos, todo o grupo interior, onde estamos conectamos entre todos na nossa alma. E nesta conexão entre as almas, revelamos a Luz, a força comum de doação e amor – e o Criador com ela. Se esta é a nossa linha de raciocínio durante a leitura de O Zohar, ela influencia-nos da forma mais efectiva.

Não interessa quanto entendemos do texto e sabemos as palavras. É importante pensar acerca de uma coisa apenas, o tempo todo: “Agora, estou a tomar o meu medicamento. Quero conectar-me aos outros, e então, na união entre nós, conseguirei tudo: todo o mundo espiritual e superior. Estou ansioso por isto!”

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/6/11, O Zohar

O Que É Uma “Elevação” Espiritual?

Dr. Michael LaitmanBaal HaSulam, O Estudo das Dez Sefirot, Parte 1,Tabela de Perguntas e Respostas para o Significado das Palavras“: Questão 26: O que significa “elevação”? A Hishtavut ha Tzura (equivalência de forma) do inferior com o superior é uma “elevação”.

Não há subida ou descida, nem movimentos para a direita ou esquerda. Tudo isso é avaliado apenas em relação às qualidades, e nós estamos falando de sua transformação, de alcançar a equivalência de qualidades do inferior e do superior.

No entanto, o que acontece quando o inferior “sobe” em direção ao superior e torna-se o mesmo? Ele desaparece completamente e se transforma no superior, ou o inferior existe próximo ao superior?

Cada um fica com seus desejos, aspirações e qualidades naturais, que não mudam. A matéria do desejo de receber permanece inalterada. Diz-se: “A forma dos seus rostos difere, suas almas também diferem”. Nada muda na pessoa além da intenção com que ela usa todos os seus desejos e qualidades.

Se nós somos iguais em nossas intenções, no nível e força delas, então isso significa que nós estamos no mesmo nível. Se um é menor e o outro é maior, isso significa que as intenções de uma pessoa são ainda mais fracas do que as intenções da outra.

O inferior está se elevando em direção ao superior, “tornando-se como Ele”, mas não Ele mesmo. Obviamente, a diferença entre eles permanece.

Quando eu subo em direção ao Criador através dos 125 degraus da escada de equivalência de forma, eu O sinto em cada degrau, mesmo no menor deles, e me torno ligado a Ele de alguma forma. A cada novo degrau, eu me conecto com Ele e O conheco cada vez mais. No entanto, o Criador e a criatura permanecem, assim como a conexão entre eles, a Dvekut (adesão): um não desaparece dentro do outro.

Assim, uma “elevação” é a equiparação em termos de qualidades do inferior para com o superior. Eles são equivalentes só em termos de sua forma de doação, enquanto cada um permanece com suas qualidades naturais.

Da 3ª da Lição Diária de Cabalá 22/06/11, Talmud Eser Sefirot

Definir Os Termos É A Chave Para O Estudo Da Cabalá

Dr. Michael LaitmanNo final de “A Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, Item 156, o Baal HaSulam escreve que a adopção das definições certas é de importância primordial e fundamental no estudo da Cabalá. Elas devem estar à nossa disposição, colocadas em nossa mente como se estivessem em prateleiras de livros, para que possamos escolher o termo certo, sem sequer pensar como precisamos entender, sentir e imaginar o significado escondido por trás de cada palavra no texto.

Caso contrário, eu vou me confundir, gerando em mim a impressão e a percepção errada, que não corresponde à verdade. Esta é uma chave muito importante para estudar a sabedoria da Cabalá. Se você não decifrar corretamente o que está escrito, você vai ficar completamente confuso.

Nós não estamos estudando com a finalidade de conhecer quantos anjos há no céu e quais os  seus nomes, e não vamos memorizar quais os objetos espirituais (Partzufim) que existem em algum lugar lá fora. Precisamos entender que tudo o que tem sido escrito sobre isto está dentro de nós, dentro de nossa alma, que ainda não revelamos.

Deixe que este sistema espiritual seja escondido de nós, por agora, mas é dentro de nós e não em algum lugar lá fora. Nós não estamos falando sobre os anjos no céu, mas sobre as forças internas do homem. Tudo está dentro do homem, e não há mais nada além dele.  Só nos parece que existem outras pessoas ao redor dele, mas na realidade, todas são partes dele mesmo. É por isso que a frase “amar ao próximo como a si mesmo” parece estar falando de outra pessoa até que você venha a compreender que este é realmente você, você mesmo, e tudo pertence a você.

Os termos Cabalísticos precisam ser conhecidos de cor, o que significa que você precisa estar ligado ao seu verdadeiro significado espiritual e não imaginá-lo em sua percepção atual. Quando me deparo com palavras como “sol”, “Lua”, “para cima”, “para baixo”, “entrar” e “sair” da Luz, todos os termos mais técnicos, mesmo os que são pouco relacionados com este mundo, eu ainda preciso verificar em relação a mim como estou me mantendo em relação às definições certas. Isto irá eliminar 99% de toda a confusão e erros.

Além disso, não vou precisar de um monte de longas explicações se eu adotar as definições corretas. É por isso que é tão importante estudar os apêndices de cada capítulo de O Estudo das Dez Sefirot: “Tabela de Perguntas e Respostas para o Significado das Palavras”. Isto é ainda mais importante do que estudar o texto principal do livro.

Mesmo que ainda não consigamos lembrar, compreender e sentir todas essas definições, precisamos pelo menos ver como essas definições espirituais diferem daquelas dentro de nós, porque, normalmente, já temos uma determinada imagem material sobre cada uma das palavras e conceitos.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/06/11, Talmud Eser Sefirot

Esclarecer O Desejo Da Mulher

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se todos os desejos estão sempre a mudar e assumir diferentes matizes, devo ansiar por algo específico, ou será que eu preciso fortalecer o desejo na forma mais próxima a mim no momento?

Resposta: Não, o desejo das mulheres deve ser formado em um desejo integral, coletivo e agregado das mulheres, dirigido precisamente à meta. Cada mulher deve analisar os desejos dentro de si e direcioná-los à meta ao máximo, tanto quanto for possível, em qualquer nível, em cada estado onde ela se encontra.

No entanto, após estes desejos serem basicamente formados, eles devem ser sentidos pelos homens. E os homens, sem dúvida, vão senti-los, uma vez que são construídos desta forma; eles gradualmente vão sentir o desejo das mulheres. Isto é como em uma família onde a esposa nem precisa dizer uma palavra ao marido, mas ele se sente como se ela estivesse forçando-o, como que apontando, querendo, esperando alguma coisa dele. Ele sente isso, e não vai descansar até satisfazer o desejo dela. De alguma forma ele finalmente deve resolvê-lo.

Da mesma forma, os homens devem sentir isso das mulheres, e as mulheres devem trabalhar constantemente em cristalizar nelas um desejo cada vez mais definido.

Da 2a Lição na Convenção de Moscou 10/06/11

O Catalisador Do Desejo Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como pessoas que não sentem qualquer aspiração pela espiritualidade podem alcançá-la se isso requer uma memória latente dela, um sabor esquecido? Por que elas sofrem inutilmente?

Resposta: As pessoas sofrem desnecessariamente, e é por isso que temos que levar a  elas o método de desenvolvimento sem os golpes. Então, mesmo se a pessoa não tem genes espirituais (informações sobre estados anteriores), ela irá recebê-los dos outros graças à inclusão mútua.

É como em nosso mundo quando você está descansando em uma poltrona em frente à TV com uma xícara de café, assistindo a um jogo de futebol, e você acha que não precisa de mais nada. Mas, de repente, eles mostram algum comercial que lhe convence que você precisa muito de algum objeto. Você imediatamente esquece tudo sobre futebol e começa a pensar em como comprar essa coisa. O anúncio tira o seu senso de tranqüilidade e desperta os seus desejos.

Nós não entendemos o quão dependentes estamos da influência do ambiente. Se não tivéssemos essa influência, seríamos como animais em uma floresta. Afinal de contas, de acordo com os desejos dos nossos corpos, nós não precisamos de nada além das necessidades vitais.

Tudo o que está além dos limites da necessidade são coisas que desejamos apenas devido à influência da sociedade, que me pressiona e me convence de que eu preciso de uma coisa, e outra, e uma terceira, e então eu sinto que tenho que obter essas coisas.

Se de todas as direções, através de todos os meios de informação de massa, a sociedade agora começa a me dizer que eu preciso da espiritualidade, então, além das necessidades normais deste corpo animal, tudo o que eu vou precisar é da espiritualidade. Isto é tudo que temos a fazer: colocar-nos sob a influência do ambiente certo. E eu não preciso de mais nada! Não é necessário que o gene espiritual desperte em mim, porque o ambiente externo irá realizar todo esse trabalho.

Genes espirituais despertam nas pessoas especiais que, de repente, recebem esse tipo de infusão de Cima e se lançam para a frente. Este é um cuidado especial de Cima. Mas outras têm que se desenvolver apenas em virtude do ambiente.

Portanto, se não construirmos o ambiente certo em torno de toda a humanidade, se não disseminarmos este conhecimento em todo o mundo, então o mundo terá que avançar apenas pelo preço de um enorme sofrimento.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/06/11, “Introdução Geral do Livro ‘Panim Meirot uMasbirot’”

Seja Sábio E Ingênuo Ao Mesmo Tempo

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que nós precisamos para perceber que todos os problemas e golpes que experimentamos nesta vida são, na verdade, mensageiros do Criador?

Resposta: Nós precisamos da opinião do ambiente, da pressão pública. É necessário ligar os dois opostos: de um lado, sentir um forte temor e, por outro, ser um herói, para ser, simultaneamente, muito ingênuo e muito inteligente, dependendo do que está sendo discutido.

Nós geralmente nos confundimos entre eles. Quando devemos ser ingênuos, para rebaixar nossas cabeças, e apenas confiar, agimos como um “espertinho” e ficamos orgulhos com isso. Quando deveríamos ser inteligentes, agimos como tolos.

Uma grande parte da nossa energia e tempo é consumida até que a pessoa se endireite. Às vezes, um pequeno erro feito em apenas um momento ou em alguns dias nos custa dez ou vinte anos de trabalho duro.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 26/06/11, Escritos do Baal HaSulam

O Lugar Mais Seguro Da Terra

Dr. Michael LaitmanPergunta: A sociedade lá fora constantemente me incita com ameaças de humilhação e dano a mim. Sentindo essa “faca” apontada para minha garganta, eu não consigo parar de perseguir as coisas materiais. Porque eu não sinto o mesmo no grupo?

Resposta: Realmente, em certas situações difíceis, a pessoa deseja ser “picada” por algum estímulo externo, visto que ela é incapaz de despertar sozinha. Mas essa abordagem é incorreta. Somente quando a pessoa é incapaz de organizar uma “perturbação” necessária, empregando o grupo e os livros, só então ela vai sentir a “faca em sua garganta”. No entanto, se ela sabe como organizar isso, ela recebe algum tempo, e depois mais um pouco, e mais um pouco. Além disso, o grupo também deve cuidar da pessoa e ser responsável por despertá-la.

No geral, há duas maneiras de nós evoluirmos: através do sofrimento ou do poder da Torá. Isso depende da minha conexão com o grupo: o quanto eu me insiro nele e recebo dele em troca.

Eu preciso continuar recebendo a garantia e a certeza dos amigos. Em essência, eu tenho que me sentir como um bebê nos braços de sua mãe. Não há lugar mais seguro no mundo do que esse, não é? Um bebê se acalma nos braços da mãe, ele não quer ser colocado no berço ou em qualquer outro lugar, mas apenas permanecer no lugar onde, por definição, não existe problemas.

Esta é a devoção mútua; ela é natural tanto no bebê quanto na mãe. Eles são programados pela natureza, ao passo que nós devemos alcançar isso acima da nossa natureza. Imagine: o grupo, como um bebê, está em seus braços, enquanto você, como um bebê, estão nos braços do grupo.

Da 4ª da Lição Diária de Cabalá 24/06/11, “A Liberdade”