Não Uma Crise Mas Uma Descoberta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como explicamos ao público que a era do consumo galopante está a acabar?

Resposta: A pessoa não precisa de explicações para se sentir com fome; contudo, quando a crise bate, apenas o governo consegue dar-lhe comida.

Pergunta: Portanto, estamos a construir um estado de bem comum, não estamos?

Resposta: Certamente estamos, uma vez que a função do estado é fornecer a todos abrigo, sustento, roupas, cuidados médicos, e por aí fora. Necessidade básica não é um pão de forma e um copo de água por dia. Não, estamos a falar de uma existência normal, mas não mais que isso. Para o resto, educamos uma pessoa como receber a satisfação ideal de outra fonte, em vez de correr atrás das “bênçãos da civilização”.

Está a chegar ao fim de qualquer forma, e não há nada que possamos fazer sobre isso. O mundo está a afundar-se na crise, a qual deve provavelmente demonstrar-nos que não podemos consumir mais do que precisamos. Você pode não querer aceitar isso, mas a natureza irá forçá-lo a tal, quer goste ou não. Além disso, não podemos explicar ao público o que está a acontecer e dizer-lhe como precisam de agir, isto é, construir um novo governo, um novo mundo integral, a não ser que os enviemos para a escola.

Tal como ensinamos crianças, também ensinaremos adultos sobre as leis pelas quais o mundo opera, o mundo em que eles se encontram agora. Afinal de contas, se uma pessoa não compreende os mecanismos de um mundo inteiramente integro, ela não pode sobreviver nele. Não há solução mais efectiva e acessível para transformar as pessoas que uma educação global.

Você deseja continuar a obter o que precisa? Aqui vamos nós, só não se esqueça que se deve vir à aula. Você quer provocar distúrbios? Isso não irá resolver os seus problemas.

Recentemente, Amr Moussa, o candidato presidencial Egípcio, admitiu que em vez de um novo começo, a revolução resultou numa crise ainda mais profunda que não parece vir a acabar. Ele falou com dor uma vez que esta viragem de eventos era a última coisa que ele esperava encontrar. Não é culpa dele ou de Mubarak: eles simplesmente não vêm o processo como um todo. As pessoas pensaram que o novo governo encontraria os fundos, mas o dinheiro é inútil agora.

Assim, não há outra forma excepto perceber quantos alfaiates, agricultores, e outros trabalhadores precisamos de forma a manter uma pequena percentagem da população nas áreas de produção necessárias, enquanto o resto tem de ser enviado para a escola. Esta é a única escolha pois tal é o programa. Esta é a única solução que fornecerá às pessoas as necessidades básicas de forma a não se revoltarem e perceberem que já não há para onde ir: assim é o mundo e o sistema integral em que vivemos.

A verdade é que entrámos num novo território em vez de numa crise; devemos operar no novo formato governado por diferentes leis. E temos de atravessar este ponto fraco de forma a alcançar a perfeição.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 25/5/11, “Prefácio à Sabedoria da Cabalá”