A Minha Silhueta Negra Contra O Fundo Branco Da Doação

Dr. Michael LaitmanEstar no estado de Lo Lishma (para si próprio) significa saber o que Lishma (doação) é. Não podemos fazer julgamentos sobre qualquer qualidade se não tivermos apreendido o seu oposto. É por isso que temos de sentir em certa medida o que Lo Lishma e Lishma são, de forma a perceber em que estado, relativamente a estes, estamos.

Todo os passos de Lo Lishma começam no momento em que a pessoa se imagina estar na Luz superior, em absoluta qualidade de doação, mas ela não sente esta qualidade porque as suas próprias qualidades não estão ainda corrigidas e ocultam dela a verdadeira percepção, ou seja, elas ocultam o Criador dela pessoalmente. Então a pessoa diz que está localizada em Lo Lishma, em egoísmo.

Ela pode dizer quais qualidades em particular estão ocultando o Criador dela a cada momento, em qualquer oportunidade. Ela é como uma criança que está a apreender a vida ao nível dos dois ou dez anos.

Por outras palavras, temos de imaginar o que é doar. No entanto, podemos não apreendê-la no seu verdadeiro significado, mas já sentimos que estamos localizados do lado oposto a esta qualidade, além da qual não há nada.

Contudo, na nossa percepção da realidade, vemos as nossas próprias qualidades negras, opostas à doação, que nos dão tal imagem, todo o tipo de formas contra o fundo branco da qualidade de Bina, a qualidade de doação. Esta imagem, o nível de ocultação de nós da qualidade de doar, chama-se este mundo. Por outro lado, este mundo “cobre” (compensa) as minhas imperfeições e oculta-as de mim, e eu sou capaz de existir atrás desta tela de ocultação.

O Criador revela-Se  e oculta-Se simultaneamente de nós, e nós precisamos de tomar este exemplo d’Ele e clarificar ambas as Suas qualidades: A Sua revelação a nós e a Sua ocultação. Isto é, existe sempre um tipo de revelação e ocultação chamado de “tela”, “cobertura”, que oculta e ao mesmo tempo adiciona e compensa.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 19/6/11, Escritos do Rabash