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Superar Todas As Fronteiras Que Nos Separam

Dr. Michael LaitmanEu espero que essa convenção se torne um divisor de águas. Vamos começar a tratar uns aos outros a sério; vamos finalmente começar a nos aproximar mais uns dos outros, vamos parar de prestar atenção de que país somos ou que somos opostos, diferentes.

Nós precisamos superar todas as fronteiras que nos separam. Temos que formar um espaço único, e eu realmente acredito que isso irá acontecer. Temos de quebrar todas as barreiras. Caso contrário, não vamos chegar ao próximo nível.

Que tipo de Machsom (a barreira) você espera atravessar se você faz diferença entre nós, entre este e aquele, entre o preto, branco, amarelo, vermelho, e assim por diante. Isto imediatamente coloca uma parede na frente de você.

É assim que deve ser, em cada grupo. Em cada grupo, temos que superar nosso ego. Afinal, o Alto simplesmente brinca conosco. O Criador deliberadamente nos dá esse egoísmo do lado esquerdo, e não podemos escalá-lo.

Nós sempre vemos defeitos nos outros. Este é repugnante para mim, porque ele coloca o dedo no nariz, aquele porque ele fala de tal maneira, e aquele outro porque ele me olha de um jeito estranho. Este é gordo, este é magro, este é arrogante, e assim por diante. De onde tiramos isso?

Há milhares de razões para não nos conectarmos com outras pessoas. Eu não vejo nenhum problema em fazer isso. Eu estou pronto para afastar todos e encontrar uma razão para estar certo em cada caso. Como eu posso superar isso? Se não fizermos isso, nada vai funcionar.

Da 2a Lição na Convenção de Moscou 10/06/11

Disseminar É Como Dar À Luz No Mundo Espiritual

Dr. Michael LaitmanPergunta: Eu não sinto que o meu progresso espiritual dependa dos homens. Como posso acelerar o surgimento deste sentimento?

Resposta: Há muitas mulheres que se sentem auto-suficientes. Elas estão envolvidas com disseminação, assistem às aulas e estão conosco em coração e alma. Elas não sentem que são dependentes dos homens. Isso não importa. Elas ainda estão incluídas no nosso desejo coletivo (Kli). No entanto, elas estão conosco.

Mesmo que a mulher esteja participando completamente de um trabalho específico, como tradução, processamento de materiais, ou qualquer outra coisa, sua participação cobre tudo, pois a disseminação é praticamente a aplicação mais importante do desejo da mulher. É como dar à luz em nosso mundo.

Assim, a participação das mulheres na disseminação é a melhor ação para a correção. Há muitas mulheres que vivem em algum lugar distante, sem contato com outras pessoas. Talvez nós precisemos de mais contato virtual. Eu sou a favor de uma boa conexão virtual. Mas mesmo que a mulher esteja sozinha e participe da disseminação, ela ainda está na nossa aspiração coletiva de avançar. Ela definitivamente sente isso e avança conosco.

Eu tenho muitos exemplos. Eu trabalho com tantas mulheres no blog, no processamento de materiais, na tradução, na publicação de livros, e em muitas outras coisas. Eu valorizo ​​muito esse trabalho. Elas são leais, ajudantes de confiança, e eu vejo o progresso delas. Mesmo que o grupo de mulheres não esteja bem organizado, elas estão avançando, e avançando bem com todo mundo, pelo menos tão bem quanto o grupo dos homens.

Da 2ª Lição na Convenção de Moscou 10/06/11

O Estímulo Certo

Dr. Michael LaitmanA ciência da Cabalá tem uma seção interessante sobre a maneira como percebemos o universo, sobre como o homem atinge o mundo em que vive. Por que nós nos sentimos no mundo exatamente desta maneira? O nosso mundo é realmente da maneira como nós o percebemos, ou ele é completamente diferente? Na realidade, depois de passar pelos nossos cinco sentidos, ele adquire uma forma específica em nossa percepção. Nós observamos exatamente este quadro, ao invés de ter uma percepção objetiva e direta do mundo real.

Hoje, os cientistas investigam como o mundo é visto por borboletas, abelhas, cobras e cachorros. Cada criatura o vê da sua própria maneira, em escalas diferentes, através de um esquema de cores ou cheiros, e assim por diante. Cada criatura tem seu próprio tipo de orientação no mundo e vê a sua própria imagem, o que difere do que as outras vêem.

Então, porque a imagem é precisamente desse jeito aos nossos olhos? E como ela realmente é do ponto de vista objetivo? Será que nós podemos alcançar uma visão de mundo realmente objetiva? É disso que fala a seção da Cabalá chamada de “Percepção da Realidade”.

No entanto, a parte mais importante da Cabalá não é a descida de cima para baixo desde o mundo do Infinito até o nosso mundo, mas o que acontece depois. A coisa mais importante para nós é a Machsom e o subseqüente caminho ascendente. Isto é o que estamos enfrentando agora, o que temos que passar agora. Temos que passar por isso na prática, não na teoria, e temos que passar por este caminho juntos.

Temos que implementar isso o mais rápido possível, de modo que a força negativa do desenvolvimento não nos pressione por trás, dando-nos um estímulo negativo. Na Roma antiga, Estímulo significava uma vara afiada usada para cutucar os burros para que pudessem avançar. Assim, é importante que não sintamos esse estímulo em nossa carne, mas aspiremos avançar, com a ajuda da força positiva que nos é dada agora.

Basicamente, esta é a razão pela qual nos reunimos. Nós podemos ficar juntos e nos organizar, e podemos começar a sentir um ao outro internamente, mesmo sem contato físico. Vamos sentir que, unindo-nos, nos tornamos semelhantes à natureza global. Então, dentro da nossa união, revelaremos o campo comum e sentiremos que estamos subindo um pouco mais alto. Isso é realista e espero que você e eu consigamos.

Da 1ª Lição na Convenção de Moscou

Cabalistas Sobre A Natureza Do Homem E A Natureza Do Criador, Parte 1

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

A Essência do Homem é o Desejo de Receber

O desejo (de receber, desfrutar) é a essência (primária, única) da pessoa .
– Baal HaSulam, Shamati (Eu Escutei), Artigo nº 153, ” O Pensamento É O Resultado do Desejo”

A essência de todos os detalhes na realidade é nada mais nada menos do que o desejo de receber (a diferença entre todas as partes da criação em todos os mundos vem apenas das diferenças quantitativa e qualitativa em seu desejo de realização).
– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro do Zohar“, item 20

A essência da alma é o desejo de receber (prazer, satisfação). E a diferença que podemos distinguir entre um objeto e outro é discernida apenas por seu desejo.
– Baal HaSulam, ” Introdução ao Livro do Zohar“, item 21

O Mundo Está Preparado Para Ouvir

Dr. Michael LaitmanA Cabalá é o método que fala da necessidade de união entre cada um de nós de acordo com o plano da Natureza, a força única que controla o universo inteiro, todos nós, toda a criação. Desde os dias da Babilónia antiga, esta ciência tem sido escondida de toda a humanidade. A Cabalá apenas afirma que este ensinamento seria passado através de um pequeno “fluxo”, de professor para discípulo, por milhares de anos, da Babilónia antiga até ao presente, até que o nosso mundo se tornasse uma Babilónia moderna, isto é, um todo.

Isto significa a interconexão completa, independentemente de fronteiras, países, continentes, nações, raças, grupos e religiões que têm emergido ao longo do curso da história. A nossa interdependência tornar-nos-á tão fortes que irá eliminar todas estas barreiras.

Por outro lado, o nosso egoísmo permanecerá e continuará a se desenvolver. Devido a isto, iremos detestar-nos uns aos outros ainda mais. Iremos repelir-nos uns aos outros automaticamente; iremos pensar apenas em nós mesmos inconsciente e instintivamente. Não consideraremos os outros e apenas os usaremos ao máximo para o nosso próprio benefício. Esta será a nossa natureza durante 3700 anos, dizem as fontes Cabalistas.

Chegaremos a um egoísmo enorme, e será natural para nós. Não iremos sequer reparar que é especial, mas apenas que isto somos nós e esta é a nossa vida. Ainda assim, este egoísmo juntamente com a nossa conexão integral extensiva, com a comunicação que desenvolvemos entre nós, irá entretanto tornar-nos novamente na Babilónia.

Além disso, durante a última fase de desenvolvimento, quando esta sociedade de egoismo enorme se tornar global, iremos esgotar praticamente todos os recursos naturais e recursos energéticos: água, minerais, metais, petróleo, carvão e gás. Tudo se aproxima de um fim. Mesmo que queiramos aumentar o nosso potencial egoísta, não será possível.

A sociedade de consumo que se desenvolveu durante o século XX saturou-se, esvaziando a Terra de todos os recursos, e como resultado, não podemos continuar nesta vida, mesmo fisicamente. Atingimos tal confronto entre cada um de nós e com o ambiente que nos força a fazer algo.

A nossa sociedade irá tornar-se diferente – incontrolável. Recentemente, nós vemos revoluções ocorrendo em diferentes países; vemos como a comunicação, a conexão entre as pessoas encoraja-as a exigir mudança social. Contudo, ainda não percebemos como ou porquê isto ocorre: hoje é lá, amanhã pode acontecer aqui ou noutro local. Não vemos onde isto nos leva.

Nesse estado de confusão, sem conseguir perceber a próxima fase, vemos a ciência da Cabalá sendo revelada novamente para o mundo. Lembro-me quando estudava com o meu professor: costumávamos viajar para locais especiais, locais Cabalísticos e sentávamo-nos juntos, um diante do outro. Durante essas tardes e noites, ele tentou dizer-me que viria um tempo quando a Cabalá fosse revelada.

O que significa “revelada”? “Revelada” significa que não é você que começa a falar, mas as pessoas que querem ouvir começam a vir. Não depende de si, mas daquele que irá ouvir.

Vemos que este tempo chegou porque há muitas pessoas de diferentes países, em continentes diferentes, em várias línguas, que querem ouvir o que a natureza, o Criador, nos pedem. Querem saber com o que devemos assemelhar-nos, como devemos mudar a nós próprios, subir a que nível, como entrar numa dimensão inteiramente diferente, perceber o nível geral da natureza, a eternidade, a perfeição, para sentir isto aqui e agora no nosso mundo. É dito na ciência da Cabalá que tais pessoas surgiriam no fim do século XX.

Eu não acreditei nisso, não via estas condições. Contudo, no fim do século passado, milhares de pessoas tornaram-se interessadas em Cabalá, inconscientemente, sentindo instintivamente esta urgência graças aos seus desejos, que se desenvolveram e atingiram a maturidade. Na próxima fase, uma nova dimensão é concebida neste desejo egoísta finalmente maduro.

Da 1a Lição na Convenção de Moscou 10/06/11

O Divórcio Babilônico

Dr. Michael LaitmanNós não temos a menor idéia sobre a futura ordem mundial, porque nós entramos em um sistema de forças que nunca havia se manifestado em nosso mundo. À medida que a natureza (o Criador) se aproxima de nós, isto se torna cada vez mais claro. Assim, nós temos que começar a revelar o mundo superior, ou seja, o sistema de governo pela força superior, a Luz.

À medida que esta força externa se aproxima de nós, à medida que ela brilha sobre nós, a nossa sociedade e o mundo de forma mais sensível e intensa, nós sentimos nossa oposição a ela. Nós não sentimos a força em si, mas a nossa incapacidade de sossegar mesmo que um pouco.

O mundo se tornou imprevisível. As pessoas estão engajadas em adivinhações e até acreditam em milagres. Como é possível isso acontecer em nossa época esclarecida? Como podemos, de repente, começar a acreditar nisto depois do século XX? Todos os anos, e às vezes algumas vezes por ano, nós temos todos os tipos de datas do fim do mundo e outros eventos apocalípticos.

Além disso, nós nos encontramos sob o abraço forte da natureza que, inesperadamente, gera crises como tsunami, furacão, erupção vulcânica, incêndio, inundação, e assim por diante. Aos poucos, tudo desequilibra, fora do equilíbrio delicado em que estávamos. Isso porque nós estamos atravessando um momento decisivo. Nós já atravessamos este ponto decisivo antes, em uma escala menor, na antiga Babilônia. A humanidade inteira estava concentrada lá, e mesmo assim, ela descobriu que era uma sociedade pequena e fechada.

Hoje, apesar de haver sete bilhões de seres humanos, nós somos uma sociedade fechada. De repente, nós sofremos um “curto-circuito” e nos encontramos dependentes uns dos outros. Por outro lado, nós somos como cônjuges antes de um divórcio. Nós nos odiamos mutuamente, apesar de ainda estarmos em um apartamento. Nós devemos mudar, nós não conseguimos ficar juntos, mas os laços comuns nos mantêm juntos. Este é o “apartamento partilhado” que nos encontramos hoje na Terra.

Antes, isto se tornou evidente em um pequeno território, na Mesopotâmia, há 3.700 anos. Então, pela primeira vez, as pessoas começaram a procurar o que elas poderiam fazer. Por um lado, elas estavam no mesmo lugar e na completa e total interdependência. Por outro lado, odiavam-se e se esforçavam para estar o mais longe possível umas das outras. Duas forças opostas, duas das mais difíceis tendências estavam separando a sociedade. Então, na realidade, dois métodos foram sugeridos.

O primeiro método foi a correção de sua natureza. “Vamos corrigir o egoísmo que separa, distancia, e afasta-nos uns dos outros. Então, nós ganharíamos. Nós nos tornaríamos uma única entidade de apoio mútuo. Nós teríamos um poder enorme, e realmente iríamos erguer uma “torre para o céu “, a torre de amor mútuo, cooperação e união, a força positiva.

Assim, eles se tornariam iguais à natureza, porque tudo na natureza está interligado. Todos os seus níveis – inanimado, vegetal, e animal – agem sempre em harmonia mútua, e apenas o ser humano, com seu egoísmo, se sente acima da natureza, acreditando que pode fazer o que lhe agrada. No entanto, se ele entendesse as leis da natureza e procurasse ter correspondência com ela, ter um relacionamento harmonioso, ele sentiria toda a sua capacidade e poder. Ele entenderia e perceberia a sua finalidade, a sua essência. ”

Isto é o que foi sugerido pelos adeptos da correção humana, mas, infelizmente, a humanidade (cerca de três milhões de pessoas vivendo entre os rios Tigre e Eufrates) escolheram um caminho diferente. Como cônjuges após um casamento fracassado, eles decidiram que seria melhor para eles “sair”, dividir o apartamento compartilhado, e quebrar o contrato. Assim, as pessoas se dispersaram por todo o mundo.

Muitas fontes antigas narraram esta história. Desde aqueles tempos, nós temos o livro sobre a Cabalá chamado O Livro da Criação. Nós o temos em nosso arquivo livre, em língua russa também.

O livro chamado O Grande Comentário surgiu depois. Ele também descreve os eventos que aconteceram na antiga Babilônia e como as pessoas não conseguiram resolver o problema da união. Para fazer isso, elas tiveram que trabalhar no seu egoísmo, e superá-lo por meio de um método especial, que exigiu muito mais esforço interno e moral do que simplesmente separar-se fisicamente uns dos outros e fazer o que todos queriam, cada um em seu próprio canto.

Flávio Josefo descreve onde as pessoas foram, em que lugares. Posteriormente, todas as crenças e religiões foram originadas delas, tudo baseado no egoísmo, tudo o que o egoísmo apoia.

Da 1a Lição na Convenção de Moscou 10/06/11

Uma Pergunta Retórica: “De Quem É A Culpa?”

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que precisa acontecer para que as massas comecem a adotar o método de correção?

Resposta: As massas ainda não compreendem de onde todos os problemas estão vindo. Não tem a ver com o governo, planos, manipulações políticas e econômicas, ou intrigas “por baixo dos panos”. A pressão norte-americana e a mão de obra barata da China são apenas o lado externo do jogo, mas as pessoas pensam que alguém neste mundo ainda tem poder sobre elas, como se os líderes políticos como Ahmadinejad, Obama, ou Merkel pudessem realmente determinar algo.

Qual é o objetivo de ir para as ruas reivindicar alguma coisa em voz alta se isso não está funcionando mesmo assim? Quantos governos precisam mudar para nos mostrar alguma utilidade? Temos que entender de uma vez por todas que as mudanças só podem vir de Cima, pela força da natureza, e não pela vontade de algum governante. Ele é exatamente igual ao seu povo. O que ele sabe? O que ele pode eventualmente fazer no mundo global, onde o bem-estar de cada país depende de todo o resto?

Há uma lógica simples nisto. Existem mais de 250 países do mundo. O que um primeiro ministro pode fazer com determinado país sob condições de total interdependência? Quais as opções que eles têm no mercado comum? A economia global é governada por leis cruéis, e é impossível dar um passo à direita ou à esquerda uma vez que todos estão ligados à sua própria zona de influência. Será que cada chefe de Estado tem direito a uma varinha mágica, juntamente com sua cadeira?

As massas têm esperança de uma mudança de poder, quando, na verdade, isso só vai piorar, não por causa de certos líderes, mas porque eles estão olhando na direção errada. As pessoas ainda estão para perceber quem está realmente no comando da situação. Se nós não disseminarmos a sabedoria da Cabalá no mundo, elas nunca irão saber, embora vão sentir que isso é culpa nossa. Elas não estão cientes da Cabalá, que escondemos em nossas mãos, mas elas estarão apontando o dedo somente para nós.

Então, como é descrita a era de Gog e Magog, o mundo inteiro estará fazendo se queixando de nós. Primeiro, haverá guerras entre as nações, e depois elas se voltarão contra Israel. Isso natural, visto que elas estão em conflito e não têm idéia do que fazer sobre isso.

Eles vão culpar os outros, até começar a entender que todos estão em perigo, todo mundo está desesperado, mas não há salvação em nada. De onde é que veio este infortúnio? De quem é a culpa? Não, não é do Obama, Ahmadinejad, Merkel ou Sarcozy . Eles não têm culpa, mas só os judeus. Como assim? É assim que eles se sentem.

É uma reação natural de um anti-semita: “É tudo culpa sua!”. Francamente, estão eles errados? Não, eles não estão. Isso é como vai ser se não disseminarmos o método de correção no momento certo e mostrar a vontade de dividi-la com o mundo.

Temos de agir à frente de todos os seus protestos e estar prontos para responder ao desejo do mundo. Temos de aplicar o medicamento antes que a doença se torne grave. No entanto, não é porque nós temos medo deles, mas porque essa é a vontade do Criador, que não quer ver ninguém sofrer.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 30/05/11, “A Paz”

Últimas Notícias: Treze Minutos Sobre A Coisa Mais Importante

Dr. Michael LaitmanA crise que envolveu o mundo era muito evidente nas últimas convenções que realizamos, incluindo uma realizada na Itália há três semanas e, especialmente, há uma semana em Madrid, Espanha. Lá, a crise é muito evidente. As massas estão em desordem, e a taxa de desemprego entre os jovens é de 40%. E as coisas só pioram a cada dia. Há manifestações e protestos na rua, e muito mais.

Eu deliberadamente andei pelas ruas lá e conversei com as pessoas. Elas não sabem o que fazer e estão fazendo os protestos em frente a prédios do governo. Mas o governo também não sabe o que fazer. Todo mundo está confuso e ninguém é culpado. E tudo isso porque nós estamos diante de desafios da natureza.

Postos de trabalho não podem ser criados do nada. E para quê? Ao fazer isso nós só esgotamos ainda mais rápido os recursos naturais remanescentes, arruinamos o solo e poluímos o ambiente ainda mais. Nossos recursos hídricos e aéreos vão diminuir ainda mais rápido. Então, por que deveríamos estimular a economia que se deteriora? Só para dar trabalho às pessoas? Com este tipo de conseqüências, é melhor não lhes dar!

Na Espanha eu apareci no canal de TV mais popular no horário nobre. Em vez de falar por alguns minutos, o que foi planejado de acordo com o programa, a entrevista durou 13 minutos. Você pode imaginar – treze minutos nas notícias matinais, entre os relatos dos acontecimentos mais importantes da atualidade! Eles simplesmente não conseguiam terminar a entrevista.

Minha sugestão foi simples tornou-se um conselho prático: nós temos que sentar as pessoas para estudar. Eles devem receber subsídios do desemprego (que também será a estratégia mais eficaz para poupar dinheiro) e devem aprender sobre o tipo de mundo que vivemos, o que existe na nossa frente, e que tipo de desafio a natureza está nos lançando.

Isso não é capricho de alguém ou os interesses de determinado partido ou líderes de governo. Isto não é senão a natureza, que nos desafia. E o desafio é para nós mudarmos. Nós não temos que mudar nada além de nós mesmos.

Temos que nos tornar integrais  e globais, em conformidade com a actual crise. Afinal, a crise é a sensação da própria falta de conformidade com a natureza circundante. Portanto, se nós corrigirmos a nós mesmos dessa forma, tudo se tornará equilibrado e atingirá a harmonia. Isso é o que as pessoas devem aprender.

A entrevista recebeu uma resposta positiva generalizada em toda a Espanha, bem como na América Latina e América do Norte, e isso porque esta realmente é a única forma sensata de sair da situação que foi criada. E a Espanha não está sozinha. Grécia, Islândia, Itália e outros estão em uma situação semelhante, e há muitos outros países gradualmente entrando nesta crise. Em outros lugares a crise está vindo de diferentes maneiras.

É assim que a natureza coloca uma tarefa clara diante de nós: nós temos que mudar. Nós temos que ser parte integrante da natureza como tudo que ela contém: os níveis inanimado, vegetal e animal. O homem não deve pensar que está acima da natureza e que pode fazer tudo que deseja. Sua tarefa mais importante é tornar-se, de forma consciente, parte integrante do todo.

Ao tornar-se parte integrante da natureza, ele começa a entender o que ela é e, de repente, descobre novas profundidades nela: os mundos de Assiya, Beria, Yetzirah, Atzilut, Adam Kadmon, e o mundo do Infinito. Ele já não se esconde da natureza com seu egoísmo, mas começa a senti-la como transparente. Ele finalmente entende e torna-se consciente das forças que controlam tudo, inclusive ele próprio.

Esta é a tarefa que estamos enfrentando hoje. Portanto, se desejarmos isso e usarmos a força da aspiração para frente, que existe em muitas pessoas no mundo, nós realmente aspiraremos à auto-correção, a revelação do mundo, para sair do estado de sonho, do estado de inconsciência. Então, nós atingiremos a igualdade total com a natureza, o nível do Criador.

Da 1ª lição na Convenção de Moscou 10/06/11