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Momentos De Cabalá – Quem Sou Eu

A Dança De Todos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Hoje nós teremos uma convenção para celebrar o feriado de Shavuot. Mas quando eu imagino o que vai acontecer lá, eu não quero ir para lá. Isso significa que eu tenho que subir acima da razão?

Resposta: As pessoas vão dançar lá, mas você não gosta de dançar. Haverá comida deliciosa lá, mas você não vai gostar. Haverá muitas crianças lá, e você não está muito animado com isso. Acontece que não há realmente nenhuma razão para você ir.

Ou você pode imaginar a situação de forma diferente: o que me importa a comida, os movimentos que as pessoas fazem com seus corpos, as músicas, as crianças gritando, e todas as pessoas que estão lá? Tudo isso é a forma externa do desejo que está sendo despertada pelo Criador. Ele reúne as pessoas que querem se aproximar Dele. Fora de toda a Malchut do mundo do Infinito, ele reuniu um grupo de desejos individuais, de modo a uni-los no futuro.

É por isso que Ele agora lhes dá essa necessidade. Eles nem sabem por que as coisas saíram desse jeito. Cada um tem suas próprias razões para vir e cada um imagina de forma diferente por que está lá. Mas eu vim para me juntar ao desejo do Criador, que está oculto neles.

Você pode se sentar calmamente no canto e tentar sempre manter a intenção de estar conectado o desejo deles. Eu não olho para os seus impulsos interiores, mas precisamente para o desejo que o Criador desperta neles. Isto é o que eu preciso. Esta necessidade é a minha alma. Afinal, eu tenho apenas um ponto no coração e tenho que juntar estes desejos a mim, os quais me darão o volume do vaso espiritual. Então, eu serei capaz de avançar.

No entanto, se eu não fizer uma conexão com eles, onde é que obterei o desejo, onde encontrarei minha alma? Onde eu receberei a revelação do Criador? Sozinho eu não tenho e não terei nada além do ponto inicial. Portanto, eu não deveria ir à convenção? Eu devo deixar a oportunidade passar?

Pergunta: Eu não posso assistir à transmissão na televisão e, assim, unir-me com o desejo das pessoas? É realmente necessário estar fisicamente presente?

Resposta: Isso depende do que torna mais fácil para eu ser permeado pelo desejo deles e sua erupção, e de quantos esforços farei para isso. Talvez se eu assistir de casa, receberei 50 quilos do desejo deles, mas se eu for lá, mesmo sentado no canto, experimentarei uma repulsa tão grande, que adquirirei apenas 2 quilos. No entanto, se eu me preparar com antecedência, se eu começar a dançar com eles, embora eu deteste fazer qualquer coisa assim, se eu mantiver a intenção dentro (Por que eu estou fazendo isso?), então será muito benéfico.

Todos nós trabalhamos acima do desejo, embora não falemos disso o tempo todo. Todo o trabalho espiritual é feito acima do desejo, de modo que a mente governará o coração.

Da 1ª parte da Lição Dária de Cabalá 06/06/11, Escritos do Rabash

Como Podemos Justificar O Criador?

Dr. Michael LaitmanPergunta: Nós aprendemos na sabedoria da Cabalá que “não há outro além Dele”, e que o Criador é bom e perfeito. Mas se a pessoa que revelou isso se torna testemunha de um assassinato, como ela deve se sentir em relação a isso?

Resposta: Quando nós vemos o mal no nosso mundo, nós nos perguntamos: “Como é possível que o Criador seja bom e perfeito, o bem que faz o bem? Tudo o que a ciência da Cabalá diz se refere aos estados no nível acima da “Machsom” (a fronteira entre os mundos material e espiritual). A Bondade governa apenas nesses níveis. Ao obter a qualidade de doação, você começa a entender que o mundo é belo e o Criador é bondoso.

Abaixo deste limite, uma pessoa come a outra, literal e metaforicamente. Aqui, nós não devemos esperar boas ações; pelo contrário, todos nós vamos nos sentir cada vez pior, pois ela nos obriga a nos livrar do nosso ego.

Se nós nos acomdássemos, o Criador nos trataria com bondade, a vida seria boa, e nós permaneceríamos pequenos egoístas, apreciando as pequenas coisas. Só a infelicidade nos empurra para o desenvolvimento.

Quando você atravessa a fronteira entre os mundos material e espiritual, você se desenvolve mais por sua própria vontade. Você não precisa mais de problemas, porque você mesmo gera a força para o seu desenvolvimento.

Da Lição 1 da Convenção de Madrid, 03/06/11

Momentos De Cabalá – Um Desejo Do Criador

Cabalá Para Os Tempos Modernos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você está familiarizado com os escritos do Cabalista Isaac, o Cego (rabino Yitzhak Saggi Neor, 1160-1235, Provença, França)?

Resposta: Nós estudamos três fontes principais da sabedoria da Cabalá: O Livro do Zohar, os escritos do ARI (principalmente seu livro “A Árvore da Vida”, e as obras do Baal HaSulam, o grande cabalista do século XX). O Baal Há Sulam nos transmitiu a sabedoria da Cabalá sob a forma mais adequada para sua publicação e disseminação ao mundo inteiro.

Dentre todos os grandes Cabalistas, começando com a Babilônia e até hoje, cada geração produziu vários outros Cabalistas. Mas alguns deles se ocultaram e outros escreveram muito pouco, já que até recentemente, apenas 30 anos atrás, para revelar uma parte da Cabalá, a pessoa tinha que receber uma permissão especial do Alto. Por isso, os Cabalistas raramente escreveram, e quando o faziam, era de uma forma secreta.

E só no século XX, quando chegou o momento da revelação da Cabalá às massas, de modo a corrigir o ego coletivo, o Baal HaSulam escreveu aquilo que foi autorizado a divulgar. Essa parte específica da Cabalá nós estamos oferecendo ao mundo.

Da Palestra em Roma, 20/05/11

O Mal Sob O Microscópio

Dr. Michael LaitmanNós não podemos desfrutar de más notícias. Por que não poderíamos chegar à correção final de forma positiva? Tudo o que temos a fazer é encontrar “uma agulha no palheiro” (1% do mal em 99% de bem) e começar a trabalhar. Tudo depende de nossa percepção do mal, da sensibilidade a ele. Esse é o propósito da sabedoria da Cabalá: desenvolver em nós a sensibilidade para a realização do mal

Nós temos que descobrir o mal em miligramas, “sob o microscópio”, o que será suficiente para ver quão enorme e insuportável ele é. Os sábios disseram que o justo vê a inclinação ao mal como uma enorme montanha. Em outras palavras, a última gota do mal ainda parece monstruosa para eles. Enquanto isso, os ímpios pensam que o seu mal é tão espesso quanto um fio de cabelo: “O que podemos dizer?”.

Assim, tudo depende do quão consciente você está e que fator de aumento sua “lupa” possui. Portanto, nunca devemos nos sentir bem em relação à agitação, fome e outros problemas do mundo que continuam a nos inundar. Devemos cultivar a realização do mal, e é isso que a nossa disseminação da Cabalá deseja despertar na humanidade.

O que estamos disseminando? Nossa autoridade? Não. A autoridade do Baal HaSulam? Não. A autoridade do Criador? Também não. Nós queremos que as pessoas aprendam a autoridade da inclinação ao mal, o ego, que comanda o show e é a causa de todos os infortúnios. Se elas estão exigindo derrubar seus governos, elas podem, ao menos, tentar entender que devemos nos desfazer do poder desse “rei velho, estúpido” em nós mesmos.

Isso é o que devemos demonstrar, para que o homem compreenda melhor quem detém o controle sobre ele e quem deve se encarregar de todos os infortúnios e problemas. A nossa fuga do mal é determinada pelo quão consciente nos tornamos disso. A rejeição do mal é a força motriz do nosso crescimento. Isso é tudo que precisamos.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 26/05/11, Prefácio á Sabedoria da Cabalá