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Celebrando A Entrega Da Luz

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que celebramos durante Shavuot?

Resposta: Durante Shavuot nós celebramos a entrega da Torá. É o dia em que todos os que são considerados “Israel” (“Isra-El“, ou seja, “direto ao Criador”) receberam a Torá, o método de auto-realização por meio do livre arbítrio, ao invés de alcançar o estado pré-estabelecido de realização, por meio do impacto da Luz empurrando-os até ele.

Pelo contrário, eles são capazes de ver a si mesmos, toda a realidade, e até mesmo o Criador. Em vez do Criador fazer isso, eles podem decidir que realmente desejam atingir esse objetivo, como se Ele não fosse o único que o fornecesse.

Nós celebramos que somos capazes de entender, sentir, e alcançar a força superior que age dentro de nós e nos identificamos com seus atos. De forma clara, esta força superior, o Criador, age nos dois sentidos. No entanto, nós alcançamos como Ele age; nós desejamos que Ele trabalhe sobre nós, e antes mesmo que Ele tome qualquer medida, nós já trabalhamos em direção a Ele. É assim que o amor é medido.

Pergunta: Então, só com a entrega da Torá nós alcançamos o livre arbítrio, a liberdade de aceitar o método e realizá-lo por vontade própria, ao passo que anteriormente não tínhamos nenhum livre arbítrio, não é?

Resposta: Correto. Portanto, isso é considerado a liberdade do anjo da morte, “ser uma nação livre em nosso próprio país (o nosso desejo)”, ser livre. O que implica essa liberdade? Agora eu sou capaz de expressar meu ponto de vista sobre o propósito da criação e o nosso caminho.

Você pode mudar para outro propósito? Não, você não pode. Você pode escolher um caminho diferente? Não. O que há de tão especial, então? Eu tomo minha parte nele; eu tomo uma decisão; eu escolho esse desejo; eu estou presente neste processo. Caso contrário, eu não estou. O Criador nos deu a chance de participar. Isso significa que eu afirmo a mim mesmo e a minha independência, o que acontece conforme me identifico com o Criador, tornando-me semelhante a Ele. Eu sou um animal ou um ser humano.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/05/11, Shamati # 40

A Cabalá Sem Um Traço De Misticismo

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como é que os primeiros mestres da sabedoria da Cabalá receberam esse conhecimento? Onde está a sua origem? As pessoas pensam que a Cabalá é algo próximo da magia, e muitos mitos a cercam.

Resposta: Adão foi o primeiro Cabalista e viveu há 5772 anos. Ele foi o primeiro de toda a humanidade que descobriu que existe um sistema integral da natureza e é possível revelá-lo.

Pessoas viveram antes dele, mas ele foi o primeiro homem na história que questionou: “Para que eu vivo? Qual é o segredo da vida? Onde está a sua origem?”. Ele escreveu um livro sobre isso; ele chegou até nós e é chamado de O Anjo Secreto (Raziel HaMalach). Um anjo é uma força. O “anjo secreto” significa a “força oculta”. É um livro pequeno, com algumas dezenas de páginas.

O próximo livro foi escrito por Abraão há cerca de 3700 anos e é chamado de O Livro da Criação (Sefer Yetzirah). Pela primeira vez, de forma sistemática, este livro explica: as “Sefirot“, as 32 forças que descem até nós e estão conectadas entre si.

Ao mesmo tempo, vários Cabalistas escreveram juntos mais um livro Cabalístico, O Grande Midrash (Midrash HaGadol), que significa explicação, comentário. Muitos mais livros foram criados depois desse, até o surgimento do maior livro Cabalístico, O Livro do Zohar, escrito por volta de 2.000 anos atrás.

Depois disso, muitos livros foram escritos, até a época do Ari, que viveu no século XVI. O principal livro do Ari foi “A Árvore da Vida” (Etz Chaim), que fala sobre as Sefirot e os mundos e é cheio de desenhos e diagramas.

Do imenso número de livros que surgiram depois dele, os mais importantes para nós são os livros do Baal HaSulam, escritos no século XX.

Todos estes livros não eram conhecidos do público em geral. Eles eram mencionados apenas ocasionalmente, como se ocorresse uma “fuga de informação”. Isso formou uma aura misteriosa em torno da Cabalá, como se ela estivesse envolvida em misticismo, forças secretas, ajudasse a realizar milagres e prever o futuro através das cartas de Tarô. Na realidade, isso não tem qualquer relação com a Cabalá!

É claro que a Cabalá usa símbolos, diagramas, gráficos, desenhos, Gematria (o valor numérico das palavras). A Cabalá estuda a alma e suas fases de crescimento. Mas não há nada de místico nisso. Eu diria que é simplesmente a física da dimensão superior.

A Cabalá não está associada com a religião e as práticas místicas. É uma ciência para as pessoas que querem saber. Naturalmente, elas têm que trabalhar e corrigir-se. Eu gostaria de comparar isso com o ato de sintonizar o aparelho de rádio, o qual é cercado por muitas ondas de rádio de freqüências variadas. Se eu sintonizar o aparelho de rádio e criar a onda que corresponde à onda existente fora, eu recebo essa onda externa e posso ouvir o sinal.

A ciência da Cabalá nos ajuda a criar essas ondas dentro de nós, e começamos a sentir a força existente fora de nós, a perceber e estudá-la. Nós desenvolvemos os sentidos internos da audição e da visão. O sentido interno da audição é chamado de nível de Biná (Sefira Biná), e o sentido interno da visão é chamado de nível de Hochmá (Sefira Hochma).

Da Palestra em Roma , 20/05/11

Trazer O Mundo À Harmonia

Dr. Michael LaitmanPergunta: O problema é que a humanidade pensa que é dona desta terra e se esforça para tirar o máximo proveito dela, arruinando-a. As pessoas não parecem entender que elas receberam a terra apenas para utilizá-la, não para possuí-la. Isso conduz a humanidade à guerras, lutas por territórios e recursos.

Como o estudo da sabedoria da Cabalá pode harmonizar os diferentes pontos de vista das pessoas, fazendo-as compreender que usando a terra de maneira egoísta elas, acima de tudo, prejudicam a si mesmas?

Resposta: Isso só pode ser feito se a pessoa vê o outro lado da moeda! Se nós não aprendermos a ver este mundo como transparente e a detectar as forças que agem na realidade circundante, não mudaremos. O nosso ego só pode quebrar se perceber claramente como as suas ações estão trazendo-lhe dor: “Vai me doer”.

Nós devemos alcançar o estado que nos revelará a integridade da natureza. Então, eu simplesmente não serei capaz de cometer o mal, pois verei como me machuco com isso. Esse é o único caminho! Não há nenhum outro. As pessoas não aprenderão de outra forma.

Mas nós só podemos revelar esse tipo de conexão mútua entre nós por meio de um trabalho no ambiente, nos esforços para nos unificar, enquanto tentamos os elevar acima do nosso ego. Então, nós começamos a sentir o quanto isso é difícil e começamos a estudar a nós mesmos, nossa natureza, todas as nossas qualidades egoístas; nós discernimos se somos ou não capazes de nos unificar com os outros contra o desejo, e elevá-los aos nossos olhos.

Este é um tremendo trabalho psicológico interno, que continua até que comecemos a descobrir as forças internas. Basicamente, isso ocorre quando colocamos revelamos a força geral, o poder da união, que transforma cada um de nós.

No entanto, nós não temos escolha. Hoje, a humanidade se encontra em um estado muito perigoso. Nós podemos ver claramente que em mais 10 a 15 anos todos os recursos energéticos estarão esgotados. A exploração de todas as principais fontes de energia, como petróleo, gás, carvão ou a água, está sendo reduzida drasticamente. Nós precisamos alcançar o equilíbrio com a Natureza.

Da Palestra em Roma , 20/05/11

Cabalistas Sobre O Amor Ao Próximo E O Amor Ao Criador, Parte 5

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

Amor ao Próximo é o Meio para Alcançar o Amor ao Criador

No que diz respeito à pessoa que ainda está dentro do egoísmo, não há diferença entre o amor ao Criador e o amor ao próximo. Isso ocorre porque qualquer coisa que está além dos interesses egoístas é irreal para ela. … Assim, o objetivo do amor ao próximo está mais perto e se revela mais rápido, pois é a prova de erros e gerenciável.
– Baal HaSulam, Matan Torah (A Entrega da Torá), item 15

O homem sente que existe de forma independente. Mas, na verdade, isso é uma ilusão, porque tudo o que existe é apenas Ele. Assim, quando está mentindo ou entristecendo o próximo, a pessoa está mentindo ou entristecendo o Criador, pois além dela existe somente o Criador. Por esta razão, se a pessoa está habituada a falar a verdade, isso a ajudará com respeito ao Criador.
– Baal HaSulam, Shamati (Eu Escutei), artigo nº 67, “Desviar-se do Mal”

Acima Da Matéria Do Egoísmo

Dr. Michael LaitmanÀ medida que nós superamos o egoísmo, apesar de tudo o resto, fazemos uma descoberta maravilhosa: nós começamos a perceber que, em essência, o mundo inteiro existe dentro e não fora de nós. E isso é lógico, porque eu realmente não sei o que existe fora.

A pessoa só percebe o que entra em seus sentidos e, através do sistema nervoso, atinge o seu cérebro, que processa a “imagem” final. Esta é a maneira como percebemos o mundo. Basta cortar um nervo para fazer parte da nossa realidade desaparecer dos nossos sentidos.

Assim, à medida que a pessoa se eleva acima de si mesma, vê que sua percepção não está de modo algum no exterior, mas que depende totalmente de seus sentidos, desejos, pensamentos, sensações e mente. E quando nós sabemos como alterar esses parâmetros, podemos expandir a nossa percepção e elevar-nos acima dos limites dos cinco sentidos.

É daí que vem o nome “sabedoria da Cabalá”, que literalmente significa “recepção”. A pessoa que a utiliza, gradualmente sai dos sentidos físicos do corpo animal e expande as sensações até o infinito. Enquanto vive em nosso mundo, ela avança até o nível onde não se associa mais com o corpo físico, uma vez que percebe uma realidade muito maior acima dela.

Agora, ela não conduz mais a sua vida com a percepção dos cinco sentidos. Mesmo depois que o corpo morre, a pessoa permanece na realidade que adquiriu acima dele. Ela não sente a morte, uma vez que uma nova dimensão entrou em sua percepção antes da morte do corpo.

Desta forma, a pessoa vive em dois níveis: o nível material, como todos nós, e o nível “imaterial” que se eleva acima do egoísmo.

Da Palestra em Roma , 20/05/11

Revelar A Conexão Entre Tudo

Dr. Michael LaitmanBasicamente, a Cabalá é o método de correção do homem, da sua natureza. Assim, no âmbito dos nossos estudos, nós estamos envolvidos em uma ampla disseminação.

Nós temos cerca de dois milhões de estudantes em todo o mundo; nós ensinamos em 26 idiomas em vários países. Nós vemos que diferentes tipos de pessoas, representantes de diferentes nações, expressam sua necessidade dessa sabedoria e começam a compreender que o mundo não tem futuro sem ela.

Além disso, nós ensinamos as crianças e vemos o quanto elas se tornam mais desenvolvidas, como ela as desenvolve. Nós publicamos livros, transmitimos pela televisão, trabalhamos ativamente na Internet. Nós defendemos o desenvolvimento.

Nós estudamos a sabedoria da Cabalá em grupos. Não se trata de crescer separado dos outros; pelo contrário, a pessoa se desenvolve individualmente quando está no grupo, no ambiente, e muda constantemente através da dinâmica do grupo. Essencialmente, a pessoa se adapta ao ambiente, que deve mostrar-lhe, repetidamente, a necessidade de elevar-se acima do egoísmo, sair de si mesma para amor aos outros. A pessoa pratica isso no grupo.

Ao estabelecer contato com o ambiente, a pessoa sente a necessidade de unir-se com ele. Então, revela-se uma rede de conexão entre todos; ela está acima do egoísmo pessoal, e a pessoa sente laços comuns e a força comum que habita entre eles. Como resultado, é como se todos saíssem e começassem a se conectar com essa força coletiva.

Graças a isso, nós descobrimos que, acima da realidade que temos consciência, existe uma realidade mais elevada. Nós percebemos nossa realidade atual interiormente, no nosso vaso, e, portanto, somos limitados. Nós queremos receber prazer, e quando o prazer penetra o desejo, eles se anulam devido à sua oposição mútua.

Acontece que cada vez que nós conseguimos algo, o apreciamos por um momento e o prazer desaparece imediatamente. Nós corremos atrás do próximo prazer, o tocamos, e ele também desaparece. Assim que o prazer entra no desejo, neutraliza-o imediatamente: um curto-circuito entre o positivo e o negativo leva à aniquilação.

Por outro lado, quando a pessoa sai de si mesma e, acima de seu egoísmo, começa a se unir com o grupo, com outras pessoas, ela cria um vaso acima de si, um desejo externo. Agora, ela sente fora de si tanto o desejo quanto o prazer, e eles não desaparecem. Pelo contrário, a realidade se transforma no fluxo da vida infinita acima do tempo.

O prazer que entra e desaparece várias vezes cria em nós a sensação de tempo. Mas se o prazer não se extingue, se sentimos que ele flui sem parar, então nos elevamos acima da sensação de tempo e começamos a perceber a força geral da natureza, que nos envolve e organiza.

Nós começamos a perceber as conexões entre todas as partes da realidade, semelhante aos fios entrelaçados no verso do bordado. Lá fora, vemos um “padrão” do nosso mundo, mas se olharmos por trás de sua superfície, veremos os fios amarrando as partes da imagem. Isto é o que descobrimos com a ajuda da ciência da Cabalá: a conexão e a influência mútua entre nós.

Isso produz um grande impacto nas pessoas e elas mudam. Tendo em vista esta realidade, elas entendem que não teremos êxito sem a a conexão e a compreensão mútua, porque elas percebem o dano que podem causar aos demais.

Assim, nós não precisamos da fé, mas da realização. Desta forma, a pessoa torna-se livre e começa a ver o mundo de forma clara. Então, de acordo com seu grau, ela determina o curso correto das ações para si mesma.

Da Palestra em Roma , 20/05/11

Eu Não Posso Viver Com Ou Sem Eles

Dr. Michael LaitmanA ciência da Cabalá diz que toda a realidade consiste do desejo, o qual está em constante evolução. A partir do nível inanimado, cresce o nível vegetal, seguido pelos níveis animal e humano.

O desejo continua o seu desenvolvimento implacável nos seres humanos, e é por isso que cada geração é diferente da anterior, e até mesmo uma pessoa durante sua vida continua a mudar o seu desejo, seu ego, e está em constante desenvolvimento.

Assim, nós crescemos acima do nível animal, construimos a sociedade, a indústria, a tecnologia, a ciência, e assim por diante. No entanto, a saciedade é inerente a este desenvolvimento. Ela manifestou-se primeiramente na antiga Babilônia, quando uma situação especial foi criada: por um lado, as pessoas alcançaram um egoísmo maior, querendo “construir uma torre que chegasse até o céu”; por outro lado, elas mergulharam no ódio recíproco, de tal forma que já não se entendiam.

Estas duas forças opostas as levou a um estado insuportável. O mesmo processo acontece na família antes do divórcio: os cônjuges estão ligados por laços fortes, como as crianças, a casa comum, a vida domética, a vida e, ao mesmo tempo, experimentam um ódio intransponível; eles não conseguem se suportar. Sob tais circunstâncias, a ciência da Cabalá foi revelada na Babilônia.

A Cabalá ensina a pessoa a se elevar acima do egoísmo até a conexão mútua, a harmonia em uma sociedade integrante. Assim, nós nos tornamos semelhantes à natureza, que também é “redonda” em sua essência, ou seja, integral, global e inseparavelmente interconectada em todas as suas partes.

Se tivéssemos nos unido dessa forma à natureza, teríamos chegado ao equilíbrio e revelado todas as forças que estão presentes nela e a governam. Então, teríamos nos conectado à força geral que governa tudo. No entanto, naqueles dias a humanidade preferiu rejeitar o caminho da correção e dispersou-se, como no exemplo dos cônjuges divorciados.

Como é dito na ciência da Cabalá, nós voltaríamos a esse estado 3.700 anos depois; porém, desta vez, não teríamos para onde fugir uns dos outros. Nós estaríamos totalmente interconectados em todo o mundo, odiando-nos mutuamente, e não teríamos a capacidade de governar sozinhos. O nosso egoísmo está crescendo à escala das maiores e múltiplas crises, e, como os Cabalistas escrevem, isso deveria acontecer no final do século 20.

Quando eu comecei a estudar a sabedoria da Cabalá, em 1975, eu não acreditava que tudo aconteceria desta forma. Isso era algo distante e inatingível. Poderia o mundo alcançar uma crise em áreas como educação, família, cultura, drogas, terrorismo, tecnologia ou ciência? Será que as pessoas ao redor do mundo sentiam-se interconectadas? Nada disso podia ser sentido.

No entanto, isso aconteceu dentro de poucos anos. Hoje, nós estamos no mesmo estado descrito na história da Babilônia; por essa razão, desde então a ciência da Cabalá está aberta ao mundo pela primeira vez.

Ao ser revelada ao mundo, ela convida a todos a se familiarizar com as leis gerais da realidade, para que possamos superar nosso egoísmo e viver em interconexão mútua, como faz uma grande família. Na verdade, a força global da natureza nos rodeia cada vez mais perto, comprimindo-nos tanto que pode levar à destruição da humanidade.

Da Palestra em Roma , 20/05/11

O Mundo Não Vai Sobreviver Sem Fé Acima Da Razão

Dr. Michael LaitmanPergunta: Anular-se a si mesmo parece algo tão artificial para uma pessoa secular; toda nossa natureza é contra isto. O que pode forçar a humanidade a se sentar no banco escolar e estudar a Cabalá?

Resposta: Eu não entendo por que a auto-anulação parece tão artificial para você. Eu costumava estudar em uma universidade e havia um professor que eu considerava um grande especialista em sua área. Eu queria absorver todo o seu conhecimento e, portanto, anulava-me diante dele. Isto também é chamado de auto-anulação.

Se eu leio um livro ou um artigo e quero entender o que está escrito nele, eu penetro no pensamento e na emoção do autor. É uma espécie de auto-anulação. Eu não conseguiria fazer nada sem anular-me! Anular-se significa se abrir à recepção dos conhecimentos, das informações, das sensações externas.

Existe uma expressão: “Os sábios vieram e disseram”. Desta forma, pessoas inteligentes vieram – cientistas políticos, psicólogos, economistas, professores – os 10 por cento da nata da sociedade, os mais inteligentes, a parte inteligente da humanidade, preocupada com o nosso futuro, e disseram aos remanescentes, os restantes 90 por cento: “Senhores, nós estamos enfrentando um enorme problema!”.

“Se nós continuarmos desta forma por mais dez anos, e uma guerra mundial não ocorrer antes disso, ficaremos sem recursos naturais. Nós não seremos capazes de produzir nada. Nós precisamos de algo para comer e energia para aquecimento e refrigeração. Mas temos que reduzir nosso consumo a um nível razoável”.

Se os cientistas, pessoas inteligentes, dizem isso, então por que você não acredita neles? Quando eu vejo um médico que olha para o meu raio-X e prescreve um tratamento para mim, eu confio nele e aceito o tratamento. Embora eu não tenha nenhuma maneira de verificar o que aconteceu nesse quadro (afinal, ele é meu? Pode ser o raio-X de mais alguém), eu tenho que acreditar no meu médico e no seu remédio; eu não tenho escolha.

A fim de tomar a medicação, eu tenho que acreditar, neste nível, naquele que a dá para mim, que ela é algo bom e irá me curar. Isto também é chamado de auto-anulação. Isso acontece em toda parte: quando eu vou a um professor, a um médico, em qualquer lugar onde eu gostaria de receber alguma coisa. Eu tenho que estar preparado para pagar por isso (Leshalem em hebraico), ou seja, para completar (Leashlim em hebraico) a mim mesmo.

Quando todos os meios de comunicação, muitas pessoas importantes, cientistas, professores, políticos, economistas falarem disso, eles serão capazes de convencer as pessoas. Isto é melhor do que uma guerra mundial, quando você não sabe o que pode acontecer com você em um instante.

Nós não temos escolha. Você não pode ditar as suas próprias condições à natureza, se ela impõe tais condições. Quer você queira ou não, você tem que concordar. Ou você pára esta crise com sua própria participação interna ou perece. Isto não é como com a sua mãe, quando você pode ser caprichoso por um tempo e fazer o seu próprio caminho. Estas são as leis da natureza.

Essas leis são explicadas a você por pessoas sérias, respeitadas, que as entendem. Não pense que elas se beneficiam com isso: elas estão na mesma situação que você. Este é o nosso problema comum.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 29/05/11, Shamati #40