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O ABC Do Novo Mundo

Dr. Michael LaitmanNós estamos entrando num novo mundo que está abandonando o luxo e se restringindo em relação ao consumo racional, em relação ao que uma pessoa normal precisa. Nós não seremos capazes de produzir máquinas de lavar roupa que não funcionam em três anos, enquanto que hoje isso está sendo feito intencionalmente para que, ao invés de consertar, a pessoa compre uma nova.

Nós teremos que nos mover para um novo estado de existência. É isso que os governantes mundiais precisam entender. Mas, como eles irão manter suas nações pacificadas? Como eles educarão e explicarão todos os fatos às pessoas?

Por isso nós precisamos preparar um pacote de recursos educacionais que se sustente em uma base firme e demonstre com absoluta clareza o que nós iremos oferecer a todos. Não há outra opção. Nós precisamos estudar o novo mundo.

Você não precisará ir ao trabalho. Você irá, ao contrário, à escola, mas não com o propósito de aprender. Você irá estudar como receber da vida o verdadeiro prazer. Isso vale a pena? Você não será capaz de continuar trabalhando de qualquer jeito; ninguém precisa mais de você. A Grande Depressão foi parte do desenvolvimento, um declínio intermediário no processo cíclico, mas hoje tudo isso mudou. Nós estamos ficando sem recursos. Nós chegamos ao limiar de uma nova fase. Muito têm sido escrito sobre isso.

Assim, nossa tarefa é informar ao público que a antiga era chegou ao seu final. Não há e não haverá mais empregos. Como as pessoas se sustentarão? Bem, façamos somente mercadorias que precisemos e só o suficiente para todos, enquanto aprendemos como as distribuir e como viver no novo mundo.

Nós temos que contar a elas sobre a evolução humana e a história, o crescimento do egoísmo ao seu estágio final, o estágio de integração e as leis pelas quais o sistema integral opera, as interconexões de todas suas partes, e como reciprocidade e conexão verdadeira se revelam nele. Essa é a nossa única opção pois é o que a natureza está nos forçando fazer.

Nós deveríamos chegar ao estado de consumo harmonioso, como os animais que tiram da natureza somente o que precisam para se sustentar. Eles fazem isso instintivamente, sem cálculos, enquanto que nós precisamos estruturar nosso relacionamento com a natureza conscientemente, sensivelmente, através do aprendizado, nos restringindo, e dominando nossa inclinação ao mal, simplesmente porque entendemos que não é permitido fazer de outra forma.

Mas, como iremos satisfazer nossos egos quando o homem quer consumir o mundo e se pede que seja feliz só com comida e abrigo? “Isso é tudo? O que eu sou, um urso numa caverna, um pássaro numa gaiola?”. Certamente não, você irá receber uma satisfação ainda maior do que desejou antes, mas nunca conseguiu. “Isso pode ser feito. Vamos descobrir como chegar lá.

Assim, nós obrigamos o público a aprender, o dirigimos adiante. Ninguém vai querer fazer isso unilateralmente; todos procuram satisfação imediata. Assim, temos que preparar um pacote de recursos educacionais e um sistema de educação pública. Isso vai começar lentamente. Agora mesmo, nós não podemos dizer isso abertamente ao mundo, mas é tempo de perceber e disseminar materiais sobre o que está causando a crise. Isso vai espalhar luz sobre a solução. Afinal, não há nada lá fora. Querendo ou não, você terá que fazer o que deve fazer.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 31/05/11, “A Paz”

Uma Óbvia Demonstração Do Seu Estado

Dr. Michael LaitmanPergunta: Durante a leitura do Zohar , eu sinto perturbações muito fortes e dificilmente sinto o texto em si. Como eu posso superar esse obstáculo?

Resposta: Tudo depende da persistência nos pensamentos da pessoa. Durante a minha vida, eu falei com muitas pessoas que sofriam sérias enfermidades. Elas entendiam a fundo suas doenças em grandes detalhes e estavam familiarizadas com todos os termos médicos, conhecidos somente pelos especialistas nessa área. Por quê? Suas vidas dependiam disso. O desejo de sobreviver forçou as pessoas a aprender as causas das suas enfermidades e a procurar remédios e vários métodos de tratamento.

Nós não compreendemos totalmente que somos dependentes do nosso entendimento da “doença”, na busca por sua cura. Eu não deveria confiar em ninguém mais; eu tenho que investir todo meu esforço em encontrar a causa de minha enfermidade, o remédio apropriado para minha condição, para que esse remédio finalmente faça efeito.

Se as pessoas realmente sentem o perigo, isso as força a aprender como se salvar. Você está dizendo: “Eu dificilmente sinto algo…”. Verdade, você não sente a “doença”. Assim, o grupo tem que trabalhar duro em você, e você deveria tentar ser persistente em seus pensamentos e orar para que seja mostrado a você desde o Alto que nós estamos falando de você.

O abismo entre o mundo do Infinito e seu estado atual pode ser visto nessa demonstração óbvia que O Zohar está mostrando agora dentro de você. Imagine isso: se você estivesse corrigido agora, você sentiria o mundo do Infinito, todo O Zohar seria revelado dentro de você, e você veria tudo. Para sentir isso, falta a você somente os vasos de percepção, os desejos corrigidos. Pelo menos compreenda o que está acontecendo.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 24/05/11, O Zohar

Quem Produz O Próximo Grau

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como as mulheres podem se incluir no desejo comum durante a convenção? O que elas devem fazer?

Resposta: Elas devem fazer o mesmo que os homens. Eu não entendo por que as mulheres sempre se separam. Quando você diz a elas que elas são como todos os demais, isso não as faz felizes.

O homem alcança de forma ativa, tal como em nosso mundo. Ele é um caçador. Ele trabalha na conexão ativa, saindo de si mesmo, aproximando-se dos outros, enquanto que a mulher permanece atrás dele e adota um papel mais passivo.

Porém, tudo que o homem alcança passa através da mulher. Um novo grau é produzido na mulher tanto para ela quanto para o homem porque não importa o que o homem alcance, isso passa através dela. Isso acontece da mesma maneira que elas, juntas, criam a nova geração em nosso mundo. É a mulher que continua o desenvolvimento da raça humana.

Pergunta: Meu marido e eu estudamos Cabalá. Meu marido vai às convenções, mas agora ele está propondo que eu vá. Eu devo usar essa oportunidade ou, ao invés, mandar meu marido?

Resposta: Certamente, é melhor mandar seu marido à convenção, porque o homem atrai a Luz, enquanto que a mulher a recebe e a realiza. Por isso, entre vocês dois, a presença do seu marido na convenção é mais importante.

Da Lição Virtual, Fundamentos de Cabalá 29/05/11

Eu Vou À Convenção!

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que o você pediria a uma pessoa que ainda não decidiu participar da convenção em Moscou?

Resposta: Eu pediria ao indeciso que de forma rápida e decisiva decidisse: “Eu vou à convenção!”. Agora mesmo, você tem essa oportunidade, e não sabe quando surgirá outra. Mesmo que tenhamos convenções anuais na Rússia, você não deve esperar pelo próximo ano.

Pergunta: Se eu realmente quero estar na convenção, mas não posso ir, o que devo fazer durante a convenção?

Resposta: Quando a pessoa não pode comparecer à convenção, ela deve estar conosco virtualmente tanto quanto o tempo permita. Em primeiro lugar, as convenções acontecem nos finais de semana, para que assim você se libere de todas as coisas e problemas, de todas as responsabilidades, tanto quanto possível.

Tente se juntar com seus amigos que estudam Cabalá e crie a mesma atmosfera parecida com a da convenção. Prepare uma mesa com guloseimas e passe um bom tempo juntos nos assistindo. Esteja conosco com seu coração e alma.

Pergunta: O que devo fazer quando tenho medo dos problemas e distúrbios que surgen na minha frente? Como eu posso superar isso?

Resposta: Você precisa se conectar com o grupo, com seus amigos, conosco. Você precisa tentar atrair a Luz superior, e você a verá elevá-lo acima desses problemas. Eu não vejo outra solução além dessa.

Da Lição Virtual, Fundamentos da Cabalá 29/05/11

Momentos De Cabalá – O Ego É Responsável

Momentos De Cabalá – Estudar O Zohar

O Livro Que Conecta O Céu E A Terra

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que há de tão especial na Torá que mesmo O Livro do Zohar é só um comentário dela?

Resposta: Os registros que Moisés fez em pergaminho são a expressão material, através de símbolos materiais, das ações espirituais da Luz no desejo. Moisés escreveu em um livro tudo que ele ensinou a seus estudantes. Durante o curso de 40 anos vagando no deserto, eles escreveram toda a Torá, atravessando todo o processo registrado, tanto em corpos como na espiritualidade. Esse é todo o caminho desde o exílio do Egito (material e espiritual), através do deserto (material e espiritual), e na terra de Israel (material e espiritual). Tudo isso se realiza na conexão entre a raiz e o ramo. Moisés expressou todo esse processo na sua forma concreta, e simbólica.

O Zohar expressa o mesmo processo num nível diferente, numa forma diferente, porque o desejo geral de desfrutar que o Criador criou havia, naquela época, avançado bastante e fora aperfeiçoado pela influência da Luz. Desta forma, esse desejo, que passou por altos e baixos, pela destruição do Primeiro e do Segundo Templos, o exílio, e depois alcançou a última quebra antes do último exílio, tinha que receber o método que é apropriado para o final do exílio, para a nossa época.

É por isso que O Livro do Zohar foi escrito, e seus autores foram os sucessores de muitas gerações de Cabalistas, começando com Abraão até a destruição do Templo. O Rabbi Shimon foi estudante do Rabbi Akiva, que revelou uma grande Luz, e assim, ele foi capaz de expressar isso no Livro do Zohar.

A própria Torá está dividida em duas partes: oral e escrita. Isso vem da diferença entre Zeir Anpin e Malchut. Zeir Anpin do mundo de Atzilut é a “Torá oral”, enquanto que Malchut do mundo de Atzilut é a “Torá escrita”.

A Torá é a revelação da Luz. A Luz que chega a Malchut contém tudo que é necessário para transformar Malchut. Mas essa Luz ainda não se realizou na prática; desta forma, é chamada de “Torá oral”. Por enquanto, isso significa trabalhar com as telas.

Sob a influência da mesma Luz em Malchut, mudanças internas acontecem e são impressas em Malchut; isso se chama “Torá escrita”. Ela fala somente das ações da Luz nos desejos desde o começo da criação até seu final. Isso ocorre porque não há nada na existência além dos desejos.

Entre esses desejos alguns sentem que existem por si mesmos, separados de todos os outros. Esses somos nós. Esses desejos contêm qualidades que podem ajudá-los no caminho da correção. É por isso nós recebemos a sensação de carência, nossa própria carência de correção, a compreensão do mal. Assim é que nós nos percebemos.

São exatamente esses desejos que precisam receber “a Torá”– as instruções explicando como eles podem participar da sua própria correção por sua livre escolha, como eles podem atrair a Luz ao desejarem ser corrigidos mais rapidamente, ao invés de esperar que a Luz venha e os sacuda.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 29/05/11, Shamati

Cabalistas Sobre O Amor Ao Próximo E O Amor Ao Criador, Parte 3

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

Amor ao Próximo é o Meio para Alcançar o Amor ao Criador

Ambos os estágios da correção do egoísmo, a correção em relação ao amigo e em relação ao Criador… perseguem a mesma meta, ou seja, executam ações em prol do Criador. Não faz diferença se a pessoa trabalha pelo amigo ou pelo Criador. Isso ocoore porque… qualquer coisa além de seus próprios interesses parece irreal.

– Baal HaSulam, “O Amor Pelo Criador e o Amor pelos Seres Criados”

O imperativo do “ama ao próximo como a si mesmo” é a meta final de todas as ações…É impossível estar enganado na sua realização, uma vez que nós sabemos que se nós colocamos as necessidades de nossos amigos diante das nossas próprias, isso é doação.

Assim, a meta não é “amar ao Senhor seu Deus com todo seu Coração e com toda a sua Alma” pois é completamente equivalente a “ama ao próximo como a si mesmo”. …Com relação ao Criador, a pessoa pode se enganar a si mesma; e com o amigo isso está sempre aberto diante de seus olhos.

– Baal HaSulam, “O Amor ao Criador e o Amor pelos Seres Criados”

Fugindo Da Pressão Evolutiva

Dr. Michael LaitmanPergunta: As pessoas conseguem entender a necessidade de fazer concessões umas às outras, mas como você explica a Luz da correção a uma pessoa comum?

Resposta: A Luz é a qualidade de doação, a força superior que está presente na natureza, que nos faz avançar, nos dá vida, nos corrige, e nos move adiante. Durante milênios da existência do homem na Terra (sem considerar os milhões de anos de desenvolvimento dos níveis inanimado, vegetal, e animal da natureza) nós nos desenvolvemos à força, por meio da força oculta na natureza. Existe certo programa dentro dela, uma máquina que opera através desse programa, colocando toda a criação em movimento e causando seu desenvolvimento.

Os cientistas estão revelando que há 15 bilhões de anos nosso universo começou a se desenvolver como resultado do Big Bang. Ou seja, o universo contém uma força evolutiva. Agora, essa força continua a nos desenvolver ainda mais, e é chamado “curso natural da história” (Beito).

Porém, nós temos a oportunidade de nos desenvolver “mais rápido do que o tempo” (Ahishena), não através da força implacável da natureza, que nos empurra para o desenvolvimento com um “braço forte”, por meio do “julgamento e da restrição”, mas despertando “misericórdia” sobre nós, como está escrito: “Como Ele é misericordioso, você também deverá se tornar misericordioso”.

Isso significa que eu desperto as boas forças de desenvolvimento na natureza. Se eu concordar com o desenvolvimento, desejá-lo, e aspirar à mesma meta, despertando o desejo dentro de mim antes que a natureza comece a colocar pressão sobre mim, então eu me sentirei bem e confortável! Eu vou merecer o entendimento e vou abreviar meu caminho. Em essência, isso é tudo que devemos fazer!

Nós temos que correr na frente, como um camundongo corre do gato. Quando a pessoa se torna mais sábia, ela entende que a pressão evolutiva está agindo sobre ela. Por outro lado, existem pessoas que ainda não notaram ou sentiram essa pressão que as está alcançando. Isso significa que ela ainda não chegou perto o suficiente delas e não despertou um grande sofrimento.

Imagine que você está descendo uma rua correndo e uma imensa multidão está perseguindo você para esmagá-lo. Se você já sente isso, então você irá procurar um jeito de se salvar. Você não tem para onde fugir. De ambos os lados há edifícios que se estendem por quilômetros, e você está correndo por um caminho estreito entre eles, enquanto a multidão continua se movendo bem atrás de você. Esse é um quadro impressionante… Você não quer que a multidão o esprema contra o asfalto, quer?

Algumas pessoas já sentem que estão nesse estado, enquanto que outras não o sentem ainda. Ainda assim, tudo é uma questão de tempo. Talvez você se sinta bem por enquanto, como uma pessoa caindo do 10º andar, e ao passar pelo 8º andar diz a seu vizinho que o está encarando da janela: “Como você está? Por enquanto, está tudo bem”. É dessa forma que o mundo está “tudo bem” hoje, mas ele ainda não entende isso.

Da 2a parte da Lição Diária de Cabalá 30/05/11, Talmud Eser Sefirot

O Retrato Do Homem No Cavalete Do Grupo

Dr. Michael LaitmanNós temos somente o desejo de receber e a forma da doação, com a qual precisamos vestir o desejo repetidas vezes. Esse é o trabalho do homem, que só pode ser feito pela conexão com o grupo, o ambiente correto, assumindo-se sua forma. Não há outro lugar onde eu possa aprender a forma correta que eu preciso assumir.

O ambiente “esculpe” a pessoa. Ao se conectar continuamente com o grupo e desempenhar o seu papel, assumindo o seu lugar, a pessoa começa a assumir a forma do “Homem”.

O grupo é como um modelo que dá à pessoa o contorno correto. A quebra dos vasos e o processo de preparação é tudo que nós precisamos para que cada procure seu próprio lugar, repetidamente, aperfeiçoando nossos esforços até que nos tornemos um único todo.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 24/05/11, “Prefácio à Sabedoria Cabalística”