Padrões Espirituais

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que a letra “Samech” no Zohar refere-se a GAR (três Sefirot superiores) de Bina se as letras começam apenas com ZAT (as sete Sefirot inferiores) de Bina?

Resposta: E como nós usamos as letras em nosso mundo? Será que realmente temos alguma conexão com ZAT de Bina, ZA (Zeir Anpin) e Malchut do mundo de Atzilut? Sabe-se que as letras de Aleph a Tet descem de ZAT de Bina; Yod a Tzadik de Zeir Anpin; Kuf-Resh-Shin-Tav de Malchut, enquanto que as letras finais MaNTzePaCh originam-se do Parsa.

Tudo termina no Parsa do mundo de Atzilut, abaixo do qual estão os mundos de BYA (Beria, Yetzirah, Assiya). Abaixo deles temos este mundo, onde nós existimos. Então, como vamos usar as letras?

A questão é que no mundo de Atzilut existe um padrão segundo o qual cada parte da realidade divide-se ainda mais. Assim, não importa onde eu esteja, eu posso usar as letras de acordo com meu nível espiritual.

Na França, por exemplo, no Departamento Internacional de Pesos e Medidas, há um calibrador de medidas feito de platina e irídio. (Aliás, eles decidiram parar de usar o modelo físico e, a partir de agora, um metro é definido com base na consistência da continuidade da velocidade da luz, como o comprimento da distância percorrida pela luz no vácuo por 1/299.792.458 de segundo).

Portanto, no nosso mundo, existem padrões mundiais de medidas, com os quais são verificados nossos dispositivos de medição. Isso nos permite medir os objetos e a distância entre eles em qualquer lugar. Da mesma forma, existe o mundo de Atzilut, onde se encontra o modelo chave-padrão. Ele governa a forma como tudo é dividido e medido em todos os outros mundos. Com base nesta norma, todos os outros níveis no mundo de BYA são construídos, cada um sendo uma projeção do mundo de Atzilut, e é por isso que também há letras neles.

O nosso mundo é uma projeção dos mundos superiores, embora a sua matéria tenha uma natureza totalmente diferente: a egoísta. Portanto, em nosso mundo, nós também usamos letras. Além disso, usamos as palavras do nosso mundo para descrever o mundo espiritual, a chamada “linguagem dos ramos”.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 26/05/11, O Zohar