O Egoísmo Está Finalmente No Limite!

Dr. Michael LaitmanPergunta: No “Prefácio à Sabedoria da Cabalá”, o Baal HaSulam escreve que no nosso mundo o desejo de receber se materializa em sua forma plena, desejada e adequada. Para que ele serve?

Resposta: Para a correção. Caso contrário, por que ele precisaria descer a escada dos mundos espirituais? Além disso, no nível mais baixo ele passou por ciclos de vida uma e outra vez, até tomar a forma adequada atual. Mesmo em nosso mundo o desenvolvimento acontece “de acordo com a programação”, e agora, no século XXI, nós estamos começando a nossa subida de volta. O nosso estado atual é a forma desejada e adequada.

Este ponto foi incutido em nós desde o começo da criação, e tivemos que alcançá-lo. Agora é o início exato do nascimento do homem ou da criação. Até agora não houve criação. Houve apenas um desejo, que se desenvolveu de acordo com um programa estabelecido para atingir determinado estado onde surge um ponto de liberdade, o ponto de nossa independência.

Pergunta: Nós estamos falando de um desejo egoísta totalmente formado, mas a “forma desejada” soa como uma coisa positiva.

Resposta: Claro, este é um estado positivo. É exatamente assim que a Torá define o terrível egoísta desejo que atingiu sua forma plena. É aqui que a criação começa, porque agora ela pode formar, expressar e sentir a si mesma.

Enquanto a pessoa não sentir que ela é má, completamente oposta ao Criador, enquanto não perceber todo o horror de estar nesta posição, ela não será capaz de trabalhar em si mesma. Portanto, nos limites do processo de correção, este é um estado bom, pois leva à formação de um ser humano.

No entanto, se você acha que a “bondade” é quando você se sente bem, tudo bem, vá em frente e sinta-se bem. Mas isso é inútil. Em um estado dirigido à meta, a pessoa sente a sua oposição ao Criador, e é exatamente isso que a motiva a agir.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/05/11 , “Prefácio à Sabedoria da Cabalá”