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Lendo Um Livro Aberto Com Olhos Fechados

Dr. Michael LaitmanNós perguntamos: “Por que o Criador nos faz tão obscuros e egoístas, e não o contrário?”. Como se nós compreendêssemos como algo seja possível de outra forma… Contudo, se essa pergunta surge em nós, isso significa que ela tem um lugar. Cada pergunta que surge na pessoa, mesmo aquela que parece ser a mais estúpida ou acidental, significa que existe uma razão interna para isso. É assim que a pessoa é construída: ela faz esta pergunta e tem que receber uma resposta ou satisfação a ela.

Mas, enquanto não formos capazes de sentir a resposta dentro de nós, teremos que aceitá-la como uma hipótese que “O benefício da Luz só é alcançado a partir da escuridão”. Ou seja, a sensação de prazer, o “gosto” pelo qual o Criador quis dar prazer à criação, só pode ser sentido em nós na medida em que temos um desejo ou uma falta.

E é impossível ouvir sobre essa falta de algum lugar ao lado. Ela deve ser sentida dentro de você, como sua própria necessidade de realização. Então, o prazer também será seu! Você vai senti-lo e apreciá-lo.

Portanto, isto requer um desenvolvimento especial dos desejos, a necessidade de sentir a Luz na criação, e, depois, o prazer vai se vestir no interior desses desejos. Na medida em que havia um desejo, é assim que o prazer será sentido.

Se o Criador existe, se Ele é bom e traz bondade, preenchendo tudo com Luz infinita, e Seu desejo é nos dar prazer sem limite, verifica-se que a única coisa que falta é o nosso desejo de receber tudo isso! Toda a abundância do Criador já está derramada em torno de nós, mas somos incapazes de senti-la ou pedir que ela entre em nós.

Nós gritamos-Lhe: “Dá-me já! Quando vou receber?”. Mas nós devemos entender de uma vez por todas que não temos nada para pedir, além do desejo. A Luz já está lá – tanto quanto você quiser! O problema é apenas o desejo, que deve ser grande e apropriado para sentir a Luz.

De alguma forma, nós devemos adquirir, comprar ou roubar esse desejo, conseguir recebê-lo de alguma forma, direta ou indiretamente. Não importa como; nós somos obrigados a atingi-lo de qualquer forma! Sem esse desejo, não vamos sentir a Luz!

É como se houvesse um livro aberto na minha frente, mas eu não tenho óculos e por isso não posso lê-lo! Será que eu vou orar para que alguém me dê o livro? Não. Eu vou pedir pelos óculos! Só nos falta o “instrumento de percepção” (o Kli), isto é, o “vaso” ou desejo.

Portanto, todas as ações que são realizadas não são necessárias para atrair a Luz. São ações que formam o desejo por essa Luz dentro de nós.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/05/11, “Prefácio à Sabedoria da Cabalá”

Um Convite Para Subir Ao Próximo Nível

Dr. Michael LaitmanEu comecei a ensinar a um tempo atrás. Juntamente com o grupo, nós estudamos a sabedoria da Cabalá por muitos anos. No entanto, apesar de lermos os artigos dos Cabalistas, nós não os entendíamos totalmente, até que a crise mundial chegou, há vários anos atrás.

A partir de 2005, nós começamos a nos concentrar na estruturação correta do grupo. É aí que sentimos a pressão, e percebemos que é exatamente disso que precisávamos para realizar o método e entrar no mundo espiritual.

O fato é que o mundo não havia experimentado uma crise até então. Nós não sentíamos o que ou quem as nossas ações deviam visar. Mas, junto com a crise, o nosso grupo sentiu uma necessidade aguda, até mesmo dramática de implementar imediatamente o método na prática, para que possamos ser um exemplo para o mundo.

A cada dia nós devemos trabalhar para fortalecer a nossa unidade interna e a disseminação externa. Gota a gota, devemos avisar as pessoas de que existe um método de correção. Afinal, a crise que envolve o mundo é um convite da Natureza para a ascensão ao próximo nível.

Não devemos ser como crianças teimosas que não querem ouvir sua mãe. Em tudo o que está acontecendo, devemos ver uma oportunidade sem precedentes: a porta se abre para deixarmos este pequeno e limitado mundo, completamente impregnado de sofrimento e que termina na morte, e entrarmos em uma existência eterna, em um mundo iluminado pela Luz superior. Isto é o que devemos explicar, afirmando que isso pode ser feito em grupo, juntos.

As leis do grupo podem ser vistas até mesmo neste mundo. Na verdade, o mundo está se revelando como um sistema integral, em que todas as partes estão interligadas. Olhando para ele, podemos ver por nós mesmos o que nos é exigido.

Da 2ª Lição na Convenção de Roma em 21/05/11

Cabalistas Sobre A Abordagem Ao Estudo Da Sabedoria Da Cabalá, Parte 1

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

O Remédio do Compromisso na Sabedoria da Cabalá

Por que somos todos obrigados a estudar a sabedoria da Cabalá? É porque, embora aqueles que a estudam não entendem o que estão aprendendo, através do anseio e do grande desejo de entender o que estão aprendendo, eles despertam em si mesmos as Luzes que cercam suas almas.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, item 155

Está escrito no Zohar: “Com esta composição, os Filhos de Israel (aqueles que aspiram à Sua revelação) serão redimidos do exílio (Sua ocultação)”. … somente por meio da disseminação da sabedoria da Cabalá nas massas obteremos a completa redenção (dos sofrimentos deste mundo).
– Baal HaSulam, “Introdução ao Livro, Panim Meirot uMasbiro”, Item 5

Quando a pessoa se engaja na sabedoria da Cabalá, citando os nomes das Luzes e dos vasos relacionados com a sua alma, eles imediatamente a influenciam até certo ponto … e várias vezes durante o compromisso… aproximando-a de alcançar a perfeição.
– Baal HaSulam, “Introdução ao Estudo das Dez Sefirot”, item 155

Brincar De Gato E Rato Com O Egoísmo

Dr. Michael LaitmanPergunta: A Cabalá tem me ensinado a aceitar todos os problemas que se atravessam em meu caminho com um sorriso. Isso é errado?

Resposta: A ciência da Cabalá dá à pessoa a força para sentir, após todos os problemas, que eles têm uma razão. E não importa se você está chorando ou sorrindo pelos infortúnios. A coisa mais importante é que você os utilize beneficamente, para dar um passo a frente. A infelicidade deve ser percebida como uma força que obriga você a avançar.

Mas nós devemos avançar mesmo antes de receber o golpe, assim como nos desenhos animados do Tom e Jerry, onde um enorme gato persegue um rato pequeno. Eles sempre mostram como o rato foge do gato, que está prestes a pegá-lo, mas o rato sempre foge. É assim que devemos correr em direção à meta, enquanto que os problemas continuarão nos perseguindo, correndo atrás de nós o tempo todo. Mas tente escapar deles!

Nós temos que entender que os problemas são exatamente o que nos permite correr para o lugar certo e muito rapidamente. Devemos tentar ser o rato inteligente.

Da  2a Lição da Convenção em Roma em 21/05/11

Movimento Perpétuo Da Criação

Dr. Michael LaitmanO nosso desejo de desfrutar está constantemente mudando e crescendo. Há um motor interno nele que continua girando e, assim, revelando o nosso desejo de desfrutar, uma camada após a outra.

Se eu não estou em sintonia com este motor e não corrijo meu desejo de receber, para que ele seja preenchido com a Luz, esse desejo revela a escuridão para mim, e eu me sinto pior. Entretanto, o motor continua girano, enquanto eu, não tendo corrigido o meu desejo anterior, estou atrasado e tampouco posso corrigir o meu estado atual. Isso torna a minha vida muito mais difícil e decepcionante. Dia a dia estou me sentindo mais infeliz.

Portanto, se a pessoa entende que nada há de vir do Criador, e que é a criatura quem deve fornecer tudo, se ela percebe que a natureza foi concebida de modo a revelar-nos todo o nosso desejo de receber e tudo que devemos fazer é alcançar a correção, somente então ela percebe a realidade da maneira correta. Tudo depende de nós. A bola está conosco.

Da 3ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/05/11, “Introdução ao Prefácio à Sabedoria da Cabalá”

O Gosto Do Prazer

Dr. Michael LaitmanTudo o que precisamos é desenvolver o desejo. Lembro-me de quando eu era o dono de uma clínica, e um dos empregados costumava trazer comida iemenita (do Iêmen) consigo. No começo eu não podia me aproximar dela, já que eu simplesmente não entendia o que era aquilo. Isto é, quão diferente era o gosto de tudo aquilo que eu estava acostumado. Mas com o tempo eu comecei a familiarizar-me com esta comida e degustá-la, e, pouco a pouco, desenvolvi um apetite por ela.

É como um bebê nascido no mundo sem ter qualquer gosto. Depois, dependendo dos costumes e preferências de sua sociedade, ele começa a se acostumar com a comida e adquirir um gosto por ela. Sem o gosto, sem o desejo de comer algum prato específico, nós não seríamos capazes de apreciá-lo. Obviamente, é possível comer, assim você não morre de fome, mas isso não é o mesmo que o prazer. Você pode receber os prazeres deste mundo como uma necessidade vital, mas nada, além disso, é admissível, somente se você tiver desejo de desfrutar – e esse prazer deve vir da doação.

Pergunta: O Baal HaSulam escreve que isso exige apenas uma mudança psicológica. O que é isso?

Resposta: Nós não entendemos como é possível desfrutar amando e satisfando alguém que você ama. “Alguém que você ama” não é apenas o meu filho, cuidar de quem me dá prazer naturalmente. Pelo contrário, estamos falando de alguém que é estranho, distante, oposto e mesmo odioso para mim. É como a comida de um país estrangeiro que me enjoa. Então, eu deliberadamente começo a desenvolver o gosto por ela, procurando aproximar-me dela, endentê-la. Gradualmente, os desejos correspondentes nascem dentro de mim e, de repente, eu sinto que amo essa pessoa.

Surge uma pergunta: Se eu a amo, não será a minha doação para ela egoísta? Afinal, eu estarei desfrutando-a.

Isso é verdade, mas o meu amor não revoga o ódio que eu senti antes. Esse ódio permanece comigo constantemente e até mesmo aumenta, assim como aconteceu com os alunos do Rabi Shimon, que escreve no Livro do Zohar que no início eles se odeiam, mas depois alcançam o amor. Nós estamos constantemente avançan em duas linhas, elevando o amor acima do ódio, como está escrito: “O amor cobrirá todos os pecados”.

Precisamente o ódio e o amor juntos, criam o gosto, o “caldo”, o poder do prazer. Eles são como dois reinos. Se você anula o ódio, apenas um pequeno prazer material permanecerá com você de todo o nível de prazer, mas se você se eleva acima do ódio, cobrindo-o continuamente com a tela do amor, você acaba com um vaso enorme que tem um enorme prazer dentro.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 13/05/11, “Introdução ao Prefácio à Sabedoria da Cabalá”

Relutantemente, Rumo À Unidade

Dr. Michael LaitmanPor que a criatura é feita egoísta? Por que o homem sempre pensa em si mesmo? Por que a natureza não nos faz sentir e amar uns aos outros como nossos próprios filhos, que são ainda mais caros para nós do que nós mesmos? Por que não recebemos essas propriedades? Por que nós, como os infames pássaros cuco, soltamos nossos ovos no ninho alheio?

A sabedoria da Cabalá explica que isso é feito intencionalmente, que não há nada de acidental em nossa relutância em apreciar outra pessoa. Pelo contrário, vemos a outra pessoa como terrível, estranha e alheia. Está escrito: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”, mas que tipo de próximo é ele? Ele não é o próximo; ele é a pessoa mais distante e odiosa para mim! Seria ótimo se restasse apenas alguns deles neste mundo para atender as minhas necessidades, e o resto pudesse ir para o inferno, morrer. Tornaria nossa vida mais fácil, não é? É assim que somos todos feitos.

Assim, a Cabalá explica que esse ódio mútuo nos é dado intencionalmente de forma que acima dele, buscássemos a unidade, ligada por laços de amor. “Amor” significa que nós sentimos o outro, sentimos suas necessidades antes das nossas, e servimos para satisfazê-las o melhor que pudermos.

A força da rejeição permanece entre nós na forma de ódio, como algum tipo de resistor, um elemento de resistência colocado entre os pontos de um microchip. Mas nós, apesar dessa resistência mútua, estamos pavimentando o caminho acima dela e a atravessamos com nosso desejo, a nossa “eletricidade”, o desejo de estar juntos. É aí que encontramos a energia nesta resistência: a energia do amor e da participação pessoal.

Nós vamos emitir esta energia; vamos nos familiarizar e nos conscientizar dela ao atingir toda a força da natureza, seus componentes e sua harmonia eterna. Em tal estado, estaremos vivendo não como indivíduos, cada um em seu pequeno elemento, mas entre esses elementos, crescendo dentro e elevando-nos acima dessa resistência. Juntos, o ódio e o amor mútuo, construirão uma rede de relações entre nós que estará um grau acima do atual.

Agora, nós vivemos em um estado de ressentimento entre nós, como elementos separados e desconectados. Por outro lado, à medida que subimos, nós criamos a unidade, a solidariedade, a união entre nós, e começamos a experimentar essa rede como uma dimensão nova e mais elevada, onde começamos a viver agora. Isso é o que chamamos de vida eterna. Esta é, de fato, a vida superior: uma existência atemporal e perfeita que se encontra acima da atual, que é limitada pela morte e, essencialmente, nos mata a cada dia.

É por isso que, por um lado, precisamos da resistência egoísta e, por outro, de sua correção pelo amor. É aqui que precisamos especificamente unir as duas propriedades opostas dentro de nós mesmos. E mesmo assim, o amor prevaleça sobre o ódio e nos permite ascender espiritualmente, para que possamos nos libertar deste mundo para cima, para a perfeição e eternidade.

Da Lição Virtual, Série “Fundamentos da Cabalá” 15/05/11

Doação: Viver No Outro

Dr. Michael LaitmanOs Cabalistas explicam que temos que viver segundo a lei de doação, não em prol da sociedade ou de nós mesmos, mas em prol do Criador. O que isso significa? “Em prol do Criador” é uma fórmula, uma definição, o que significa que a doação deve ser absoluta.

Nós devemos doar não apenas em prol da sobrevivência, não só para viver a nossa vida de forma confortável e egoísta. Esta doação é por auto-interesse: “Nós não temos escolha, então vamos reeducar-nos para nos tornar bons, amáveis, compassivos e sensíveis”. Essa correção egoísta não é suficiente, pois decorre da necessidade de sobreviver.

“Em prol do Criador” significa que você vive de acordo com a doação, mesmo que a natureza não o obrigue a alcançar a harmonia e a cooperação com outros membros da sociedade em prol da sobrevivência. A natureza não pode exigir que você doe e receba nas condições consideradas como uma conexão completa com os outros, ou seja, receber as necessidades e dar ao máximo, que é chamado “a cada um segundo sua capacidade, a cada um segundo suas necessidades”. Esse slogan não deve ser para a sobrevivência da sociedade, para a vitória do socialismo em todo o mundo, ou para qualquer partido. Ele deve ser “em prol do Criador”.

“Em prol do Criador” significa que a minha doação deve ser absoluta, não em prol de alguma coisa terrena. Eu tenho que chegar a um estado onde a qualidade de doação em mim substitua a qualidade de recepção, o meu egoísmo, completamente. Eu mudo para uma parte completamente diferente do mundo, para outra dimensão. Eu começo a pensar, sentir, perceber apenas em termos da qualidade de doação, em vez da recepção.

É possível comparar este estado com uma mãe que não sente que ela é fria ou quente, é clara ou escura; ela sente isso somente em relação a seu bebê. Ela existe nele, dentro: se ele está frio ou quente, no escuro ou na luz, com dor ou conforto, e assim por diante. Ela acha tudo dentro dele ao invés de dentro de si. Este amor “animal” está presente no nosso mundo como um exemplo: graças a ele, em particular, podemos realmente nos desenvolver e continuar a existir.

Essa é uma condição necessária da vida na espiritualidade. Nós suportarmos nossa vida na Terra, limitados pelo tempo, espaço e movimento. A ilusão da vida no egoísmo só existe aqui. De fato, a verdadeira vida em seu fluxo eterno e perfeito existe na qualidade totalmente oposta: a da doação.

Da mesma forma, uma mãe vive em seu filho, sentindo e satisfazendo-o, em vez de si mesma. Todas as suas sensações estão nele, tudo é para ele, e ela mesma é somente para a satisfação dele. Essencialmente, este estado é chamado de “receber as necessidades e dar ao máximo”, mas não para si mesma, a fim de sobreviver assim, mas por causa dele, por causa do seu filho amado.

Da  Lição Virtual, Série “Fundamentos da Cabalá” 15/05/11

Como Um Embrião No Útero Da Mãe

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como os 613 desejos e 613 Mitzvot (mandamentos) estão conectados? Como eu posso corrigir esses desejos se não sei o que são e estou totalmente preso no meu ego?

Resposta: Eu tenho certo ponto, semelhante a uma gota de sêmen com a qual inicia o desenvolvimento humano. Eu devo anexar a este ponto todo o conjunto da minha alma, o que resultará no seu desenvolvimento com base nas informações introduzida neste ponto.

Da mesma forma, uma gota de sêmen contém toda a informação sobre um novo ser humano: que ele crescerá e pesará, digamos, 90 quilos, terá 2 metros de altura, será brilhante, elevado, e assim por diante. Nós não sabemos nada disso, mas todas as características humanas, seu caminho no mundo material e espiritual, tudo isso está contido na gota deste sêmen. Nós simplesmente precisamos infundí-la com certa força. Esta força é fornecida pela mãe.

Nós estudamos que no mundo espiritual há também uma mãe: Biná. De lá nós recebemos a força para nos desenvolver espiritualmente. Dentro dessa mãe espiritual, há um lugar considerado como o “útero” ou AHP, para onde a nossa “gota” sobe. Isto é o que nós chamamos de MAN. A gota é aceita por Biná e começa a crescer.

Esta mãe espiritual é o grupo. Nós tínhamos mencionado anteriormente que a pessoa tem que entrar no grupo e unir-se a ele, agarrar-se  à “parede do útero”. Assim, ela começa a receber dele a força de desenvolvimento para o seu ponto.

O grupo em si não acrescenta nada para nós; ele existe para que possamos receber a Luz superior através dele, algo considerado como sangue (“sague” em hebraico – “Dam” – vem da palavra “Domem” – “inanimado”). Em outras palavras, nós ainda estamos nos desenvolvendo no nível inanimado, com Aviut Shoresh (a espessura do desejo do nível de raiz).

No nosso ponto há 613 desejos. Todos evoluem, mas nós não sabemos como tisso ocorre.

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Além disso, nós não sabemos quais desejos estão se desenvolvendo agora e quais irão se manifestar posteriormente. Este processo pode ser demonstrado como um diagrama que se parece com uma ultra-sonografia: Todos os desejos, do 0o ao 613º, irão desenvolver em vários graus: uns mais, outros menos.

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Cada um de nós possui 613 desejos, mas em suas várias combinações. Digamos que o “20º” desejo é mais desenvolvido em mim do que em outra pessoa, enquanto que o “40º” desejo um pouco menos. Eles são os mesmos 613 desejos que diferem em sua força e existem em diferentes combinações e proporções entre si. Quando o grupo se torna um canal através do qual a Luz superior influencia todos esses desejos, a Luz é considerada como o sangue e os alimenta, mesmo que eu não saiba como.

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Eu não sei ou compreendo isto, do mesmo modo que um embrião no útero da mãe não compreende o processo de seu desenvolvimento e não pensa ou pergunta sobre ele. Ele é alimenta pela força da natureza. É por isso que este é o desenvolvimento no nível inanimado: sem entender, sentir ou realizar.

Portanto,qual é o desenvolvimento dos 613 desejos? Quando eu me anulo perante o  grupo, a fim de me unir a ele, ser um com ele, de modo que ele me impactasse, isso significa que estou realizando os atos de anulação dos 613 desejos. Eu ignoro o que seja isso. Tudo isso junto é o meu ego, que anulo em relação ao grupo. Então, eu sou influenciado pela Luz superior e avanço.

Em outras palavras, a minha ação de anular a mim mesmo perante o grupo, a fim de receber novos desejos, pensamentos e uma escala de valores, é considerada como a realização dos 613 mandamentos. Cada ação é chamada de “dia”. Assim, está escrito que a cada dia a pessoa deve executar 613 mandamentos. Isso é assim até que a pessoa tenha concluído todas as suas correções. Isso tem relação com homens e mulheres.

Da Lição 8, Convenção NÓS! 03/04/11