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Golpes Num Ponto

Dr. Michael LaitmanPergunta: Devo forçar-me para me unir com os amigos se não sinto o desejo para tal?

Resposta: Claro, você precisa forçar-se. De que outra forma revelaremos o Faraó se não exprimirmos o nosso desejo de nos livrarmos dele?

Se eu não me pressionar para unir-me aos outros, eu não mostro o meu desejo de sair do egoísmo. Daí resulta que estou bem no Egipto, isto é, que avanço pela via do sofrimento (Beito) em vez de “apressar o tempo”, pelo caminho da Luz (Achishena).

“Apressar o tempo” significa aplicar esforços acima do desejo, isto é, contra o desejo. Não tenho qualquer desejo de unir-me aos outros, nenhum desejo de me anular, nenhuma necessidade do Criador. Tudo o que quero é uma boa vida para mim e descobrir o mundo espiritual, da maneira que imagino que é. Isso também é bastante tentador, subir acima deste mundo e elevar-me juntamente com anjos.

Contudo, obviamente, eu ainda não percebo que o mundo espiritual significa auto-anulação e unificação com os outros. Se eu permaneço no meu desejo “humano” habitual onde venho para estudar e trabalhar em disseminação, mas não me pressionopara me unir com os outros e para me anular em relação aos amigos; então não estou envolvido no trabalho espiritual. Este não é o avanço através do “apressae o tempo”. Posso fazer milhares de coisas no grupo, ir à aula todos os dias, disseminar, e falar lindamente, mas nada disso significa que eu avance espiritualmente, estude Cabalá, e siga o caminho da Luz (Achishena).

Apenas se me pressionar contra o meu desejo, forçando-me para me conectar ao grupo, unir-me com todos num só coração, pelo menos de alguma forma, mesmo artificialmente, para estar juntos com todos nalguma medida de pensamento e desejo, estes meus esforços são chamados Achishena ou trabalho de grupo. Tudo o resto não o é.

É por isso que nós temos pessoas que estudaram no grupo por anos, mas ainda estão para dar um único passo em frente. Mas se a pessoa começa a dar esses passos para a frente, fazendo esforços interiores para se unir com os outros nos seus desejos internos, ela atinge o êxodo do Egipto muito rapidamente. A chave aqui é agarrar-se a este ponto e influenciá-lo.

Alguns golpes fortes neste ponto, e iremos consegui-lo.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/4/11, Shamati Nº 90

Do Ódio Ao Amor

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual a intenção, que exigência nós devemos ter quando entramos Páscoa?

Resposta: Não há nenhuma outra intenção ou pensamento além de pensar na unidade. Em nossa unidade queremos revelar o Criador, enquanto que o Criador é a propriedade de doação e amor, a força fundamental do universo, que deseja revelar-se entre nós.

Este não é o amor que “realizamos”; esta força age acima do nosso egoísmo. É dito: “O amor cobrirá todos os pecados”.  Ele se encontra acima do ódio, e juntos eles criam a sensação do Criador para mim.

Ao mesmo tempo, somente a força de um destes dois pode governar dentro de mim, mas não os dois simultaneamente. Quanto maior a diferença entre o amor e o ódio, maior será o Criador aos meus olhos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 18/04/11, “Isto É Para Judá”

Deixe A Redenção Para O Criador

Dr. Michael LaitmanO Livro do Zohar, Capítulo “Bo (Venha ao Faraó)”, item 169: E não há dúvida sobre como na Páscoa o Mochin de Gadlut (Luz de Hochma) já brilha, embora Israel (aqueles que aspiram a revelar o Criador) ainda não tenha feito a Priah (correção do desejo egoísta),  uma vez que esta é feita através de um despertar de baixo (do homem), enquanto que na noite da Páscoa era a iluminação de Mochin (Luz de Hochma) apenas  pelo despertar de Cima (do  Criador).

Até o êxodo do Egito, você deve esforçar-se o máximo possível. No entanto, você não tem chance de alcançar e realizar a saída de si mesmo, porque este é um grau mais elevado. Aqui, a Luz de Hochma (Sabedoria) tem que vir e executar essa passagem para você, realizar este salto (em hebraico, a palavra “Pessach” vem da palavra “Pasach“, passar por cima, pular). É por isso que ela ocorre apenas por mérito do despertar de Cima.

A preparação é confiada a você, a realização do Criador. O mesmo acontece com o estado espiritual chamado “Sábado”, uma vez que ele não vem de um calendário. Por um lado, ele é evocado pelo despertar de Cima, mas por outro, é dito: “Aquele que não trabalha na véspera do Shabbat (sábado), o que ele vai comer no Shabbat?”. Ou seja, se você não estava realizando correções durante os seis dias da semana, você não pode chegar ao sétimo dia, o Shabbat (sábado).

Isto  acontece em todos os momentos. Você tem que realizar tudo o que depende e recai sobre você no seu grau; então, a Luz vem de Cima e completa a sua ascensão ao próximo nível.

Da 2ª parte da Lição Diária decabalá 18/04/11, O Livro do Zohar

Duas Pessoas – Uma Meta

Dr. Michael LaitmanPergunta: Qual é a natureza do trabalho de um homem e uma mulher em termos da anulação do desejo de receber prazer no mundo espiritual?

Resposta: Não há qualquer diferença no trabalho de um homem e uma mulher, pois ambos são desejos de receber prazer; ambos são egoístas. Cada um deles tem que elevar a importância da meta, ou seja, a revelação da força superior e sua conexão com todas as pessoas, a fim de revelar o mundo espiritual.

Ao sentir a importância da meta, eu anulo meu ego e rejeito várias coisas que surgem como obstáculos para alcançá-la. Eu não paro de receber prazer do alimento ou da vida, eu não rejeito qualquer coisa neste mundo, mas só na importância da meta.

Nós dizemos que o nosso mundo é importante para nós e está cheio de grandes prazeres, mas o mundo espiritual é ainda mais importante e mais atraente para mim. Acontece que, de acordo com o grau desta importância, eu aparentemente não percebo tudo o que me impede de alcançar a espiritualidade. É assim que eu avanço.

Da Série de Palestras Introdutórias 08/03/11, “Alcançar o Equilíbrio”

Um Triângulo Amoroso: O Marido, A Esposa E A Sogra

Dr. Michael LaitmanPergunta: Por que a mulher sempre tem desentendimentos com sua sogra?

Resposta: Ambas as mulheres têm um grande desejo de ter poder sobre o mesmo homem. Sabe-se da Torá que no passado tudo era ao contrário. Antes de seu casamento, o homem levava sua futura noiva para a casa de seus pais, para sua mãe, onde ela “ferveria” em seu ambiente familiar. Desta forma, a mulher compreendia a personalidade de seu futuro marido e recebia todas as informações sobre ele de sua mãe, a fim de conectar-se a ele corretamente.

Um homem existe entre duas mulheres, sua mãe e sua esposa (a superior Bina, e a inferior Malchut). É por isso que o homem naturalmente tende a tratar sua esposa como uma mãe, em certa medida, e muitas vezes ele vê sua mãe em sua esposa.

Tudo isso realmente desce ao nosso mundo do mundo espiritual. Assim, as mulheres devem perdoar seus maridos por isso.

Da Série de Palestras Introdutória 08/03/11, “Alcançar o Equilíbrio”

Momentos De Cabalá – Saída Do Egito