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A Chave É Pensar Sobre A Unidade

Dr. Michael LaitmanPergunta : Como eu posso aprender a dar mais importância à intenção do que a compreensão do texto, quando estudamos as fontes Cabalísticas no grupo ou quando eu as leio sozinho?

Resposta: Quando eu leio sozinho, eu também tenho que pensar que estamos todos conectados. É como se eu mergulhasse no nosso desejo coletivo que nos une em um só, quando estamos unidos todos juntos, mesmo que não sintamos isso.

Eu tento estar no mesmo nível. Ao estar junto com todo mundo dentro do sistema que nos conecta, onde todos compartilham o mesmo desejo e energia, eu desejo sentir que não existem diferenças entre eu e os outros.

Então, ao ler o texto, eu tento penetrar na sua essência, tanto quanto possível e, mais importante, não me desconectar da conexão interna entre nós. Se eu precisar dar 99% da minha força para a reflexão sobre a nossa conexão, eu tenho que fazer isso. Então, eu uso apenas 1% para a compreensão do que leio. Às vezes eu nem sei sobre o que estou lendo: ​​portanto, são grandes as distrações que chegam até mim.

No entanto, eu não devo me preocupar com o fato de que, mais tarde, não serei capaz de dizer o que acabei de ler. A chave é querer manter contato com todos quando meus olhos seguem as letras. Isso é suficiente para que o texto me influencie.

Eu quero enfatizar de forma específica que antes de tudo você tem que pensar na conexão entre nós, e só então você pode ler e entender o quanto você for capaz.

Da Lição 4, Convenção NÓS! 02/04/11

O Livro Versus A Tela Do Computador

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que faz diferença no processo de correção da pessoa se ela lê as fontes Cabalísticas em um livro ou em uma tela de computador?

Resposta: Quando eu estou falando de algo, na minha mente eu retrato a fonte das minhas palavras: um livro ou as palavras do Rabash. Eu nunca tive essa pergunta porque na época eu não poderia tê-la tido; portanto, eu não tenho uma resposta clara. Mas, na minha opinião, não há nenhuma diferença.

Existem pessoas que costumam ler um texto escrito, e há aquelas que se acostumaram a ler a partir de uma tela de computador. Eu abro os livros somente durante as aulas. Todos os nossos livros podem ser encontrados e baixados no nosso site. A pessoa pode adaptar suas necessidades: fazer anotações, alterar o tamanho da fonte, e assim por diante. No entanto, ainda é importante abrir um livro impresso.

Eu acho que todos os nossos livros devem fazer parte da biblioteca de cada amigo em casa. Afinal, um livro é mais do que apenas uma coleção de páginas impressas. É um reflexo de um objeto espiritual, uma certa idéia que contém um significado interno mais profundo.

Um protótipo do livro e o seu antecessor é um pergaminho (Megila), da palavra hebraica “Gilui”, que significa “revelação”. Tente ler um livro impresso e na tela: Você sentirá uma profundidade maior na forma como você se relaciona com as páginas escritas.

Durante nossas aulas, quando milhões de pessoas estão estudando juntas, eu gostaria que todos nós lêssemos os livros e nos víssemos na tela do computador.

Da Lição 4, Convenção NÓS! 02/04/11

Simplicidade Fora, Unidade Dentro

Dr. Michael LaitmanPergunta: A fim de abordar as pessoas que não têm o ponto no coração, nós provavelmente precisaremos nos unir e nos concentrar ainda mais forte…

Resposta: A disseminação para as massas exige maior concentração de nós. Afinal, queremos que as palavras que, aparentemente não têm relação com a Cabalá, transmitam a força da união, a força espiritual. Você pode escrever sobre alguns eventos externos e situações difíceis, mas você tem que colocar toda a nossa unidade nisso.

É igualmente difícil escrever livros para crianças que têm que explicar coisas muito profundas nas palavras mais simples. Tente explicar a uma criança como um avião é feito. Como é possível que um veículo tão grande e pesado voe? Imagine que sabedoria é necessária para entregar isso de uma forma simples e clara.

Para fazer isso, tem que ser um verdadeiro especialista, que esteja familiarizado com todos os detalhes, sinta-os, e seja talentoso acima de tudo. Como o Rabi Aba, que conseguia disfarçar as palavras do Rabi Shimon; ele devia canalizar todo esse conhecimento em uma linguagem fácil e levá-la a uma criança em uma forma final para que ela pudesse facilmente entender tudo.

A disseminação ao público é uma tarefa muito complicada.
 
Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/04/11, “A Liberdade”

O Exílio É A Preparação Para Revelação

Dr. Michael LaitmanO Zohar , Capítulo “A Páscoa, Shemot (Êxodo)”, Item 246: Por que o Criador deseja levar Israel até o exílio no Egito? Por que o exílio, e por que especificamente no Egito?

Se você não pertence a “Israel” (em hebraico “Isra-El” significa “direto ao Criador”), ou seja, se você não aspira a alcançar o Criador, tornar-se igual a Ele pela qualidade de doação e amor, então você não tem que descer ao Egito, isto é, sofrer devido à falta de uma conexão com o Criador. Em vez disso, você continua vivendo sem esses problemas.

Mas se você aspira a alcançar o Criador, você tem que querer isso muito e preparar este desejo. A maneira de prepará-lo corretamente é no estado chamado de “exílio”: a sensação de exílio do estado perfeito.

No exílio, nós adquirimos a aspiração, a necessidade e o desejo em todos os mínimos detalhes, formas e qualidades, que mais tarde participam da revelação do Criador, a redenção do exílio. Portanto, o exílio é uma preparação importante e ela não termina até que um verdadeiro desejo de revelação esteja pronto.

Isso porque não há Luz sem desejo. A Luz é simples, mas só quando o desejo atinge as qualidades que devem estar presentes nele com sua profundidade, força e forma, é que a satisfação se revela nele.

Portanto, não adianta chorar sobre o porquê de não termos atingido ainda a revelação. Isso significa que ainda não concluimos a preparação do desejo em toda a sua plenitude, para que ele se revelasse como o vaso corrigido e adequado para a revelação da Luz. Nós temos que trabalhar nos desejos, ao passo que a Luz está em repouso absoluto e pronta para ser revelada.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 11/04/11, O Zohar

Terapia Espiritual Para As Massas: Sessão Um

Dr. Michael LaitmanHoje nós começamos a disseminar a sabedoria da Cabalá para as massas, de modo que as pessoas entendam que é preciso “assemelhar-se ao indivíduo”, ou em outras palavras, ao Criador. Até agora temos disseminado para aqueles que têm o ponto no coração. Nós apelamos para as pessoas cujo desejo espiritual tem que depertar. Elas sentiram uma resposta interna e vieram até nós, juntando-se aos grupos e formando novos grupos. Se o ponto no coração de uma pessoa de certa forma “nasceu”, ela está conosco.

Até onde eu vejo e sinto, hoje existem milhões desses pontos nos corações. Por exemplo, durante a minha última visita em Toronto, durante uma reunião com leigos, eu descobri que eles nos conhecem e até mesmo assistem a nossa Internet TV.

No entanto, eles ainda são indivíduos e não as massas. Sempre que toca a estes últimos, existem vários bilhões deles no mundo. Então, como podemos chegar até eles? Nós podemos apelar apenas ao “estômago” deles, seu desejo material. Não devemos falar com eles sobre o Criador e o propósito maior. “Criador?”, eles dirão. “Muito bom, dá-Lo a nós”.

Tal é o desejo do homem, e ele não entende nada. Então, falamos com as massas sobre a crise global, educação, saúde, ecologia, as causas das catástrofes naturais, sobre o porquê de o mundo ter se tornado tão imprevisível, e o que vai acontecer amanhã. Apelamos aos seus desejos que exigem certeza e satisfação.

Além disso, nós não discutimos a sabedoria da Cabalá, mas sim um sistema, uma abordagem, um método que pode nos salvar. O que é isso tudo? É sobre a unidade que leva as pessoas à harmonia com a natureza. Para nós, a natureza e o Criador são a mesma coisa, mas as massas não querem saber disso. Para elas, qualquer coisa acima deste mundo é misticismo, e elas precisam de uma abordagem racional.

A natureza é global e integral, nós dizemos, e ela tem um programa. Ela tem nos desenvolvido até agora e continua a fazê-lo ainda mais. Em que direção? Leva-nos a tornar-nos global e integral como ela. Portanto, o que devemos fazer? Somente nos unir. Devemos unir-nos; toda a humanidade deve se tornar um todo. Vamos começar a trabalhar; vamos começar a unir e fundir-nos na unidade.

Agora, estamos chegando no momento em que o Baal HaSulam descreve quando fala das idéias de Marx e do fracasso do socialismo na Rússia. Ao começar a nos unir, vamos sentir que, para concretizar o plano, também precisamos da força interna e primordial da natureza: a força superior. Assim, vamos exigir que ela nos revele a nossa unidade, que somos incapazes de alcançar.

Por enquanto, falamos com as massas sobre a Cabalá sem usar esta palavra e nos limitamos a uma abordagem científica e a explicação dos problemas atuais do mundo. Nós discutimos as causas e efeitos dos acontecimentos atuais, de forma a preparar com antecedência o remédio para a doença. Será a primeira “dose”, o primeiro remédio do tratamento complexo, que na fase inicial vai permitir que as pessoas entendam o que esperar. Com a ajuda disso, elas começarão a avançar, ganhando novos entendimentos e sensações a cada passo do caminho.

Nós levamos a pessoa à meta em etapas, já que para alcançá-la, a pessoa precisa acabar com o seu estado atual. E isso é difícil.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/04/11, “A Liberdade”

Não Há Tempo Para Ficar Deprimido!

Dr. Michael LaitmanA convenção nos Estados Unidos acabou e agora já temos que começar a nos preparar para a próxima convenção que será realizada em Moscou no verão. Nós não temos tempo para ficar deprimidos e depois pensar em como sair da descida. E não temos o direito de fazer isso.

Suponha que eu peguei uma gripe, mas tenho um bebê em casa que também está doente. O que eu vou pensar: na minha própria doença ou no bebê? Obviamente, eu farei tudo o que posso para fazê-lo ficar melhor.

Nós estamos na mesma situação! Nós estamos diante de um problema mais grave agora. Portanto, será que realmente podemos nos permitir ficar deprimidos? Não há tempo para isso. Restam apenas dois meses para se preparar! Depois o tempo vai se tornar ainda mais compactado e temos que nos preparar para isso agora.

Mas aqui está você, dizendo-me que hoje está enfrentando algum tipo de depressão, como se você estivesse em um nevoeiro. O que você está falando? Nós nem sequer temos tempo de nos acalmar. Logo após a convenção, a medida que eu viajava entre Nova Iorque e Toronto, eu já comecei a pensar sobre a próxima.

Nosso trabalho é simples: fortalecer a conexão entre nós até o seu conteúdo interior, onde a nossa doação mútua torna-se idêntica à doação ao Criador, completamente equivalente a ela e igual em tamanho e qualidade.

Da Lição de 8/04/11, “Prefácio à Pitcha”

O Criador É Conhecido Por Suas Ações

Dr. Michael LaitmanOs Cabalistas começam nos contando sobre a criação, dizendo que “antes das criaturas serem criadas, a Luz superior simples preenchia toda a existência” (palavras iniciais do livro do Ari, A Árvore da Vida). Em outras palavras, a realidade já existia, a qual é o desejo da criatura de sentir prazer que foi preenchido com  Luz.

O plano da criação é deleitar os seres criados. E este presente que o Criador deseja doar só pode ser aceito com duas condições: a criatura deve se tornar como o Criador e, ao mesmo tempo, ser independente Dele.

O melhor estado de existência é sentir a presença do Criador. É o maior prazer, e ele deve ser sentido independentemente de qualquer outra pessoa. O ser criado deve ser completamente autônomo e igual ao Criador.

Portanto, a força superior está oculta. Neste momento, estamos rodeados por varias ondas de rádio, mas a unica pessoa quem tem conhecimento delas é a que possui um rádio capaz de receber algo que possa reproduzi-la interiormente, com as  propriedades delas. Estamos cercados por uma luz branca, mas nós a percebemos como azul, vermelho e todas as outras cores. Enquanto a luz em si não tem cor, a cor é criada por aquele que a recebe, absorvendo apenas certas ondas através de um prisma próprio.

Assim, a luz nos parece amarela, azul e vermelha. Na verdade, a razão para isto é o vidro que pára e reflete essas ondas que se parecem com cores. Mas não há sombras na luz em si.

Desta mesma forma nós percebemos o Criador. Na medida em que pudermos nos igualar a Ele, Sua propriedade de doação, em cada um dos 613 desejos, nestes muitos desejos e níveis, nós  perceberemos o Criador. Então, gradualmente, começaremos a conhecê-Lo em pequenas porções.

No homem, há sempre 613 desejos atuando, que são a base da nossa percepção. No entanto, podemos fortalecer o poder deste vaso espiritual ao nos elevarmos nos 125 degraus da equivalência com o Criador, até que todos os nossos 613 desejos se tornem totalmente idênticos a Ele. Assim, nós alcançamos o Criador, e isto é considerado como “conhecê-Lo por Suas ações”.

Da 1a parte da Lição Diária de Cabalá 08/04/11, Escritos do Rabash

Anular O Ego Para Crescer

Dr. Michael LaitmanPergunta: A vida material me diz para ser um líder, expressar-me e alcançar meus objetivos. Na espiritualidade, eu devo dissolver-me no grupo. O que está por trás dessa contradição?

Resposta: Conectar-se com o grupo não significa que você está se anulando. Você só recebe dos amigos a força que o ajuda a cultivar o seu Ego. Como uma gota de sêmen que se adere à parede do útero, você se anular apenas para receber o alimento, forças de crescimento. Mas é isso o que cresce e não nada mais.

Eu anulo parte de mim mesmo para receber a força do Partzuf superior, mas isso ainda não é suficiente para me controlar; pelo contrário, com a sua ajuda eu devo evoluir, elevar o meu Ego. Caso contrário, não haverá crescimento, e na próxima fase, não serei capaz de agarrar-me à parede do útero.

Há dois opostos combinados aqui. Por um lado, eu renuncio a mim mesmo diante da mãe, para que eu não me torne um corpo estranho como causa de toxicidade. Por outro lado, anulando-me, eu recebo o sangue da mãe e cresço graças a isso. São minhas propriedades e genes que desenvolvem, na medida em que eu posso até ser do sexo masculino, embora ela seja do sexo feminino.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 08/04/11, “A Liberdade”