Uma Máquina De Movimento Perpétuo Que Funciona Pela Energia Da Luz

Dr. Michael LaitmanNós ainda não atraimos Luz suficiente, e se começarmos a usar a nossa mente corporal para descobrir onde está a inclinação ao mal dentro de nós, isso não vai dar em nada além de um mero filosofar. Nós só agimos dentro da Luz; logo, não precisamos de quaisquer avaliações ou exames e devemos pensar apenas em nossa conexão. Nós simplesmente não somos capazes de fazê-lo agora.

Nós temos que atrair uma grande quantidade de Luz antes de obter poder, entendimento e sabedoria para sentir o que é a “inclinação ao mal” (Yetzer haRa). Na verdade, ela é um anjo, a força do Criador, que fica em oposição a Ele. Apenas Moisés mereceu a honra de enfrentar o Faraó. Somente após todo este caminho nós chegaremos ao Monte Sinai (o monte do ódio).

E como você, com seu coração e mente terrenos, não tendo qualquer conexão com o mundo espiritual, deseja detectar a inclinação ao mal? Em nosso mundo, não há nenhuma inclinação ao mal, em nenhuma pessoa! Se a pessoa possui um caráter terrível, isso não é mal, mas apenas uma característica natural, como em um tirano. Primeiro, nós temos que encontrar o “humano” em nós mesmos, que tem a ver com os níveis e qualidades espirituais.

“O Criador criou um contra o outro”, a impureza e a santidade, que agora se desdobram em duas linhas, a da direita e a da esquerda. Assim, durante o período de preparação, não fazemos qualquer análise, mas apenas nos esforçamos em conectar. E só depois de todos esses esforços é que chegamos ao Monte Sinai, a um estado tal onde estamos finalmente prontos para receber a força da correção, ou seja, porque nós encontramos o monte do ódio, a verdadeira inclinação ao mal.

E essa é só a primeira revelação. Depois, vêm os 40 anos no deserto e a conquista da “terra de Israel”, isto é, os graus mais elevados da revelação do mal, e assim por diante, até o fim da correção.

Portanto, devemos pensar apenas na Luz, na unidade, e nada mais! Quando a força da Luz começa a afetar-nos, esta é uma energia completamente diferente, quando começamos a funcionar como um “mobile perpetuum (a máquina de movimento perpétuo)”, funcionando por meio de combustível externo. É como se do nada, por conta própria, a compreensão e força para fazer o trabalho surgissem em nós, as quais realmente não temos, ou seja, que não foram dadas pelo nosso egoísmo.

Assim, não importa o que nós estudamos; acima de todos os pensamentos dos Partzufim e Sefirot, precisamos pensar na união, na correção da quebra. Afinal, a inclinação ao mal é o que resta dentro dos Kelim (vasos) após a quebra.

Da 1ª parte da LiçãoDiária de Cabalá 17/03/11 sobre o tema “Eu Criei a Inclinação ao Mal , e Criei a Torá Como Tempero”