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Correção Em Frente De Um Espelho

Pergunta:Eu me esforço para fazer a conexão com os amigos no grupo, mas eu vejo que eles rejeitam meus esforços. Se toda a realidade está em mim, então quem rejeita quem na verdade?

Resposta:Você está rejeitando a si mesmo. Nas palavras de Baal HaSulam, embora você veja o grupo, isso é como você vê o Criador. Isso é assim porque está além de você, Ele é a única coisa que existe. Porém, Ele está oculto e você não pode trabalhar em relação a Ele. Por isso você foi feito para ver seu reflexo – o ambiente. Na media de sua própria corrupção, você vê outros a seu redor como corrompidos, não unidos, e não desejando se conectar com você.

Obviamente, a pessoa mesma é manifestada através de tudo. Mas, ao mesmo tempo, uma vez que a pessoa existe dentro das forças de desunião, ela tem que trabalhar com o ambiente de uma maneira sofisticada para usá-lo como um meio de se construir.

É assim exatamente como eu, na verdade, posso trabalhar sobre mim. Por isso, eu tenho que encontrar o ambiente correto, “formá-lo” corretamente, apropriadamente me relacionar com ele, e receber a influência correta dele. Isso irá me permitir avançar.

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Da 1a parte da lição diária de cabala, 16/2/11, Escritos do Rabash

Quem É Mais Importante?

Pergunta:Onde a pessoa consegue a energia para o trabalho interior enquanto ainda não está corrigida?

Resposta: Mesmo o menor passo possível dado no desejo, pensamento, ou ação é possível somente em virtude da importância da meta. Somente a importância da meta dá a você energia.

Não há outra “fonte de energia” que seja capaz de nos motivar a fazer mesmo o menor movimento em ação, pensamento ou desejo. Somente a importância faz isso. Não há nada além disso.

Inicialmente, eu tenho a importância do desejo egoísta, e eu preciso continuamente adquirir uma importância maior da meta espiritual, o Criador, deixando-o mais elevado aos meus olhos. A única maneira de trabalhar nisso é através do ambiente. Quem é mais importante – eu ou o Criador? O ambiente está construído de tal forma que se eu o desejar, ele irá me ajudar a colocar o Criador acima de mim.

Por que isso funciona dessa forma? Porque o ambiente é capaz de me obrigar a realizar ações que eu nunca desejaria fazer por mim. Uma vez que eu tenha recebido o ponto no coração, o ambiente pode executar todo o resto, enquanto eu contribuir com a minha parte.

Assim, todo nosso trabalho é só isso: Quem é mais importante? Eu ou Ele? Eu preciso sempre checar isso e me voltar para o grupo para elevar o Criador, isso é, a qualidade de doação e amor, acima de mim, acima da qualidade de recepção e de repulsão pelos outros. Se eu trabalhar corretamente, então o ambiente é capaz de gradualmente me fornecer o combustível para o avanço assim a coisa importante será revelada a mim como o Criador, a meta, os esforços, e o alcance da conexão e adesão.

Somente o grupo é capaz de fazer isso. Se a pessoa se constrói corretamente, então ela sempre tem o combustível e não tem problemas para avançar adiante. Mas, isso acontece somente sob a condição de que ela se cheque a cada segundo: Quem é mais importante para ela?

Nós devemos olhar para tudo na vida através dessa perspectiva. Primeiro de tudo, organizar suas prioridades para que a idéia mais importante seja a meta, o Criador, a adesão, e a doação. Então, você pode olhar para tudo o mais – seus filhos, trabalho, família, amigos, o mundo, e qualquer outra coisa. Nesse caso você está no caminho correto para alcançar a meta através deles.

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Da 1a parte da Lição Diária de Cabala, 16/2/11, Escritos do Rabash

Material Relacionado:
Sonhando Com A Adesão Com O Criador

Um Lírio Entre Os Espinhos

O Zohar, “Ki Tissa (Quando Você Pega)”, Item 31: “Como um lírio entre espinhos, assim é o amor entre as filhas”. O Criador desejou tornar Israel semelhante ao que está acima, assim deve haver um lírio na terra (em Israel) que é como o lírio superior, Malchut. E o lírio perfumado, melhor de todos os lírios no mundo é somente um que cresceu entre os espinhos. Esse, cheira como deveria.

Os espinhos se revelam a uma pessoa na medida em que ela é capaz de superá-los. Se ela se prepara corretamente todas as inclinações, todas as forças presentes e operando entre ela e o ambiente, se ela puder continuamente despertar e elevar a importância do Criador, a união, e amor pelo próximo como a si mesma tudo o que vem a tona em seus pensamentos e desejos, então ela fará a análise correta e “suavizará os dentes” da inclinação ao mal.

Rabash escreveu: “Quando você responde ao egoísmo, ‘suaviza os dentes dele’ ”. Isso significa que você não deveria discutir com ele, mas deveria usar sua força e superá-lo. Eu revelo o ambiente que está entre mim e os outros, egoisticamente, procurando por uma chance de usar minha conexão com ele, para tirar o quanto eu consigo deles. [Leia mais →]

Suavizando A Ilusão Da Quebra

A pergunta que não quer silenciar e tem que ser respondida com um “murro no queixo” é a pergunta de quem é mais importante: eu ou o Criador? Eu ou o próximo? A força de doação ou a força de recepção?

Se essa pergunta se coloca claramente frente a mim e eu entendo que se eu progrido ou entro num fiasco depende de eu receber a resposta certa, então a necessidade constante de apoio do ambiente se torna óbvia para mim. Mas, por outro lado, o que é o ambiente? E que tipo de apoio ele me dá? Em essência, eu recebo meus próprios Kelim, desejos na medida de que eu quero levá-los para mais perto de mim. Afinal, eu sou toda a realidade.

Ao trabalhar com o ambiente, eu o elevo a meus olhos e nele eu encontro a importância do Criador. Em essência, eu recebi a força da quebra e ela irá me ajudar a trabalhar sobre mim mesmo dessa maneira. [Leia mais →]

A Perspectiva Correta da Realidade

A pessoa começa com o ponto no coração, a gota de sêmen espiritual. Ela não tem nada mais do Mundo Superior.

Ela é colocada em um ambiente enquanto que, ao mesmo tempo, ela é separada e distanciada dele pelo sentimento de repulsão e depois, de ódio. Todos os sentimentos possíveis vêm do fato de que “existe eu e o ambiente” que essencialmente engloba o lugar da quebra.

Toda a oposição, repulsão, colisões, fricção e distúrbios são obtidos pela revelação da distância entre a pessoa e os outros, a revelação do lugar quebrado entre ela e o ambiente. Ao identificar corretamente esse lugar, dentro dele a pessoa descobre o Criador, a Luz que preenche sua correta atitude para com o próximo. [Leia mais →]

Ouvindo A Melodia Do Mundo Espiritual

A imagem inicial que aparece frente ao iniciante que lê O Livro do Zohar é muito desordenada. Ele fica confuso, não entende que tipo de linguagem está sendo  usada exatamente – a linguagem da Cabalá ou falando através de Luzes, Kelim, e Partzufim, ou na linguagem de histórias.

Frequentemente, o mesmo parágrafo no Zohar usa uma mistura de linguagens. Por exemplo: por um lado ele fala sobre Adão e Eva, a serpente etc.. Por outro lado, ele fala sobre Malchut e Zeir Anpin e como eles se unem, alcançando ZAT ou GAR de Bina. Isso é assim porque o mesmo pecado e sua correção que é descrito na Torá pode ser descrito em duas linguagens – aquelas da Tanach, Halachot, Hagadot(histórias) e Cabalá. Porém, a pessoa não conecta tudo isso ainda. [Leia mais →]

Alcançando A Sabedoria Da Criação

Pergunta:Toda a realidade é a Luz e o Kli, o Criador e a criação, eu mesmo e o próximo. Então, por que O Zohar parece tão complicado e confuso?

Resposta:O Zohar nos parece complicado e confuso porque nós não alcançamos o “quadro” unificado. Para nós, “eu mesmo” e “o mundo”, meus desejos e pensamentos, as forças que operam nessa realidade inteira, e todas as coisas que a preenchem parecem separadas umas das outras, quebradas. Desta forma, essa força da quebra me dá um quadro extremamente  complicado e confuso. Isso é porque eu não o vejo em união e a divisão me traz confusão.

Na media que nós conseguirmos ver todos esses detalhes de percepção reunidos, mas não na nossa mente (uma vez que isso não ajudará), mas nos nossos sentimentos; do grau que desejemos conectar todas essas coisas juntas – eu, o próximo, o Criador, os estudos, o grupo, o ambiente, e tudo que existe – que é o quanto a Luz desses esforços me trarão. A Luz irá por sua vez fazer com que eu veja um quadro mais unificado, todos esses elementos começarão a se unir um pouco. [Leia mais →]

O “Despertar Do Alto” No Sábado

A cada dia existe uma iluminação completamente diferente, que vem em virtude da influência de Zeir Anpin, consistindo de 6 Sefirot, em cima da sétima, Malchut. No curso desses “6 dias” Malchut se corrige e se junta a Zeir Anpin.

Uma vez que todas as 6 Luzes – Hesed, Gevura, Tifferet, Netzah, Hod e Yesod influenciaram Malchut e a corrigiram, elas se uniram. Isso é chamado o sexto dia, Sexta-feira. Nesse dia vem uma iluminação que é composta de todas as Luzes que foram recebidas durante a semana. Isso é chamado Yesod (base), após a qual o Sábado começa.

No Sábado, todas as Luzes prévias brilham juntas como uma grande Luz e não há nada novo de nossa parte, desde o “despertar desde baixo”. Isso é por que não há trabalho, discernimentos, ou correções feitas no Sábado. Isso é o resultado do trabalho feito durante toda a semana, o resultado de todas as clarificações precedentes e correções. [Leia mais →]

Ficar À Frente Do Criador E Tornar-Se Como Ele

Dr. Michael LaitmanNo mundo, na realidade, existem apenas duas forças: a força do Criador e a “força” da criatura, que o Criador lhe deu intencionalmente na forma oposta. Esta força é oposta ao Criador, graças à qual a criatura avança para fora dos limites do Seu degrau e adquire a sua própria realidade. Senão, ela não seria capaz de existir.

No nosso mundo, a “criatura” é alguém que possui a matéria dos degraus imóvel, vegetativo ou animado. Se a existência espiritual significa uma realidade pessoal fora da força superior, então no nosso mundo, a força superior não se manifesta a nós abertamente, razão pela qual nós definimos a realidade pela existência da matéria.

Na espiritualidade, não é a matéria mas a autonomia que conta. De forma a ser uma criatura, a pessoa tem de se ser autónoma. O degrau de independência da criatura determina até que medida ela pode considerar a si mesma como um ser autenticamente existente.

No nosso mundo, não ligamos muito a bebés e crianças, porque elas ainda não ganharam independência. Apenas na fase adulta a pessoa se torna autónoma, e é aí que ela recebe uma resposta diferente.

Da mesma forma, na espiritualidade, independentemente do nível em que a criatura esteja (imóvel, vegetativo, ou animado), o factor determinante é se ela tem um status pessoal perante o Criador. E de forma a ficar à frente do Criador, a pessoa tem primeiro de tomar consciência que o Criador existe, isto é, que Ele existe à sua frente, e que eles são opostos um ao outro.

Então, no estado oposto, o trabalho começa. A pessoa divide a realidade inteira em dois: o Criador e eu, a realidade que eu observo. E depois, ela escolhe o que é mais importante.

De facto, de forma a dar independência à criatura, o Criador trouxe-a para forma de Si e deu-lhe uma sensação de existir por si mesma. E agora, a criatura deve fazer um uso correcto de se saber a si fora do Criador, como se Ele não existisse de forma alguma, como se Ele desaparecesse da sua vista, do seu desejo. Com a ajuda das forças e instrumentos que o Criador forneceu, a criatura deve encontrar a atitude correcta para com Ele. E isto significa que tem de aceitar o poder do Criador sobre si mesma, sobre a sua independência, sem a anular.

Então, por um lado, a criatura mantém o seu estado fora do Criador, isto é, continua a receber prazer no desejo de receber, sem se anular perante o Criador. Mas por outro lado, ao ser autónoma em relação ao prazer recebido e sobre ele, a criatura adquire equivalência com o Criador. Assim, a criatura recebe autonomia completa, total.

Contudo, isso só pode acontecer se a criatura obedecer a ambas as condições: deseja anular a sua atitude em relação ao Criador se não lesar o seu desejo (o desejo de receber). Assim sendo, a criatura evolui na linha média. Por um lado, ela mantém o desejo pelo prazer, enquanto que por outro, adquire a forma de doação que é o atributo do Criador. Desta forma, a imagem do homem, Adão, é formada nele.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/2/11, Escritos do Rabash

Uma Motivação Para Nascer Mais Depressa

Dr. Michael LaitmanPergunta: O Baal HaSulam escreve que antes de começar a estudar Cabalá, é necessário entender o que ela é. Como pode a sua linguagem ser percebida por toda a gente se é tão complicada?

Resposta: Entender o que é a sabedoria da Cabalá significa adquirir a tela, de forma a erguer-se acima do seu egoísmo e ver as acções espirituais. Então, você será capaz de entender um professor Cabalista e aprender dele o que fazer a seguir. Você compreenderá e será capaz de verificar tudo o que ele lhe disser na prática, mesmo aqui e agora, tal como é feito pelos estudantes normais neste mundo.

Mas até você nascer na espiritualidade, como posso eu explicar-lhe o que quer que seja? É como se eu falasse deste mundo a uma criança ainda não nascida que está ainda na barriga da mãe. Assim falam os Cabalistas para nós de outro mundo. Nós residimos neste mundo, dentro desta esfera, como numa bolha, enquanto nos é dito o que ocorre fora dele.

Assim, os textos Cabalísticos trabalham por nós apenas como “um remédio milagroso” (Segula). Os artigos são escritos para os principiantes, mas O Estudo das Dez Sefirot está escrito para aqueles que nasceram na espiritualidade, que são já “bebés espirituais” que podem ouvir acerca do mundo superior. Graças a isso, eles avançarão, começarão a explorar o novo mundo em que nasceram.

Para aqueles que estão ainda dentro da barriga da mãe, isso é apenas um estímulo, uma motivação para nascer assim que possível.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 14/2/11, “A Essência da Sabedoria da Cabalá”