Depois que uma pessoa ganha experiência, ela vê que é incapaz de fazer algo por si mesma. Todas as suas noções de bem e mal são construídas em benefício pessoal, e portanto, as subidas e descidas que experimentava eram realmente irreais. Ela avaliou a sua boa atitude para a espiritualidade, a subida interior, como o “dia”, enquanto que sua atitude negativa para a espiritualidade parecia “noite”. Mas isso é incorreto.

“Noite” é um estado onde uma pessoa faz discernimentos, firme, sabendo que são egoístas e que ela é incapaz de subir acima do seu egoísmo. E se ela é capaz, então é apenas graças à Luz que cresce um pouco mais forte e lhe dá esses momentos. O Criador ajuda a pessoa a “espreitar” fora de si mesma para o exterior, e só então ela se funde com a doação. Este é o “dia” para ela.

Tenho que estar pronto para a “constante” terapia do Criador, que me tira o mal que se esconde por trás do grão do bem, e o transforma para doação, revelando um bem novo para mim. É impossível expressar essas coisas. Elas vêm apenas como resultado de um trabalho interior. Até então, Rabash escreve que “Não se pode cumprimentar um amigo”, porque seu “amigo” não é bom ainda. Primeiro você tem que alcançar a paz (Shalom) ou perfeição (Shlemut) com o Criador, e então você vai chegar a conciliação com seus “inimigos”, significando que você voltará aos seus desejos egoístas acima do qual tem ascendido. Você vai levá-los e completar o seu trabalho com eles.

Primeiro a pessoa cumprimenta seu “amigo”, que significa o seu desejo, a aquisição de doação em prol da doação. Então, ela também recebe com recepção em prol da doação – o que significa que ela volta aos seus desejos e trabalha com eles. É assim que ela atinge a correção final.

Da  1a parte da Lição Diária de Cabala 23/1/11, Escritos do Rabash

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