O Grupo É O Local Onde Nos Encontramos

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se nós avançamos apenas em virtude do ambiente, quando a nossa escolha virá de nossa própria intenção altruísta (Lishma)?

Resposta: Nós temos que alcançar a perfeição, e ela contém dois parâmetros:

1. Por um lado, eu sou independente e igual ao Criador de todas as maneiras,
2. Por outro lado, eu sou semelhante a Ele em todos os sentidos.
Nesse caso, eu sou independente e perfeito.

Acontece que a independência e a perfeição devem se unir e levar-me ao estado final. Mas como a independência e a equivalência podem coexistir? Como eu posso alcançar a perfeição, elevando ambas estas qualidades, que são opostas entre si?

Para possibilitar isso, o Criador teve que acrescentar um terceiro fator aos dois já existentes (Ele e eu). Este terceiro fator será o local do nosso encontro, o lugar da revelação. É onde eu revelarei o meu “eu” independente e e o Criador oposto a mim.

É necessário criar um “território”, onde nós poderemos ser parceiros, em oposição mas iguais e unidos. Este território é chamado de “a soma das almas”, a Shechiná, Malchut. Após a quebra, nós, como o Criador, estamos fora dos limites da soma das almas, e agora temos que nos encontrar lá. Nós fazemos isso conforme somos capazes de participar neste processo e revelar um ao outro.

É por isso que a criação foi quebrada. Ela quebrou em muitas partes diferentes, que são os npiveis de independência da criação, ou seja, sua separação e distanciamento do Criador.

Nós temos que usar essa situação, razão pela qual o Baal HaSulam escreve que devemos manter a singularidade de cada pessoa. Afinal, ela nunca serepetirá em mais ninguém. Cada pessoa deve ser independente e especial.

Mas, por outro lado, devemos dar a cada pessoa a oportunidade e ajudá-la a alcançar a equivalência de forma com o Criador. Por meio de sua singularidade, por ter uma combinação única de qualidades e desejos, a pessoa as desenvolve a fim de dirigí-las à doação. É assim que ela chega à equivalência com o Criador.

Essa semelhança é realizada por meio da união com os outros. Por que isso não é feito através da união com o Criador? A fim de preservar a independência. Ao trabalhar diante do Criador, a pessoa se anula, enquanto que em relação ao grupo, ela pode ter um papel decisivo, à semelhança do Criador.

O lugar do nosso encontro é o território do grupo, que foi criado artificialmente e dividido em partes. Nós chegamos até lá na linha média e nos unimos. Lá nós realizamos o Zivug (acoplamneto) de HaVaYaH e Elokim, a união do julgamento e da misericórdia.

No entanto, se a pessoa não pensa sobre estes três elementos: ela e o Criador, unindo-se no grupo, então ela imagina de forma errada a realização do objetivo da criação que lhe aguarda.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 12/01/11, Escritos do Rabash