Textos arquivados em ''

Tornar O Criador Feliz

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que podemos fazer agora para tornar o Criador feliz?

Resposta: Tudo que eu faço ao aspirar unir-me com os outros, a fim de dar ao Criador a oportunidade de doar, significa dar-Lhe prazer, mesmo que eu ainda não tenha atingido o tipo de união dentro da qual Ele possa trazer Sua abundância.

A unificação tem de ser total. O nosso Kli se divide em cinco partes, e em mais cinco, e assim sucessivamente até a 125ª parte. Este é o menor grau de união entre todos, e isso já é suficiente para que o Criador nos dê a dose correspondente de Sua Luz, que sentiremos.

Portanto, o nosso trabalho consiste em preparar o Kli, o vaso na unificação entre nós. Nós não devemos trabalhar em relação ao Criador, mas entre nós, aspirando a Ele. Ao contrário da União Soviética, não nos unimos em prol de nós mesmos, mas para dar ao Criador a oportunidade de doar-nos. Então, Israel, a Torá eo Criador realmente serão um.

E isso é suficiente. Nós trabalhamos entre nós, mantendo a intenção de beneficiar o Criador, a fim de preparar os vasos para Sua doação.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/01/11, Escritos do Rabash

Quando Me Sinto Mal

Dr. Michael LaitmanPergunta: Será que eu tenho que buscar o sofrimento no caminho espiritual, ou, pelo contrário, evitá-lo?

Resposta: Você nunca deve pensar no sofrimento. Se a pessoa sente o sofrimento, ela deve saber que conforme sente as sensações ruins, ela está sendo controlada pela impureza (Klipa).

Isso porque o sofrimento não vem do Criador. Ele é bom e faz o bem. Tudo o que eu sinto vem Dele, embora me pareça que estou sendo influenciado de diferentes direções. Assim, se as minhas sensações são opostas à bondade, se forem desagradáveis e ruins, isso significa que eu sou governado pela Klipa, o desejo egoísta, na mesma medida. Ela neutraliza a boa influência do Criador, transformando-a de Luz em escuridão. É por isso que eu me sinto mal.

Assim, a sensação ruim é para me mostrar o quanto estou imerso no mal. Isso tem que me empurrar para transformar a minha sensação em bondade. E se eu estou no ambiente certo, eu posso conseguir isso de imediato. O apoio do grupo, me pede para mudar imediatamente a sensação ruim para uma boa.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 24/01/11, Escritos do Rabash

Trabalhando Entre O Positivo E O Negativo, O Amor E O Ódio

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que significa perceber os genes informativos (as Reshimot) dentro do grupo?

Resposta: Não há outra maneira de perceber as Reshimot de cada pessoa se não completando seu envolvimento no grupo até o estado de perfeição absoluta. É assim que as  Reshimot se tornam reais.

O grupo é o único lugar e maneira de percebê-las: eu devo entrar no grupo com todos os desejos, qualidades e dados informativos que se revelam em mim, e até que eu comece a vê-lo como perfeito, sob todas as cirscunstâncias, não posso dizer que percebi determinada Reshimo.

Quando eu ver todos os amigos como perfeitos, isto é, conectados, unidos, e amando-se (de acordo com meu grau), isso significa que eu terminei o processamento de determinada Reshimo e a percebi completamente. Imediatamente, o próximo passo se revela diante de mim: ódio, rejeição, inveja, luxúria e ambição.

Agora, mais uma vez, eu devo levar a minha atual condição à perfeição. Esta é a única maneira de eu poder atualizar minhas Reshimot e atingir um estado completo, quando não há mais Reshimot a corrigir com o amor pelos outros e chegar à plenitude eterna e perfeição.

E a cada degrau mais elevado, você irá realmente se deparar com um ódio e uma rejeição maior, análises que você não pode evitar. Você é levado por uma torrente interminável de análises de ódio e egoísmo envolvendo os outros, pensando somente sobre como enganar, aproveitar-se, e sobrepor-se a eles.

Você pensa nisso a todo instante até que sua cabeça rache. E se você também está organizando um plano para realizá-lo, você também quebra o seu coração. Então você entende que só pode trabalhar no grupo. A pessoa é moldada em tais estados, quando todos os problemas se concentram apenas isso. É assim que ocorre até o fim da correção (Gmar Tikun).

Estas análises não vão deixá-lo sozinho; elas se parecem com algum tipo de contra-senso, e você acha que não é feito disso. Mas, em um instante, elas surgem novamente! E isso continua repetindo-se sempre, sem um fim! Tudo o que podemos fazer é exercitar a paciência e continuar sempre voltando ao mesmo ponto indefinidamente, até que, finalmente, ocorra o avanço.

O Rabash costumava compartilhar como um médico proibiu-o de beber uísque, mas que ele podia mergulhar um pedaço de torta nele e, pouco a pouco, comer. Parecia que ele estava comendo uma pizza, embora houvesse cada vez menos uísque no seu copo.

Nós somos incapazes de receber a Luz de Hochma (Sabedoria): nós só podemos continuar absorvendo-a em nosso desejo gota a gota, até que depois de várias ações nós absorvamos tudo isso. Como funciona um computador? Ele não entende nada além do “0” e “1”, enquanto tudo o resto é feito através de várias ações.

É assim como tudo na natureza está estruturado: a física quântica, química e outras ciências. Não há nada além do “positivo”, “negativo”, e um enorme número de ações. O truque todo está nessa multiplicação de ações. Cada ação, não importa qual equação a defina, resume-se a “positivo” e “negativo”, conexão e separação.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/01/11, “A Qualidade da Sabedoria Oculta – em Geral”

Um Laboratório Experimental Dentro De Você

Dr. Michael LaitmanA Cabalá é tudo. Não há nada além de suas fronteiras. Ela inclui o homem e todo o seu mundo, não importa onde ele esteja. Tudo isto existe somente na percepção do homem, enquanto que o nosso estudo de plantas e animais através da zoologia, biologia e botânica é apenas um estudo de como o homem os percebe. Na verdade, todos são forças expressas desta forma em relação a mim.

Eu até estudo o Criador a partir do modo como Ele se revela em relação a mim. Através de toda a realidade eu O revelo como a raiz. A realização desta raiz é o objetivo de toda a investigação. O universo inteiro desenvolveu-se exatamente para que o homem revelasse a Raiz. Toda a realidade é o meio para estabelecer uma conexão entre o homem e a Raiz, o Criador.

O Criador não é um símbolo religioso, mas a raiz de tudo, Aquele que controla tudo, a causa primária e fonte de tudo o que existe, assim como o objetivo. Está escrito: “Eu sou o primeiro e Eu sou o último”.

A raiz significa que tudo começa a partir Dele e Ele determina como cada evento irá ocorrer. E tudo acabará por terminar com Ele também. Está escrito sobre Ele, “O Uno, Único e Singular” e “Não há outro além Dele”, que é Bom e faz o Bem.

Mas é impossível investigar a realidade com a ajuda da ciência da Cabalá sem antes mudar a si mesmo. Apenas um Cabalista pode ser um pesquisador nesta ciência, porque ele a revela a si. É impossível investigá-la como um observador externo, como fazem as outras ciências.

Por exemplo, eu já estudei metalurgia, onde costumávamos recolher amostras de metal. Nós esquentávamos uma amostra, a resfriávamos, testávamos sob pressão, e verificávamos a influência de diferentes adições e ligas. No entanto, eu permaneci a mesma pessoa que investiga o metal. Eu podia jogar fora a amostra de metal e pegar outra no dia seguinte.

No entanto, na Cabalá você tem que estar dentro da amostra de teste! Você tem que assumir suas qualidades. Você não apenas aprende a entendê-las um pouco e a senti-las de fora, do jeito que costumamos experimentar as coisas que nós investigamos. Na Cabalá você tem que estar dentro da própria matéria, assumir a mesma forma, e de acordo com essa correspondência você será capaz de compreendê-la.

Somente depois que você constrói dentro de si o modelo dela, é que você será capaz de verificar e investigá-la. Você investiga a si mesmo! O Criador (Boreh) significa “Venha e Veja” (Bo – Reh). Eu não vejo nada do lado de fora. O Criador está dentro de mim. Conforme o grau de nossa equivalência, o qual eu conquistei, eu digo: “Este é o Criador! Este é o meu Deus”.

Cada pessoa tem que vir a conhecê-Lo: “Do menor deles até o maior”. Mas para isso é preciso estar disposto a mudar sua natureza e substituí-la pela natureza do Criador.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/01/11, “A Essência da Sabedoria da Cabalá”

A Defesa Da Dissertação É Cancelada

Dr. Michael LaitmanPergunta: Se meu egoísmo chora porque se sente mal, como eu posso permanecer no pensamento de que este estado é onde reside a verdade?

Resposta: Nós nos concentramos em coisas que não dependem essencialmente de nós. Nós precisamos passar por toda a cadeia de estados espirituais, mas se nos concentramos muito neles, começamos a analisá-los, e “escrevemos uma dissertação” sobre eles, nós não seguimos em frente. Nós não avançamos.

Na verdade, a pessoa deve entender sua condição, a fim de completá-la. Mas, para isso, ela deve passar para o próximo estado e, uma vez lá, tirar uma conclusão sobre o estado anterior. O nosso trabalho é apressar o tempo, e isso depende da influência do ambiente. Quanto mais eu absorver deles, mais rápido eu avançarei. Qualquer atraso traz prejuízos.

Um determinado estado pode ser bom, mas se eu me sento lá e começo a analisar a minha subida parte por parte, o primeiro momento gasto lá se torna uma Klipa (impureza). Isso porque eu parei devido à sensação de conforto, prazer e bem estar.

Resulta que devemos tomar cuidado para não submergir mais profundamente em nós mesmos e constantemente olhar para frente. Isso é muito importante. Às vezes as pessoas se atrasam, incapazes de seguir em frente, transformando a sua condição em uma questão de “investigação científica” pessoal. Isto não é bom.

Eu tenho que permitir apenas por um instante sentir o estado em que me encontrava. Eu o toco de leve, e imediatamente depois, com a ajuda do grupo, eu passo para o próximo estado, não atrasando-o por um segundo. Enquanto você está nisso, não se esqueça que o trabalho é feito pelo Criador, enquanto que o nosso trabalho é preparar MAN para Ele, uma solicitação pela correção. Nós devemos nos preparar para que Ele faça o trabalho necessário em nós.

Semelhante à parte feminina da criação, nós olhamos de baixo para cima, enquanto que o Criador, a parte masculina, se vira para nós e age de cima para baixo. Tudo o que precisamos fazer é apenas ir até Ele.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/01/11, Escritos do Rabash

Uma Pintura Com Manchas Brancas

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é a revelação de uma Reshimo (um gene ou registro de informação)? O que exatamente é revelado para nós?

Resposta: É impossível explicar porque uma Reshimo é uma imagem completa do futuro que se revela dentro de mim. No final desta cadeia inteira de Reshimot, há a minha última Reshimo que representa o mundo da Infinito.

Agora, um desses estados que me leva a tal mundo do Infinito está sendo revelado. Ele é programado com todos os dados obrigatórios, exceto o meu esforço e a tela. Quando eu fornecê-los, esta Reshimo se realiza e se transforma em uma verdadeira imagem da realidade.

Uma vez que esta Reshimo inclui dentro de si toda a imagem da realidade, exceto o meu esforço e a minha tela anti-egoísta, o Criador, que expõe o desejo da minha participação nesta Reshimo, oculta-se nela. É como se Ele estivesse me mostrando um retrato da realidade com intervalos omitidos e não preenchidos, os quais eu tenho que completá-Lo com a minha participação.

Eu não posso realizar uma Reshimo de uma só vez; exige-se uma série de ações, várias às vezes. No final, eu devo revelar completamente o grau de equivalência e a falta de correspondência entre nós. Portanto, uma Reshimo está estruturada e se desenvolve de maneira tal que não só me leva ao término dessa imagem, mas também deve fornecer-me o que me falta.

Quando eu completo o quadro, eu adiciono tudo do Criador, até o ponto que foi inicialmente revelado em mim. Afinal, o nosso objetivo em cada nível é tornar-se equivalente ao Criador.

Eu percebo que minha Reshimo como se estivesse trabalhando e preenchendo algo dentro de mim. Assim, eu me elevo (preencho) ao nível do Criador em no mesmo nível. É um processo variado que, no final, leva-me à perfeição.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/01/11, “A Qualidade da Sabedoria Oculta – em Geral”

A Europa É Um Osso Duro De Roer

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que há de tão especial na Convenção de Berlim? O que temos que fazer lá? O que cada um de nós deveria fazer, bem como entre os grupos?

Resposta: Agora mesmo, quer queira quer não, você está sob a impressão das coisas que eu digo. É como se você estivesse ligeiramente anulado e incluído por mim em um único desejo, um pensamento unificado. E isso nos une.

Todas estas qualidades, meios, desejos, pensamentos, as coisas que já processamos, as coisas que desejamos, nossas aspirações, a enorme quantidade de pessoas e grupos – tudo isso se junta em um só. O resultado é que isso age em nós, dando-nos um poderoso e progressivo impulso.

Mas nós temos um “pequeno problema”: parece-nos que temos um pequeno egoísmo e que devemos somente superá-lo, ligar um pequeno botão, pressionar certa tecla, e com isso terminaremos o trabalho. Nós não entendemos que aqui existe um grande sistema em ação. Não é apenas uma “engrenagem” que alguém em cima quer ou não quer mudar. Estamos em um sistema de duas forças opostas: doação e recepção. E até que esse sistema não funcione por sua dialética, por seu movimento para a frente, pela lei da união das partes, isso não acontecerá.

Nós só aceleramos o tempo com os nossos esforços, mas nunca seremos capazes de dar um salto. Isso é impossível, devido à natureza das coisas. Tudo é feito por meio do movimento gradual, sequencial, e estritamente determinado, passo a passo. E através deste movimento adiante, passo a passo, chegamos constantemente mais perto do sucesso, quando o egoísmo será “lançado para fora”. A transição acontecerá! E será súbita.

Nossas Convenções aceleram consideravelmente o movimento e, portanto, elas são muito importantes. Durante os vários dias em que estamos juntos, e ao nosso redor também há muitas pessoas ao redor do mundo, ocorre um processo muito sério nos graus do nosso desenvolvimento interior.

De uma forma ou de outra, um milhão de estados têm que passar por nós. Nós temos que passar por eles. E cada Convenção ocorre de forma diferente, com novos aspectos, novas formas e sentimentos.

Portanto, a Convenção de Berlim tem a obrigação de ser especial, pois será um encontro de pessoas que são permeadas pelo desejo e as qualidades do ambiente onde vivem. Esse ambiente é muito ruim; a Europa é um continente muito problemático, a fonte de todos os problemas e guerras, e com o egoísmo extremamente grande, embora ele já esteja diminuindo agora, junto com toda a nossa civilização do passado. Ainda assim, ela é um osso duro de roer. É por isso que esta Convenção não é simples e, de fato, é a mais difícil.

A Convenção mais fácil é a realizada na América Latina. As pessoas de lá são ardentes, de coração aberto e sinceras. Eu nunca conheci pessoas assim em qualquer outro lugar. Depois vem a Rússia. Mas na Europa as coisas são mais difíceis, e quanto mais difíceis são as coisas, mais interessante, e mais espetacular é o resultado e a eficácia do trabalho.

Portanto, eu espero ter o apoio de vocês, tanto físico quanto virtual, para que possamos “influenciar” a Europa juntos.

Da Lição em Moscou em 16/01/11, Escritos do Rabash

O Vazio Onde Reside O Pensamento Supremo

Dr. Michael LaitmanGraças à física quântica, quanto mais profundamente nós penetramos na matéria, que é inanimada por si mesma e pode ser pesquisada utilizando-se uma abordagem puramente determinística e mecânica, mais descobrimos subitamente uma razão e um sentimento lá. Apesar de sermos nós que dotamos a matéria com essas propriedades, nós encontramos nela um propósito, um plano. Entendemos que nos deparamos com o pensamento de alguém.

Os astrônomos também afirmam que eles sentem que por trás das estrelas e de todo o cosmos existe certo pensamento. Se uma pessoa encontra-se suficientemente desenvolvida, ela também se sentirá assim.

Na minha recente palestra em Moscou, eu mencionei que se ampliássemos um átomo, encontraríamos um vazio entre o seu núcleo e os elétrons. Já recebi objeçõs de meu amigo, um físico, que nega que o vazio possa existir dentro de um átomo, pois todo o espaço está cheio.

Hoje, nós entendemos que o elétron não é uma partícula local, mas certa nuvem turva que preenche todo o espaço de sua órbita. Isso aparentemente contradiz o que apresentei na palestra, mas quem sabe o que vai acontecer e o que a física nos dirá daqui a 20 anos? É claro que toda a teoria se torna ainda mais abstrata, porque à medida que avançamos, nós descobrimos que o nosso universo não é um conjunto de partículas sólidas e que não pode ser explicado pela mecânica comum; pelo contrário, o universo está se aproximando da forma espiritual.

Quando eu disse que não há espaços vazios em um átomo, eu quis dizer os vazios qualitativos que estão dentro dele. Não importa o quão alto as pesquisas clamem que todo o espaço do átomo está cheio e que um elétron preenche todo o volume; junto com isso, nós descobrimos uma lacuna que sugere algo relacionado a esse vazio. Este é o pensamento que está escondido ali.

Acontece o mesmo com os estados entre os graus espirituais. Quando nós passamos de um grau para outro, ficamos no mesmo tipo de lacuna. Caímos lá e nos renovamos. Portanto, cada nível que subimos é uma estrutura totalmente nova.

Da 4ª parte da Lição Diária de Cabalá 20/01/11, “A Qualidade da Sabedoria Oculta – em Geral”

Orar Para Mudar

Dr. Michael LaitmanPergunta: Como a prece Cabalística difere da religiosa?

Resposta: A Cabalá difere fundamentalmente de todos os outros métodos e de tudo o que existe em nosso mundo. Em suma, a Cabalá é uma coisa, e todo o resto outra coisa.

Então, qual é a diferença? Ela está no fato de que a Cabalá se baseia na mudança da pessoa, ao invés da mudança de algo que se encontra fora dela, em seu entorno; ela não se baseia nem na atitude de pedir a um “Deus querido” para começar a me tratar melhor, nem em mudar a atitude de outras pessoas em relação a mim. Eu não peço a Ele para mudar meu estado de saúde ou meu destino, nada deste tipo. Eu peço a Ele para transformar meu egoísmo, só isso!

Todo o método da Cabalá está organizado para que a pessoa possa se transformar por si mesma. Por outro lado, todos os outros métodos e religiões estão construídos ao redor da idéia de que o Criador deve mudar sua atitude para com a pessoa: eu peço a Ele para ser mais misericordioso e bondoso comigo, enquanto que, ao mesmo tempo, eu O suborno.

A Cabalá não permite qualquer coisa deste tipo. Em conexão com o Criador, eu sou como o homem que muda diante do Absoluto. E este Absoluto é imutável. Se o Criador é uma causa primordial, o início de tudo, e se Ele é totalmente bom, absoluto, eterno e perfeito, Ele não pode mudar. Só o que é imperfeito pode mudar. Ele não pode mudar.

Portanto, todas as mudanças ocorrem apenas no homem. Em outras palavras, dependendo de minhas forças, estados internos e qualidades, sinto-me mais ou menos confortável. Mas isso só em relação a mim, porque eu posso mudar. O Criador nunca muda; Ele é a força constante e onipotente da Natureza.

Desta forma, todas as orações que a Cabalá descreve constituem apelos do homem para ser transformado. A quem as orações são endereçadas? Para uma parede? Se o Criador é constante, eterno e completo, Ele não reage a você de nenhuma maneira.

No entanto, quando você apela a Ele, você se torna diferente e recebe uma resposta diferente, porque você aumenta a sua sensibilidade ao fazê-lo. Você ainda está presente no mesmo campo constante como o “Criador”, na mesma força constante. Mas você está orando enquanto deseja mudar, e, como resultado, este campo afeta você com maior intensidade. Isso é o que chamamos de “oração”.

A palavra “orar” em hebraico (Lehitpalel) significa julgamento auto-imposto. “Orar” significa julgar, avaliar, e repreender-se. Não é um apelo a alguém, a fim de obter misericórdia ou favorecimentos. Não, é uma auto-reavaliação. Isto é que é oração.

Assim, embora as religiões usem a mesma palavra, na Cabalá ela tem significado oposto, assim como muitas outras coisas.

Da Lição 2 em Moscou 16/01/11, “Uma Oração de Muitos”

O Verdadeiro Propósito Da Internet

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você mencionou que o mal se revela nas relações entre amigos. No entanto, se a pessoa estuda pela Internet e não está envolvida no trabalho mútuo com os outros, como ela pode revelar o mal?

Resposta: Eu vejo que as pessoas entram no Facebook e em várias outras redes sociais, e simplesmente vivem ali. As paixões são ardentes e o amor está em plena floração; as pessoas até se casam – se o casal for de fato um homem e uma mulher.

Embora a rede esteja cheia de mentiras e depravação, devemos respeitá-la. Uma vez, estávamos andando com o Rabash, passando por um estádio, e ele disse: “Temos que respeitar esse lugar, que traz alegria para as pessoas!”. O mesmo acontece com a Internet. Com todo o lixo que existe nela, ela conecta as pessoas. Ela estimula as pessoas, encorajando-as a despertar todo o mal escondido profundamente nelas: inveja, ódio, luxúria, anseio pela fama e mentiras. A internet abriga todo tipo de coisas, mas ela nos ajuda a por em prática muitas Reshimot  (genes informativos).

Toda a humanidade está lá e todo mundo está mentindo sem parar, querendo passar a perna um no outro, discutindo e brigando. Você tem alguma idéia do que ela faz com o ego? Em que outro local você pode fazer com que a pessoas fiquem juntas? Que outro lugar? Em vez disso, com a ajuda da conexão virtual, as pessoas percebem (e processam) suas Reshimot e estão avançando na compreensão de sua natureza egoísta.

Então, por que nós, aqueles que estão tentando revelar o Criador (a qualidade da doação), também não podemos satisfazer corretamente nossas Reshimot espirituais através dessa conexão virtual? Eu tenho certeza que toda a Internet evoluiu só para isso. Nós chegamos ao trecho final do caminho e é hora de acelerarmos nosso progresso. Assim, a fim de satisfazer suas necessidades como sempre, as pessoas avançam com tal conexão.

É por isso que precisamos criar uma rede social entre nós, de modo que cada um de nossos amigos, independentemente dele fazer parte de um grupo físico ou não, sinta-se perto de todos e esteja permanentemente conectado à nossa idéia geral, o propósito de nosso esforço, trabalho, estudo e comunicação conjunta.

Da 4ª parte da Lição Diária da Cabalá 20/1/2011, “A Qualidade da Sabedoria Oculta – em Geral”