Quando A Luz Bate Para Entrar

Dr. Michael LaitmanO Zohar, Introdução, Artigo “A Visão do Rabi Hiya”. Item 56: “Nesse momento, Ele golpeia 390 firmamentos, e todos se assustam e têm medo dele”. Essa é a alusão à Masach chamada de “firmamento”. … Não há 400, mas 390, pois faltam dez: Malchut de Malchut. É por isso que ele chama de “firmamento”, “390 firmamentos”.

O vaso da nossa alma é caracterizado pelo tamanho do desejo. Esse tamanho é chamado de “Aviut“. Se nós realizamos a Primeira Restrição sobre ele (Tzimtzum Alef), a Luz Direta (Ohr Yashar) vem a nós e nós a rejeitamos, levantando a Luz Refletida (Ohr Hozer).

A Luz Direta é igual ao desejo, porque o nosso desejo revela o grau da Luz ou do prazer que ela corresponde. Portanto, na realidade, a Luz não tem que “vir”. Agora, quando eu ainda não fiz uma restrição, eu não sinto que estou na Luz, no Criador. Mas, ao realizar a condição da Primeira Restrição, de imediato, sinto que estou na Luz.

Esta é a Luz Direta, que “vem” a mim. Ela me empurra, batendo para entrar, e a primeira coisa que faço é rejeitá-la, levantando a Luz Refletida. A Luz Refletida indica a rigidez da tela (Kashiut), enquanto que a Luz Direta indica sua Aviut. Nós estamos falando sobre a tela, pois ela é o elo entre a alma e o Criador, estando no meio deles.

O desejo em si, Malchut  dividido em quatro partes, cada uma contendo dez Sefirot, cada uma das quais também é composta por dez. Ao todo são 400. Não podemos corrigir a parte mais inferior, Malchut de Malchut, “o coração de pedra”. Suas dez Sefirot são excluídas da contagem geral e, portanto, há 390 Sefirot ou telas remanescentes que o Zohar chama de “firmamentos”.

A partir daqui, vemos que, para nos mantermos no fio da meada, temos que traduzir a linguagem do Zohar, que ainda é incompreensível para nós, para a linguagem dos termos Cabalísticos.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 23/12/10, O Zohar