O Zohar: Um Conto De Ódio E Amor

Pergunta: Eu me sento na aula lendo O Zohar e me esforço junto com os outros. Isso pode ser considerado como “sacrifício do desejo”?

Resposta: Não, não pode. Como eu sei o que você está lendo? Talvez você simplesmente aprecie o que O Zohar explica nessa linguagem fácil, atrativa e excitante.

Por que ele nos excita, e o que ele quer nos explicar? O Zohar explica que se eu desejo estar conectado com você, eu vou passar pelos estados que ele descreve. É simples assim! O que os autores do Zohar dizem: “Nós nos reunimos enquanto sentíamos ódio uns pelos outros; nós estamos separados por um abismo total. E então nós começamos a tentar nos unir”.

Naquela época, não havia O Livro do Zohar na sua frente; eles mesmos tiveram que escrevê-lo. O que eles escreveram então? Eles começaram o trabalho mútuo e começaram a pesquisar: “Como nos aproximamos uns dos outros? O que podemos fazer para experimentar a proximidade afinal?

Como encontramos a conexão entre nós, a rede de comunicação que nos une já existe? Que relações definem essa conexão e quais são seus estágios? Que forças internas dentro de nós estão trabalhando: inveja, cobiça, ódio, disputa por reconhecimento, a direita, a esquerda, e a linha média? Se corrigirmos isso, fazendo uma restrição, então uma tela, e se nós vencermos o nosso desejo de receber prazer, como alcançamos algo? Eu rejeito isso e aquilo, ajo dessa ou daquela forma…”

E assim, eles começaram a escrever O Livro do Zohar baseado no que eles vivenciaram em sua mútua conexão, até que eles alcançassem tal estado espiritual exaltado; em que cada nível era dez vezes mais forte que o anterior: de um a dez, seguido por centenas, então por milhares, e dezenas de milhares (Ribo) .  Você consegue ver que níveis eles alcançaram?! Esse é o poder da tal unificação. E é sobre isso que eles escreveram.

Assim, se você deseja se imaginar no mesmo estado, então tudo que eles descreveram irá afetar você e assim você, também, se aproximará dos outros e em sua conexão com eles vivenciarão os mesmos estados, até alcançar o estado onde o perfeito Kli (desejo) estará preenchido com a infinita Luz.

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Da 2ª parte da lição diária de cabala, 27/12/10, “Introdução ao livro do Zohar”, Artigo, “Vocês são companheiros comigo”