O Juiz Mais Rígido

Dr. Michael LaitmanAté que você receba a realização espiritual, você deve aceitar as histórias dos Cabalistas como fatos que não precisam de prova, mas só como uma condição para o seu próprio desenvolvimento. Você não pode usar as descrições deles como uma lei espiritual e agir de acordo com ela, porque você não está no nível em que ela foi escrita.

Assim, nós precisamos aceitar isso como hipóteses, suposições, que tais leis de fato atuam no mundo espiritual. Porém, elas não são transferidas para o nosso mundo material, isto é, o seu estado e o seu mundo.

Mesmo as palavras dos sábios são realizações deles, o mundo deles. Eles sabem como trabalhar lá e não cometem erros. Se você começar a usar os mesmos princípios no trabalho, você irá usar todas essas declarações da forma egoísta que você entende, isto é, mais para o seu egoísmo do que para a doação, como eles as usavam. Por essa razão, isso irá se revestir na forma mais egoísta para você. Portanto, é proibido fazer isso.

Cada pessoa deve ter seu próprio “juiz” que a impeça e diga: “Você só pode agir de acordo com suas próprias correções”. É proibido sair dos limites de suas correções, mesmo se você tiver lido ou ouvido sobre isso.

Porém, quem está lendo isso? Você! Quem está ouvindo isso? Você! Isso já passou por você, e já foi deturpado por sua percepção egoísta. Como você sabe o quão corretamente você entendeu tudo? Provavelmente, você entendeu de forma errada, uma vez que “julga de acordo com seus próprios Kelim (vasos)”, e percebe tudo que foi dito pelos Cabalistas em seus próprios defeitos.

Você entende de que forma o estudo vem somente através da Luz que Corrige, mesmo para os sábios Cabalistas? Se você não atrair a Luz que Corrige através dos estudos que transformam e lhe dão a oportunidade de trabalhar de acordo com essas mudanças, então você não está autorizado a ouvir nenhum conselho da Torá. Afinal, se você usar isso acima da sua correção, acima do seu grau, isso irá prejudicá-lo.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabala 29/11/10, “Corpo e Alma”