Textos arquivados em ''

O Espelho

Dr. Michael LaitmanA pessoa tem que entender que sua atitude para com o grupo é um espelho no qual ela se vê, e esse espelho não mente. Enquanto trabalhamos na disseminação da Cabalá, podemos até gritar uns com os outros de vez em quando. No entanto, a essência da questão reside na atitude da pessoa para com os amigos, o que demonstra sua atitude mais ou menos correta ou totalmente incorreta.

Portanto, trabalhe externamente com o grupo externo, e internamente com o grupo interno. Esta é a ordem das coisas.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 27/12/10, “O que é um Pecado Grande ou Pequeno no Trabalho”

Uma Arca Para O Grupo

Dr. Michael LaitmanPergunta: O que é o “dilúvio” para o grupo?

Resposta: Se o grupo como um todo é incapaz de superar seu desejo crescente, se os amigos alcançam o ódio e não conseguem vencê-lo, isso significa que eles estão se afogando nas águas do dilúvio.

Quando eles perceberem o dilúvio se aproximando e as forças que os dominam (Gvurot), eles devem realizar esforços mútuos para construir uma arca, ou seja, expressar a doação mútua, a fim de serem salvos do egoísmo individual de cada pessoa e do ódio comum. Foi exatamente assim que os autores do Livro do Zohar sentaram-se para estudar, sentindo ódio um pelo outro, e, depois, o amor revelador.

Tudo depende se os amigos usam ou não a Torá como foi planejado, se eles constroem a Arca, o Kli comum de doação , união e garantia mútua, no qual eles serão salvos do dilúvio.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/12/10, Escritos do Rabash

Cabalistas Sobre A Torá E Os Mandamentos, Parte 7

Dr. Michael LaitmanCaros amigos, por favor, façam perguntas sobre estas passagens dos Grandes Cabalistas. Os comentários entre parênteses são meus.

A Essência do Trabalho na Torá e Mitzvot

Ao habituar-se em cumprir a Torá e as Mitzvot (ações para o benefício dos outros), a fim de trazer contentamento ao seu Criador, eles gradualmente se afastam do seio da criação natural e adquirem uma segunda natureza, o amor dos outros.
– Baal HaSulam, Matan Torá (A Entrega da Torá), Item 13

O Criador nos deu a Torá e Mitzvot, os quais nos foi instruído realizar apenas para dar contentamento ao Criador. Se não fosse pelo engajamento na Torá e Mitzvot em Lishma (no nome Dele), para dar alegria ao Criador com eles e não para o benefício próprio, não haveria nenhuma estratégia no mundo que pudesse nos ajudar a inverter a nossa natureza.
Baal HaSulam, “Discurso pela Conclusão do Zohar”

Desenvolver-se Por Nós Mesmos

Dr. Michael LaitmanNós queremos atingir a liberdade de escolha para alcançar o Criador. Neste momento, nós não queremos realizar as ordens da natureza. As Reshimot despertam em nós, e nós as realizamos como se fossem nossos próprios desejos, porque não sentimos Aquele que nos obriga a fazer isso. No entanto, o objetivo da criação é que alcancemos a Força que nos obriga, assim como seu objetivo e programa em relação a nós. Nós devemos extrair dela todas as forças e parâmetros para o nosso crescimento, a fim de desejar, entender e compreender de forma independente as fases do desenvolvimento.

É por isso que a realização delas é atualizada acima dos parâmetros atuais. Os parâmetros vêm do Criador, que se manifesta no desejo de desfrutar, ou nas Reshimot corrompidas. Está escrito sobre isso: “Eu criei a inclinação ao mal”. De nossa parte, nós devemos nos armar com a força da correção e de todos os meios necessários, para que em cada fase, ao revelarmos outro parâmetro, encontremos o caminho para corrigi-lo e torná-lo semelhante ao Criador.

Em virtude deste trabalho atingiremos o Criador e adquiriremos independência.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/12/10, Escritos do Rabash

O Mundo Em Uma Freqüência Diferente

Dr. Michael LaitmanPergunta: Você diz que nós temos que desenvolver a nossa sensibilidade. Você pode explicar por que isso é necessário e como fazê-lo?

Resposta: O caminho da realização espiritual está em elevar a nossa sensibilidade. O hábito se torna uma segunda natureza. Nós desenvolvemos tais qualidades e habilidades dentro de nós que não usávamos antes, nem sequer compreendíamos que essas possibilidades estão presentes em nós – sentir os fenômenos que não percebíamos até agora. Eles estão presentes na natureza à nossa volta, porque o mundo superior é aqui. Mas onde ele está? Ele existe em uma freqüência diferente, em uma qualidade diferente que não existe dentro de mim, é por isso que eu não o reconheço.

Portanto, tudo depende do quanto vamos aumentar nossa sensibilidade para a qualidade de doação. De acordo com isso, em vez de perceber a rede de absorção dentro de mim, que opera entre as criaturas nos níveis inanimado, vegetal, e animal, eu perceberei a rede de doação, que opera entre as almas no nível humano ou “falante”. Isto é o que nós temos que alcançar. Portanto, tudo depende da nossa sensibilidade.

Da  2ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/12/10, O Zohar

O Poder Do Livro Do Zohar

Dr. Michael LaitmanApenas por ler O Zohar traz muitos resultados, evoca vários fenómenos e mudanças numa pessoa. A pessoa não percebe o que lê, mas ela tenta perceber, levada pela sua natureza, muito embora que do ponto de vista da Cabalá isso não seja necessário. Ela deve lê-lo com a intenção correcta ou com uma que não seja tão correcta.

Em qualquer caso o livro age sobre ela, influenciando-a e ela avança. Ela não consegue evitar sentir as mudanças dentro. Ela deve apenas continuar a voltar a este livro tão frequentemente quanto possível, lê-lo em toda oportunidade que tenha, e ficar conectada a ele de alguma forma.

Então, ela verá que este livro é construído de tal forma que cria para ela uma imagem da realidade, paralela à sua realidade actual, e a pessoa começa a mudar ligeiramente entre elas. Em vez da história superficial ela imagina algo para lá desta realidade. É dessa forma que O Zohar trabalha dentro de uma pessoa, criando novas qualidades de percepção dentro dela.

Da 2ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/12/2010, O Zohar

Não Há Almoço De Graça

Dr. Michael LaitmanPergunta: Vale a pena pregar o altuísmo “material” ao mundo como o primeiro estágio da correção?

Resposta: Na disseminação da sabedoria da Cabalá, nós não podemos unir esforços com os “altruístas”. Na melhor das hipóteses, as organizações de caridade dão aos pobres o que elas conseguiram tirar dos outros: por exemplo, farinha de uma fábrica, tecidos de outra, sapatos de mais outra. Obviamente, isso é ótimo, embora bem poucos estejam fazendo isso. Na maior parte do tempo, isso não vai além de falatório.

Porém, o que é importante entender aqui é que nós não estamos melhorando o mundo com nada disso. De fato, o egoísmo que está destruindodo não se corrige com tais ações. Ao satisfazer os desejos de um egoísta, você o está arruinando. As necessidades dele devem ser atendidas na condição de ele adquira uma profissão e faça algo usando suas mãos ou cérebro.

Uma pessoa tem que trabalhar, produzir algo em troca do sustento que você está dando a ela. De outra forma, você está gerando parasitas, e bilhões de pessoas não querem trabalhar, mas esperam que você as alimente.

E, mais tarde, elas saem às ruas, reclamando que você está reduzindo suas pensões. E não são elas que devem ser culpadas, uma vez que foi você que as criou dessa maneira; você desenvolveu tal atitude nelas.

Os governos europeus criaram os manifestantes que estão se amotinando hoje contra a redução das aposentadorias. Eles disseram claramente: “Não façam nada, e nós iremos pagar vocês por isso”. Em outras palavras, você mesmo cometeu um erro e agora tem que pagar por ele. De fato, quem vai recusar a caridade que se tornou uma norma?

O homem não deveria ser treinado para receber as coisas de mão beijada. Ao fazer isso, nós não levamos em consideração sua natureza egoísta.

O mesmo se aplica às crianças. Elas devem estar cientes de que você sempre lhes dá algo em troca por aquilo que você recebe delas. Você constantemente ensina uma criança a tratar a vida corretamente e a treina para trabalhar com seu egoísmo. Nada é ganho sem um esforço.

É claro que as crianças precisam de uma abordagem especial, mas ela tem que se basear nas mesmas leis. Você lhes dá um doce não porque elas são engraçadinhas, mas depois que elas terminam de resolver um problema de matemática ou de fazer um exercício. De outra forma, você está corrompendo a criança, uma vez que agora ela está esperando ganhar tudo na vida de graça. Como resultado, ela está crescendo como um indivíduo miserável que não sabe como viver.

O pagamento é sempre necessário, entre adultos e entre crianças. Além disso, a pessoa tem que saber a quem está pagando, com o que, e o que se espera dela. Somente então ela irá construir uma atitude correta para com os outros ao seu redor: ela não só recebe algo de fora, mas também dá algo em troca. Assim, gradualmente, a pessoa começa a interagir com toda a criação de forma correta. Então, uma filosofia completamente nova emerge e se forma nela.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 26/12/10, “Paz no Mundo”

Momentos Comprimidos

Dr. Michael LaitmanO sucesso em alcançar a meta não depende da habilidade especial da pessoa. Nós ainda seremos surpreendidos ao descobrir que nada do que existe atualmente em cada um de nós consegue cruzar para a espiritualidade.

Entra-se no mundo espiritual através de um fino filtro que não permite que você carregue através dele nada do que você possui agora. Tudo permanece dentro do seu desejo egoísta, sua mente corporal; todas as posses do passado desaparecem e nada é preservado.

O sucesso é determinado somente pelo esforço exercido para compensar todas as dificuldades, problemas, e desapontamentos. Se, a despeito de tudo, a pessoa ainda avança e não recua, somente então ela entra no mundo espiritual; e essa é a única coisa que ela tem a permissão de manter. Essa determinação é que dá a ela o direito de entrar. Não há nada mais.

Quando nós deixamos o Egito levando os vasos Egípcios (Kelim) conosco, eles precisam estar completamente vazios: nossos desejos limitados preenchidos com nada. Isto significa que nós jogamos fora todos os bens egoístas acumulados no Egito e não queremos levar conosco nada dele. Nós levamos somente o pão mais básico (Matza) e vasos vazios (desejos) ou será impossível deixar o Egito.

Assim, só há uma sugestão: a despeito de todos os problemas e fardos, desapontamentos e falta de força, continuarmos avançando. Isso só funciona quando a pessoa realmente valoriza seu tempo e tenta preenchê-lo o máximo possível, a fim de simplesmente comprimir cada momento.

É muito importante o quanto ela escreve durante a aula e o quanto ela dissemina durante o dia, isto é, com o que ela está preenchendo seu tempo.

De Conversa Durante a Refeição 24/12/10

Progresso Baseado Na Energia Roubada

Dr. Michael LaitmanO que significa “dissolver-se entre as nações do mundo?”. Seus desejos egoístas rasgaram em pedaços sua aspiração à espiritualidade e entraram à força no seu desejo interno, “Isra-El”. Todos eles são seus próprios desejos, GE (o desejo de doar) e AHP (o desejo de receber), que estão misturados de tal forma que é impossível separá-los.

O desejo de doar (Israel) “absorve” a intenção egoísta (nações do mundo) e aprende como doar para seu próprio bem, para seu próprio benefício. E ele teve êxito em fazer isso, muito melhor do que outras nações! Intelecto e emoções (todas essas qualidades exclusivas de GE que são concedidas a Israel para alcançar o mundo espiritual) são usados para perseguir sucessos egoístas nesse mundo.

Os judeus têm orgulho das suas realizações nesse nível material; mas, do que eles têm orgulho? Nós recebemos uma pequena porção de potencial espiritual, uma minúscula centelha para nos ajudar a subir à espiritualidade. Nós continuamos investindo isso em valores materiais menores, que nos levam à inutilidade dupla, ao “sucesso invertido”. Isto é, nós atraímos o mundo inteiro para o progresso sem valor, até que todos entendam que estão se defrontando com um beco sem saída.

Quem fez isso? Isso foi feito pelas “centelhas de doação” (GE) que recebemos no tempo da Babilônia. Elas foram usadas para a recepção, não para seu propósito verdadeiro: elevar AHP (o desejo de receber), as nações do mundo, para cima.

Da 4a parte da Lição Diária de Cabalá 02/11/10, “Exílio e Redenção”

O Critério É A Sua Atitude Para Com A Unidade

Dr. Michael LaitmanTextos do Rabash, “O que é o Dilúvio no Trabalho”: a Fé acima da razão é o território que pertence à santidade…

Pergunta: Como podemos alcançar este território?

Resposta: “Fé acima da razão” significa que eu armo-me com a força da doação acima dos desejos egoístas, que despertam em mim uma e outra vez. Isto não é apenas um desejo de dormir, comer, ou passar um bom bocado, mas um desejo que me impede de unir-me com outros.

Estamos a falar acerca do critério único: pela unidade ou contra ela. Todos os outros desejos pertencem ao nível animal. O verdadeiro desejo por prazer, pertencente ao nível humano, foi apenas originado da quebra das almas. Tudo o resto pertence aos níveis inferiores em mim: inanimado, vegetal, e animal. Eu não lido de forma alguma com eles.

Assim, o critério da minha análise é a minha atitude para com a unidade. O conselho é o de me testar no grupo, porque a confusão do mundo é inevitável e não há ninguém lá com quem trabalhar. Se nos juntamos de forma a nos unirmos e eu descubro que sou incapaz de fazer isto e não o quero, que detesto e rejeito a idéia principal, isso significa que revelo a inclinação ao mal dentro de mim.

Faço esforços, tentando ascender acima deles, mas descubro que sou incapaz. Então, devido à falta de qualquer escolha e ao sentir o quão importante e necessário é atingir a unidade, eu grito, “Salva-me!”. E de Cima recebo a força de doação que me ajuda a pensar acerca da unidade, a conectar com os outros pelo menos ligeiramente.

Entretanto, os outros não sentem nem devem senti-la. Estamos a falar do trabalho interno de uma pessoa que começa a sentir a força comum de união dentro desta aspiração para a unidade. Esta força é chamada “o Criador.”

É assim como a pessoa avança de uma fase a outra. O seu desejo cresce constantemente, opondo-se mais e mais à união. Ela faz todos os esforços, tentando controlar tudo sozinha. Mas falha, desespera-se, e chama pela força de doação. Nesta força de doação, dirigida ao coração do grupo, ela revela o Criador.

Da 1ª parte da Lição Diária de Cabalá 29/12/10, Textos do Rabash